Anteriormente...

– Pensei que por você estaria tudo bem ter uma filho meu. Nosso.
– Castle, estaria tudo bem, mas não agora. Ainda é cedo, tenho muitos planos, tenho objetivos no meu trabalho, uma criança agora me...
– Atrapalharia?
– Não, eu não disse isso.
– Mas quis dizer.
– Castle...
– Tudo bem, Kate. É uma escolha sua. Você já havia me dito que não gostava de crianças, não vou insistir nesse assunto. Está tudo bem.
– Você está me interpretando mal! Eu disse que não agora, no momento! Mas eu quero sim ter um filho, acha que não quero ter um laço eterno com você? Eu vou amar o nosso filho, mas quero que ele venha na hora certa. Quero que seja planejado, por nós dois... – Ela alisou o peitoral de Castle delicadamente. – Eu amo você, quero ter uma vida ao seu lado, uma família linda. – Beckett não poderia ter dado um mais bonito sorriso.
Castle segurou a mãe dela, se ajoelhou em frente a sua musa e a olhou no fundo dos olhos, aqueles olhos verdes nos quais ele se perdia cada dia mais.
– Quer se casar comigo?
Beckett ficou séria.

– Casar? Isso é sério? Nós acabamos de...
– Eu pensei em várias formas de te fazer esse pedido, talvez um balão, um anúncio no jornal, em um programa de tv...
Ela sorriu.
– Mas será que existe algo melhor que te pedir em casamento agora? Só nós dois? Depois de saber que você realmente quer uma família comigo.
– É o que eu mais quero... Menino escritor – Ela sorriu; estava com lágrimas nos olhos
– Bom, eu não tenho u aliança agora – os dois riram.
– Mas você já me deu um anel.
– Mas quero te dar um de noivado... Já sei.
– O que?
– Daremos um jantar e anunciaremos nosso noivado.
– Ual, isso realmente deixará todos surpresos.
– Isso não é bom? – ele a segurou pela cintura.
– Espero que sim – ela sorriu e o beijou com paixão.
O momento de paixão foi interrompido pela celular da Detetive.
– Beckett!
– Beckett, nós temos um novo caso.
Talvez o destino estivesse a favor que todos soubessem do relacionamento dos dois; o celular de Castle tocou, todos já estavam acostumados com aquele toque, Ryan pode ouvir pelo telefone.
– Castle está ai?
– O Castle?
O escritor desligou o telefone e ambos ficaram um pouco assustados.
– Sim, o escritor, seu parceiro...
Eles se olharam mais uma vez e ele sorriu.
– É, sim... ele está aqui.
– O que ele está...
– Estamos indo para a delegacia, Ryan. – e desligou.

– Nossa! – Ela suspirou aliviada. – Eu realmente não soube o que dizer.
– Disse a coisa certa. – ele acariciou o rosto de sua amada e ela sorriu.
– Precisamos ir.
– Vamos lá.

Os dois saíram em direção à delegacia, compraram seus cafés – como fazia todos os dias.
Esse dia, em especial, parecia mais bonito, o céu parecia mais azul e as pessoas expressavam sorrisos mais felizes e verdadeiros.
Castle comprou uma rosa com um vendedor que estava em uma calçada e ofereceu a Kate, os dois pareciam jovens apaixonados, parecia uma verdadeira paixão adolescente, a mesma intensidade, o mesmo fervor, a mesma imensidão e a mesma sinceridade.
Beckett sorriu com o gesto romântico de Castle.
Era mesmo aquele autor famoso cujo ela tanto admirava? Era mesmo aquele autor famoso e mulherengo que ela conhecera há alguns anos atrás?
Não parecia em nada com o menino, apenas a alma de menino permanecia. Richard amadureceu, demonstrou-se um homem de um caráter digno, um homem de responsabilidade – nem tanto assim -, fiel, responsável, carinhoso, romântico.
Kate realmente admirava todas as qualidades de Castle.

Beckett também mudou bastante com o relacionamento, estava mais aberta, se sentia mais livre, sua “barreira” finalmente havia sido destruída pelo menino escritor.
Kate nunca fora de demonstrar muito seus sentimentos arduamente, mas com Castle era diferente, ela desfilava pelos corredores da Delegacia com um ar bem apaixonado, bem sonhadora; apesar de ser uma excelente atriz e sempre conseguir esquivar-se das perguntas diretas/indiretas dos seus amigos de trabalho sobre sua vida amorosa, Kate não era muito boa em esconder suas preocupações e ciúmes quando o assunto era Richard Castle.

Muitas vezes os dois eram pouco atentos e trocavam olhares dignos de um casal na frente de alguém.

Os dois caminharam mais um pouco e chegaram até a delegacia, entraram no elevador e em rápido ato, Beckett segurou a mão de Castle, ele a olhou e sorriu.
– Você é realmente surpreendente! – ele disse.
– Me dê coragem. – ela sorriu.
– Estarei aqui... Always.

As portas do elevador se abriram e Ryan já estava à espera de Beckett. Os dois saíram de mãos dadas e foram em direção ao amigo.
Ryan começou a falar mas logo notou a proximidade dos dois.
– Beckett, o corpo foi achado num banco próximo aqui a... – ele parou de falar e dirigiu o olhar as mãos dois dois.
– O que...? – ele estava confuso
Beckett ficou meia vermelha de início, mas logo voltou a seu estado normal.
– Castle e eu.
– Você e o Castle?
– Estamos noivos. – respondeu o escritor.
Ryan entalou. Beckett começou a bater nas costas do amigo desesperadamente.
– Ryan, o que foi? Calma, respira.
Esposito e Gates foram ver o que era todo aquele barulho e se deparam com aquela cena: Beckett estapeando as costas de Ryan e Castle assoprando o amigo.
– O que está havendo aqui? – Gates queria saber e Ryan se acalmou.
– Eu vou pegar uma água para ele. – Castle saiu, Ryan já estava mais tranquilo.
– O que aconteceu aqui, detetive?
– Ele sufocou.
– Com o que?
– É... com uma notícia.
– Que notícia? – Gates já estava nervosa com todos os rodeios de Kate.
– Podemos falar a sós?
– Sim, vamos até minha sala.
Gates saiu.
– Ei, Espo! – ela o abraçou. – Também tenho algo importante a te dizer.
– O que é?
– Depois... – ele afirmou com a cabeça. – Por favor, quando Castle voltar, peça para ele ir até a sala de Gates.
– Gates não vai gostar.
– Por favor... – ela sorriu e ele concordou.
Beckett foi para sala de Gates e ela estava sentada como de costume, pareciam InvestigadorXSuspeito; o olhar de Gates era bem intimidador.
– Pode se sentar, detetive.
– Estou bem aqui.
– O que tem para me dizer? Sinto que é algo importante.
– E é. Podemos esperar só um minuto? Castle está vindo.
– Por que o Sr. Castle precisa estar aqui? Não era para ser a sós?
Kate não respondeu, Castle entrou logo em seguida e Gates ficou com a cara ainda mais fechada.
– Com licença.
O escritor entrou e entrelaçou os dedos nos de Kate. A capitã acompanhou o movimento dele com olhar e se espantou.
– O que significa isso?
– Noivado. – Castle respondeu.
– Noivado?
– Sim. – Kate confirmou.
– Detetive, desde quanto a senhorita e o senhor Castle estão tendo um relacionamento? Eu não fui comunicada de nada, óbvio que eu já teria tomado uma atitude.
Beckett gelou, mesmo sendo uma ótima detetive, ela sabia que existiam várias outras pessoa estavam dispostas a se esforçar por aquele cargo.
– Desculpe, capitã. Não estamos juntos há muito tempo, quer dizer, tudo aconteceu muito rápido.
– Muito rápido? E já partiram para o noivado? – Gates estava visivelmente irada por não ter sido informada do relacionamento. – Bem rápido em Sr. Castle.
– Não foi nada rápido, Capitã. Sofri bastante para conseguir alguma coisa.
– Casamento já é algo bem grande.
– Sim, nós sabemos. – Beckett respondeu.
– E então, detetive? Sabe que casamento, vida pessoal... tudo isso exige muito de nós, e acredito que sendo casada com alguém famoso exija muito mais, pode até interferir em seu trabalho.
– Não, Capitã, com relação a isso, pode ficar despreocupada. Castle sabe o quanto prezo meu trabalho, afinal, nos conhecemos assim.
– E sabe também quantas pessoas desejam esse cargo não é?
– Sim. – ela abaixou a cabeça.
– Ela não deixará de exercer a profissão com maestria só porque irá casar comigo. Beckett sempre deixou claro o quanto o trabalho é importante para ela, que ela o põe em primeiro lugar, até na frente de sua vida pessoal, o que acho até um pouco equivocado, mas admiro.
– Sr. Castle, não é de hoje que percebo seu interesse pela detetive Beckett. – Kate corou.
– Senhora, pode ter certeza que meu trabalho continuará sendo bem feito como vem sendo feito.
Gates fez cara de poucos amigo, mas logo quebrou o silêncio.
– Tudo bem, detetive. Mas precisará seguir algumas regras.
Os dois esboçaram um sorriso.
– Sem muitas intimidades aqui no local de trabalho, precisam agir com coerência, imparcialmente em qualquer situação. E por favor, detetive: Controle o Sr. Castle.
– Pode deixar, senhora.
Os dois saíram só sorrisos da sala e logo foram surpreendidos por Esposito.
– Noivos? Acho que pulamos algumas partes aqui...
– Espo...
– Por que não me contaram? Eu estou... – Esposito fez uma cara não muito agradável. – Muito feliz por vocês. Parabéns irmão! – ele apertou a mão de Castle.
– Obrigado, irmão,
– E você, Kate... estou muito feliz, esperem só até ver a cara da Lanie...
Os dois riram.
– Eu não acredito, contaram para ela primeiro?
– Ela descobriu, não falamos nada.
– Há quanto tempo?
– Pouco tempo, Espo. Logo iríamos contar para todos.
– Tudo bem, Kate... posso superar. – Os três se abraçaram e foram ver o estado de Ryan.
– Está melhor? – Beckett perguntou.
– Sim, estou. Bem e feliz. Até que enfim se assumiram, gente... todo mundo já sabia!
Kate corou.
– Mas se esforçaram para uma boa atuação.
– Estamos felizes em saber que gostaram da notícia.
Ryan tirou algumas notas do bolço e entregou a Esposito.
– Ué, eu também quero. – Beckett riu e esticou a mão.
– Estou pagando o que devo.
– O que anda vendendo, Espo?
– Fizemos uma aposta.
– Que aposta?
– Que vocês não passariam mais um ano sendo apenas amigos.
– Ah, muito legal saber que vocês fazem apostas sobre minha vida amorosa.
– Nós já apostamos na minha também, não se preocupe. – Disse Ryan.
– Bom, está tudo muito legal, mas... vamos trabalhar.
– Kate, eu acho que vou até em casa, conversar com minha mãe e Alexis.
– Eu queria estar com você, mas você viu, tenho trabalho a fazer.
– Eu sei, e também acho melhor que eu fale com elas primeiro.
– Tudo bem, qualquer coisa, só me ligar.
– Pode deixar. – Castle a beijou na testa e foi em direção a casa sua casa.

O trânsito estava bom e logo Castle chegou.
– Olá, tem alguém aqui?
– Papai! – Alexis correu e pulou encima de Castle feito uma criança.
– Que saudades, abóbora!
– Eu também estava. Me conte tudo.
– Onde está sua vó.
– Está lá encima com um aluno novo.
– Aluno? – Os dois sorriram.
– Sim.
– Preciso falar com vocês duas juntas. É algo importante.
– Vou chama-la. – Alexis recebeu um beijo no topo da cabeça e subiu as escadas correndo para chamar Martha.
– Vovó, o papai quer falar com nós duas.
– Óh, Richard está ai? Você precisa conhece-lo – disse ao aluno.
– Vamos logo, vovó.
– Só um minuto, querido, eu já retorno. Continue ensaiando, está indo muito bem.

As duas desceram.
– Richard, querido! Como foi a viagem?
– Maravilhosa, mamãe. Preciso dizer algo a vocês.
– Ponha as malas lá dentro prime... – Martha foi interrompida.
– Vou me casar?
– Casar? – As duas falaram em coro.

to be continued...