Mantendo O Equilíbrio - Finale escrita por Alexis terminando a história


Capítulo 63
Capítulo 62


Notas iniciais do capítulo

OLAR.

Primeiro post de 2015!

Ninguém sai! Hoje vai ficar todo mundo des-mai-a-do nesse capítulo XD

Aproveito e agradeço vcs por acompanharem a hst (pela trilhonésima vez, eu sei), o site tá apontando que logo chegaremos em 1000 acessos. Pelo visto, hoje!

Boa leitura. Enjoy :)

P.S.: Chequem as notas finais.



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Esse casamento estava me dando muito mais o que falar. Estava me dando pérolas, joias e ouros, muitos ouros. Diamantes! Dado momento eu me encontrava tão tão tão tão TÃO chocada que quando acontecia algo mais de excepcional, eu já não tinha boca para ir ao chão, não tinha mais sobrancelha pra topar na testa, nem câmera rápida para pegar tantos e todos os acontecimentos a tempo. E era uma coisa atrás da outra.

Logo que os meninos sumiram para participar da empreitada que um dos padrinhos havia proposto, estava eu no bar do lado da nossa mesa com as garotas quando o casal mais “improvável” passa por nós.

– Nããããããããão.

Exclamo eu e viro Flávia para mostrar de quem se tratava.

– Mentiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiira.

Siiiiiiiiiiiiiiim, eram nada mais e nada menos que Bruno E Daniela, Bruno acompanhando mais uma leva de cidadãos intimados para entrada da recepção. Mal deu tempo de nos falarmos, ele foi puxado quando tentou parar, então só conseguimos resgatar Daniela.

Sabe o que a cara de pau ainda declarou pra gente?

– Onde vocês se meteram? Faz hoooooooooras que procuramos por vocês!

O casamento que ela havia mencionado no outro dia era esse mesmo nosso, Bruno quem errou a data na hora de avisá-la. Quando comunicou o dia certo, ela fez questão de não nos falar nada. Por quê? Queria fazer surpresa. Só que como o casamento atrasou, e eles não foram pra cerimônia, chegaram “cedo” à recepção, não nos encontrando. Nem podiam nos ligar, senão o plano de nos surpreender iria furar.

Quem diria que o Bruno era primo distante de Diogo, o enfermeiro bonito?

Eu nunca que ia saber se não fosse esse casamento. Dani diz que é um lado da família com o qual ele não tem muito contato, mas costumou passar férias com o enfermeiro quando eram mais novos, então eles ainda se viam às vezes e mantiveram certa amizade. Fiquei de cara. Flávia ficou mais de cara ainda, porque a gente tinha comentado isso no outro dia na faculdade. Já pensou se nos encontrássemos na mesma festa? Dito e feito, aconteceu!

Pelo menos o avião não caiu, como o Gui sugeriu antes de viajarmos.

Ainda por cima, por pura e grande “ironia”, a Dani estava com um vestido branco (http://bit.ly/1sKYlJr). Juro, já tô considerando ser sina. O estilo era semelhante ao que eu usava ao momento, só que mais plissado e longo, com um corpete mais delicado (http://bit.ly/1BkDyH3) e um laço preto destoando do branco. Estava linda. Mais uma garota para o Gui tomar de conta, já imaginava que ele falaria isso.

Nisso, ficamos esperando por uma tal atração que uma das madrinhas anunciou ao palco. Como era um ambiente fechado e quadricular, toda atenção se voltava fácil para o centro, que detinha um palco, que na verdade era bem pequeno, onde ficava a cabine do dj. Desse palco se estendia um espaço, onde víamos que estavam organizando alguma apresentação. Dado um tempo, outra madrinha, uma que eu não conhecia, postou-se lá novamente e chamou os convidados a se aproximar. Os noivinhos estavam a toda ainda cumprimentando uns e outros convidados, também se mobilizaram para a atração.

Foi aí que sentaram a noiva, Ádria, de frente para o espaço e aos poucos os homens da festa foram retornando devagar. Basicamente circundaram o local, à espera de algum comando. Avistei Murilo, Vini, Gui, Bruno e Adam um pouco distante de nós e eles tinham umas caras bem traquinas. Melhor dizendo, tinham todos em seus rostos aquele ar de cumplicidade. Foi aí que Diogo assumiu a atração, foi até o centro do espaço, pegou o microfone. Deu um pequeno discurso de agradecimento aos que compareceram, fez umas declarações lindas, que derretiam qualquer mulher dali, e aí disse...

– Amor, isso é pra você.

https://www.facebook.com/video.php?v=712763965484615
(algo muuuuuito parecido com esse vídeo)

Pois pronto, ele se desfez do microfone e uns caras, não muitos dos disponíveis ao lado, mas muitos deles eram padrinhos, entraram no ali espaço enquanto tocava Beyonce, Crazy in love, chamavam atenção. Para a surpresa de todos, o grupo começou a dançar umas coreografias. Os convidados em geral aplaudiam e gritavam, assobiavam a cada movimento mais sensual dos caras, vários trechos de músicas iam rolando, passando por Backstreet Boys e outros que eu não reconheci, eles interagindo com a noiva à frente. Dançavam bem e, olha, estavam muito sincronizados. As mulheres estavam indo à loucura.

Quando chegou em Bruno Mars com Marry You, o tom da coreografia se tornou mais especial e romântica. Pensávamos todos que ali era o fim, pois ao último verso de Marry You, a música baixou e Diogo agarrou sua mulher, arrancando mais e mais gritos da galera, e não, ele na verdade a puxou para que dançassem juntos uma música do Michael Jackson, ainda naquele clima “loucuras por amor”.

Trilha citada: Michael Jackson – The Way You Make Me Feel

E novamente, após essa, pensávamos que acabaria. Nananinanão. Pra finalizar, Diogo devolveu a esposa ao assento de antes e as luzes caíram rapidamente. Os flashes da festa nos mostraram que uma nova surpresa estava dominando o espaço, vimos entre um e outro jogo de luz que todos os caras que circundavam ali estavam se organizando.

Aí as luzes voltaram de repente, mostrando todas as faces. Diogo no meio, bem próximo à Ádria, e várias filas de homens atrás cobrindo todo o local. Alexandre estava no meio da fila da frente, assim como a Adam. Vinícius e Bruno estavam lado a lado na segunda fileira num canto, e Gui e Murilo na outra ponta, só se preparando. O som que veio logo em seguida foi como se capturado de algum show ao vivo, com algum artista falando com seu público e este o correspondendo com uma vibração muito forte. Aí começou a batida e TODO MUNDO sacou logo o que era.

Trilha citada/indicada: Bruno Mars – Locked Out Of Heaven (Live)

Bruno Mars era a sensação do ano com essa música, Locked Out Of Haven. Tinha algo MUITO dançante nela que simplesmente contagiava a todos. Tanto contagiava que logo aquelas fileiras todas de homens começaram a seguir os passos, que eram simples, porém simultâneos, seguindo o ritmo que a música levava.

Ora eles davam pulinhos, se abaixavam, e retornavam, interagiam com a galera, chamavam palmas e tudo. Eu e todas as pessoas não sabíamos para onde ou quem olhar. Estávamos, no entanto, cantando junto com toda a força de nossos pulmões formando um imenso coro, batendo palmas também. Aquele yeah yeah yeah do Mr. Mars nos levava ao delírio puro.

Ficamos todas impressionadas. Os meninos ali entremeados àquele bando de homem, dançavam com todo um gingado, toda uma vontade e tava eu doida pra perguntar se eles tinham aprendido os passos na hora ou se já tinham visto muito o show do Bruno Mars, porque era a mesma coreografia. Acho. Parecida. Sei lá. A questão era que eles tavam mandando muito bem!

E aí veio a parte “crítica” (3:00), que todo mundo praticamente literalmente pirou bonito. Era aquela recheada de Oh Oh Oh Yeah Yeah Yeah, com os caras pulando, seguindo ainda aquela coreografia manjada, anunciando uma finale altamente sensual quando Bruno Mars foi bem determinante em prenunciar de volta o refrão, com um “’cause you make me feeeeeeeeeeeeeeeeeeeeel like....”.

E aí sim corações pararam, as mulheres principalmente exultaram em êxtase. Porque... porque... MEU DEUS, ELES REBOLARAM. E não era só uma reboladinha qualquer não, era uma daquelas bem sensuais, todos se querendo, todos se fazendo e foi mais de uma vez. Fui pro espaço e voltei pra Terra. Não sabia se ria ou se chorava de rir, muito menos pra quem eu focava, mas fico que nem doida gritando, urrando e botando mais pilha ao coro de mulheres que faziam aquele auê pelos caras dançando daquele jeito. Eu quero MUITO uma cópia dessa filmagem. Eu pago! O dobro, o triplo!

A música foi aos poucos acabando, eles ainda muito eufóricos e agitados. Eu já tava surda surda surda surda de tantos assobios, trompeta (sim, era um dos apetrechos), urros e gritos quaisquer. Finquei ali onde estava, quase num camarote, e pensei comigo que não poderia estar mais surpreendida que aquilo.

E, incrivelmente, eu estava enganada. Só muito enganada!

Não tinha ideia do que o universo iria me apresentar mais.

~;~

Coincidência ou o universo adorava ser brincalhão?

Era o tema da conversa na mesa quando Diogo e Ádria apareceram para nos cumprimentar e tirar umas fotos conosco. Já tínhamos surrupiado a Dani e o Bruno pra nossa mesa. Para Diogo foi uma baita surpresa.

– Tô apenas surpreso pelas chances de vocês serem conhecidos do Bruno!

– E eu pelas mesmas chances de vocês terem meu vizinho como Dj.

– O quê?

A primeira coisa que perguntamos aos garotos no pós-showzinho de dança improvisado foi o quanto eles tinham virado de bebida para estar ali no meio do palco dançando daquele jeito. Porque nenhum deles iria fazer com a sanidade intacta, de cara e coragem. Nunquinha que eu ia acreditar. E olha que eles eram quem iria dirigir de volta. Questionamos também como foram convencidos para tal façanha.

O Alexander fez um discurso motivacional muito bom, disse o Bruno, sem entrar em detalhes. Como um pequeno segredo, eles só sorriram cúmplices de novo, não querendo dizer mais nada. Nisso, enquanto nós meninas ainda apreciávamos aquela surpresa e mexíamos com eles, Murilo foi chamado por um padrinho e se distanciou de nós. Quando retornou, voltou com Lucas do lado. Outro achado naquela festa!

Ao que ele explicou, foi bem repentina sua viagem. Seu amigo iria cobrir a festa como Dj, porém, por uns problemas últimos antes de pegar estrada, não pôde vir. Como tava em cima da hora para cancelar com a organização e estragar possivelmente a festa, deu umas coordenadas pro Luke e o mandou no seu lugar. Sem muitas explicações mais ou um tempinho para se divertir conosco, Luke teve que voltar para sua cabine e foi nessa hora que a pista zerou a vida, porque o Gui se meteu a besta de dançar Gangnam Style a la Psy junto com uma galera quase num flashmob.

O que era fazer os passinhos de cavalgar depois de toda aquela apresentação, certo? Bom, se ele achou que eu nunca esqueceria aquele seu momento N’Sync, imagina o Mars e o Psy.

E aí o papo começou a render, começamos a discutir quem conhecia quem e de onde e como isso nos entrelaçava de uma forma que a cidade parecia cada vez mais um ovo. Nessa hora, felizmente, tanto Dani quanto Flávia estavam um pouco altas e distraídas, sem ficar babando no enfermeiro bonito. Ou talvez o fato de agora ele estar casado e com sua esposa à mesa as faziam mais controladas. Eu também apostava no critério mico.

Se bem que depois daquela apresentação dos garotos, estava cada uma derretida por seu par. Bom, eu estava pelo meu e não precisava de dancinha nenhuma. De qualquer maneira, ainda queria ter um momento com Diogo para buscar informações sobre como ter acesso a certas imagens...

Não rolou, eles logo tiveram que continuar a rodar sua própria festa, cumprimentar mais convidados. Em breve iriam cortar o bolo e Ádria iria jogar o buquê, sendo que ainda tinha um bocado de pessoas para falar antes. Novamente ordenaram que aproveitássemos a festa.

Eu tentava, o Gui é quem estava com frescura. Depois do que eu tinha “aprontado” com ele, meu amigo fazia doce. Quer dizer, se eu pisava a 1 metro dele, ele se distanciava, se eu o acompanhava pro bar, ele fazia questão de voltar sozinho, se eu o enrolava em meu boá, Gui se desfazia dele sem graça, me ignorando. Ele não tava chateado de verdade, era só implicância mesmo. Todo mundo já tava fazendo campanha pra ele me perdoar porque, ao que parecia, éramos mais insuportáveis “brigados” que só de picuinha.

Explico.

Eu já tava um pouquinho alta quando dançava no salão com meus amigos, seguindo o mashup que tocava [vamos fingir que o mashup vai até 2012].

https://www.youtube.com/watch?v=DS2xsk2hzpM

Era uma mistura das músicas mais sensações dos últimos tempos. Me emocionei ora e outra quando tocava algum trecho do One Republic entremeado a tantas músicas. Luke bem sabia dos meus gostos, mas ali era um casamento e ele não poderia atender meus pedidos, mas sim do mais novo casal, e eu já estava adorando mais e mais Ádria e Diogo por presumir que eles eram os responsáveis pelas escolhas das músicas que tocavam.

Mas eu tinha comigo que Lucas dedicava umas pra mim, principalmente quando se tratava de Rihanna na pista. Pirei mais com Only Girl In The World. Foi a hora que Vini tomou a taça de minha mão e disse que era melhor eu maneirar, que não era acostumada com bebida. E era verdade. Não gosto de beber, não vejo muita razão em sair queimando todo o meu organismo com algo do tipo, mas se for pensar realmente nisso, não devia nem beber refrigerante. Mas de costume mesmo tomava só uns goles de vinho e geralmente no Natal. Nessa festa, no entanto, bebi uns e outros drinks porque as meninas fizeram a maior propaganda de um coquetel de frutas. De fato, estava delicioso. Pra todo caso, eu acusava que foram elas quem batizaram.

E por isso mesmo eu tinha a impressão que elas tinham apostado em me fazer beber umas. Aquela propaganda toda era muito suspeita.

O caso é que eu devia ter parado enquanto podia, isso sim, porque meu tiro saiu pela culatra... embora quase tenha chegado no ponto principal. Falo de meu plano, não que eu tava me embebedando ou algo do tipo. Foi impagável a cara do Gui quando o Vini o abordou logo que reapareceu de uma ida ao banheiro. Vini foi incerto de perguntar, mas foi lá, mandou na lata. Como estávamos numa área não muito ensurdecedora e nem muito no breu, não houve problemas de escutar a conversa deles ou de ver a expressão de meu amigo. Ao menos o Vinícius fazia a maior cara de inocente. Mas de primeira Gui não comprou essa inocência toda dele.

– Até tu, Brutus?

Explico de novo.

Sim, eu fiz meu namorado dar um toque no Gui de avisá-lo que a braguilha dele tava aberta após vir do banheiro. E sim, meu amigo mais rápido que nunca checou para ver se era verdade e aí sacou que era pegadinha. Ao estreitar a visão para o Vini – o que me deu na dúvida se era pela suposta raiva de me dar cobertura naquele argumento ou se era pela penumbra que nos encontrávamos – este levantou os braços em rendição. E me entregou toda no processo.

Vinícius apontou pra mim!

– Hey, fui coagido. Ou isso ou uma greve de beijo.

Logo que o Gui se distanciou para ir ao banheiro, eu dei o sinal. Vinícius revirou os olhos, mas como eu fazia pressão e suposta greve, ele acabou aceitando seu cargo.

Foi um pouco antes, ainda na igreja, que fiz o trato com ele. Ia acompanhar todo mundo entrando quando Vini me segurou delicado pelo braço e entendi que ele queria falar algo. Deixei então os outros tomarem a frente para escolher os assentos na igreja e me virei para verificar do que se tratava. Com voz baixa e se aproveitando do alvoroço de outras pessoas tomando seus lugares, um Vini um pouco perdido me questionou:

– Hey, Mi, o que foi aquela mensagem que...?

Imagino que eu detinha a minha clássica face de traquina e não me importei nenhum pouco por expressá-la. Vini tentou sacar minhas intenções, porém ficou visível que ele não atingiu qualquer sucesso. Melhor ainda, aí que meu sorriso se alargou.

E se alargou mais, se possível, ao dar uma boa checada no namorado. Costumo ver Vinícius de terno e/ou gravata, mas ali, de pé na portaria da igreja, as pessoas se movendo todas para entrar e restando apenas nós dois, ele conseguia me arrebatar. Estava disposta até a sacrificar minha produção por isso. Ele que adorava tirar meu batom mesmo...

Mas vendo que Vini esperava uma resposta, só inspirei – e fui abraçada por seu novo perfume – e me forcei a manter-me no plano real de vivência.

– Te explico mais tarde, pode ser?

Novamente ele se mostrou perdido. E eu fiquei perdida junto com ele...

– Mas vou ficar sem beijo mesmo? Que história é essa de greve?

Greve?

Não, eu pedi que ele fizesse um favorzinho; se não cumprisse, eu negaria um beijo. Não tenho culpa se ele interpretou que seriam todos os beijos. Mas, uma vez traquina, novamente traquina, pois não esclareci.

– É só pra provar um ponto.

– E por que eu tenho que virar a vítima no processo?

Tinha ele que fazer essa carinha e me derreter desse jeito? Tinha não. Devia não.

Mas ele fez do mesmo jeito, chegando-se mais e mais próximo, fazendo-nos ficarmos nivelados por meu salto, e passou o braço por meu dorso para me puxar para si. Aqui não, pensei eu.

– Vítima não, cúmplice. É diferente.

– Sei. Não estou gostando dessa sua carinha de quem vai aprontar...

– Um ponto é um ponto. Tu já me usou, lembra? Pra provar pro Murilo que ver alguém que se ama aos beijos com um cara não é legal. Então se pensar bem, você quem está em dívida comigo. O que vai, volta.

E matei dois pontos com um plano só! Sou um gênio mesmo.

– E meu beijo, não volta, não?

– Vou pensar no teu caso.

Me desvencilhei dele e saí puxando-o para entrar na igreja. Quando ele estava finalmente distraído em procurar nossos amigos, eu provei que ele estava acima disso e que não, não era uma vítima ali. Beijei-o de surpresa. Bobo, ele retrucou de volta, antes de me guiar para o corredor da igreja:

– Ainda bem que essa prova de ponto não é comigo. É melhor que não seja nada demais, viu.

– E quando eu...? Deixa pra lá, não responde.

Só que na hora de executar mesmo, Vini permanecia relutante em compactuar comigo conforme rolava a recepção, principalmente por eu já estar um pouco alegrezinha demais.

– Tenho mesmo que fazer isso? Isso é esquisito, Mi.

Assim o Gui fica sem lição, foi meu argumento. Deixa sem lição, oras, foi o argumento dele. Uma hora ele aprende. Aprender aprende, mas uma forcinha não seria nada demais, seria, eu revidava. Só na hora do rolo me dou conta de que não era bom contar com o Vini para fazer um esquema. Ô garoto pra trair o movimento! Mesmo para uma pegadinha boba dessas.

Então o repreendi por me entregar tão de bandeja ao me acusar descaradamente para o Gui.

– Vinícius!

E tão logo revidei, oras, defendendo-me e jogando só de mal tudo pro lado dele. Apontei também e fiz teatro pro meu amigo.

– Foi só por UM beijo, olha como ELE é baixo.

Por que que eu não só ria e me mantinha calada, por quê?

Gui olhou de mim para o Vinícius e fez isso mais umas duas vezes nos analisando. Ao nosso redor, nossos amigos assistiam a bagaça entre risos, também já sacando a tramoia. Só a Flávia mesmo sabia dos precedentes daquela conversa em específico. De qualquer forma, imaginava eu que já não tinha jeito pra mim.

Meu amigo enfim chegou a um veredito. Melhor dizendo, escolheu um lado.

– Eu confio no Vini.

Suspirei. Era melhor eu aceitar minha perda.

– Só porque minha credibilidade está em baixa, só por isso... Ainda assim, que foi impagável, ah, isso foi.

Aí ele não queria mais falar comigo. Podia uma coisa dessas?

Reaproximo-me dele pela trilhonésima vez, balançando o boá, toda charmosa. Mais uma vez ele não me olha, senão para as pessoas dançando ao nosso redor, as luzes piscando e o som dominando o espaço fechado. De pé e com as mãos nos bolsos, ele assistia a Flávia mandar ver no salão com a Dani e o Bruno.

Trilha indicada: Afrojack – Take Over Control (Feat. Eva Simons)

(01:08)

– Dança comigo.

Eu persistia, tinha jeito não.

– Não.

– Dança comiiiigo.

– Não. Não é mais minha garota.

Dou uns pulinhos no meu lugar, vibrando a notícia.

– Uhuuuuuu! Brincadeira. Agora DANÇA comigo.

Ele faz que olha pra trás procurando o Vini, que está na mesa com Murilo, Aline, Becca, Alexandra e Adam. Meu mano me disse que só me deixaria voltar para lá se fizéssemos as pazes e Vinícius apoiou. Eita povo exigente!

– Cadê o teu namorado para interceptar essas bebidas suas?

– Hey, eu já parei, viu. Do que me lembre, o bonitinho que bebeu todas e ainda saiu no crédito foi tu, na viagem. E eu disse isso pro Murilo? Nãaaaao.

Ia reclamar que era capaz de Murilo aceitar a versão mentirosa de Gui de que ele estava bem sóbrio naquela festa que fomos, mas acabo por notar que meu amigo mal me ouve e não é mais por estar me ignorando. Ele parecia em outra dimensão. Olhava diretamente para sua frente e, naquele amontoado de pessoas, destoava a Flávia com nossos amigos.

– Ela tá magnífica, não?

– A noiva?

– A Flávia...

Ele suspira, como se estivesse cansado. Ou preocupado.

– Tinha receio de trazer ela nessa festa.

– Por causa dos seus pais.

Gui assente, ainda com uma expressão de chateado. Só não por mim por exato.

– Sim.

– Ainda não os vi na festa. Será que não ficaram para a recepção?

– E perder todos os contatos? Nah. Eles devem estar em algum canto.

Passamos uns segundos calados. Acabo me recostando nele, que passa o braço por meus ombros, como se nada tivesse acontecido entre nós minutos antes. Eu gostava disso.

– Eles ainda falam dela?

– Que eu veja ou ouça, só meu pai. De qualquer forma, tenho que sair daquela casa, não importa o jeito.

– Sabe que se precisar, tem a minha, né?

– Sei, valeu.

– Tô herdada de volta?

– Nops. Só tô com esse braço em ti assim porque já tem macho observando.

Reviro os olhos, embora feliz pela demonstração de carinho dele.

– Sou sua garota de novo, nem vem. Aceita que dói menos.

Ele finalmente descontrai desse momento serião e ri.

Já podia então voltar para a mesa sem ser expulsa.


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Notas finais do capítulo

Não vai ter combo hoje, sorry =/ Mas prometo não segurar capítulo por muito do tempo rs. Tem mto babado vindo por aí e, acreditem, meus dedos estão coçando para postá-los logo logo.

Pra fechar o post no estilo como primeirão do ano, trouxe uma curiosidade. Duas, na verdade.

1) Meu Deus, eu VI essa cena há quase um ano atrás! O Bruno Mars sempre me dá uma mesma sensação gostosa quando vejo esse vídeo e lembro da galera. Gostaria eu de ter essa filmagem. Pagaria o dobro, o triplo HAHAHA!

2) Momento propaganda (pq não?)

Eita que MoE tem sido uma viagem!
Nesses pouco mais de três anos nesse mesmo espaço também tive uns surtos paralelos, só que era sempre pra MoE que eu voltava. Já virou questão de honra dar o ponto final, mesmo que seja dolorosa essa despedida hahaha
Em meu perfil vocês encontram também duas short-fics, numa pegada mais chick-lit/comédia romântica. Há um segundo spin-off que faz um tempo fiquei de postar e outro que às vezes me bate a inspiração só quando não posso escrever (incrível!).
Há também dois projetos que me deixam na dúvida para seguir após o buraco que MoE deixar. Sobre um já comentei algumas vezes nas notas finais e o outro, bom, é outro xodózinho. Ainda estou pensando a respeito sobre como desenvolvê-los e quem sabe postá-los. Por enquanto, temos muitos capítulos para revisitar.

Espero que gostem e que estejam gostando de como a história tá se encaminhando.

Bjos,

Até breve!

A.



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