Mestiça escrita por Mandy Sunshine


Capítulo 6
Capítulo 6: Os Quatro Elementos


Notas iniciais do capítulo

Esse é o sexto. Reviews, por favoooor. Isso me incentiva amores >—< Se alguém quiser recomendar a fique serei grata rsrsrsrsrs'.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/453422/chapter/6

Acordei e tinha um ser de olhos incrivelmente verdes perto do meu rosto.

Pergunto-me quando ele vai parar com essa mania idiota de fingir que vai me beijar. Ou beija ou não beija! Não que eu quero que ele o faça.

Levantei-me empurrando-o

– Ai! – Ele caiu do outro lado da cama

Fiz minha higiene matinal.

– Não precisava de tanta ignorância assim

– Cale a boca e vamos logo ao que interessa.

– O que você quer aprender primeiro?

– Que tal repetir o que você falou ontem? Porque, se você não lembra, eu não prestei atenção em nada. – Falei com certa grosseria na voz

– Parece que alguém acordou com o pé esquerdo hoje! – Fuzilei-o com os olhos – Ontem eu falei que você deve começar estudando os quatro elementos. Água, ar, fogo e terra. Essa é a única semelhança entre o aprendizado de bruxos e fadas. E você pode escolher qual deve começar. Mas algumas pessoas que eu conheci aconselhariam você a fazer isso na ordem ar, água, fogo e terra.

– Então eu devo começar pelo ar?

– Como você é inteligente! Já foi conferir teu QI? – Falou Thommas, sarcasticamente.

– Cale a boca Thommas!

– Eu já estou ficando irritado com sua mania de me mandar calar a boca. E não é muito bom deixar um lobisomem irritado, sabe? Ainda mais quando o seu temperamento é misturado com o de um vampiro. A sua sorte é que eu tenho esse colar aqui. – Falou apontando para o objeto. Na verdade, era um cordão, e tinha uma pedra dentro, que parecia a lua em miniatura.

– Por isso que eu nunca vi você se transformar – Era óbvio

– Gostaria de ter me visto sem roupa? – Já mencionei que odeio pessoas maliciosas? Pois é, eu as odeio.

– Claro que não! Seu pervertido! – Ele soltou uma risada fofinha. – Voltando ao assunto... Por que tem que ser essa sequência? Adoraria começar pelo fogo. Para poder queimar uma pessoinha que me incomoda muito. – Cerrei os olhos

– Não se preocupe. Ela já sente calor com apenas um sorriso seu. – Demorei um pouco para processar a cantada fajuta. – Esqueça o lance do QI. – Idiota – Voltando ao assunto... – Tentou imitar, fracassadamente, minha voz – O ar domina os movimentos da água e do fogo. Esse é o motivo de começar por ele. A água apaga as chamas do fogo, por isso este deve ser o segundo. O fogo é capaz de queimar a maioria das coisas que a terra produz, por esta razão deve ser o terceiro. E a terra fica por último porque foi o que sobrou, antes que você pergunte algo desse gênero.

– Eu não iria falar nada. Mas eu sabia que você iria falar algo desse gênero – Imitei a voz rouca e linda dele – Isso te torna uma pessoa previsível, se igualando a mim.

– 9 a 5 para mim, ainda.

– Você ainda esta fazendo essa conta idiota? Isso te torna mais idiota ainda. – Soltei uma risadinha.

– Você começou essa coisa de contagem, eu estou apenas continuando o seu antigo joguinho idiota. O que te torna a minha mestra. – Ele é esperto, nunca insulta diretamente, diferente de mim. Então, esse é o jogo dele.

– Não se preocupe. Daqui a pouco entro no seu também, servo. -

– A seu dispor, minha rainha – Ele reverenciou. Irritante.

Eu sei jogar muito mais pesado que isso.

– Como sua rainha, meu humilde servo, ordeno que vá para longe de mim. Sua voz arrastada me irrita. - falei calmamente

– Como quiser. Mas, suponho que, este humilde servo, seria muito útil hoje no seu aprendizado, se é que a Vossa Realeza da Idiotice é capaz de aprender algo que seja importante.

– Ok. Vamos parar com essas idiotices, Thommas. Já esta me irritando, não gostaria de me ver irritada – Imitei-o mais uma vez.

– Não se preocupe. Uma filha de fadinha com bruxo não pode se transformar em uma fera que destrói tudo que vê pela frente sem se lembrar do que houve no outro dia. Apenas filhos de lobisomem fazem isso – Debochou. Quando quer, ele pode se tornar mais irritante do que já é, se isso for possível.

– Eu não ousaria debochar de uma Mestiça marcada pela lua se eu fosse você. – Ameacei

– Eu ousaria, uma vez que ela não conhecesse nada dos seus poderes, e eu sim. – Riu triunfante

– Sempre com a resposta na ponta da língua, né? – Sorri, derrotada

– Sempre.

Ficamos em silêncio por um tempo, não me surgiu nada na cabeça para falar, e acredito que na dele também. Ele abriu a boca para falar algo, mas logo a fechou, arrependido, porém, terminou falando:

– Como acha que a sua família deve estar?

– Não sei. Já estou aqui há três dias...

– Cinco dias – Interrompeu-me. Odeio quando as pessoas me interrompem

– Continuando o diálogo amigável – Dei ênfase na última palavra – Eles devem estar desesperados. Suponho que realmente matei a menina e que minha mãe queira uma explicação bem dada, apesar de meu pai não acreditar que fiz aquilo.

– Não acho que você esta sendo procurada pelos quatro cantos do mundo. Ninguém deve ter acreditado que você a matou quando os presentes no “assassinato” – Ele fez questão de fazer aspas no ar – contaram que você a torturou sem nenhum contato físico. Eles devem ter sido investigados por colocarem a culpa em uma garota inofensiva como você.

– Então, você esta insinuando, que há essa hora, alguém pode estar preso por minha culpa? – Estremeci. Isso era totalmente errado. Eles poderiam ser irritantes, mas ninguém merece ser culpado por algo que não fez.

– Não. Ninguém teria provas suficientes contra eles – Aliviei – Eu acho. – Voltei ao mesmo estado de antes. Culpa.

– Eu me sinto culpada – Confessei

– Não deveria. A culpa não foi sua, ao menos uma parte. Ela te enfureceu e isso fez o temperamento dos bruxos se alto-ativar em você.

– Parte da culpa não foi minha. Mas o resto foi. Eu deveria ter me controlado.

– Você não tinha consciência dos seus poderes, Katherine – Meu nome soa tão fofo quando sai da boca dele. – Acredito que se ela tivesse, não teria feito o que fez naquela hora.

– Thommas, você pode ser um bom amigo quando quer. Obrigada. – Beijei sua bochecha e vi-o, pela primeira vez, corando.

– De nada. A disposição. – Sorriu abertamente

Conversamos mais algumas besteiras e fomos dormir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até o próximo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mestiça" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.