Mantendo O Equilíbrio - Finale escrita por Alexis terminando a história


Capítulo 75
Capítulo 74


Notas iniciais do capítulo

Geeeeeeeeeeeeeenteee!

Lembram que falei que MoE iniciou em um blog? Recebi uma notificação hoje sobre fazer TRÊS ANOS que comecei a postagem lá. Ainda consigo vislumbrar esse dia, eu tava no busão indo pra aula qnd me contaram que tava disponível haha Achei motivo o bastante pra vir aqui comemorar (até pq a Milena ficou chateada por eu não ter feito nada pro níver dela em abril - e ficou só de olho por causa do níver do Channing no outro dia ^.^).

Então, que tal um suuuuuuuuuper cap de sonhos, pesadelos e mto amorzinho? ♥ ♡ ❤ ♥ ♡ ❤

P.S. Agradeçam à nova virose que peguei pra vir aqui. Eu devia tá de cama!



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– Tu faz é rir, né, bonitinha?

Vini finge que não, mas ele também tá rindo do Murilo. Mais uma vez a criatura me presenteou com um de seus loucos sonhos. Melhor dizendo, com seus sustos ao acordar. Essa manhã acabei levantando cedo – aos trancos, barrancos, tropeços e mau humor – forçada pela minha bexiga cheia a fazer xixi. Após o alívio, que eu voltava para meu quarto, ouvi uns múrmuros estranhos vindo da sala.

Na ponta dos pés, fui espiar. Como a boa desconfiada que sou, já tramava minhas defesas, pra todo caso se precisasse. Parece que eu podia ver o meu irmão brigando comigo, “não vai lá”, “tá ficando doida?” ou “isso é sério, mana”, mas eu já tava no meio do caminho e dava para correr se fosse mesmo algum invasor. Naquele suspense, calculei o passo a passo e quando finalmente chego lá... Era o próprio! A peste, digo.

Meu irmão dormia jogado no sofá de três lugares de cara no assento, resmungava coisas inteligíveis e pelo modo com que levemente se mexia, parecia bem perturbado em seu sono. Estava tendo um pesadelo imaginei. Devia ter chegado tão cansado do trabalho que mal aguentou de chegar ao seu quarto, tava até de sapato nos pés.

Lá fui eu de boa moça resgatá-lo de seus temores. Como só chamá-lo não iria adiantar, teria que cutucá-lo. Pensei que poderia ser mais cuidadosa e apenas segurá-lo no braço, mas esse toque se revelou um desastre completo. Mal peguei nele e o chamei, Murilo deu um grito, eu gritei em consequência, ele pulou, eu pulei pra trás. Não sou muito de palavrões, mas, poxa, não deu pra soltar uns junto com ele.

Quando finalmente se recuperou, explicou. Sonhava que estava sendo rondado por uma cobra enorme, que ele se refugiou (não sabiamente, friso) numa mata (viu a burrice?) e a perseguição o levou a uma casa abandonada, ele corria pelas dependências e nada, o silvo baixo continuava o seguindo persistente. Nisso, justo quanto ele ficou encurralado, que ele viu que não tinha mais como fugir e a cobra ameaçava avançar nele, eu o segurei e, na passagem sonho-realidade, Murilo acreditou que a cobra estava o atacando de vez e por isso o susto tremendo. O coitado até ofegou.

E eu ri. Passado meu susto, não deu para não rir. Meu irmão ficou danado por isso, apesar de ter aceitado minha ajuda de levá-lo para o quarto. Pra me redimir dei até beijinho de bom sono na criatura antes de voltar para minha cama.

Por tudo isso eu permanecia me pegando rindo. Murilo continuou danado enquanto me dava carona para a casa de Vinícius. Ao chegar, foi a primeira coisa que contei, antes mesmo de dar um Oi para o namorado. Declarar um “você não vai acreditar no que meu irmão aprontou essa manhã” foi suficiente para lhe roubar atenção, atenção essa que eu tinha que dividir com o trabalho que ele terminava de editar no computador. Era sábado e a semana de provas graças a Deus chegara ao fim.

– Claro. Foi quase tão engraçado quanto aquela vez que ele acordou com um travesseiro nos braços botando-o para dormir como se fosse um bebê.

Aquela foi uma boa traquinagem minha, lembro. No sofá de sua casa, com o notebook em cima de uma almofada nas pernas, Vinícius não deixa de balançar a cabeça negativamente como que repreendendo minha atitude, como se ele não conhecesse minha pessoa. Eu, por outro lado, só saboreio mais e mais minhas gelatinas.

Quando acho que ele iria dizer algo mais em defesa de meu querido irmão, Vinícius, de repente, lança:

– Riria se fosse comigo?

Impressão minha ou algo fica no ar? Não sei, esse seu tom... Bem, parece como de alguém que quer entrar em um assunto sem ter uma melhor deixa. Papai é desses, desconfio logo. Acabo que finjo que penso um segundinho, com a mão no queixo.

– Hum... talvez. Depende do sonho ou pesadelo acho.

Aí algo muda na expressão de Vini, e fico sem saber se ele está de brincadeira ou não. Ele digita algo mais no notebook, vejo que já está no seu e-mail e anexando o documento para repassar a alguém.

– Tive um outro dia. Um... pesadelo.

– Não foi com cobras, foi?

Vinícius parece querer fugir de me olhar, embora se mostre querendo falar a respeito do sonho/pesadelo. Nesse sentido, minha intuição revela-se certa. Até me ajeito no sofá, pra melhorar minha postura. Com um engolir a seco e de repente sem graça, Vini escolhe suas palavras.

– Não, foi com... Hum... Traficantes.

Imagino que eu tenha levantado uma sobrancelha por isso, tenho quase certeza.

– Eu... errr... estava no antigo apartamento, e aí do nada chegavam uns caras armados me pedindo o contato de não sei quem lá, que era algum tipo de chefão de alguma organização. E aí...

– E aí...?

– Hã... Filipe apareceu, se meteu no meio e de repente... Hum. De repente metralhavam meu pai na minha frente.

Mais que uma sobrancelha de pé, salto os olhos, abro a boca em um “O” horrorizado e fico apreensiva pela baita sensação de pânico que ele deve ter tido. No segundo seguinte, já estava segurando suas mãos, avaliando-o e querendo abraçá-lo. Estava um pouco abatido e faz uns dias que noto, e não sei realmente se seria por isso, já que as provas também deram uma sugada nele.

– Meu Deus, Vini! Como...? Caramba! Você ficou bem?

Afastando o notebook para o lado, parece que tem uma pesada carga em seus ombros, pois ele se mantém cabisbaixo e aquele sério de quem não quer demonstrar fraqueza, mas que na verdade fica sim mal e sem graça. Ao franzir sua testa e passar uma mão aos cabelos, noto que ele tenta não descer fundo naquela sensação ao se lembrar dela.

– Por um bom tempo... não. Acordei muito assustado e... Deus, foi a PIOR sensação do mundo.

Vini inspira pesado e eu apenas quero abraçá-lo e arrancar esse sentimento de seu peito. Aperto minha mão na sua e logo ele cruza seus dedos nos meus, aperta-os e leva contra si perto do coração, onde posso sentir seu bombear. Com a outra mão acaricio seu rosto e retiro mechas que caíam sobre seus olhos, não querendo largar dele um minuto, de repente aflita.

Ele permanece de vistas baixas, como se estivesse envergonhado pela sua reação ou pelo que sentiu. Isso não é fraqueza, é o que quero dizer-lhe, mas prefiro que ao seu tempo ele fale devagar.

– Por que não me ligou?!

– Ah, eu... eu não tava bem nas melhores condições. Também não queria assustar mais ninguém.

– Vini! Você sabe que poderia me ligar. Nessas circunstâncias eu não dormiria de volta, certeza!

Foi só uma vez, caramba!

Mas ele persiste nisso, torna a balançar a cabeça em negação, como se não valesse a pena me ligar estando dessa maneira, transtornado. Nisso ele abaixa a cabeça de novo e aí percebo que é mais que isso. Mordendo os lábios, Vini luta para não se deixar levar novamente por aqueles sentimentos de novo e falha, pois, por mais que começasse a desviar de mim, de meu fitar preocupado, leves espasmos o tomam e logo mais todo o seu rosto está trincado, sua expressão está dolorida e...

– Foi tão rea-al, Mi.

– Shh, foi só um mau sonho.

– Num minuto ele... Ele t-tava na minha frente, e depois caído em cima de mim, e então... nada. Nada!

Sua expressão quebrada me faz ficar de coração apertadinho. Beijo-o no rosto e fico com o rosto colado a sua face, fazendo leves carinhos que, sei eu, seriam inúteis para aplacar aquela dor, mas estava ali, mostrando que não estaria sozinho.

– Fiquei tão louco. Procurei ele pelo quarto feito um doido e ainda assim bateu um desespero maior.

– Já passou, Vini. Ele tá bem. Posso te jurar isso, ele tá bem, ok?

– Mas na hora, Mi...

Novamente aquele balançar em negação e há algo mais. Ele comprime um lábio no outro e mais uma vez luta para não se deixar levar pela sensação ruim. Me afasto um pouco para que pudesse respirar mais, mas não o solto em nenhum momento. Fico vidrada nele.

– O quê?

– Eu fiz uma coisa.

– O que você fez?

– Fiquei tão perturbado que... t-tive que ligar pra ele.

Quase posso sentir um alívio por não ser nada demais, e logo mais imagino como seria receber uma ligação atordoada dessa. E provavelmente bem tarde na madrugada. Pela minha expressão, Vini entende o que se passa pela minha cabeça e emenda, nervoso:

– Eu não sossegaria até ouvir a voz dele. Nem que fosse 4h da manhã.

– E ele?

Meio perdido nas lembranças do pesadelo, Vini fica um pouco fora de foco.

– De primeira ele não sacou o que era, porque eu perguntei se ele tinha algum contato com um tal de Fabrício, que era quem os caras estavam procurando, e se ele tava metido com traficantes, e se ele... tava vivo. Se ele tava machucado.

– Awn, Vini.

Aí que ele vira de repente pra mim, os olhos marejados e neles era fácil de ler o temor que aquelas imagens irreais ainda repercutiam nele.

– Eu tava desesperado! Eu fiz ele jurar que não faria trabalhos para nenhum Fabrício Melgaço e nem tivesse contato com traficantes ou qualquer tipo de criminoso que andasse com uma metralhadora a tiracolo. E por todo o momento ele tentou me acalmar, dizer que estava bem, que foi só um pesadelo, que...

– Vini...

– Desculpa, eu não queria...

– Não se desculpe. Você precisava de uma certeza, só isso. Acalmar-se, né?

Ele tenta inspirar fundo, mas suas vias nasais já estão congestionando. Ajeito-me mais ao seu lado e faço com que descanse em mim, mantendo sempre um carinho, fossem em seus braços, costas, cabelos. Enquanto o consolo, repenso esses últimos dias e tento descobrir por mim mesma quando isso aconteceu, o que posso ter deixado passar ou mesmo repensar o comportamento dos dois. Acontece que nesse meio tempo tinha dia que mal podíamos nos falar, principalmente por conta das provas e outras avaliações da faculdade.

Não importa, está claro que isso, por mais que tenha sido apenas um sonho – e dos bem ruins – mexeu demais com ele. Aperto-o mais contra mim e beijo o alto de sua cabeça, não parando em nenhum momento de consolá-lo.

– Ele está bem, ok?

– O-ok.

~;~

Eu poderia estar no cinema agora, poderia estar gargalhando com alguma besteira qualquer, comendo pão de queijo e jogando pipoca em conversadores fora de hora. Podia estar roubando jujubas e chocolate (do namorado, claro, não da lanchonete). Mas não sinto falta ou me arrependo de ter optado ficar apenas em casa com o Vini. Uma saída para filme de comédia e estar no escuro com centenas de desconhecidos em nada me daria a satisfação que detenho neste momento, ouvindo-o simplesmente enquanto se permite falar do pai sem aquela mágoa de sempre. Fico... enternecida. É um Vinícius neutro e em repouso em suas ideias – embora hora e outra, mesmo mais tranquilo, ele fungue, em resquícios de seu choro de outrora.

– E aí que eu fui buscar não sei o quê no porta-malas do meu carro e encontrei lá. Assim, do nada.

Ainda surpreso por essa aparição, Vini me mostra a embalagem fechada de um boneco de ação que encontrou no seu carro faz uns dias. Mais precisamente aquele boneco que Filipe deu a ele na época de seu aniversário. Pelo que eu sabia, havia muitos presentes desses que Filipe acumulara consigo sem alguma oportunidade de entregar ao filho, até porque não era reconhecido como pai mesmo e essa história de verdadeira paternidade demorou a explodir. Quando tentou entregar esse para o Vini, deu um rolo danado.

Até então, por isso, nunca tinha visto o boneco cara a cara e... era um G.I. Joe. Não que acho que o Vinícius tenha percebido isso, afinal, a embalagem diz Comandos em Ação, como popularmente ficou conhecido no Brasil. Há um boneco e uma arma. Ele acha que pode ter sido essa a influência no seu sonho, pois foi uma das coisas que viu um pouco antes de dormir e envolvia toda uma carga de sentimentos e dilemas por quais ultimamente passava quando o assunto era Filipe.

– Imagino que tenha sido meu avô, só não tenho certeza. Que colocou lá no meu carro, digo.

– É, pode ter sido...

Observando mais dos detalhes do boneco e mais calmo, Vini puxa o gancho sobre o pai de novo. Rindo aquele riso de que não tem graça alguma, ele descansa a cabeça no topo do encosto do sofá, lá, inclinado, vidrado no teto. Eu também deito a cabeça no encosto, mas fico a fitá-lo, colecionando seus pequenos movimentos e o que cada um representava agora. Ele inspirava devagar com certa serenidade. Para o tópico, era meio que novidade.

– Tenho pensando tanto nele ultimamente. Sei lá, às vezes sinto que estou ficando para trás, como que perdendo alguma piada.

– O que quer dizer?

Vini se volta para mim, embora não levante a cabeça. Ele não me olha por muito tempo, logo desvia, mantém as vistas baixas, como se estivesse cansado.

– Não sei bem, é só que... Eu quis tanto me afastar e afastar os outros. Acabou que só eu fui me afastando e... Caramba, até minha mãe fala normal com ele agora. É estranho. De repente todo mundo parece conectado com ele de alguma forma, e eu fico lá, pra trás.

Faço um carinho no seu rosto, que sei que ele gosta.

– A gente tá respeitando o espaço que você pediu, lembra? Você quis isso.

– Eu sei, é só que...

Fica um silêncio; se confortável, não sei dizer. Observo mais as diversas expressões que tomam o rosto dele em segundos. Vinícius já não está tão quieto, está revolvendo o que antes ele evitava chegar perto.

– Você sente a falta dele.

– Sinto. Não queria sentir, mas sinto. E tenho sentido tanto ultimamente. Vê-lo com o Murilo, com meu avô, com você... com minha mãe até... me sinto um pouco deslocado. Acho que ele acabou entrando no coração de muita gente, não?

Sorrio minimamente em pensar que isso possa ter despertado nele algum ciúme.

– Não era algo que você pudesse evitar, mesmo que no começo quisesse.

– Tenho observado mais. Vê-lo com o Murilo me faz lembrar do que tínhamos... Me lembra também do quanto vocês ficaram atrelados a ele e por força das circunstâncias. Tive um momento a sós com ele quando estávamos esperando notícias sobre o acordo com André. Lembra, que Filipe foi atrás do desgraçado e ofereceu uma troca pra proteger o Murilo?

– Aham.

– Eu fui dizer “obrigado”, porque era o mínimo que eu podia fazer.

– E ele?

– Só assentiu. E aí ficou, você sabe, um enorme silêncio entre a gente. Eu queria poder gritar alguma coisa, mas a única coisa que eu complementei foi dizer que amava vocês, que me importava demais com aquilo, e agradecia muito mesmo pelo que ele tinha feito... Mais do que ele podia imaginar. E... sabe o que ele me respondeu?

– O quê?

– Que amava vocês também... Mais do que eu também poderia imaginar. Ali eu... Ali eu percebi que não era mais por mim ele que agia, era por vocês. Ele verdadeiramente ama vocês.

– E te ama também.

– Ama?

Vini levanta o olhar pra mim dessa vez e lá vejo um brilho diferente. Inseguranças? Incertezas? Medo? Me aproximo mais dele, dessa vez deitando em seu ombro e abraçando-o um pouco de lado.

– Ama. Do jeitão estranho dele, ama sim. Mas você... Você ama-o de volta?

Ouço sua respiração, ouço como o ar sai de si pesado, sinto como ele parece petrificar embaixo de mim e novamente sobra o silêncio, o pensamento, a reflexão. Ficamos assim por um tempo, não sei quanto, se a eternidade, se meros 60 segundos, então de repente ele volta para nossa realidade, me beija o topo da cabeça e ouço-o dessa vez o cair de sua ficha.

– O que eu tô fazendo, Mi?!

– Como assim?

– Por que o odeio tanto?

– Porque ele maltratou sua mãe? Porque ele não quis que você nascesse? Porque ele não assumiu a vocês dois?

Acho que Vini quase pode rir com essa, assim como eu, de doida falando uma coisa dessas. Era uma graça não engraçada e ao mesmo tempo, sim, engraçada. Como quando a gente pensa no mundo e nas loucuras que vemos todos os dias e bate aquela epifania, aquele momento único que parecemos parar e realmente pensar no que está ao nosso redor e que sempre esteve lá.

– Pensei que você o defendesse.

– Defendo, mas também não isento. O que ele fez foi bem pesado, Vini. Mas sei que se arrepende.

Queria eu poder complementar essa com um “acho que te ver e saber que te perdeu de vez deva ser um tamanho rasgo pra ele, que aceita, só pra te ver feliz”, mas minha loucura também tem seus limites. Não é a hora ainda.

– Ele merecia sofrer, não?

Vini fala de um modo que... não sei, parece que ele mesmo não mais acredita nisso. Quer dizer, de haver algum sofrimento envolvido. Quem sabe já encare que todos sofreram demais?

– Talvez já tenha sofrido o suficiente.

Outro momento de silêncio e um dos mais significativos. Quase posso ouvir o maquinário de sua cabeça em trabalho, e, ao mesmo tempo em que me aperta o coração, me enternece. Me enternece mais quando me lança essa:

– Ele pergunta de mim?

Há um contento do qual não posso demonstrar muito. Como uma casa feita por cartas, que qualquer sopro pode por abaixo, eu escolho segurar o fôlego por assim dizer. Escolho também as palavras e o sentimento leve com que devo responder.

– De vez em quando... Acredita que ele não sabia daquela história sobre eu ter quebrado um vaso na tua cabeça? Morri de vergonha quando fui eu a contar. Eu jurava que Iara tinha falado algo a respeito.

O corpo de Vini treme embaixo de mim por rir diante dessa lembrança. Sua aura e o climão amainam.

– Imagino que tenha sido no mínimo estranho. E eu que conheci sua mãe de cabeça quebrada?

– É diferente. Você passou de suposto ladrão a vítima em um segundo. E eu? De salvadora a psicótica que quebra um vaso na cabeça do namorado. E que ousa contar ao sogro crente que ele sabia e não sabia não. Acho que nessa hora ele não me amou muito não, viu.

– E quem haveria de não amar tão nobre alma?

– Não sei, amor, tem doido pra tudo.


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Notas finais do capítulo

Tem alguém aqui chegando ao bom patamar do perdão? Tem, tem sim!
Talvez com um pouco de ciúme, mas é o Vinícius, né? De alguma forma tinha que mexer com ele.

Agora imaginem o Filipe...

Até breve!



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