The Legend of The Sky's Princess escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 1
Capítulo 1 - O sonho de Link


Notas iniciais do capítulo

Essa fanfic se passa após minhas três one-shots, todas de Skyward Sword: 1 - De volta para mim / 2 - A escolha de Zelda / 3 - Canção de ninar de Zelda

Essa fanfic se formou a partir de Skyward Sword, Twilight Princess, Ocarina of Time, Majora's Mask e Hyrule Warriors.



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Capítulo 1 – O sonho de Link

“Era uma época em que as pessoas viviam nos céus e um período muito antes do nome Hyrule sequer ser um pensamento.

Os seguidores da divindade e aqueles que seguiam o mal se reuniram e batalharam.”

******

Quando o sol desapareceu no horizonte, rapidamente um manto azul escuro pareceu se estender sobre o céu, enfeitando-o com incontáveis estrelas. Finalmente estava tudo bem. Hyrule estava a salvo, a princesa do Crepúsculo voltara para casa, e a sua princesa, a pessoa que mais amava, estava bem ali, segura e ao seu lado. Observando o infinito azul, entrelaçaram os dedos das mãos, finalmente podendo aproveitar a companhia um do outro após tanto tempo. Encararam-se por algum tempo e sorriram um para o outro. Sua outra mão seguiu para a cintura dela, e a dela tocou seu ombro. Seus rostos se aproximaram e após um breve segundo, em que olharam-se profundamente, seus lábios se uniram num beijo calmo e suave, que transmitia todo o amor que sentiam um pelo outro. Zelda deslizou a mão para o rosto de Link, enquanto se abraçavam e o beijo se tornava mais profundo. Naquele momento de felicidade, mal imaginariam que apenas poucos anos depois de toda aquela batalha teriam problemas de novo.

******

Há milhares de metros acima da Terra, numa ensolarada manhã na flutuante Skyloft, um jovem casal voava por entre as nuvens em dois grandes pássaros. A felicidade de ambos estava evidente em suas gargalhadas. O garoto baixinho, de cabelos louro escuros e olhos azuis, voava em um pássaro vermelho, e a garota, da mesma altura que ele, de cabelos dourados e olhos também azuis, voava em um pássaro azul. Em um mergulho, os dois pássaros se dirigiram a um local próximo a onde antes ficava a estátua da deusa, que agora se encontrava na Superfície, muito abaixo de Skyloft e da imensa barreira de nuvens que dividia os dois mundos. Os dois pularam para o chão e os pássaros ganharam o céu novamente.

— Eu amo toda essa sua energia, Zelda, e estou acostumado a chamar meu pássaro imediatamente, mas... Você podia avisar quando for me jogar de algum lugar.

— Ainda é cedo e você adora dormir, Link. Às vezes parece que continua dormindo depois que o acordo. Te jogar é uma boa maneira de te fazer despertar.

Ela apenas gargalhou, fazendo-o rir junto. Os dois se aproximaram e entrelaçaram as mãos, com o sol fazendo brilhar os anéis dourados de noivado em seus dedos. O anel de Link possuía o nome de Zelda gravado, e o de Zelda tinha o nome de Link. Zelda se preparava para andarem na direção da academia, mas Link a puxou e uniu seus lábios aos dela. Os olhos de ambos se fecharam. A garota o abraçou e ele levou a mão livre para trás de sua cabeça, afagando os fios dourados e tornando o beijo mais profundo. Ao se separarem, uniram suas testas e a mão de Link deslizou para o ombro de Zelda.

— Eu também te amo, Link – ela falou ruborizada e sem encará-lo.

Sorriu, e só então o olhou, vendo-o retribuir o sorriso. Finalmente afastaram-se, mantendo apenas as mãos unidas e iniciando a caminhada.

— Eu sonhei com Fi – ele olhou o céu e sorriu.

— O que sonhou?

— Nós estávamos no templo em Faron Woods. Ela estava na nossa frente sorrindo, mas queria me dizer alguma coisa preocupante.

— E o que era?

— Eu não sei, de repente começou a ventar bastante e o portal do tempo brilhou, então eu acordei.

Notou que ela ficara pensativa e fora de órbita.

— Zelda? Zelda...?

Ela finalmente o olhou.

— Não se preocupe à toa. Desde que voltamos, há quase um ano, estamos vivendo dias tranquilos. O que mais poderia acontecer depois de tudo que passamos?

Passara-se quase um ano após Link encontrar a Triforce, vencer a batalha e trazer Zelda de volta. Ela até havia crescido um pouco. Antes ela encarava Link olhando ligeiramente para cima, agora o olhava nos olhos. Desde que salvara Zelda, o garoto era constantemente chamado de baixinho ou criança, mas pouco se importava. Quando ambos voltaram à Skyloft, tomaram a decisão de continuar vivendo por lá mesmo, Zelda lhe dera uma ocarina, o ensinara a tocá-la, e dias depois o pai de Zelda viera com a história de que a filha estava crescendo e seria bom conhecer logo alguém com quem um dia pudesse formar sua própria família. Ela se recusara a conhecer qualquer garoto e fora acordar Link como sempre, para conversar, tornando-se noiva dele no mesmo dia após comunicar sua decisão ao pai. Após uma curta conversa com Gaepora, num dia em que carregara Zelda adormecida para o quarto dela e o encontrara na porta, Link não disse nada, mas passou a desconfiar que o chefe da academia sempre soubera o que iria acontecer e apenas quis dar um empurrão para que um dos dois tomasse uma iniciativa.

— Agora eu devo ir.

Os dois olharam-se e deram as mãos ao chegarem na frente da academia. No mesmo dia em que Zelda desaparecera enquanto os dois voavam juntos, momentos antes Link se tornar um sênior da academia de cavaleiros ao vencer a competição nos céus. Tinha doces lembranças daquele dia, dos momentos que passara com Zelda, antes e após a competição. E tinha também uma das memórias mais dolorosas de sua vida, Zelda gritando por ele e sendo arrastada para longe, sem que ele pudesse fazer nada.

— Eu também tenho coisas a fazer. Nos veremos mais tarde, Link – ela falou, lhe trazendo de volta à realidade.

Zelda lhe deu um beijo na bochecha, depois um selinho, e após ambos trocarem um sorriso, ela adentrou a academia e saiu correndo escada acima. Link se dirigiu ao quarto, para pôr seu já costumeiro uniforme verde, o mesmo que usara em todo o trajeto para salvar Zelda. Após trocar de roupa, saiu.

******

Despertou ao ouvir batidas na porta.

— Zelda... Ela sempre faz alguma coisa pra me tirar da cama. Já é tão tarde assim? – Falou para si mesmo, pondo um braço em cima dos olhos – Pode entrar.

Ouviu a porta abrindo e o som de passos leves adentrarem seu quarto. O sol da manhã que entrava pela janela aberta começava a incomodar seus olhos. Mas quem a abrira?!

— Bom dia, dorminhoco! – Falou com a voz doce e o lindo sorriso de sempre.

— Bom dia, Zelda – sorriu também, tirando o braço de cima do rosto para vê-la – Estava te esperando.

— Você anda se esforçando tanto como sênior e deu tão duro ontem que hoje eu decidi vir te acordar um pouco mais tarde.

Os dois fitaram a janela aberta e estranharam o que viram. Uma coluna de luz atravessava as nuvens, como se viesse da superfície. Igual as que Link vira surgir ao longo de seu percurso para salvar Zelda, mas dessa vez era uma coluna quase negra.

— Isso não parece bom – disse, se levantando e aproximando-se da janela para ver melhor.

— Não é como as que você viu antes? Leva a algum lugar na superfície, não é?

— Sim. Mas nessa cor...

— Não é possível que depois de tudo aquilo o selo tenha enfraquecido de novo, e depois de tanto tempo. Impa me disse que quando o selo começou a enfraquecer eu nasci e você também, para um dia acabarmos com isso. E nós conseguimos.

— Talvez não tenha nada a ver. Mas não parece algo bom.

Deixaram o quarto em ordem, e enquanto Link vestia seu uniforme e pegava seu escudo, Zelda foi ao encontro do pai, buscar possíveis informações.

— Querida, nós também não sabemos, embora também nos preocupe. Alguém deverá verificar o que está acontecendo – Link ouviu Gaepora dizer quando entrou na sala.

— Bom dia, Link.

— Bom dia, senhor. Eu irei.

— Link, não é necessário se precipitar. Mandarei veteranos.

— Senhor, por favor... Eu entendo e agradeço sua preocupação, mas eu vasculhei toda aquela área durante várias semanas daquela vez e por isso conheço bem o local. Conheço seres lá embaixo que poderão me informar do que pode estar havendo. E se for mesmo alguma coisa com o selo, será mesmo melhor que eu esteja lá.

— Tem razão – ele falou após longos segundos pensando.

— Papai, eu irei com o Link!

— Zelda... – calou-se quando ela o olhou.

— Link, o que aconteceu daquela vez envolve tanto você quanto eu. Eu não sou tão indefesa e sei que mesmo que fosse, você iria até o inferno pra me proteger e salvar Skyloft ao mesmo tempo de novo se preciso, não é?

— Zelda... – ouviu seu pai começar.

— Por favor, papai. O senhor ouviu toda a história daquela vez. Se for mesmo o selo, é melhor que eu também esteja lá. Foi por esse selo que eu nasci.

— Eu não sei... – ela falou, sentando-se – Vocês dois são tão jovens ainda pra carregarem um peso tão grande nas costas. Link é um rapaz adorável e você é o que tenho de mais precioso, minha filha.

A lourinha lançou um olhar cheio de ternura a seu pai.

— Papai querido, eu fico feliz em ouvir isso – falou, abraçando-o – Mas nós estamos cientes do peso que carregamos e sabemos que pode ser arriscado, mas precisa confiar em nós agora.

Após minutos que pareceram infinitos, Gaepora voltou a se pronunciar.

— Tudo bem. Eu estarei esperando que retornem.

Caminharam os três para fora da academia e olharam a luz estranha por mais algum tempo.

— Tenham cuidado e que a deusa os proteja.

Sorriram em despedida e saltaram, chamando seus pássaros e seguindo a luz. Puderam ver Skyloft se distanciar e aos poucos a superfície se tornar mais nítida. Saltaram de seus pássaros, que voltaram ao céu. Imediatamente Link se aproximou de Zelda, pedindo que ela se abraçasse a ele. Ela pôs os braços em volta de seu pescoço e deitou a cabeça em seu peito. Após vários segundos em queda livre, Link usou o manto que ganhara dela na cerimônia em que se tornara sênior da academia para aterrissarem em segurança. Quando se soltaram, olharam em volta.

— Estamos em Faron Woods.

Caminharam em direção à estátua da deusa, mas não notaram absolutamente nada de errado ali.

— O templo...

Zelda seguiu o olhar dele e pode ver a luz negra que seguia em direção ao céu, vindo do templo. Dirigiram-se até lá e entraram com cautela.

— Mestre!

— Fi! – Link abriu um grande sorriso, quanta saudades sentira dela.

Ela retribuiu o sorriso de seu mestre e trocou um outro com Zelda.

— Mas... Você estava dormindo com a Master Sword.

— Por alguma razão, eu despertei poucos minutos atrás. O portal do tempo está se comportando de forma estranha.

Os símbolos azuis no portal brilhavam intensamente e ele começava a se abrir. Uma ventania enorme invadiu o local.

— Link, a Master Sword...

Ele olhou para o lugar onde a espada estava cravada, brilhando.

— Mestre, eu não tenho certeza do que está acontecendo, mas aconselho que empunhe a Master Sword novamente.

Indo contra o vento forte, que vinha de todos os lados, se aproximou da espada e segurou o cabo, fazendo a luz se intensificar, e a removeu, erguendo-a e vendo Fi se aproximar.

— Eu não sei por qual razão nem por quanto tempo, mas estaremos juntos de novo, mestre Link – ao fim dessas palavras, voltou à espada e Link a guardou na bainha, caminhando até Zelda e segurando sua mão com firmeza.

— O que será isso...? – Ela olhava o portal, agora completamente aberto.

Link tentava tomar uma decisão, quando o vento ficou tão forte que os levantou do chão, arremessando ambos dentro do portal. Gritaram com o susto repentino. Tentou voltar junto com ela, mas não conseguiu. A força da corrente de ar também não lhe permitia aproximar-se mais dela e tudo que pode fazer foi manter o forte aperto em sua mão, enquanto viam o templo distanciar-se.


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