O Recomeço do Sempre escrita por Bru Semitribrugente


Capítulo 50
Uma folga de comemoração de um momento extremamente especial


Notas iniciais do capítulo

OiOi!!! vocês devem estar querendo me matar mas eu não me importo porque os comentarios de vocês no capitulo anterior foram tão lindo e tantos que eu até me emocionei, que bom que vocês gostaram do casamento, com esse capitulo eu encerro a fase do casamento e como eu disso foram cinco capitulos só sobre isso, e estamos no capitulo 50 reta final de o recomeço do sempre ( se mais pelo menos 10 capitulos significarem reta final), hoje eu completei 400 paginas, essa hostoria deu 400 paginas e uma vez eu disse para uma amiga que eu não tinha capacidade de escrever algo com mais de 60 pgs e juntando as minhas fics tem mais de 600, e eu estou muito feliz esses dias eu estava lendo minhas antigas fics e comparando com as de agora e mesmo não fazendo tanto tempo só 6 meses de diferença eu vejo diferenças enormes e foram vocês que as causaram, porque cada comenterio é especia e importante e ajuda muito, e eu agradeço eu não poderia ter feito essas 400 sem vocês! e isso está parecendo uma despedida, entã é melhor is logo para o capitulo.



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P.O.V. Peeta

Acordo com um raio de luz que está saindo da janela e refletindo do espelho da penteadeira direto no meu olho, começo a levantar o braço para tapar os olhos quando sou impedido por um peso nada pesado nele, olho para baixo, e vejo a cabeça de Katniss apoiada nele virada para o outro lado, ela não deve ter tido pesadelos, ela só se meche durante a noite quando não os tem, então eu percebo que eu também não tive, olho melhor para ela, o lençol a cobre até o busto, e vejo sua pele nua debaixo dele, flashes da noite anterior passam pela minha mente. Ai meu Deus. Eu deito de volta a cabeça no travesseiro e sorrio, relembrando cada momento da noite anterior, só lembrando meu coração se acelera, imagine como ele estava na noite anterior, tenho certeza de que se ela não estivesse tão nervosa quanto eu teria conseguido sentir meus batimentos rápidos só encostar-se ao meu corpo. Eu a queria naquele comento como eu nunca quis antes, não era só o fato de querer, era o fato de precisar. Eu precisava dela, eu precisava dessa confirmação, eu sempre fui muito ligado a tradições e eu sempre soube que a confirmação de um casamento era a noite de núpcias, mas então eu percebi que ela não era ligada a tradições, e que ela estava tão nervosa quanto eu, e que eu estava sendo de certa forma egoísta. Eu perguntei se ela não queria esperar, eu disse que nós não éramos obrigados a fazer nada só por causa da tradição, eu disse que esperaria, e eu estava falando a verdade, eu não queria que ela se sentisse presa a nada por minha culpa, mas quando ela disse “tudo bem” e me beijou de volta, eu sabia que ela precisava dessa confirmação tanto quanto eu, então eu deixei rolar. Eu sentia uma faísca a cada toque dela, como se seu corpo estivesse em chamas, e eu estivesse me queimando, mas era uma queimadura boa, uma queimadura que me deixou marcas, que me fizeram dormir a noite inteira sem ter nenhum pesadelo, acordar e ter a visão dela deitada ao meu lado, com os vestígios da noite, seu cabelo está bagunçado e tenho certeza de que fui eu que fiz aqueles montes de nós logo depois quando tudo acabou, ela estava colada ao meu corpo, e não olhou nos meus olhos em nenhum momento, acho que ela estava muito constrangida, mas eu adoraria que ela tivesse olhado, eu teria me sentido a vontade para falar tudo o que eu estava pensando, mas acho que foi melhor assim, nós ficamos quietos, eu passando a mão em seu cabelo, e ela brincando com os dedos da minha outra mão sob meu peito, o silencio completando o momento até que não me lembro quando, nós dois pegamos no sono, não sei quem pegou primeiro, só me lembro de estarmos daquele jeito e de acordar agora. Tem algumas marcas avermelhadas em seu pescoço, com todo o cuidado eu tiro meu braço debaixo da cabeça dela colocando um travesseiro, beijo seu pescoço, ela se meche mas não acorda, eu me sento na cama, praticamente todos os vários travesseiros que tinham antes agora estão no chão, junto com alguns lençóis e nossas roupa, simplesmente não consigo não sorri, acho que nunca mais vou para de sorrir, eu olho para o vestido verde amontoado no chão e me lembro do momento em que ela o tirou, eu estava tão nervoso mas ao mesmo tempo tão ansioso, ela é tão lindo, mais lindo do que eu imaginei diversas vezes.

Levanto-me e pego as roupas do chão tentando fazer o mínimo de barulho que eu posso, pego uma roupa na mala e vou direto para o banheiro. Toda a vez que passo pelo espelho eu vejo meu sorriso bobo, eu teria que tirá-lo do rosto quando ela acordasse ou então ela acharia que eu fiquei maluco. Mesmo depois de tudo ainda é meio difícil de acreditar, eu Peeta Mellark agora tinha Katniss não mais Everdeen para mim, como minha esposa, como minha amante, minha de corpo e alma. Minha, é muita coisa para digerir de uma vez só. Tomo um banho rápido e visto a roupa. Quando chego no quarto Katniss está sentada na cama, uma mão segurando o lençol enquanto a outra tentava arrumar o cabelo.

— Bom dia! — eu digo assim que entro no quarto. Ela olha para baixo e sorri envergonhada.

— Bom dia! — ela ainda não olha para mim, sei como ela deve estar se sentindo, ela puxa o lençol mais para cima se escondendo até o pescoço, eu sorrio, e me aproximo.

— Mesmo depois de ontem você vai continuar se escondendo desse jeito? — eu apoio uma mão na cama ao lado dela e puxo seu queixo para cima fazendo com que finalmente ela olhe para mim, e vejo seu rosto corar levemente e um sorriso se formar no seu rosto.

— Sempre! — ela diz.

— você não precisa ter vergonha de mim! Não estou falando só de se mostrar! — ela entende o que eu digo, ela afirma levemente desviando o olhar dos meus olhos então ela percebe e olha para eles, vejo cada detalhe do cinza de seus olhos, e de como eles estavam tão perto e tão grandes na noite anterior, eu sorrio e encaixo meus lábios nos dela, ela retribui.

— Eu posso me acostumar com isso, mas não com o fato de me mostrar. — ela diz quando nos separamos eu vou até o closet e pego o roupão vermelho e entrego a ela. Ela vira de costas para mim para colocá-lo, eu sorrio e me sento ao lado dela na cama.

— O que quer fazer hoje?

— Hum... Comer alguma coisa! — ela diz. Eu rio.

— Claro e depois disso?

— Eu não sei! O que tem por aqui?

— Paylor não me falou muito, ela disse que tem uma trilha no meio da mini floresta que leva até uma queda d’água, ela disse também que tem uma horta, mas ela disse que era bom a gente andar por ai e ver o que tem exatamente.

— Então vamos fazer isso.

— Então vamos! — eu me levanto.

— Eu vou tomar um banho primeiro! — ela se levanta e começa a catar os travesseiros que ainda estavam no chão. — Quando foi que a gente fez tanta bagunça? — ela diz pegando um travesseiro que havia sido chutado para debaixo da cama.

— E eu ainda tirei as roupas que também estavam no chão!

— Nossa! — terminamos de colocar os travesseiros na cama e eu vou até ela a puxando pela cintura, ela sorri e entrelaça os braços em meu pescoço.

— Vamos tentar fazer menos bagunça da próxima vez! — ela ri e esconde o rosto corado em meu peito.

— Eu tenho que tomar banho!

— E eu tenho que fazer o café! — eu a beijo uma ultima vez e ela sai do quarto, eu termino de arrumar a cama e desço, faço tudo oq eu geralmente estamos acostumados fazer, mas tudo parece ter um gosto melhor, acho que é só a felicidade do meu ser afetando meu paladar e todos os outros sentidos, a visão, tudo parece tão mais claro e nítido, e a audição tenho certeza de que se me esforçar um pouco posso ouvir tão bem quanto Katniss ouve quando está caçando. Eu estou sendo o clássico homem apaixonado que acabou de conseguir tudo o que mais queria no mundo.

Quando Katniss desce, podia ser só a minha visão alterada mas eu sentia que ela estava mais bonita, mais feliz, acho que o fato dela sorrir envergonhada toda a vez que me pegava olhando para ela também ajudava com isso. depois que terminamos de comer nós saímos da casa para dar uma olhada.

— Ontem você disse que conseguia ouvir o barulho de água corrente?— eu pergunto me lembrando.

— Sim! Era um barulho fraco mas com certeza era água corrente, deve ter algum olho d’água por perto.

— Vamos dar uma olhada! — ela tinha razão, tinha um olho d’água perto da casa atrás, ele não era grande, mas a água era cristalina, nós bebemos dela e ela tinha gosto de natureza, de vida, eu não sei bem como, mas ela tinha. Nós andamos mais para frente e encontramos uma horta, e até que chegamos a entrada da mini floresta, vejo a trilha marcada no chão, mas Katniss segue por outro lado. — Ei onde você vai? a trilha é para cá!

— Eu sei, mas nós não estamos explorando o lugar? Que graça tem ir por onde todo já sabem?

— A graça de não nos perdermos?

— Peeta, até parece que você não me conhece, a gente não vai se perder, essa floresta não deve ter nem metade do tamanho da do 12, e se a gente se perder, o que eu acho muito difícil, eu mantenho a gente vivo até acharmos o caminho. Relaxa e anda logo. — ela volta a andar e eu a sigo, nós vimos muitas coisas, muitas flores e plantas que eu decorei muito bem cada detalhe para pintá-las depois. Nós seguimos por vários caminhos diferentes e eu não estava acostumado a andar na floresta, mesmo sendo uma pequena como essa, Katniss parou de ir ao meu lado e começou a ir a frente quando ela viu um tipo de pássaro que não havia no 12 e se lamentou por não ter trazido seu arco. Nós estamos andando a mais de uma hora, quando perguntei se já não era para termos chegado a queda d’água ela diz que ainda não estava tentando ir para lá então eu apenas a sigo tentando não mostrar que estou morrendo de cansaço. — Ainda bem que eu não trouxe meu arco!— ela diz de repente e parando para me esperar, eu estava um pouco atrás de mais. — Se não teria acabado mais do que eu estou acabando com a nossa lua de mel! — ela se aproxima de mim. — Me desculpe, isso era para ser um passeio romântico e divertido pela floresta, mas acho que só eu estou me divertindo, e cansando você!

—Eu estou bem!

— Não, não está não! — eu sorrio e olho para ela, automaticamente meus olhos passam pelos seus lábios, para as marcas avermelhadas em seu pescoço, eu me aproximo e seguro seu rosto, me aproximando amis até que nossos lábios estejam colados, eu ando um pouco até que as costas dela esteja apoiada em uma arvore, ela retribui o beijo na mesma intensidade perigosa que eu lhe dou, ficamos assim até que o ar se faz preciso. — Vamos achar logo essa queda d’água! — ela diz tentando recuperar o ar, ela segura a minha mão e me puxa, e nós andamos pela floresta lentamente de maços dadas, até que achamos a queda, e eu tiro a camisa. Ela me olha. — Nós vamos entrar?

— Por que você achou que estivéssemos procurando uma queda d’água se não íamos entrar?

—para olhar! — eu rio. — Eu não vou entrar!

— Por que não?

— Porque não, eu nem trouxe roupa para entrar!

— E precisa?

— Sim precisa! — Ela diz. Eu ando até ela. — Não! — ela diz se afastando. — Não vou repetir a nossa despedida de solteiro!

— Tudo bem! Vamos fazer diferente dessa vez, ao em vez de eu te jogar, você entra por livre e espontânea vontade.

— Nem pensar. — ela diz. Então ela olha para mim e sorri se aproximando, eu estou com medo daquele sorriso. — Que tal dessa vez eu te empurrar? — ela diz e antes que eu assimile o que ela disse ela me empurra e eu caio na água pura e cristalina da pequena queda d’água.

— A você não fez isso! — eu digo enxugando o rosto, a água está gelada, eu sinto as pedrinhas do fundo batendo na minha perna,eu me levanto ela ri muito, mas para quando eu começo a me aproximar dela.

— Não Peeta! — ela começa a correr mas eu a alcanço e a seguro por trás pela cintura e a levanto carregando até a água gelada assim que estamos dentro eu a deixo cair e ela grita. — Ai meu Deus, isso está muito gelado. Eu jogo água nela e ela grita de volta.

— É eu sei! — Nós ficamos por um tempo brincando feito duas crianças jogando água um no outro até que não me lembro quando nós estávamos nos beijando dentro da água fria, com pedras coloridas a nossos pés e pássaros que nunca havia visto cantando ao fundo.

(...)

P.O.V. Katniss

Peeta conseguiu fazer com que toda a minha vergonha pela noite anterior tivesse passado, antes eu não estava conseguindo se quer olhar nos olhos dele, eu estava constrangida, essa com toda a certeza foi a coisa mais intima que eu já fiz em toda a minha vida. Eu estava com medo do que iria acontecer depois, se alguma coisa iria mudar, mas conforme o dia foi passando eu soube que se alguma coisa iria mudar seria para melhor, Peeta estava conseguindo ser a pessoa mais feliz que eu já vi, e aquela energia dele estava me contagiando, quando voltamos para a casa já passava da hora do almoço, nós visitamos cada lugar da chácara, cada pedacinho de terra, vimos um moinho, um pomar e alguns animais, vi pássaros de todos os tipos na floresta e eu queria muito ter levando meu arco, mas acho que isso acabaria com o termo lua de mel. Mas eu nem sei o que é uma lua de mel, nós estávamos apenas de férias. Era assim que eu via.

Quando chegamos a casa de volta eu troco de roupa e quando desço Peeta está no telefone.

— Quinze minutos? Tido bem então estamos esperando obrigado Nelson! — ele desliga e eu me aproximo.

— Vamos sair?

— Sim! Vamos almoçar fora! E dar uma voltinha pelo distrito!

— Quanto tempo nós vamos ficar aqui?

— Bom tirando hoje quatro dias! Mesmo sendo dono da padaria e podendo ficar fora, eu não posso esquecer as minhas responsabilidades.

— Sim, aquele lugar não anda sem você! — eu digo, não estava querendo bajular ninguém, só estava dizendo a verdade, Delly e Agenor podiam dar conta com Tadew e Alicia, mas nada funcionaria direito se Peeta não estivesse lá.

— Isso foi muito gentil da sua parte! — ela diz se aproximando e colocando a mão nada minha cintura. — Está tentando me agradar?

— Eu preciso?

—Não, você já me agrada só por estar aqui!

— Isso foi muito gentil de sua parte! — eu digo me aproximando mais dele e imitando seu tom de voz. — Está tentando me agradar?

— Com certeza estou! — ele sorri e me beija.

— Se nós vamos ficar aqui por mais quatro dias, não seria melhor deixar para ver o distrito outro dia?

— Não vamos ver tudo hoje, só algumas partes, Nelson vai mostrar alguns lugares para a gente depois que comermos, ele disse que o 9 tem um restaurante no centro do distrito especializado nos melhores frutos e vegetais produzidos aqui. Ele vai nos levar lá, e a gente vai comer, e vai dar uma olhada em volta, e voltar para cá. E passa o resto do dia aqui aproveitando nosso presente de casamento.

Nós nos sentamos na sala e ficamos conversando esperando Nelson chegar, enquanto Peeta desenha uma das flores que vimos hoje em um caderno de anotações. Nós conversamos sobre assuntos que tinham a ver com a lua de mel, ou sobre coisas que não tinham a ver nem com a gente, as vezes parece que nós ainda somos dois adolescentes, amigos, vivendo juntos. Não marido e esposa, homem e mulher.

Quando Nelson chega ele nos leva para o centro do distrito, ele diz que pegou um caminho mais longo para poder mostrar melhor o distrito, e agora eu tenho certeza de que ele fez de propósito na noite anterior quando passava correndo por uma placa, porque ele está andando muito calmamente agora, ele nos mostra os espaços que são destinados a colheita para exportação, e os que são para o consumo do distrito, é tudo muito organizado.

Não fui em muitos restaurantes na minha vida, antigamente não tinha condições de pagar, o 12 também não tinha condições de manter e foi por isso que nenhum dos que tentaram fazer deu certo, sempre que eu penso em um eu me lembro dos da capital, muito chiques e cheios de coisas e detalhes, mas esse não era assim, ele era exatamente no meio do centro do distrito, tinha um aspecto de velho mas assim como a casa da chácara eu tinha certeza de que não havia sido construído a muito tempo. Ele não era nem grande nem pequeno, tinha algumas mesas redondas espalhadas pelo lugar, não tinha muita coisa além das mesas da recepção e de uma porta que levava a cozinha. Não estava cheio, só algumas pessoas, Nelson falou que costuma estar mais cheio na hora do almoço, mas como já passou da hora do almoço faz umas duas horas não tem muita gente, assim que entramos uma moça jovem com seus 18 anos que me lembra muito Alicia aparece e nos arranja uma mesa, não somos tratados como astros, o que eu acho muito bom, ganhamos apenas alguns olhares, mas isso seria milagre se não acontecesse, mesmo depois de 6 anos as pessoas ainda se lembram de cada detalhe e eu tenho certeza de que mesmo daqui a 20 anos as pessoas ainda vão se lembrar. E isso não me agrada muito.

— Está gostando do 9?— Peeta me pergunta enquanto esperamos a nossa comida vir.

— Não vi muito, mas estou gostando do que já vi. É bom um lugar novo. Para variar um pouco.

— Já que você gostou do lugar novo, que tal nos nossas férias nós irmãos visitar o Beetee no 5?

— Achei que essas fossem as nossas ferias! — eu digo.

— Não, essa é a nossa folga de comemoração de um momento extremamente especial! Também catalogado como lua de mel.— eu rio.

Não consigo deixar de pensar em como eu sempre estou sorrindo quando estou com Peeta, em como ele sempre me faz estar feliz, em como eu só consegui ter alguns desses momentos de risos e felicidade diretos depois que ele entrou na minha vida, depois que toda a revolução estava resolvida e ele estava comigo. Penso em como eu era apenas uma adolescente com problemas de adolescentes, a diferença era que meus problemas eram muito diferentes do que de outras adolescentes, eu fui obrigada a amadurecer muito cedo, e só depois que todos os meus problemas, ou a maioria deles, se resolveram eu pude descobrir quem eu realmente sou, e eu descobri que dependendo de quem está ao nosso lado nós mudamos nosso jeito, e eu também descobri que eu sou uma pessoa melhor ao lado de Peeta. Mais feliz, mais sorridente, mais realizada sem nem ao menos ter feito os planos.

— No que está pensando? — Peeta me pergunta, percebo que devo ter ficado tempo demais quieta pensando. Eu poderia pensar em qualquer coisa para responder, mas resolvo dizer o que realmente é.

— Em como eu mudei depois que nós nos conhecemos, e em como eu fiquei mais feliz e melhor depois disso. — ele me olha e sorri, e eu sorrio de volta. E mais uma vez eu concluo que eu fiz a coisa certa escolhendo estar aqui, Peeta me faz mais feliz do que qualquer pessoa teria feito.

(...)

Quando acordo Peeta não está na cama, eu nem acredito que o tempo passou tão rápido, esse é o nosso ultimo dia no 9. Os últimos dias foram muito divertidos, nós visitamos cada lugar do 9, até os pomares, eu tentei ensinar o Peeta a subir em arvores, mas o máximo que ele conseguiu foi subir em um galho antes de cair, nós nos divertimos como dois adolescentes de volta.Mas não foi tudo maravilha, Peeta teve uma crise de flashes no meio da noite ontem e saiu correndo para o meio da floresta, eu fui atrás dele, mas estava muito escuro e eu não consegui ver nada, o que não era bom porque o escuro não o ajudava muito, eu o esperei na entrada da casa quase a noite inteira, já era tarde quando ele voltou, ele se sentou na escada ao meu lado e colocou a cabeça no meu colo, eu acariciei seus cabelos enquanto ele me pedia desculpas sem ter motivo, mas eu deixei que ele falasse porque eu sabia que argumentar nesse momento não iria ajudar em nada. Mas depois que ele estava recuperado ele começou a me beijar doce e levemente até que se transformou em algo maior, e aqui estou eu deitada na cama como no primeiro dia, eu levanto cobrindo o corpo com o lençol e vou até onde estão as nossas malas, mas não tem nada lá. Peeta já deve ter começado a arrumar as coisas para irmos embora mais tarde. Vou até o closet para pegar meu roupão, mas também não está lá, eu teria colocado alguma camisa de Peeta, mas também não encontro nada no quarto, eu ainda estou de calcinha e sutiã, e me lembro de que eu estava usando o roupão lá fora quando tudo começou, deve estar lá em baixo ainda. Tomando muito cuidado para não ser vista pelo meu marido andando de calcinha e sutiã pela casa eu coloca a cabeça para fora da porta, não ouço barulho então eu começo a descer as escadas.

— Bom dia! — Peeta fala atrás de mim, eu me viro rápido e tento me esconder atrás dos meus braços. Ele está prendendo o riso, ele acabou de sair do segundo quarto, que era um poço menos que o nosso e tenha uma cama de solteiro ao em vez de uma de casal.

— é... Bom dia! .....Você viu meu.... meu roupão? — eu pergunto olhando para o chão.

— Olha eu até vi, mas não sei se vou te dizer onde está! Eu gostei do novo visual! — eu olho para ele irritada, ele ri alto. — Está na sala! No sofá! — eu volto a descer a escada de lado, e ouço Peeta assobiar. E eu não consigo não rir. Coloco rápido meu roupão e Peeta desce as escadas.

— Onde estão as malas?

— Eu coloquei no ouro quarto para arrumar sem te acordar! Nem acredito que nós já estamos indo embora!

— Nem eu, passou tão rápido. — então me dou conta de uma coisa. — Peeta o que a gente vai fazer com essa casa depois que formos embora?

— Eu não sei, deixar ai, para as nossas férias, quando quisermos voltar, é um ótimo distrito, muito tranquilo, a gente pode voltar qualquer dia.

— É seria muito bom! Mas quem vai cuidar enquanto nós não estivermos aqui?

— Pedimos a Paylor arrumar alguém! Ela que deu a ideia agora vai ter que ajudar!

Nós aproveitamos muito o nosso ultimo dia. O aerodeslizador chegaria as 17, então nós fomos até a queda d’água de volta, passeamos pela floresta visitamos alguns dos lugares que catalogamos como os nossos favoritos comemos no restaurante e demos uma ultima volta para nos despedirmos do distrito antes de entrar no aerodeslizador.

— Eu gostei muito da viagem Peeta. Obrigado!

— Acho que sou eu quem tem que agradecer Sra. Mellark!

Agora eu estou a caminho para a minha antiga vida, só que tem algumas diferenças, eu estou casada! E eu não sei como vai ser a partir de agora, eu vou voltar para a minha rotina, Peeta para a dele, acho que pouca coisa vai mudar, só o fato de que nós estamos casados.

Mas tem um assunto que eu tenho certeza de que vai começar a ser puxado a partir de agora, um assunto que vai ser puxado pelo casamento, uma coisa leva a outra e eu não sei se eu estou exatamente pronta para esse assunto, tanto para discutir como para decidir alguma coisa. Mas quem sabe, eu nunca quis isso, mas eu também nunca quis casar e agora eu estou aqui me despedindo da minha semana de lua de mel. Peeta me fez mudar de ideia, porque ele queria muito, e porque parecia inevitável, eu sei que ele quer muito isso também, mas não sei se me parece inevitável. Perece uma coisa que nunca esteve nos meus planos, uma coisa que ele quer muito, e ele não precisa me dizer isso eu sei que é. Eu sei que ele quer. Esse é o sonho dele, construir uma família comigo, e eu dei o primeiro passo para isso, e alguma hora ele vai querer que eu continue andando. Mas talvez eu não precise pensar nisso agora. Eu não preciso pensar nisso agora eu acabei de me casar um passo de cada vez, eu já dei um, vamos esperar para ver o que acontece antes de eu começar a pensar em dar o próximo.

E com esse pensamento eu saio da janela do aerodeslizador que acabou de deixar o distrito 9, e caminho em direção a volta da minha realidade como esposa de Peeta Mellark


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Notas finais do capítulo

Bom eu não me prendi muito a detalhes do que eles fizeram na lua de mel porque não tem muita importancia, eu acho que eles precisam de pelo menos um pouco de paz e tranquilidade por isso que eu não fiz com que acontecesse nada de mais extamente na lua de mel deles e nem no casamento. Bom logo avisando que no proximo capitulo já vai ter passado algum tempo desde esse capitulo. fico muito feliz que vocês tenham gostado dessa fase do casamento eu me dediquei muito a ela e que bom que gostaram recebi comentarios tão fofos que estou começando a pensar em virar design se casamento se alguem quiser me contratar para vocês eu faço um precinho especial kkkkkkkkkk
bom é isso comentem seus lindos desculpem a demora