Os Winchester Perguntam escrita por Anna Evans


Capítulo 1
Capítulo 1 - Como eu Conheci Todo Mundo


Notas iniciais do capítulo

Bom, galerinha... Eis o primeiro capítulo do recomeço da fanfic. Espero que gostem e que comentem.
Até o próximo.



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Dean Winchester

Lembro como se fosse ontem... Sam queria se tornar apresentador de programa. Lembro como se fosse ontem que eu disse um simples e belo não. Apesar de sermos irmãos, eu e o Sammy somos diferentes... Sei que sou muito mais bonito e galante, sem dúvidas, mas, me refiro a outro tipo de diferença... Enquanto Sam aceitou ser apresentador pela grana, eu aceitei ser apresentador pela comida grátis.

Comida grátis... essa frase é como a voz de um anjo dizendo o seu nome. Vejamos, tínhamos uma variedade imensa de frutas. Uma quantidade animadora de diversos tipos de massa. Uma quantidade de doces para deixar qualquer gordinho com inveja. Ah, eu nção trocava nada pelo meu bom e velho pudim, mas... Droga!Não é esse o assunto principal.

Começando de novo... Teve esse programinha no qual eu e o Sam fomos apresentadores por um tempo, se chamava Os Winchester Perguntam. A gente entrevistava cada figura... Sam estava me deixando louco. Me perguntei quando ele afinal perdera o juízo. Eu tinha orgulho de caçar demônios, sei que ele também, mas pelo amor de Deus, caçar demônios e entrevistar vampiros, piratas e psicopatas? Ah, não. Eu optei por ficar ligado nos assuntos... Ficava de olho, só esperando algum deles cometer o menor dos deslizes.

Tinham aqueles malditos Scripts também, aqueles com as perguntas que deveríamos fazer. Besteira. Nunca segui porcaria nenhuma... Sam que sempre teve paciência. Porém pelo fato de eu ser uma pessoa sensata e sincera... nos demitiram do programa. Não entendi bem... Quem apanhava era eu, não eles.

Sam ficou inconformado e eu fiquei indignado. Mas que droga... Sei que sozinho eu já causava o maior alvoroço, mas aí achando pouco, contrataram Alex Russo para fazer entrevistas externas com Emmet Cullen, que a propósito era um vampiro, colocaram um vampiro e uma feiticeirazinha desbocada para trabalhar comigo. O que aconteceu? A paz na mesinha do paraíso acabou... Aquela ali comia mais do que eu e ainda se fingia de desentendida. Tenho quase certeza de que fomos todos demitidos porque num dia qualquer que não lembro qual... Iamos entrevistar os amiguinhos da Gossip Girl... Sabe, tinha aquela tal de Blair e também o figurão do Chuck... Alex queria roubar o meu cachorro quente... Eu não deixei é claro. Mas aí o cachorro quente foi parar no terno dele, Chuck Bass... Aposto que ele arrumou algum tipo de escândalo na mídia e por causa disso fomos demitidos.

Mas, como eu sou um cara bonitão... Vieram até nós, lá na nossa antiga casa-prédio, não sei se lembram... Mas Sam me enganou, confesso que fui meio bobo, mas... Eu não queria morar eu um apartamento, falei que queria uma casa. Sam... Que preferia o apartamento na hora concordou. Só que aquele cretino duas caras me enganou... “Ah Dean, arrumei uma casa, não é um prédio, é uma casa. Fica no 5º andar”. Maldito... 5º andar... Só se fosse uma casa na favela. Mas enfim... Um sr meio esquisito veio atrás da gente. Ofereceu uma boa quantia em dinheiro, mais do que os jogadores de futebol ganham e eu não vou precisar ficar correndo que nem louco. Vou ganhar dinheiro para ficar sentado entrevistando novamente. Fiz isso pelo Sam, porque esse tipo de trabalho não me atrai.

O nome do programa é o mesmo. Agora ele é exibido meia-noite para que eu possa falar todas as besteiras que quiser. É um programa mais insano. Agora, ainda sendo em Nova York, não trabalhamos mais no mesmo estúdio. Os programas são gravados em um teatro municipal. A platéia senta naquelas poltronas acolchoadas e vermelhas, tipo aquelas de cinema. E nós ficamos no palco abaixo dos holofotes. Parece que será divertido, mas vou parar de falar pois tenho que ir para o palco... A primeira entrevista é hoje.

Série do dia:

Dean — Sam me chamou. Estava sentado na poltrona de couro dele em cima do palco — Não vou pedir para que se comporte...

Que bom — Respondi — Porque se eu tiver que falar eu vou falar.

Sam balançou a cabeça.

Apesar de trabalharmos para pessoas diferentes agora, ainda temos que usar o maldito terno... Qual é o problema com os sobretudos? Estou de gravata, isso é uma droga. Esse negócio incomoda. Estamos no século vinte e um... Não quero me matar enforcado.

Não terminei de falar — Sam continuou — Não vou pedir para que se comporte... Se você sair dos limites no meio do programa eu não vou me preocupar em te acertar.

Eu ri esperando ele me acompanhar também. Mas Sam não riu. Ele continuou me encarando sério.

Ok — Falei me revirando na minha poltrona ao seu lado — Você. Você vai me bater? Tipo, no programa ao vivo? Sério Sam? Que coisa mais feia... Vai perder a estrelinha de bom rapaz... Ou espera! Vai me bater com o que? Uma almofada dos ursinhos carinhosos?

Comecei a rir de novo.

Sam revirou os olhos antes de dar um risinho... Isso não era bom. Nada bom.

Depois de alguns minutos vieram nos avisar que os entrevistados de hoje já estavam se preparando no camarim. Os maquiadores vieram também... Aquele monte de pó... Me sentia cada vez mais com uma drag queen, aquele pó, aquela luz na minha cara e aquela cortina vermelha de seda atrás de mim.

A platéia estava lotada. Passei o tempo me distraindo com algumas garotas... As bonitas é claro. Acenava, piscava. Sam também acenava para algumas fãs, mas sem o charme natural que eu tenho. Não entendia como as garotas chamavam tanto por ele.

Bom — Ele se virou para mim — Está tudo certo não é? Sabe quem são os entrevistados e quais são as perguntas, não é?

Sabe, a minha vida inteira Sam me tratou como o irresponsável, mesmo eu sendo o irmão mais velho. Eu não era assim tão desleixado! Não tinha culpa se dormia toda vez que tentava ler um livro... Letras miúdas forçam a minha visão e me deixam com sono. Se tivessem algumas figuras talvez eu ficasse mais desperto. Não tinha culpa se não lia jornal... Me sentia velho fazendo isso... Talvez daqui a uns vinte anos, quando a minha coluna me permitir ficar sempre inclinado para as minhas mãos. Também não tinha culpa de não escutar muito o que os outros falavam... As vezes eles falavam demais e eu me perdia, mas isso só uma vez ou outra... Nada demais.

Ele é meio assim... Então tome cuidado com ele, ok? — Sam estava falando comigo.

Olhei para ele um tanto confuso... Ele quem era meio como? No final das contas balancei a cabeça confirmando.

Que bom! — Ele suspirou — Pensei que não soubesse de nada disso.

Claro que eu sei. — Menti mais um pouco. Não tinha a menor ideia de quem iriamos entrevistar... Não fazia ideia de quais perguntas fazer, mas estávamos em um teatro... O improviso era bem vindo, não é mesmo?

Os câmeras se posicionaram na nossa frente com todo aquele equipamento pesado. Deus, era quase como ser pedreiro... Carregar aquele troço gigante no ombro para lá e para cá... Abaixa, levanta. Vira, volta. Não... Preferia a minha posição...

As luzes do holofote se tornaram mais intensas e o cameraman fez sinal positivo com a mão dando início ao programa.

Boa noite! — Sam se inclinou na cadeira — Eu sou Sam Winchester.

E eu sou Dean — Me levantei indo em direção a câmera — Dean-Delícia-Charmoso-Elegante-Que-Está-Nos-Seus-Melhores-Sonhos-Winchester... Mas me chamem apenas de Dean. — Pisquei para a câmera antes de me sentar novamente.

Sam passou a mão no rosto antes de voltar a falar.

Os Winchester Perguntam está de volta agora em todas as emissoras — Falou ele — Esperamos que gostem do novo programa tanto quanto gostaram do outro.

Sam sorriu e se calou. Não entendi muito bem, então eu sorri também.

Silêncio.

Silêncio.

Sam me cutuca nas costelas com o cotovelo.

É a sua vez de falar!— Ele fala entre o sorriso sem desviar da câmera.

Ah, claro... O que devo falar? Improviso, improviso...

Ah! — Falei alto demais — Então... Legal. É... Bom, vocês já sabem que... É, isso aí... Uma salva de palmas, por favor!

Sempre da certo! Não pude evitar, sorri satisfeito enquanto a platéia confusa aplaudia bem forte. Sam me lançou um olhar estranho de canto de olho. De repente uma dor na minha nuca... O maldito me acertou com o script de trinta páginas dele.

! O que foi?

Ele deu de ombros

Acho que voou — Falou ele.

O que? — Perguntei olhando para trás — Um mosquito?

Não, o seu cérebro.

Sam voltou a olhar para a câmera depois que os aplausos cessaram. Agora ele estava cheio das malandragens, é? Deixa para lá.

Bom pessoal — Sam falou — Hoje vamos receber um homem que decidiu contar para seus dois filhos a história de como conheceu a mãe deles e que no final uma história que deveria ser rápida e romântica se resumiu em toda sua trajetória de vida antes de conhecer sua mulher.

Já dava para ver que o cara gostava de falar, era enrolado e zé mané... Devia ser parecido com o Sam. Acho que iria preferir um vampiro...

Vamos receber agora Ted Mosby e seus amigos: Barney Stinson, Robin Schabouski, Marshall Eriksen e Lily Aldrin!

Aplausos, mais aplausos. Para não ficar solitário aplaudi também enquanto o tal do Ted e seus amigos subiam ao palco.

Eles se sentaram todos no sofá de luxo com seis lugares. Estavam sorrindo e acenando para o pessoal da platéia.

Oi — Sam falou assim que pararam de aplaudir — Sou Sam...

Apertou a mão do possível Ted. Só podia ser ele... Tinha cara mesmo de quem não tinha mais o que fazer. Ele usava uma blusa social branca e uma gravata preta daquelas mais finas. Do lado dele estava um grandão meio esquisito. Olhava meio aturdido como se estivesse cantando baixinho, os dedos mexendo levemente até suas mãos começarem a batucar uma bateria invisível... A mulher ao seu lado, muito atraente por sinal, tinha um cabelo meio avermelhado e era baixinha... Ela segurou o se braço dele o repreendendo e ele como uma criança de dois metros de altura abaixou a cabeça se aquietando no lugar.

Olhei mais a direita e encontrei um outro... Ele tinha cabelos loiros e vestia um terno completo. Tinha uma cara meio assustadora enquanto olhava para o visor do celular, não sei o que ele estava vendo, mas parecia algo como um vídeo erótico. Ao seu lado estava outra mulher... Admito que estava começando a me animar com o programa. Primeira entrevista e já tínhamos duas gatas no sofá. Essa era mais séria, tinha cabelo escuros e uma postura desleixada no sofá... Me lembrava o Canadá, não sei porque.

Oi — Ted apertou a mão de Sam — Esses são Marshall, Lily, Barney e Robin.

Acenei para o pessoal com um sorrisinho.

Bom... — Sam continuou — A nossa platéia já ouviu muito falar de você... Tem uma frase que rola até hoje na internet, muito dita por você, não é mesmo?

Ted riu.

Crianças, hoje eu vou contar a história de como conheci a sua mãe. — Ele falou e a platéia gritou.

Qual das duas é a sua mulher? — Perguntei a ele meio desinteressado apontando para as duas no sofá de luxo.

As garotas riram sem parar da pergunta... Confesso que fiquei meio confuso. Marshall o grandão e Barney o engravatado também riram. Ted foi o único que virou o rosto lentamente para olhá-los com uma expressão séria de olhos espremidos. Todos pararam de rir.

Qual o problema de uma de vocês ser a minha mulher? — Perguntou Ted.

Lily, a baixinha balançou a cabeça antes de dizer:

Ah, pobre Ted — Ela falou de um jeito meigo que soou como consolação...

E você Robin? — Ted apontou para ela — Nós já namoramos...

Eu sei — Ela falou fazendo careta — Tempos difíceis... Todo mundo tem.

Confesso que segurei o riso. Era a cara do Sam aquele tal de Ted...

Ok — Falei levantando as mãos — Então, nenhuma delas é a sua mulher.

Eu sou casada com o Marshmallow aqui — Lily falou segurando Marshall, o gigante, pelo braço.

Não entendia o do porque uma mulher daquelas ficaria com um ogro daqueles, ela parecia ser tão meiga jovem e indefesa.

Marshall sorriu para ela.

E ela é a minha Lilypad — Falou ele sorrindo para ela.

Ok — falei erguendo as sobrancelhas. Sam ia dizer algo, mas foi interrompido pela Lilypad.

Sei que o foco disso tudo é a história do Ted — Falou ela — Mas se quiserem posso contar como eu e o Marshall nos conhecemos.

Ah não! — Os outros três resmungaram em seus lugares.

Er — Sam olhou para o relógio meio sem jeito... Não tinha muita coragem para dizer a verdade na cara então eu fui mais rápido.

Não temos tempo para isso... Uma história é b...

Fui interrompido por ela novamente... Mas que tipo de ser humano era ela?

Eu estava na faculdade e precisava de alguém para consertar o aparelho de som — Ela começou a contar a história que eu havia acabado de dizer que não era necessária, mas tudo bem... Sou só o apresentador do programa, quem liga para isso? — Estava no corredor e, haviam tantos quartos, mas... Havia algo que me disse que deveria ir até a porta...

Uma força maior te levou até aquela bendita porta, Marshall abriu — Robin falava rapidamente — Ele olhou para você, você olhou para ele daí foi amor a primeira vista. — Robin riu no final — Besteira...

Ela olhou para mim e para o Sammy.

Já contei a vocês que meu pai pensou que eu era um menino e me criou como tal?

Me afundei na cadeira... Todos eles falavam pelos cotovelos. Era absurdo.

Bom, estamos aqui para falar sobre como o Ted conheceu a mulher dele — Falou Sam.

Ah — Barney abanou a mão — Não tem problema, ele não teria conhecido ela se não fosse por mim, é claro, o melhor amigo dele.

Ted arqueou uma sobrancelha e Marshall olhou para Barney.

Não — Falou Marshall — Eu sou o melhor amigo dele.

Barney olhou de canto para Marshall.

Sam tentava sorrir, mas já estava ficando visivelmente irritado com a falta de concentração dos convidados do programa... Eu? Eu estava adorando, isso era para ele ver como haviam pessoas muito piores do que eu.

Claro que eu, Barney Stinson sou o melhor amigo dele... Se não fosse pelas minhas grandes histórias e ensinamentos de como cantar uma mulher ele não teria tido nem chances com a mulher dele. Tudo que você fez foi fazer comentários de perdedores pois você estava fora de jogada já que fi o primeiro a se casar com uma mulher que...

Lily de repente deixou de ser meiga e olhou mortalmente para Barney que gaguejou e tropeçou nas palavras.

Q-q-que casou com uma mulher excelente.

Lily sorriu meigamente.

Eu e Ted somos amigos muito antes dele conhecer você — Falou Marshall com a voz alterada — Víamos todos os filmes do Star Wars muito antes de você se juntar a nós.

Barney levantou a mão meio indignado.

Não ponha Star Wars no meio! Seja mais digno que isso, Marshall!

Robin revirou os olhos apoiando o queixo com a mão enquanto Lily se via atordoada entre Barney e Marshall.

Ted levantou a mão para entrar no mei da discussão porém...

Fique quieto Ted! — Barney e Marshall gritaram juntos antes de voltarem a discutir quem era o melhor amigo dele.

Bom — Sam ajeitou a gravata respirando fundo — quando você terminou de contar a história para seus filhos, o que eles acharam?

Ted olhou para cima como quem estava pensando.

Não...

Viu?! — Olhei para Sam que me encarou confuso — Um não serve para qualquer tipo de resposta!

É... — Ted falou — Não, não serve.

Você acabou de falar não de novo como resposta.

Não, eu disse não, porque não não serve como qualquer resposta...

Como eu tentei entender, mas não entendi, eu sorri e deixei que ele continuasse.

Como eu estava dizendo — Continuou Ted — Meus filhos não acharam nada... Ainda não terminei de contar como conheci a mãe deles.

Assoviei.

Já é meia-noite e pouca... Que horas você começou a contar essa história? — Perguntei largado em minha poltrona.

Ted pôs a mão no queixo para pensar novamente.

Acho que devia ser por volta das três da tarde quando comecei a contar a história... Não lembro muito bem... Comecei a contar nove anos atrás, se eu me lembrasse da hora eu seria um cara realmente muito bom.

Eu que estava quase dormindo despertei de olhos arregalados.

Você está contando como conheceu a mãe deles ou está contando todas as posições sexuais que já fez na sua vida?

Robin ainda com a mão no queixo falou:

Não, se ele fosse contar todas as posições sexuais que ele já fez não teria levado 9 anos... Teria levado nove segundos.

Lily riu junto com Robin e Barney e Marshall que ainda discutiam começaram a rir também.

Essa foi boa — Falou Barney.

Ted encarou Robin seriamente antes de voltar-se para mim e Sam.

Gosto de contar detalhadamente... Tive uma vida agitada e fiz muitas coisas legais, achei que seria interessante contá-las também.

Ah, isso é verdade — Lily falou — Ted, já contou para eles daquela sua bota vermelha feminina?

Era uma bota de Cowboy! — Ted gritou fechando a cara — E não era feminina!

Depois dessa até o Sam teve que rir. Aquele pessoal não batia muito bem da cabeça... Mas confesso que para um apresentador que não havia lido o script, eu estava adorando que eles falassem sem parar.

Desculpe Ted — Falou Robin — Mas quando você usava aquilo...

Não, não, não — Ted balançou o dedo indicador de um lado para o outro — Não venha falar de mim, afinal, era você que era o rostinho adolescente do Canadá!

Robin olhou para ele como se dissesse " Você não vai falar sobre isso aqui".

Ei, pessoal — Ted falou alto olhando para mim e Sam — Sabiam que a nossa amiguinha aqui era famosa aos 16 anos lá no Canadá? Não é Robin Schabouski, ou devo dizer... Robin Sparkles.

Robin Schabouski já não era um nome de Deus... E, eu sempre achei Robin um nome masculino, acho que era por causa do Robin Hood... O mais engraçado disso tudo, era que ela vestia verde também. Mas enfim... Sparkles? Seria um bom nome para meu cachorro, claro, assim que eu comprasse ele.

Barney ignorou completamente sua conversa com Marshall, ele se levantou e olhou para todos com um olhar engraçado.

Ouvi dizer em Robin Sparkles?

Robin escondeu o rosto entre as mãos provavelmente querendo se esconder.

Eu não pensei que teria a oportunidade, mas... — Barney fez uma pausa antes de gritar animado — Eu trouxe Robin Sparkles 1 para o programa... Vai ser exibido naquele telão ali... Vocês vão adorar a música Let's Go To The Mall.

Mas o programa já vai acabar e... — Sam foi interrompido pelas cortinas que de repente se abriram lá atrás revelando um telão imenso.

Virei minha poltrona, não sabia o que era exatamente, mas parecia ser algo humilhante, e, se era humilhante e não envolvia a mim... Vamos assistir.

Os amigos de Robin bateram palmas e riram enquanto ela olhava desolada para o telão, muito provavelmente querendo se jogar no poço com a Samara.

O vídeo começou.

Robin Sparkles - Let's go to the mall:http://www.youtube.com/watch?v=IY_bhVSGKEg

Tinha algo dentro de mim se revirando quando o vídeo acabou... Eu precisava rir... Que se dane o contrato, eu precisava rir se não eu iria explodir, que vídeo mais escroto! Uma música inteira falando sobre passear no Shopping? Sério?

Cai na gargalhada junto com os amigos dela. O fato engraçado foi que ela me olhou como se eu fosse o Osama Bin Laden e tivesse acabado de destruir as torres gêmeas.... Não era eu o único a rir! E toda a platéia? E os amigos dela.

Sam me deu outro tapa na nuca, só que dessa vez com a mão, o que doeu mais ainda.

Desculpe — Falei sem ar — Mas é que... — Comecei a rir de novo enquanto Robin me olhava ameaçadora. — É que você nesse vídeo parecia o Débi, sabe, daquele filme, Débi e Lloyd!

Ted pôs a mão na boca para não rir, Lily se encolheu no seu assento e riu baixinha enquanto Marshall olhava para o outro lado disfarçando e Barney vinha em minha direção.

Irmão — Ele falou sério — Essa foi boa... Toca aqui! — Ele riu e levantou a mão entusiasmado. Bati na mão dele.

E tipo... Você viu Sam? — Olhei para ele voltando a rir — Parecia o Débi só que dançando feito aqueles bonecos do posto e cantando igual a Xuxa!

Barney e todos os outros pararam de rir e olharam para Robin que respirava fundo tentando se acalmar.

Lembro que vi Sam fazendo sinal para que eu parasse... Mas não dava... Era muito engraçado! Era tudo muito engraçado até eu virar o rosto e ver uma arma apontada na minha cara!

A entrevista acabou! — Robin gritou apontando a arma para mim.

Você ainda tem essa arma? Já falei que — Ted foi interrompido.

Calado Mosby! — Robin gritou com ele — E você Barney!

Barney se encolheu

É bom sumir com essa fita ou se não faço você engolir ela de uma vez só!

Ah, certo, como tudo sempre sobra pro Dean, ela continuou apontando aquela bendita arma para mim.

E você! — Eu me assustei quando ela gritou... Ela era uma versão da Xuxa só para doidinhos. — Do que você está rindo?

Bom — Dei de ombros — Teve aquela roupinha ridícula que você estava usando... Aquela letrinha pegajosa e infantil e...

Ela grunhiu e sacudiu a arma virando para os outros.

Vamos embora!

Mas eu ia contar a história de como conheci — Ted mais uma vez foi interrompido.

Vamos embora Cowboy!

Ted fez uma cara de insatisfeito e se levantou do sofá...

Todos acompanharam ela pela saída dos bastidores.

Suspirei depois de rir e olhei para o Sam que balançava a cabeça negativamente como um esquizofrênico.

Tudo arruinado — Falava ele baixinho — Tudo arruinado.

Eu dei de ombros e resolvi encerrar o programa, não tinha mais convidados e esse lance de vamos ao shopping me lembrou o Mc Donald's... Estava morrendo de fome.

E é isso aí! — Falei virado para a câmera — Foi estranho, esquisito, meio ridículo, mas estive aqui o tempo todo então foi legal, foi bonito e atrativo, mas vamos ficar por aqui... Nos vemos na próxima entrevista... Até mais!


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