Mantendo O Equilíbrio - Finale escrita por Alexis terminando a história


Capítulo 116
Capítulo 115


Notas iniciais do capítulo

Coisas que o universo acaba revelando...



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— Tu é muito sortuda!

Roberta me avista do outro lado do corredor enquanto me encaminho pra mesa do café, na empresa. Sinto que estou me arrastando, não andando. Desde quando esse corredor se tornou tão enorme? Não quero nem pensar no tanto que ainda vou andar neste dia. A animação de minha colega ao menos me desperta mais.

— Eu? Onde? Como? O que ganhei?

Carregando uma papelada aos braços, Roberta para no seu caminho assim que me alcança e vira de lado, dando a entender que era pra eu puxar algo do bolso de sua calça.

— A minha tia achou uma das revendedoras que tem o perfume! Taí o número. Mas liga ainda hoje, porque tem só umas três unidades, viu. Pra uma edição limitada, esse perfume é bem procurado.

Isso sim são boas notícias! Só assim pra eu ter energia de pular, animada.

Puxo o papel do bolso dela e seguro nas mãos como a promessa de algo precioso. Meu dia precioso. Meu descanso. Meu aniversário. Meu Vini. Um sorriso bobo parece ser todo o agradecimento que Roberta precisa, pois ela segue seu caminho antes que eu possa dizer algo. Mas agradeço do mesmo jeito.

Pego logo meu celular pra resolver isso. Dá caixa postal depois de chamar por uns cinco toques. Ah, droga! Não agora que descobri esse pote de ouro no fim do arco-íris! Não depois de tanta busca!

Ligo mais uma vez e nada. Teria que tentar novamente mais tarde.

Pra todo caso, mando uma mensagem anunciando meu pedido de reserva. Eu não ia perder aquele perfume! Não ia!

Já me bastava ter tanta prova na nossa semana. E por conta delas, eu nem poder planejar direito nossa escapada... Eu queria fazer uma surpresa especial pro Vini, na minha casa, mas essa semana só me grita o quanto é impossível fazer qualquer coisa. Mal consigo pensar sobre isso, vez que tem tanta matéria na minha cabeça. Quero tanto fazer algo bacana, algo memorável... Simples, mas interessante. E já é amanhã! Vou ter que conversar sobre o Vini sobre essa comemoração. Se eu pudesse abortar as provas! Se fosse aula, eu matava de boa. Prova é mais complicado.

Desanimada novamente, ando até a ala dos estagiários. Quer dizer, faço minha pausa na mesa do café, onde umas meninas estão reunidas, já num papo. O meu cansaço é tanto que mal chego, puxo uma cadeira e sento próxima à rodinha, ouvindo a conversa sobre as figuras que virão para as palestras da empresa. Diria que meu cérebro parou no tempo, porém, ao ouvir sobre uma tal retaliação (de brincadeira), algum flash de memória traz uma imagem de... um sonho? Algo com... com o Murilo?!

— Tá pensativa hoje.

Nem tinha notado Iara ali, que se distancia daquele papo e se chega pro meu lado. Encosto a cabeça na parede, meio presente, meio ausente. Preciso de uma semana sem fazer nada. Sério. Essas jornadas de empresa, faculdade, sugam. E tem tanta coisa mais pra fazer... Como o provão de Silvana! Não tô inteiramente boiando, tô até sabendo legal, mas depois daquela prova de ontem do Sanches, e da promessa da professora, não sei, não sei mais de nada. Inspiro ante essa expectativa.

— Tô. Provas, planos e... Murilo. Um sonho estranho que tive com ele. E... Sávio?

Outro flash de memória consigo resgatar. Acho.

De rabo de olho, consigo espiar a reação de Iara. Ela pausa o copo descartável com água a caminho da boca e levanta as sobrancelhas, surpresa.

— Sávio?

Mais uma peça do quebra-cabeça aparece na minha mente.

— E Dani?! Nossa, tá vindo aqui uns flashes... Eu tava conversando com o Murilo antes de dormir. Acho que meu cérebro deve ter conectado com a confusão de ontem.

Preciso de descanso. O quanto antes. Meu cérebro já não tá respondendo bem.

— Ah, o Sávio me contou. E o Gui, mais cedo. Tenso.

— É, foi tenso. E esse sonho... não sei. Estranho. Uma impressão... de ter sido bem vívido, sabe? Uma conversa sobre o Sávio, a Dani... até o Yuri!

— Aquela história da notificação dos celulares, né? Eu soube também. E acho suspeito. Não bem o conheço – esse tal Yuri, digo – mas o fato de o celular dele ter apitad...

Acabo interrompendo Iara ao vir um pensamento assombroso. Não ter notícias do paradeiro daquele ser é tão pior quanto ter.

— Você sabe se ele tá de volta? André.

Iara se sobressalta de repente e se senta numa cadeira ao meu lado, também pensativa. Ela amassa um pouco do copo descartável, embora ainda tenha um pouco de água nele.

— Não que eu saiba! Mas acho que não. O Sávio fica mais nervoso, inquieto. Desconfiado. Recluso...

Quem não ficaria.

— E nas últimas semanas ele não tem estado assim. Acho que ele me diria, se fosse o caso.

Recosto minha cabeça na parede e sinto o alívio preencher o corpo e a mente. Não é de todo notícias ruins.

Iara continua divagando... Também parece cansada, embora bem mais disposta do que eu. Nem quero lhe espoleitar que trabalhar e estudar te suga a alma.

— Acho que posso dizer que ele está mais esperançoso. Ainda mais por, você sabe, termos reforço.

— Sei.

Respondo mais displicente que outra coisa, e Iara se sobressalta novamente.

— Sabe?!

— Quê? Sei o quê?

Já disse que não sou confiável neste estado? Imagina como será meu desempenho nessa prova de Silvana, quero nem pensar. Encaro Iara para entender o que ela estava dizendo, mas posso sentir que estou perdidaça. Iara, por outro lado, está com um olhar desconfiado e incerto.

— O... reforço. O que você sabe sobre isso?

— Eu? O qu...? Peraí, o que você sabe sobre isso?

Enquanto debato internamente sobre o que ela tá falando, o que eu sei sobre isso e o que parece que é, a boca de Iara forma um pequeno “o” surpreso. Chocado e animado ao mesmo tempo. Incerta fico eu.

Você sabe!

— Será que a gente tá falando da mesma coisa, I?

Coço a cabeça, não sabendo mesmo se o que tô pensando é o que ela também pensou. Será? Caraca, meu cérebro tá uma droga mesmo. Que o Vini se considere sortudo, porque eu lembrei do nosso aniversário dessa vez!

Foco, Milena, Foco.

Será que a Iara percebe que não tô batendo bem?

— Só tem uma maneira de saber... Mas eu também não posso dizer.

Depois dessa, instigo, jogando verde:

— Por que não?

— Porque me fizer... Hey, não vale!

Apenas dou de ombros. E ela não larga o osso também.

— Mas como foi que você soube? Não era pra ninguém saber!

— I, vamos facilitar uma pra outra. Você não pode dizer, eu não posso dizer... E precisamos saber se estamos falando da mesma coisa.

Pego a caneta que estava no meu bolso e puxo um panfleto qualquer que tem na mesinha do café. Faço três traços de espaço e I levanta as sobrancelhas, mais desconfiada ainda. Só estando um bagaço cerebral mesmo para estar tratando isso com tamanha tranquilidade, penso. Penso também em sair mais cedo da aula, após fazer o provão de Silvana, porque preciso mesmo descansar a mente.

Mostro o esquema pra Iara e lhe explico. Se for o que tenho em mente, bom, se não for, bom também, acho. Posso pelo menos testemunhar que não fui eu quem entreguei o babado. Posso também imaginar a cara de Max quando eu lhe disser isso.

Ele não precisa saber, né? Não é como se fosse mudar algo, até porque Iara nem aparece lá, tampouco está envolvida em situações escusas. Imagino que Sávio seja uma testemunha também. Bem, mais infiltrado que eu.

— Olha só. Eu vou colocar uma letra aqui e você coloca mais uma e só. Se fizer sentido pra você o quanto estiver fazendo sentido pra mim... Bem, vamos saber.

Coloco um X no terceiro espaço e parece que Iara prende a respiração. Entrego a caneta e ela coloca um M no primeiro espaço. Em resposta, sorrio, meio feliz, meio inquieta, tomando a caneta e o papel de volta. Sim, ela sabe!

Mas Iara não parece estar tão ok com isso.

— Você confia nele, Mi?

— Agora eu confio, I, agora eu confio.

Minha amiga permanece um pouco incerta e confusa. Ou talvez só cansada dessa situação tão inescrupulosa e doida que é o rolo do Sávio. É o namorado dela, afinal. Eu já passei por muita coisa com o Vini – até caso de polícia – mas nada como uma operação como esta. É duro, cara. Ela... Eles se mantêm fortes, e são incrivelmente conectados. Não é qualquer pessoa que aceitaria essa barra. O Sávio já pode crer que achou a pessoa certa. Algumas vezes ele havia me dito que gostaria tanto de ter alguém pra ter uma sintonia... Tal qual a minha com o Vini. É algo meio estranho de ouvir, mas vendo a Iara assim, preocupada, mas lutando junto, eu fico feliz por eles estarem juntos. Eles têm suas maneiras de encontrar o equilíbrio.

Amasso o papel em minha mão e guardo a caneta no bolso novamente. Como minha amiga está um pouco além-mundo encarando o vazio de seu copo, após beber o resto da água de lá, passo um braço pelos seus ombros e trago ela mais para mim. Quero que ela tenha a mesma certeza que tenho em meu peito.

— Vai dar certo, I. Vai dar certo.

— O quê que vai dar certo?

Gui chega nessa exata hora e logo percebe a I pra baixo. Amasso ainda mais o papel que tenho em mãos e guardo no bolso. Eu que não vou querer evidências soltas por aqui! Sem sobressaltos, me faço de atriz, levo a sério meu papel. Pelo menos agora sei que tenho menos uma pessoa para mentir.

— É só ansiedade pelas grandes mudanças. Mudar de apartamento, voltar a estudar e... Sávio.

Ok, essa última era uma alfinetada no Gui. Sei que lhe chamo a atenção. E de Iara, que me olha surpresa. Nosso amigo se agacha às nossas pernas e parece se compadecer da situação ao ver Iara daquele jeito. Vulnerável.

— O que tem o Sávio?

— Ah, você sabe... É difícil estar com alguém que as pessoas – os amigos – não querem por perto. Mas a gente entende, não é, I?

Ela assente, entrando nesse desvio de assunto. Ela se desvencilha de mim também e se apruma, vez que Gui não comenta o caso. Ao se levantar, nos levantamos junto. Olho para os lados e não há mais rodinha. Nem vi quando as meninas saíram. É sinal para eu voltar para o meu trabalho também.

Recomposta, Iara melhora um pouco de sua expressão e nos agradece antes de seguir seu caminho. Ela faz uma carinha específica pra mim, dando a entender o outro papo. Já o Gui, quieto, vai para a mesa do café encher um copinho. Sigo o meu caminho para a sala dos estagiários, mas Gui me chama.

— Lena.

— Oi.

Ele titubeia por uns poucos segundos, um pouco desconcertado.

— Nada não. Acho que quem tem o arquivo que tô pensando... é o William.

— Ok.

~;~

Sabe quando você está olhando pra tela do celular, mas parece que não tá olhando de verdade? Nem eu sei dizer em que mundo estava. Só sei que dou um pulo quando Gui me cutuca.

— Lena?

— Oi? Hein?

Não deu outra, depois da magnânima avaliação da professora Silvana, eu pedi encarecidamente para ir embora. Vulgo, matar os dois últimos horários. Nem Gui, nem Flá se opuseram – aliás, até acharam melhor. Até uns minutos atrás descobrimos que outros alunos também deram no pé e o professor Paulo ficou indignado pelo “boicote”. Na aula da professora Amália tinha metade da turma, mas na dele, não tinha um quarto.

Só tivemos que esperar o intervalo mesmo passar, pois Djane me sequestrou por um tempinho antes de escaparmos. Também aproveitei esse momento para fazer uma perguntinha.

Eu poderia dizer que estava fazendo isso por puro desespero, mas a verdade é que me sentia muito anestesiada. Efeito da avaliação de Silvana. Também não sei o que aconteceu. Não tava ruim. Nem facílima também. Ok, tava razoável, até saí antes do esperado. Não acredito que caí na pilha da professora.

Ainda assim, só queria um pouco de tranquilidade. Nunca achei que poderia chegar nesse ponto. Nesse momento, constatei que ter princípios não é bem uma escolha consciente. Acho. Meu cansaço pode justificar bem esse pensamento noiado, pra todo caso.

Assim demandei:

— A sua prova tá muito difícil, professora?

— Minha pr...? Que prova, Milena?

Nem liguei se Djane não entendeu de primeira, eu também não tava muito compreensível.

— A sua prova. De Gestão. De amanhã.

Djane fez uma cara engraçada ao sacar o que eu queria dizer (Max aplicar uma prova que ela articulou), mas sei que ela não entendeu porque estava perguntando, pois não é nada a minha cara. A propósito, sempre brigo com ela quando tenta ou quer facilitar minha vida acadêmica.

— Só quero um pouco de paz de espírito, só isso.

Djane ainda ficou em dúvida, desconfiada. Sei que ela via o quanto estava cansada, mas ela já me viu desse jeito antes e eu não fazia esse tipo de pedido. O que será que ela ficou imaginando depois dessa?

— Bem, se é assim... Está bem simples. Bem conceitual, na verdade. Nada para escr...

— Djane!

— O quê? Você quem perguntou, Milena!

— Mas não tanto spoiler!

— Querida, você quer me contar alguma coisa?

— Só quero dormir e acordar daqui um mês.

Esse estresse todo não anda me fazendo bem. Mesmo. Estava ainda muito chateada por não poder comemorar o meu níver com o Vini no dia propriamente. Essa chateação, por um acaso infeliz, parece ter sido transparecida para Djane.

— Tem algo que não estou sabendo?

Como não queria discutir aquilo com Djane, dei de ombros, pra desviar o assunto.

— Num sei. Acho que a senhora está bem por dentro.

— Tem certeza, Milena?

O que ela achava que era, afinal? Inspiro, desgastada.

— Estou deixando de ser essa pessoa, professora.

Djane meio que se assusta nessa, pois eu dei a entender outra coisa.

— Eu n... Não quis dizer dessa maneira, querida.

Senti muito por ter soado isso, mas naquele momento, eu... Bem, queria minha cama. Queria – QUERO! – minha casa. Quero que essa semana termine. Quero um descanso decente. Quero respirar. Ainda é noite de terça-feira e não posso fazer nada senão esperar. Tentei ao menos suavizar minha expressão. Eu não devia descontar isso em Djane, afinal. Ela só queria ajudar.

— Tudo bem.

Mesmo de banho tomado e de janta quentinha no estômago, ainda tô segurando a barra do cansaço. Gui havia permanecido comigo e Flá. Eles dois na verdade estavam repassando um pouco da matéria de Dj... de Max. Eu não tinha mais cabeça, porém, tava ali só em corpo. Contei sobre o spoiler que a professora tinha me contado, porque me matariam se não o fizesse. Não que eu fosse sentir também. Minha cabeça estava... é, nem eu sei onde estava.

Flá estala os dedos ao meu rosto e parece que eu tinha fugido do tempo presente de novo.

— O que você tá olhando na tela, hein?

— Ah, é só uma mensagem de Dani. Eu mandei uma pra ela mais cedo, e só agora ela respondeu.

Eu havia dito algo como “Eu não sei como está em relação a mim, mas só queria dizer que, sobre aquilo de ontem, a intenção não era te magoar” e ela apenas respondeu “Não posso pensar nisso no momento. Também tenho provas”. Mal vi o Bruno neste dia, e ele também passou o dia bem ausente. Com as avaliações da semana, tampouco pude procurar saber mais. Nem Djane sabia que Dani tinha parado na sala de Fabiano no dia anterior. Não é nada emergencial, dá pra ver isso depois. Melhor, dar um tempo para essa poeira baixar.

Me volto para a mesa, toda aquela papelada, cadernos, alguns livros empilhados, e não deixo de me frustrar novamente por querer o que não posso ter no momento. Até minha surpresinha para o Vini foi por água a baixo. Mandei uma mensagem para ele quando tinha chegado da faculdade, mas acho que ele ainda não viu, o que também reforça meu coração triste. Dramática que sou, contei logo a empreitada:

Eu ia te fazer uma surpresa pra amanhã – nosso aniversário de um ano! Sim, eu lembrei! – mas no momento não sou um ser humano decente *chora* Estou só existindo. Desculpe. De verdade. Que acha de remarcarmos? Esse fim de semana? O outro fim de semana? 

 

Como que de repente tá tudo em suspenso na minha vida?

— Gente, se vocês quiserem continuar os estudos, vão em frente, podem seguir sem mim. Vou pra cama.

Assim que começo a me levantar para me retirar – era umas 22h10, vi no relógio da parede – Gui pergunta:

— Mas já?

— Ando bem cansada. Desculpe.

Meu cansaço deve tá alcançando níveis bem preocupantes, pois, é impressão minha ou Flá olha suspeitosamente pro Gui? Pisco os olhos, pois, Senhor, já estou vendo coisas. Vou nem ligar pro Murilo hoje!

Enquanto ajeita a marcação de um livro, Flá se levanta primeiro e se prontifica a ir junto. Pra arrumar as coisas no quarto. O que também soa meio... esquisito.

— Tudo bem. Vou só... Errr... Trocar o seu lençol.

— O que tem meu lençol?

— Err... Nada demais. Só preciso ajeitar as coisas lá no quarto rapidão. Esqueci.

— Ok.

Ela segue pro quarto. Como tô mais lenta, demoro a levantar. Mas também quando assim faço, o Gui logo se põe de pé. Não sei dizer, tem algo diferente nele. Caraca, tô tão imprestável de cansaço? Deixo pra lá quando me movo para o quarto, mas ao ouvir passos logo atrás, paro no corredor e me viro.

— Pra onde você vai?

— Eu? No banheiro.

— Ah, ok.

Tô vendo coisas. Certeza!


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Notas finais do capítulo

Alguém não tá batendo bem!



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