Daylight escrita por JulySantos


Capítulo 1
Conhecendo


Notas iniciais do capítulo

ei pessoas que viram e pensaram " não custa olhar " obrigada por dar essa chance a fic.



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O jovem caminhava ao lado do pai, observava tudo atentamente, cada detalhe do imenso hospital. O pai apresentava a todos, dizendo com orgulho: Este é meu filho, Edward, semana que vem ele começara sua residência aqui.

Então todos os cumprimentavam com sorrisos animados, e quando eram funcionários do hospital, diziam : Será ótimo trabalharmos juntos.

Ele estava feliz, trabalhar ao lado do pai seria incrível, sempre que o pai saia de casa para o trabalho e ele perguntava se podia ir junto, o pai sempre ria bagunçando os cabelos rebeldes que o menino possuía e dizia: Quando crescer e se tornar médico, você poderá.

E ele cresceu com isso na cabeça, e agora...

- Venha Edward, quero te apresentar uma pessoa. - Carlisle disse sorrindo enquanto eles saiam do elevador, parou em frente ao filho e ergueu o dedo indicador. - Ela é muito especial, especial mesmo. - Disse enfatizando, o quanto a pessoa é especial, o que fez Edward sorrir.

- Entendi.

Seguiram pelo corredor, e Edward logo notou que aquela era a área para pacientes cancerígenos, algumas mulheres que pareciam imensamente cansadas, estava sentadas com a cabeça encostada á parede, algumas pessoas com a cabeça completamente careca, outras com lenços na cabeça.

Edward sentiu-se mal por olhar, não conseguia encarar as pessoas.

Parou quando o pai bateu em uma porta, e logo depois entrou sem nem esperar a resposta, com um sinal do pai ele entrou também.

Seus olhos se focaram na mulher na cama, então ele entendeu por que ela é tão especial.

A mulher era magra, extremamente magra, talvez fosse o efeito colateral do tratamento, ela usava um lenço florido na cabeça. A pele clara estava um pouco ressecada, assim como os lábios dela. Tinha tubos em seus braços, e um no nariz.

E apesar disso, ela tinha os olhos mais lindos e afetuosos que ele já havia visto em sua vida, eram marrons e brilhantes, não combinavam com a imagem que ela representava, ele ficou perdido em meio a tanto brilho que ela tinha.

Ela era linda.

- Como está nessa manhã, Bella? - Carlisle perguntou alisando o braço dela com carinho.

Em resposta ela deu-lhe um sorriso cansado.

- Um pouco enjoada, mas esta tudo bem.

- Onde está sua mãe? - Perguntou.

- Foi comer, tive que chutar ela daqui. - Riu um pouco, e quase não conseguia manter os olhos em Carlisle, estava curiosa para saber que era o jovem bonito parado no meio do quarto dela.

Percebendo isso, Edward deu um sorriso para ela, que foi retribuído de boa vontade por ela.

- Este aqui, é meu filho Edward, ele começara a fazer sua residência aqui, semana que vem. - Disse abraçando o filho pelos ombros, todo orgulhoso, o que fez Bella sorrir.

- Olá Edward. - Murmurou com sua voz fraca.

- Oi, Bella. - Inclinou-se sobre ela, beijando com delicadeza a bochecha dela.

Ela corou um pouco, com um sorriso tímido nos lábios.

Uma enfermeira entrou no quarto sem bater.

- Doutor Cullen, o paciente do 302 teve uma crise respiratória, o doutor Stanley está chamando-o. - Disse rapidamente.

- Estou indo. Fique um pouco aqui Edward, conversem, mas não canse a Bella, tchau querida. - Saiu do quarto rapidamente, porém com um sorriso no rosto, ele sentia que algo iria acontecer.

- Você não precisa ficar... Pode ir se quiser. - Bella quebrou o silêncio depois de alguns segundos.

- Você quer que eu vá? - Ele perguntou um pouco magoado, não queria sair de perto dela, não agora.

- Não. - Bella apressou-se em negar.- Você parece estar desconfortável, sei que não é legal ficar perto de uma pessoas como eu. - Murmurou docemente.

Edward balançou a cabeça descrente no que ouvia.

- Não quero te causar nenhum desconforto, apenas isso.

- Ah, então senta, vai ser bom conversar com outra pessoa. - Sorriu novamente.

Edward puxou um poltrona de modo que ele ficava bem próximo a Bella, então eles se viram em um terrível e constrangedor silencio. Ambos tentando pensar em algo que pudesse ser dito e assim fazer o assunto fluir.

- O que você tem? - Edward perguntou, e quando se deu conta disso, se arrependeu na hora, não queria ficar lembrando a ela seu problema. - Desculpa, não precisa dizer nada.

- Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, eu não me incomodo em falar sobre minha doença. Tenho leucemia em estado crônico, ou em estado terminal, como cada um preferir chamar. - Falou normalmente.

- Você me parece feliz. - Deixou escapar.

- Eu ainda estou viva, por que eu perderia meus últimos dias chorando e fazendo drama? Dizendo que quero morrer? Fico alguns dias aqui, e depois vou para casa, e quando posso sempre vou com minha mãe ao parque, tem que ser rápido, mas é tão bom, ver as crianças brincando e rindo, o lago, as arvores. A vida ainda está aqui, por que ficar lamentando no final?

- Você é incrível, Bella. - Comentou fascinado pelas palavras dela.

- Você também não é nada mal.

- Você nem me conhece, não faz a mínima ideia de que tipo de pessoa eu sou.

Ele mesmo sem perceber, ergueu a mão pegando a dela com delicadeza, seu polegar fazia círculos na costa da mão.

- Não, eu não conheço, mas nesses poucos minutos, sei uma coisa muito importante sobre você. - Disse, fazendo com que ele lhe encarasse com curiosidade.

- O que?

- Você não se importa com minha doença. Normalmente as pessoas evitam respirar aqui, no entanto você esta bem do meu lado, conversando comigo. As pessoas evitam me tocar, e você me cumprimentou com um beijo no rosto, e agora esta pegando em minha mão. Você não tem nojo de mim, isso é muito importante, importante demais.

Edward fechou os olhos respirando fundo. Como ela podia emanar tanta... Esperança? Como ela podia ser tão pura? Tão doce?


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Notas finais do capítulo

e ai? gostaram? deixem que eu saiba a opinião de vocês, ok? vamos conversar, fazer amizade ;)
beijos e até o proximo.



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