Stray Heart escrita por Karina Barbosa


Capítulo 38
O Homem do Jornal


Notas iniciais do capítulo

E aí, bebês????
Quem é vivo sempre aparece, né? kkk Bom, gente, faz muito, muito, muito tempo que nunca mais postei nenhum capítulo, eu sei. Tem uma voz dentro da minha cabeça dizendo "Vem cá, tu não tem vergonha na tua cara não?".
Minha meta era ter terminado essa história há mais de uns 2 anos, eu acho se a faculdade colaborasse comigo... E ela não colaborou. T.T
Finalmente, depois de muito estresse terminei a faculdade de enfermagem e agora estou tendo um tempo mais livre.
Consegui um capítulo bem bacana e logo atualizarei minha outra fanfic de PJ (Procura-se um amor que tenha olhos cinzentos)
Espero muito que gostem do capítulo, espero que comentem o que acharam, estou com muita saudade de ler os comentários de vocês.
Beijos e nos vemos lá em baixo...



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P.O.V. Percy

Dois meses se passaram desde que Annabeth e eu rompemos. Dois meses sem falar com ela. Dois meses sem nem poder vê-la. Toda vez que eu ia à casa dela, o desgraçado do Quíron ameaçava chamar a polícia e não me deixava entrar. Minha mãe ficava só me dando sermão a cada vez que me via. Poseidon... Bom, ele nunca disse nada, mas eu não tinha dúvidas que Anfitrite fez várias piadas contra mim.

Estava deitado no meu sofá, olhando para o teto bege, quando escutei batidas na porta. Fui até a mesma e, quando abri, dei de cara com o síndico do pequeno prédio em que eu morava.

— Oi Sr. Montez... – pronunciei desanimado, pois não tem a mínima condição de ficar animado vendo aquele baixinho, careca e resmungão.

— Oi Perseu. – ele falou ríspido – Hoje, completa exatamente 3 meses que você não paga o aluguel.

Revirei o olhar.

— Eu sei, Sr. Montez.

— Se sabe por que não paga? – ele começou a resmungar e eu não estava com um pingo de paciência para aquilo.

— Sr. Montez?

— O que?

— Vá à merda! – falei fechando a porta. Ele continuou resmungando do lado de fora e batendo na porta com força.

P.O.V. Thalia

Respirei profundamente. Eu ofegava de maneira forte, tentando normalizar minha respiração. Luke estava na mesma situação que eu. Ele se deitou ao meu lado. Ambos estávamos despidos na minha cama (acho que não preciso dizer o que tínhamos acabado de fazer). Fiquei sobre ele e fui logo beijando a sua boca, enquanto eu passava a mão no seu abdômen.

— Thalia... – gemeu baixinho.

— Luke... Você tem mesmo que ir trabalhar? – perguntei fazendo bico

— Infelizmente. Queria passar o resto da manhã com a namorada mais gostosa que poderia existir, gritando meu nome enquanto eu a enlouqueço, mas... O dever me chama.

Beijamo-nos e fomos para o banheiro, para tomarmos banho. Depois do banho, vesti uma roupa simples, enquanto Luke vestia roupa social com direito a gravata e tudo.

— Quanto tempo você ficará fora? – perguntei.

— Ainda não sei, é uma reunião bem importante, grandes empresários do Japão já devem ter chegado ontem de viagem.

— Entendi... – falei desanimada enquanto me aproximava dele com os braços cruzados – Deveria pedir uma férias – ele riu me abraçando – O que? A gente viajaria e tal... Você é quase o dono da empresa, praticamente.

— Eu sou o filho do dono. – ele segurou o meu rosto e me deu um selinho – Tenho obrigações como qualquer outra pessoa que trabalhe lá. Férias agora... Bom, acho inviável, mas conversemos sobre isso depois. Tenho que ir agora.

— Tudo bem – pronunciei lentamente, exalando meu descontentamento com ele ter que ir embora e o desgraçado continuou rindo de mim – Vou com você até lá fora.

Saímos do meu apartamento e fomos caminhando até as escadas. Descemos as escadas de mãos dadas, bem “casalzinho”. Depois de descermos do quarto andar até o térreo, Luke me abraçou fortemente, beijando o meu pescoço. Eu só consegui me deleitar naquele abraço caloroso e embora estivesse um pouco “para baixo” por ele ter que ir, ficava contente em saber que um hora ele voltaria para mim e me daria outro abraço daquele. Quando ele afastou um pouco a cabeça, aproveitei a oportunidade para beijá-lo de forma lenta, trabalhada, como se fosse um beijo de cinema, só que com direito a língua é claro. Se Luke Castellan tinha o beijo mais gostoso do mundo? Sim, meus amigos, ele tinha!

No final do beijo, nos olhamos nos olhos, sorrindo um para o outro e nos despedimos. Fiquei observando ele andar até o carro, que teve que dormir na calçada. Ele adentrou o veículo e fiquei observando o carro sair aos poucos. Entrei no prédio e fui logo subindo as escadas, já pensando em como eu queria que fossem minhas futuras férias com o Luke (sim, eu já estava contando que ele conseguiria essas férias). Concentrada apenas em meus pensamentos, quase não percebi aquela voz me chamar.

— Thalia.

Parei abruptamente e olhei na direção dele.

— Oi Percy. – falei séria. Entendam, eu não odeio o meu primo, apenas não vou com a cara dele e o que ele fez com a Annabeth foi indiscutivelmente horrível.

— A gente pode conversar? – ele quetionou com o olhar melancólico. Percy estava decadente. Aparentava estar magro, cabelo parecia não ter contato com uma escova desde que ele deixou a primeira infância, barba e bigode estavam ralos e ele detestava estar de barba e bigode. As roupas estavam amassadas e não pareciam limpas de jeito nenhum.

— Agora não é uma boa hora, sabe? – respondi já me afastando dele e me aproximando da escada – Eu deixei uma panela no fogo, não quero que o prédio pegue fogo. – nem tinha panela no fogo.

— Por favor, Thalia. – ele pediu e logo estranhei – Eu realmente preciso falar com você. É algo sério. Por favor, me dá essa chance.

Minha mente entrou em total conflito, eu não sabia o que fazer ou dizer. Um lado meu ordenava que eu continuasse com a história da panela e seguisse o meu rumo, mas... Eu acabei obedecendo o outro lado, que queria escutar um pouco do que ele tem a dizer.

P.O.V. Annabeth

Minhas unhas tamborilavam a porta do carro por dentro. Lá estava eu, sentada no banco de trás do carro, sozinha, observando uma pequena farmácia, tentando me manter tranquila, o que não estava nem um pouco fácil. De fato, uma parte do meu nervosismo se dava pelo fato de que encontraria com novos clientes hoje, mas essa era a menor parte dos meus problemas.

Finalmente, avistei Nico saindo daquela bendita farmácia com uma sacola na mão. Ele rapidamente entrou no carro, sentou no banco do motorista e me entregou a sacola.

— Desculpa a demora, Annie. – ele falou ligando o carro.

— Aconteceu alguma coisa? – questionei enfiando a sacola dentro da minha bolsa preta com franjas.

— Bom, não e de se ver um homem comprar isso na farmácia, né? Então, a balconista me atendeu lentamente e me estranhando. Perguntou para que eu ia querer uma coisa dessa, além de dizer que nunca viu essa cena em toda sua vida. – ele dirigia com a mão direta e gesticulava com a esquerda – Inventei que era para minha namorada, tudo bem para você?

— Claro – respondi rapidamente – Eu nem sei como te agradecer, Nico. Muito obrigada mesmo e se poder por favor...

— Eu não vou contar nada a ninguém, Annie – ele respondeu me interrompendo – Nem para a Sra. Atena.

— Obrigada – sorri para ele. Eu me senti mais aliviada, além de sentir que poderia contar com Nico para o resto da vida.

Em pouco mais de vinte minutos, chegamos ao meu destino, disse ao Nico que a reunião poderia demorar e que seria melhor que ele voltasse para minha casa, caso minha mãe precisasse dele.

Virei-me para um grande portão prateado e respirei fundo. Apertei o interfone que ficava à direita e rapidamente uma voz feminina falou:

— Escritório do Sr. Trainor.

— Bom dia. – falei animadamente – Meu nome é Annabeth Chase, sou arquiteta da construtora que o Sr. Trainor contratou, estou aqui para ter uma reunião com ele.

— Pode entrar, senhorita Chase, quarto andar, terceira porta à esquerda.

O portão foi destravada e eu o empurrei. Segui em frente por um largo corredor verde, em que as paredes tinha portas de madeiras com números em cima. No fim do corredor havia dois elevadores e entrei rapidamente no que já estava no térreo e, já dentro, selecionei o quarto andar. Enquanto não chegava lá, observei meu visual pelo espelho dentro do elevador. Meu cabelo cacheado estava preso em um informal coque baixo. Trajava uma camisa preta de mangas com decote canoa, uma calça rosa bebê e um par de scarpins de salto preto, fora o casaco nude que eu segurava. Passei mais uma camada do meu gloss e cheguei ao meu destino.

Saindo do elevador, segui as instruções da secretária e cheguei até uma porta de madeira com detalhes retangulares e a bati. A porta foi aberta por uma mulher baixinha de cabelos curtos e pele morena, que usava um vestido tubinho.

— Oi, você deve ser a senhorita Chase. – reconheci a voz que falava pelo interfone.

— Sim, sou eu.

— O Sr. Trainor ainda não chegou, desculpe-me por não ter dito esta parte, ele está chegando, mas o filho dele já está aí, então você pode ir falando com ele. – ela apontou para outra porta de madeira.

— Tudo bem. - respondi um pouco desanimada e fui até a porta, que a própria secretária abriu.

Adentrei em uma sala retangular, com paredes em tons de gelo. Tinha uma longa mesa oval com 8 cadeiras. Os armários hexagonais nas paredes davam um ar de modernidade, fora as persianas brancas nas janelas.

Do outro lado da mesa, uma pessoa segurava um jornal, escondendo o seu rosto.

— Deseja água, café ou chá? – perguntou a secretária a mim.

— Não, obrigada – respondi.

— E o senhor? – perguntou ela a pessoa que estava longe.

— Não, Tereza, obrigada, e sem essa de senhor, ok? – ele falou em tom de brincadeira e ela riu. A voz dele era grossa e melodiosa ao mesmo tempo.

Tereza riu e saiu e nos deixou sozinho. O homem do jornal tirou o jornal da frente do seu corpo, fazendo com que agora eu pudesse vê-lo. Ele se levantou e começou a vir na minha direção. Ele era bem alto, corpo atlético, com vestes simples, calça jeans, camisa pólo e tênis esportivo. Sua pele era pálida e seus cabelos desgrenhados mesclavam entre um tom de loiro escuro com castanho. Seu rosto era retangular e a barba era rala, ele parecia ter uns 30 anos. E seus olhos... Possuíam um tom de verde. Ele aparentava estar cansado.

— Oi, meu nome é Samuel Trainor. – ele falou estendendo a mão para mim – Pode me chamar de Sam.

Apertei a mão dele o cumprimento.

— Eu sou Annabeth Chase. – falei – Mas, pode me chamar de Annie.

— Tudo bem. – ele respondeu sorrindo. Olhei no verde de seus olhos, admirando os, mas também lembrando de uma pessoa que nunca mais eu deveria pensar.

Percy Jackson

— Então – comecei – Eu vim tratar de negócios com seu pai, a respeito do shopping que ele quer construir...

— Sim, ele comentou comigo. – disse Sam – Bom, eu não entendo muito dos negócios dele, eu não trabalho com isso, mas ele me repassou umas coisas, que podemos discutir juntos.

— Ah, ótimo.

— E me desculpe, senhorita Chase – ele puxou uma cadeira para que eu me sentasse e eu me sentei – Quer dizer, Annie, não sou a melhor pessoa para conduzir essa reunião com você, não sigo com os negócios da família.

— Você não trabalha com seu pai? – questionei.

— Não – ele negou indo até o armário, abrindo o e tirando de lá uma pasta azul bem grossa – Eu sou médico. Estava perto de sair do plantão quando meu pai me ligou dizendo que teve um imprevisto com minha irmã caçula, mas não queria desmarcar com você, então me pediu para passar algumas coisas com você enquanto ele não chega.

— Está tudo bem.

Começamos a conversar. Ele me mostrou onde seria a localização do futuro shopping e muita coisa que o pai dele pensa. De fato, um projeto enorme!

Cerca de 30 minutos depois, surge um senhor que aparentava ter seus sessenta e poucos anos, vestindo roupa social. Mas... Meu Deus que cheiro é esse?

— Olá filho! – disse o senhor todo empolgado – Finalmente, cheguei, agora essa sua irmã, vou te contar, viu?

— Oi, pai. – falou Sam se levantando da cadeira ao meu lado, logo me levantei também – Essa é Annabeth Chase, a arquiteta.

Cumprimentei aquele senhor sorridente com um aperto de mãos.

— É um prazer imenso conhecê-la e me perdoe pelo atraso.

Eu queria poder dizer que também é um prazer conhecê-lo, mas algo estava errado. Eu não estava nada bem. Aquele cheiro... Seria o perfume do Sr. Trainor? Aquele cheiro estava fazendo o meu estômago embrulhar, comecei a ficar com náuseas.

— Está tudo bem Annie? – perguntou Sam, olhando atenciosamente para o meu rosto.

— Banheiro. – falei o mais rápido possível – Preciso ir ao banheiro.

Cobri minha boca com a mão e Sam pôs a mão em meu ombro, me guiando ao fim da sala, comigo andando apressadamente. Assim que ele abriu a porta, avistei uma privada e me curvei sobre ela, com os joelhos no chão. Nem deu tempo fechar a porta e comecei a vomitar, pondo o café da manhã para fora. Só Deus sabia o quão morta de vergonha eu estava, fora que Sam ainda estava ali, curvado perto de mim. Quando parei de vomitar, ele me deixou sozinha e fechei a porta. Respirei bem fundo e me encarei em um pequeno espelho ali perto. Eu estava corada de tanta vergonha, nunca passou pela minha cabeça que eu passaria por uma situação dessas, apesar de estar vomitando frequentemente de uns dias para cá.

Quando saí da sala, pedi desculpas aos dois e eles diseram que não tinha necessidade nenhuma daquilo e que seria melhor deixarmos a reunião para outro dia. Insiste na idéia que eu estava ótima e que não seria necessário remarcar a reunião, mas de nada adiantou o que eu disse.

Eu menti, não estava 100% bem, eu estava longe disso.

Sam me ofereceu carona e eu aceitei, pois achei melhor do que esperar um táxi por muito tempo. Ele se despediu do pai dele e saímos daquele prédio, fomos até o seu carro preto estacionado na rua. Ele abriu a porta do passageiro para mim e eu entrei. Normalmente, eu não entraria tão de boa em um carro de um estranho, mas Sam não parecia uma má pessoa.

— Como se sente? – ele indagou dando partida.

— Mais ou menos – falei com a voz levemente fraca – Eu queria ser um avestruz e enfiar a minha cara em um buraco, porque eu nunca tive tanta vergonha.

Ele sorriu de lado.

— Não se sinta assim. Não é culpa sua, está tudo bem.

— Sam, você diz isso porque não foi você que quase vomitou em cima do seu futuro cliente.

Nós dois rimos. Expliquei o caminho da minha casa a ele foi dirigindo cautelosamente. Ofereceu-me água e remédios, mas eu disse que não era necessário. Estávamos conversando bastante.

Sam encarou 24 horas de plantão, saiu do hospital para “segurar as pontas” para o seu pai e naquele momento estava indo me deixar em casa.

Ele falava de uma forma leve e delicada, fora que o sorriso dele era encantador... Bom, não só o sorriso, né?

Chegamos em frente a minha casa.

— Em casa. – ele disse.

— É, obrigada Sam. – falei – Eu nem sei o que dizer.

— Você poderia dizer que vamos nos encontrar de novo um dia... – comentou.

Naquela hora eu fiquei um pouco constrangida. Mas, ele não parecia estar dizendo nada demais.

— Vamos nos encontrar de novo um dia. – pronunciei com um leve sorrisinho.

Despedimo-nos e eu saí do carro. Observei seu carro sair e entrei na minha casa.

— Mãe? Tio Quíron? – chamei os em voz alta e ninguém respondeu – Nico?

Eu estava sozinha. Abri a minha bolsa e tirei a sacola que Nico me entregou. Tirei a caixa que estava dentro da sacola, pensando que agora seria a hora da verdade. E lá estavam as letrinhas vermelhas na pequena caixa azul.

Teste de Gravidez


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Notas finais do capítulo

"Karina, tanto tempo sem atualizar a história e termina assim?"
Sim, meus bebês, eu passo tanto tempo sem postar e termino o capítulo assim, já sentindo o meu pescoço sendo apertado por vocês...
Agora... M e digam... O QUE ACHARAM DO SAM? PORQUE PARA MIM ELE PROMETE"
E ESSE TESTE DE GRAVIDEZ AÍ? Hum... kkk
Espero muito que tenham gostado e até o próximo"
Um beijo bebês!



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