Mestiça escrita por Mandy Sunshine


Capítulo 11
Capítulo 11: Thommas está morto


Notas iniciais do capítulo

Capítulo postado! Digam o que vocês estão gostando e o que precisam ser melhorado. Comentem!
Obrigadaaaa de coração pelas recomendações, favoritos e comentários.
Vocês não sabem o quanto me alegram!



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Depois daquele dia, tudo tem sido muito diferente.

Eu e Thommas temos mostrado mais demonstrações de afeto.

Um selinho aqui, outro beijo lá. Palavras e palavras.

Mas, eu devo admitir que tem algo que está me incomodando, além dele sair para sugar o sangue de alguma vadia e com certeza tirar uma casquinha dela.

Ele não me pediu em namoro. Eu sei que ele disse que me ama, e isso é o que importa. Mas para mim é um fato tão importante.

Todas as noites, antes de dormir, eu penso como foi o meu dia com ele. E não sei descrever o nosso relacionamento. Amizade colorida? Ficantes? Não somos namorados, pois precisa de um pedido, que ainda não veio.

Saindo um pouco desse assunto, eu estou indo muito bem nas aprendizagens.

Consegui controlar a água normalmente, houve alguns desastres, como sempre, mas nada demais.

Bem... Houve grandes desastres. "Tentei" matá-lo duas vezes.

– Bom... Você já conseguiu levantar a água com a ajuda do ar. Mas agora eu quero que você faça algo mais complicado - Disse Thommas.

– Como assim? - Franzi o cenho.

– Toda a terra tem uma camada de água lá no funfo. Eu quero que você a traga para cima. Assim, você pode "fazer" - Deu aspas no ar - água onde quer que esteja.

– Esta bem. Mas não me culpe se eu causar um tsunami na cidade inteira - Eu estava falando sério.

– Não se preocupe, querida. Comigo você nunca se afogará - Disse Thom, me dando um rápido selinho e um piscadela.

– Esta bem.

Segui todos os passos de sempre. Esvaziei minha mente e me concentrei no que eu iria fazer.

Percebi que a terra começou a ficar úmida e logo saiu um jato fino e pequeno de água. Pareciam aqueles chafarizes ornamentais que ficam nas praças.

– Suponho que se estivesse num deserto, não mataria sua sede nem que passasse duas horas bebendo desse jatinho de água - Debochou e riu de lado.

– Você quer água? Então tome!

Nesse exato momento jatos fortes de água deixaram Thom nas nuvens, literalmente. Ele gritava enquanto caia. Mas antes que chegasse no chão eu dominei-o com a ajuda do ar.

– Você é louca, Katherine? Quase me matou! Eu posso parecer um anjo, mas não tenho asas. - Falou nervoso.

– Desculpe-me. Você sabe que foi sem querer.

– Ta, ta, ta. Como quiser. - Disse enquanto tirava sua camisa.

Meu Deus, eu morri! Estou vendo um anjo.

– Gosta do que vê, Dixon? - Arqueoou a sobrancelha e sorriu de lado.

– Faça-me rir - Revirei os olhos - Mas, por falar em meu sobrenome adotivo... Qual seria o meu se... Meus pais de sangue não tivessem morrido?

– Katherine Shinelive Deaddark.

– Demorarei um pouco para aprender a pronúncia desse nome.

– Que tal voltarmos ao treino, Senhorita Deaddark?

– Como queira... - Acabei de reparar que em momento algum ele citou o seu sobrenome.

– Wolfree.

– Como queira Wolfree.

– Agora que já consegui, mais ou menos, "fazer água", terá que fazer algo mais complicado.

– Será o fim dessa cidade! - Rimos juntos - O que terei que fazer?

– É simples. Terá que formar uma bola de oxigênio ao meu redor e me colocar dentro do lago, até o chão, ainda com a bolha ao meu redor.

– Muito simples! - Ironizei.

Ele veio em minha direção e me deu um beijo demorado.

– O que foi... Isso? - Perguntei, surpresa, pelo beijo imediato.

– Sua boca estava convidativa, e, bem, se eu morrer afogado, pelo menos terei lembrado do nosso último beijo - Sorri com o que disse.

– Ok. Deixe de bobagens e vamos logo.

Me concentrei, e o levitei no ar. Quando dei por mim, a metade do seu corpo já estava na água.

Ele olhou para baixo e fez sinal com a mão, significando que estava tudo certo.

Coloquei-o para dentro do lago, ainda com receio.

Com a mão, senti que ele já havia chegado ao chão.

Desfiz a bolha e o esperei subir. O que não aconteceu.

Desesperei-me e decidi mergulhar para ver o que havia acontecido.

A água estava turva, e foi aí que eu percebi que o lago era fundo.

Voltei à superfície para pegar uma boa quantidade de ar.

Nadei o mais fundo possível e o avistei. Ele estava desmaiado... Ou morto.

Meu Deus! O que foi que eu fiz?

Não demorou muito para que o líquido transparente que saía do meu olho se misturasse com as lágrimas de minha mãe.

Fui até onde estava e tentei puxá-lo, mas não obtive sucesso.

Só aí percebi que ele estava preso à alguma alga. Tentei puxá-la, mas outra se agarrou ao meu pé.

Debatia-me compulsivamente na água.

O meu desespero aumentou ao perceber que não havia mais ar para eu respirar.

Devo confessar que não me importaria em morrer agora, pois tinha consciência que isso aconteceria comigo daqui à alguns dias.

Mas eu não poderia deixar Thommas morrer desse jeito, não por minha causa.

Em um dos meus últimos suspiros impulsionei a água para cima, e "voamos" diretamente para a superfície.

Durante alguns minutos, o que me pareceu a eternidade, tossi repetidamente.

Quando estava com a respiração controlada, fui até Thom.

Ele parecia tão... Sem vida.

Fiz algumas aulas de primeiros socorros na escola. Resolvi fazer respiração boca a boca e pressionei o seu peito, para retirar a água de seus pulmões. No entanto, não houve nenhuma reação dele.

Encostei o meu ouvido em seu peito, e não senti nenhuma batida cardíaca.

Fiz de tudo para que voltasse a respirar, mas parece que tudo não bastava.

Thommas está morto.

Se eu pudesse daria meu pulmão para que pudesse ver seus olhos abertos pelo menos uma última vez.

– Então é assim? A morte me levou o que eu tenho de mais importante? - Falei comigo mesma, entre soluços - O que eu farei agora? Ele foi o meu primeiro amor, e a única pessoa que se importava realmente comigo.

Fiquei um bom tempo chorando e falando comigo mesma, enquanto os animais apenas observavam.

Esse era o futuro da família. Só podia ser. Chorar por amor nesse lago. Eu poderia morrer de desgosto aqui mesmo.

– Eu só queria que ele estivesse vivo para continuar essa jornada comigo, e, futuramente rimos de toda essa situação.

Ouvi algo. Alguém estava Tossindo. Thommas.

Me virei rapidamente.

Ele estava sentado, tirando a água que ainda restava no seu pulmão.

– Você esta vivo! - Dei vários selinhos no mesmo.

– Vai com calma! Acabei de me afogar.

– Ia morrer por minha culpa. - Deixei mais lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

– Não foi sua culpa - Me abraçou e afagou o meu cabelo - Foram as algas. Só isso. Não se esqueça que eu sempre estarei aqui Katherine, para te manter viva. Não te deixaria sozinha por nada nesse mundo, porque eu te amo. Sempre estarei aqui, esta bem? - Assenti com a cabeça.

– Sempre? - Perguntei.

– Sempre.

Ele me beijou. Um beijo molhado. Com um misto de todos os sentimentos desse mundo. Medo, tristeza, paixão, culpa.

Desde aquele dia eu não quis chegar perto do lago. Ele me tiraria o que eu tenho de mais precioso.

Mas Thommas conseguiu me arrastar para outro um pouco distante de casa.


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Notas finais do capítulo

Respondendo as perguntas:
1- Thom, você é simplesmente o cara mais lindo#gostoso feat fofo desse mundoooo!
Resposta dele: Isso não foi uma pergunta, mas eu gosteri de você ter dito isso. Sempre preciso de alguém para inflar o meu ego!
2- Thommas, às vezes tenho a impressão que você esconde algo da Kathy, eu posso estar certa?
Resposta dele: Não sei do que esta falando... *Cara de desconfiado*
3- Katherine, agora que já descobriu o seu amor pelo Thommas, estaria disposta a morrer por ele?
Resposta dela: Com certeza. Não aguentaria vê-lo morrer.

Estou gostando das perguntas e respostas. Comentem!
Até o próximo capítulo!



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