Um natal em são Vladimir escrita por Mielly Milena


Capítulo 1
Merry Christmas


Notas iniciais do capítulo

É, um capitulo só neh?! mass...



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O dia amanheceu com um sol ainda tímido sob a camada de nuvens pesadas de se amontoava sob Montana, mas realmente me pareceu um dia promissor, pelo menos até lissa entrar no meu quarto com uma proposta um tanto assustadora.

- Você quer o que? – Olhei para Liss como se ela fosse louca.

Talvez estivesse ficando mesmo.

- Uma festa, Rose – ela se sentou na minha cama – Uma festa só nossa, Vamos, vai ser divertido.

Olhei profundamente dentro daqueles olhos de jade, tentando demonstrar meu desgosto. Não que eu recuse uma festa, afinal, sou Rose Hathaway, mas o fato de Lissa querer dar uma festa, chamar atenção para si mesma me preocupava, mas ela queria muito isso, dava pra ouvir o “Por Favor” emanando pelo laço.

- Certo – Suspirei – Mas escolheremos a dedo as pessoas que poderão vir.

- Tudo bem – ela abriu um sorriso tão grande que suas presas ficaram a mostra – Obrigada.

Eu não poderia dizer não, Principalmente depois do argumento dela, de que não comemorávamos o natal desde que seus pais haviam morrido. Liss e eu estamos no terceiro ano da St.Vladimir e desde que voltamos, as coisas estão meia barra pra ela, acho que ela ficou muito sensível, quando príncipe Victor a sequestrou querendo usar o espirito, e ainda saber que Natalie estava envolvida, E vê-la se reerguendo assim já era motivo para que eu fizesse qualquer coisa por ela. Pelo menos era melhor que minha ideia de natal, nós duas presas no meu quarto comendo pão e água.

- Certo – Lissa pegou um bloquinho – Quem vamos convidar?

- Liss – interrompi – Sabe que kirova pode não deixar certo?

- Não me atrapalhe – Ela se ajeitou numa posição confortável – Vamos chamar Eddie? Christian e Camile?

Franzi a testa e ela entendeu o recado, nada da realeza.

- Podemos chamar Tacha, com certeza ela vai querer vir, você acha que o guardião Belikov viria se eu o chamasse?

Repentinamente senti uma pontada no peito, chamar Dimitri?

- Não sei se é uma boa ideia Liss.

- Vou perguntar – Ela deu de ombros – Se ele quiser.

Ficamos mais algum tempo no quarto decidindo quem iria ou não, seria apenas uma festa intima, com amigos que realmente estavam presentes na nossas vidas, chamamos alguns aprendizes e decidimos que já era um número bom. Eu não queria muita gente e no final acabou não ficando mesmo, mas eu juro que estava preste a torcer para que Kirova realmente não deixasse a festa acontecer. Mas ela deixou, mostrando que ela é realmente uma inútil, quando eu realmente quero uma coisa ela faz de tudo para que não dê certo, mas quando eu não quero...

Na manhã seguinte, como estamos de férias, Liss veio até o quarto me chamar para que fôssemos fazer as compras para a festa, alegando que trocaríamos presentes, então me troquei e fomos para o pátio, onde a van preta já nos esperava, éramos três Guardiões ao todo, sem contar com o motorista é claro, Lissa se sentou no banco do meio e eu fiquei na janela, tendo plena consciência de que Dimitri e Stan estavam bem atrás de nós. Quando descemos no shopping, nós fomos de loja em loja a procura de algo descente para presentear nossos amigos, no final ela acabou pagando por tudo, é claro, mas minha parte quem escolheu fui eu. Olhei de soslaio para Dimitri, parado a uma certa distância fingindo ler uma revista, não acho que deveria comprar algo para ele, tenho certeza que ele não vai. Depois de quase quatro horas fazendo compras, Lissa e eu estávamos com as mãos carregadas de embrulhos e sacolas, cheio de presentes e lembranças, ela insistiu que almoçássemos por lá mesmo e eu juro que estava com uma saudade do bom e velho cheeseburger e um refrigerante estupidamente gelado. Não falei com Dimitri durante todo o percurso, digamos que nossa relação não anda a das melhores hoje em dia, convivemos com a interação professor-aluna.

- Isso vai ser divertido – Lissa parecia radiante.

Tentei entrar no espirito dela e não parecer rabugenta, não podia estragar a felicidade dela. Quando voltamos para casa já estava amanhecendo, o anoitecer para os humanos, e Lissa adormeceu no meu ombro. Quando chegamos na academia eu estava quase adormecendo também, me espreguicei e toquei o braço dela para acorda-la.

- Que tal irmos dormir? – Sugeri de forma doce.

- É uma boa – ela sorriu – Mas vamos passar nos alimentadores primeiro?

- Claro, vou com você.

Entramos pelos corredores desertos até a ala dos alimentadores, Lissa checou com a recepcionista e entrou na sala me mandando um beijo pela ponta dos dedos, foi só quando ela saiu que percebi Dimitri na porta, me observando.

- Fez compras para o natal. – Não era uma pergunta.

- É – concordei – Para a festa da lissa.

- Ela me disse algo do tipo – Ele parecia pensativo.

- E você vai? – tentei não colocar expectativa na minha voz.

Ele não me respondeu, mas também lissa chegou nessa hora, seu rosto parecia mais vivo e bem disposto, sem aquelas olheira embaixo dos olhos.

- Vem liss – chamei – Tem uma cama nos esperando.

Quando acordamos na manhã seguinte já era véspera de natal, parecia que todo mundo tinha uma coisa especifica para fazer e eu não me encaixava em nem uma área, mas fiquei por lá ajeitando tudo o melhor que pude. Lissa estava radiante ao lado de Christian enquanto decorava alegremente todo o salão junto com o resto do pessoal. Quando a noite se deu por terminada quase tudo estava no seu devido lugar, e deixaríamos os últimos retoques com Liss no dia seguinte, é claro que ela queria fazer tudo sozinha para dar aquele ar de surpresa, como se alguma coisa que ela fizesse pudesse ser escondida de mim. Na manhã seguinte quando acordei, era natal e como de costume estava nevando, pensei em ir direto tomar café da manhã, mas Lissa estava tão eufórica que me puxou para sua cabeça. Ela estava se equilibrando em uma escada, tentando colocar a estrela no topo da arvore, estava com medo e nervosa ao mesmo tempo com a expectativa do que estava por vir, do que se aproximava, foi como uma onda de emoções tomando conta do meu corpo. Sorri tentado me livrar daquela sensação. Joguei todos os meus vestidos em cima da cama, torcendo para encontrar algo descente, nem um me parecia ter aquele ar festivo do natal, foi quando percebi meu vestido preto do fundo do guarda roupa, levantei o vestido admirando o tecido, ele vinha carregado de lembranças, e eu só o havia usado uma vez, naquela noite. Separei ele em cima da cama, e fui tomar meu banho, ajeitei meu cabelo da melhor forma que consegui deixando-os de forma mais retro, coloquei o vestido sentido as lembranças me invadirem assim que o alisei sobre o corpo, passei uma maquiagem básica e coloquei sapatos altos. O salão estava arrumando de forma simples e elegante, pequenas guirlandas estavam entrelaçadas em todas as paredes e piscavam alegremente, havia uma mesa gigante com pratos e talheres de porcelana em detalhes vermelhos, grandes velas vermelhas estavam acesas nos dando as Boas-vindas. A arvore de natal que eu a virá arrumando aquela manhã estava completamente deslumbrante. Liss estava com um vestido vermelho em godê com pequenos babados no busto, seu cabelo estava preso num coque caracol com grampinhos de perolas negras, com o batom rubro dando o toque final.

- Você está tão linda – Falei e ela abriu um sorriso enorme – Uma perfeita anfitriã.

- Obrigada – ela estava radiante – Venha, os outros já chegaram, venha.

Perto da lareira, estavam Christian, Tacha, Mia, Eddie e mais um pequeno grupo de amigos, sorri cumprimentando todos com a cabeça.

- Você está linda – Eddie me abraçou – Como sempre Rose.

- Obrigada.

Tenho que admitir, foi divertido, nós dançamos, brincamos, trocamos os presentes e realmente foi a parte mais divertida, ganhei coisas realmente inusitadas, como uma réplica de uma estaca decorada, um Kit de maquiagem completo, o que eu achei ótimo, estava mesmo precisando. Não da estaca, mas da maquiagem, era divertido estar ao lado de quem se gosta, e mesmo com as implicâncias de Christian para cima de mim eu considerei aquela uma ótima noite, quando estava perto da meia noite Lissa anunciou que a ceia seria servida e todos fomos nos sentar, Mia ficou ao meu lado e devo admitir que estava linda com o tubinho verde oliva, nesses últimos tempos tem sido realmente divertido ficar com ela, quando não está na corte. Todos já estavam começando a se servir quando notei uma sombra na sacada, meu corpo ficou alerta de imediato e pedi licença para todos na mesa e me levantei, com minha estaca decorativa nas mãos.

- Você tem permissão para usar esse tipo de arma? – Aquela voz!

- Dimitri – suspirei – Você veio.

- Parece que sim – Senti ele esquadrinhar meu corpo, reconhecendo meu vestido.

Tive a impressão de ver seus olhos em chamas, mas desapareceu num piscar de olhos.

- Está aqui fora esse tempo todo? – franzi a testa – Por que não entrou?

- Eu já ia fazer isso – ele olhou de canto para dentro – Não acho que ficaria confortável lá dentro.

Revirei os olhos.

- São nossos amigos e é natal, vamos?!

Comecei a entrar.

- Espera – ele puxou meu braço – Tenho uma coisa para você.

Estaquei a onde estava, uma coisa pra mim?

Me virei e ele tirou do bolso interno do guarda-pó uma pequena caixinha de ferro lindamente decorada, era realmente lindo de se ver, havia uma cerejeira no centro dela e suas ramificações tomavam conta de toda a caixa, ela cabia na palma da minha mão. Abri a caixa com cuidado e dentro havia um ovo ricamente decorado, ele era de um marfim polido e uma teia do que me pareceu serem fios de ouro cobriam todo ele como pequenas veias.

- Dimitri – sussurrei – É lindo.

- Abra.

Olhei diretamente para ele e pela primeira vez notei a abertura fina bem no centro, com a mão direita afastei uma das partes com cuidado, ficando encantada com o que eu vi. Parecia que todas as ramificações iam até o centro do ovo, e delas cresciam até formar o talo e as folhas de uma rosa, cujas pétalas eram de uma pedra preciosa de um vermelho profundo.

- É a coisa mais linda que eu já vi – Comentei.

- É russa – Ele deu um sorriso de canto

- Sério? – Olhei para o ovo em minhas mãos.

– Uma vez me disse que queria conhecer...- Ele continuou - Os ovos de fabergé são muito famosos de onde eu venho – ele explicou – Foi inicialmente encomendado pelo czarAlexandre III, que queria presentear sua esposa com algo especial na páscoa, mas se tornou um símbolo da Rússia, e hoje é comum presentear pessoas em todas as ocasiões do ano.

- Eu amei, obrigada – Agradeci – Desculpe, não tenho nada para você, achei que não viria.

- Não tem problema Roza, fico feliz que tenha gostado – Ele parecia está sendo sincero.

Sem pensar, passei a mão por sua cintura apoiando minha cabeça em seu peito.

- Obrigada.

- Rose? – ouvi Lissa chamar.

- Venha camarada – chamei – Vamos entrar, ou congelaremos aqui fora.

Ele franziu a testa por um momento.

- Rose...?

- O que? – me virei na porta.

- Não me chame de camarada.

Sorri abertamente para ele, isso nunca mudaria. Enquanto ele me seguia para nossa ceia, com certeza essa não seria uma noite facilmente esquecida. Liss, se é que é possível, ficou ainda mais radiante ao ver que Dimitri chegara, todos o cumprimentaram de onde estavam, atrás de suas respectivas pilhas de comida, Guardei com carinho minha caixa e voltei rapidamente para a mesa, Dimitri se sentou ao meu lado, ainda meio tenso por estar em um local coberto de adolescentes, mas com o passar do tempo ele foi se soltando, e fui capaz de ver até um vislumbre de sorriso no seu rosto, quem diria que uma coisa que eu achava que acabaria tão mal, teria uma reviravolta tão impressionante.

- Hey rose – me virei em direção a voz de Eddie.

E fui atingida no rosto por algo gelado, gosmento e molhado, neve. Da onde ele tirara neve? Procurei em volta, Eddie estava apoiado de forma presunçosa no batente da porta, com outra bola de neve nas mãos.

- guerra de neve – Christian gritou. E todos foram para fora.

Tirei meus sapatos e corri para junto deles, brincando também, mesmo eu achando que cada bolada que acertei em Christian tinham um sabor especial, meu cabelo, minha maquiagem, meu vestido, estava tudo ensopado, eu estava tremendo de frio, e não sentia meus dedos. Notei que Dimitri ficara na porta que dava acesso ao salão só observando.

- Hey camarada – me aproximei – quase me esqueci do seu presente.

Ele ficou me olhando sério.

- Achei que não tinha comprado

- E não comprei.

Fiquei na ponta dos pés e passei minha mão pelo seu pescoço, fazendo-o abaixar a cabeça, colando nossos lábios por um breve momento e que sensação foi a de sentir sua boca novamente na minha. Porém não durou muito.

- Feliz natal –murmurei.

E então certei uma bola de neve num Dimitri completamente estupefato.

- Isso não vai ficar assim – ele veio atrás de mim me pegando pela cintura.

- Não - gritei – Me solta.

- Pessoal – ele gritou - Rose está presa, acertem ela.

E eu fui bombardeada por uma série de bolas de neve, que me acertaram por todo o corpo, aquela com certeza foi uma boa vingança, mas acima de tudo, agradeci a lissa internamente por ter inventado aquela festa, por ter feito, Um natal em São Vladimir.


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Notas finais do capítulo

Se gostou deixe um comentário pra mim, obrigada por lerem rsrs



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