O Recomeço do Sempre escrita por Bru Semitribrugente


Capítulo 13
Isso foi constrangedor


Notas iniciais do capítulo

Gente eu juro que eu ia postar ontem! Mas ai quando eu estava terminando de escrever o capitulo Zeus resolve da uma passadinha e vem uma super tempestade que faz acaba a luz e desliga o computador, eu quase tive um ataque porque eu não tinha salvado ainda, tinha um capitulo inteiro dessa e dois de taynip, e pra fechar com chave de ouro acabei de fechar minha mao na porta e ta doendo muito , mas eu estou postando porque fazem dois dias que eu não posto.
espero que gostem.



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P.O.V. Katniss

Eu não estava acreditando nisso, eu realmente estava chorando? Que idiotice de minha parte. Não idiotice de minha parte não é estar chorando, é por algum momento eu ter imaginado que o que Peeta sentia por mim antes de ser levado pela capital pudesse ter voltado isso foi idiotice.

O que ele pensa que eu sou? Uma maluca insensível que só se importa com a própria vida e o que vão pensar dela? Só pode ser isso. Ninguém acredita que eu poça ter sentimentos? Se eu funcionasse do jeito que ele disse, eu primeiro não teria comprado a historinha dos amantes desafortunados, eu confesso que no inicio eu só queria me manter viva, mas por algum motivo quando eu o vi ferido no meio daquelas pedras eu o ajudei, eu fiz de tudo para que ele ficasse vivo, e naquele momento eu não estava mais pensando em me manter viva, eu estava pensando em nos manter vivos, se eu pensasse do jeito que ele acha que eu penso, eu o teria deixado morrer, ele já estava quase morto, melhor para mi seria, menos um no meu caminho, mas eu não fiz isso, eu não sei porque mas eu o ajudei, porque eu não queria que ele morresse, e foi por isso que eu estendi as amoras, eu não iria matá-lo, eu estava contando que a capital seguisse a minha linha de pensamento, não para me safar mas para nos safar. Nos. Como ele pode pensar agora que eu só fiz aquilo por mim?

É isso que a capital causou nele, ele pensa que eu sou uma bestante sem sentimentos.

Lembro-me das palavras de Gale de novo, no esconderijo da Tigris, do jeito que ele falou também pareceu que eu não sentia nada, que eu só estava preocupada com sobreviver ou não. Peeta não era o único. Todos pensam que eu sou mais um dos animais que eu caço, sem sentimentos, só com instinto de sobrevivência.

Tento me lembrar de porque estou chorando. Estou chorando porque Peeta estava sofrendo e a culpa era minha, A culpa sempre é minha, a minha lista infinita prova isso.

Já chega de agir como uma garotinha mimada, ele me ajudou e eu disse que o ajudaria. Eu devo isso a ele. Se ele está nessa situação é por minha culpa, e eu só sai da minha situação por culpa dele.

Lavo meu rosto e espero até que a cara de chora tenha passado para sair de novo, eu vou ajudá-lo a melhorar, quem sabe quando ele estiver melhor ele volte a pensar como o Peeta de antes, e deixe de achar que eu sou uma bestante insensível.

Quando abro a porta ele está lá, sentado nos degraus da minha varanda.

— O que você quer? — eu pergunto.

— Entender o que você disse!

—Não tem o que entender, você está assim por minha culpa, muita coisa aconteceu por minha culpa, coisas que não teriam acontecido se eu simplesmente tivesse comido aquelas amoras.

— Tem coisas que deveriam ter acontecido, Panem ainda estaria passando por um regime ditador se não fosse por você.

— Isso não é verdade, o 13 já estava com o plano em mente, só precisavam de alguém para levar a culpa.

— Não eles precisavam ágüem que guiasse a guerra.

— Então porque me escolheram? Tudo que eu fiz foi receber ordens que me diziam por um dispositivo no ouvido.

— Nem sempre você obedecia.

— E quando eu fazia isso me dava muito mal, eu não fui uma líder, eu fui uma marionete, que aparecia no palco para as pessoas, ao em vez dos verdadeiros lideres. Eles podiam pegar qualquer um para ser o tordo.

— você era o tordo, sem você o tordo não existiria.

— Existiria sim, com outro nome talvez, mas seria a mesma coisa.

— Não foi sobre isso que eu vim falar com você!— se não era sobre isso eu não quero saber o que era.

— Eu falei para a Greasy que iria ajudar com a obra!

— Eu vou com você até lá, tenho que ir na minha também. — nós começamos a andar e eu torço para que ele não queira falar sobre o que eu acho que ele quer falar. — você tinha dito que, se você pensasse, do jeito que todos acham que você pensa, você teria me matado na primeira arena. O que você quis dizer...

— As pessoas tem a mania de me subestimar, de achar que eu só ligo se eu vou sobreviver ou não, elas acham que eu sou uma caçadora 24 horas por dia.

— O que você quer dizer?

— Peeta, por que você acha que eu te estendi aquelas amoras?

— Eu não sei! Eu pensava que era uma coisa na época mas ai eu descobri que não era, então eu não sei por que.

— Nem eu! Eu só sei que eu não queria que eles ganhassem,eles nos fizeram de bobos, de atração do show deles, eles nos usaram, eu estava com raiva, eu não queria te matar. Eu não medi o que poderia acontecer depois

— E você ainda diz que não é uma líder, você teve o primeiro ato de rebeldia, salvando nossas vidas.

— Eu não fiz de propósito, não sabia que iria causar um caos.

— Mas causou, sem você querer você faz coisas incríveis, se você não tivesse feito aquilo, talvez demorasse muito mais para a revolução ganhar, quem iria fazer os distritos lutarem, um distrito que era para estar morto sozinho não iria conseguir tudo o que você conseguiu.

— A que custo? Eu matei tanta gente. E as que eu não matei, morreram por minha culpa.

— Como nós passamos a falar disso? Estávamos falando sobre os meus flashbacks.

—Como sempre foi minha culpa. Eu tive uma crise de histeria, e aqui estamos nós.

— Eu queria saber por que você teve aquela crise.

— Vamos com uma coisa de cada vez. você já me ajudou agora é a minha vez de te ajudar, outro dia voltamos a mim, mas agora, vamos focar em você!

— Não tem o que fazer em relação a mim. Só esperar que os médicos achem uma solução.

— Não seria melhor se eles estivessem aqui para te examinar?

— Como eu disse, eu não sou fã de médicos.

Nós vamos até a obra de Greasy, eu ajudo a carregar algumas coisas, mas logo sou dispensada, acho que eles pensam que ainda estou fraca. Então me colocam para cuidar das crianças, e impedir que elas se matem ou coisa do tipo. Peeta vai para a padaria, mas depois de algumas horas ele volta. O pego me observando brincar com as crianças, Alicia é a que sempre vai na minha casa, então já está acostumada comigo, Mariliza gosta de ser carregada então ela esta em minhas costas por mais de maia hora, o garoto é mais acanhado, mas com o tempo se acostuma. Peeta tira Mariliza das minhas costas e a coloca em meu ombro.

— Não sei como você não pensa em uma família, você se sairia muito bem como mãe! —ignoro o seu comentário, ainda estou um pouco chateada com ele, mas ele não sabe, e se depender de mim não vai saber.

Hoje fazem seis meses desde a revolução. Agora que estou saindo de volta, tenho feito meu próprio boletim de acontecimentos no 12. População total por enquanto: 127 pessoas, sem contar as crianças, 9 vilas terminadas, a fabrica cresce cada dia mais, estão fazendo um mini hospital para atender as pessoas e os comércios estão quase prontos. Não tenho muito o que fazer, ainda não sei se consigo voltar a caçar, então só ajudo qualquer um que esteja precisando de ajuda. A padaria de Peeta está quase pronta, mas ele diz que vai demorar um pouco para ela entrar na ativa.

Eu resolvi deixar de lado toda aquela historia de nossa ultima discussão, me sobraram poucas pessoas agora, e não é bom nós ficarmos discutindo. Principalmente para ele, ele diz que discutir comigo faz com que sua outra parte se anime, e ele pode perder o controle, então sempre que estamos perto de ter uma discussão ele vai embora. Ele diz que está bem, mas eu acho que ele não está. Todos os dias ele aparece com algum novo curativo, as vezes ele inventa desculpas esfarrapadas, mas outras ele só diz “não foi uma noite fácil” tenho falado com o Doutor, ele me disse que ajudar Peeta está me ajudando, e que minha saúde metal está recobrada, isso é um bom sinal. Secretamente ele me diz coisas sobre o estado de Peeta. Ele me disse que ele tem conversado cada vez menos com ele, porque sempre que ele começa a falar sobre dar uma passada na capital para fazer alguns exames, ele acaba desligando o telefone.

Tenho falado com Haymitch, ele nunca está completamente sobreo, mas consegue manter uma conversa civilizada.

Agora eu já estou cuidando mais da minha vida. Mas Peeta insiste em continuar cozinhando, ele diz que gosta, e que sempre faz comida demais, ele vive distribuindo comida pela vizinhança, ele diz que muitas vezes passa a noite em claro cozinhando para afastar os pesadelos.

Hoje ele não apareceu para o café, ele devia estar ocupado, mas ai ele não apareceu para o almoço também, então achei que tivesse alguma coisa errada. Passei na casa de Haymitch mas como sempre não passei da porta, o cheiro é horrível demais. Ele disse que não o viu também. Então eu tenho certeza de que aconteceu alguma coisa, ele deve estar tendo outra crise, ele me disse para ficar longe dele quando isso acontecesse, mas eu não posso deixá-lo sozinho, ele me contou como é, não posso deixá-lo sofrer tudo aquilo sozinho.

Vou até a casa dele, bato na porta, mas ninguém atende. Abro a porta bem devagar, e ela arrasta alguma coisa que está caída atrás, quando a porta está com um pedaço bom aberto, eu entro, o que está caído atrás da porta é uma cadeira, e tem varias outras coisas caídas, na mesa de centro da sala tem papeis por toda a parte, desenhos, alguns obscuros com cenas de morte e guerra, alguns com monstros bestantes, alguns só com rabiscos, e tem vários lápis carvão espalhados pelo chão.

— Peeta? — nada, ninguém reponde, subo as escadas devagar, — Peeta? — ainda nada, essa é a primeira vez que entro em sua casa, ela é exatamente igual a minha, só que tem muitos quadros na parede, muitos deles estão tortos ou até caídos no chão— Peeta? — bato na porta do primeiro quarto, ninguém responde, abro devagar a porta, e o dentro do quarto, encontro vários e vários quadros, todos os que estavam no vagão do trem, e alguns novos, com as cenas da guerra. E alguns com cenas das torturas na capital. Sei que vou sonhar com aquelas imagens quando eu fechar os olhos a noite. — Peeta? — bato no segundo quarto, nada, encontro outro quarto vazio, mas esse estava completamente vazio. A porta do terceiro quarto estava entre aberta. — Peeta? — entro devagar no quarto, e exatamente no momento em que eu entro Peeta sai do banheiro, pelo menos ele está bem, mas o problema? Ele está só de toalha! — Ai meu Deus! — eu olho para o chão, mas não posso evitar olhar para ele de relance, ele até que está em forma, ao contrario de mim, seu cabelo está molhado, eles ficam bonitos assim. — Me desculpe eu devia ter ligado. — ele se aproxima, e eu olho fixamente para o chão.

— Eu não teria atendido!

— Por que não? — o que eu estou fazendo? Eu devia sair dali não manter uma conversa ativa com um homem só de toalha.

— Estou evitando alguém que tem me ligado com frequência.

— Aurelius?

— Sim, ele está me enchendo por causa de umas coisas.

— Ele quer que você vá para a capital para fazer exames.

— você está informada!

— Pedi para ele me manter informada de tudo já que você não o faz.

— Eu tenho falado tudo o que posso para você.

— Tudo o que você pode falar não é tudo o que eu preciso saber para te ajudar. — tudo bem, chega de falar com o homem nu. — eu vou deixar você se trocar, depois a gente conversa.

—Eu to bem, o que houve? — a falta de pudor dele sempre me irritou. — O que?

— você veio na minha casa, deve ter tido um motivo. — ele se apóia na cômoda, e pelo conto do olho eu vejo os músculos do seu braço.

— você não apareceu, achei que pudesse... — eu me distraio. — Depois eu volto. — começo a me encaminhar para a porta.

— Eu me lembro disso na primeira arena, eu estava praticamente morto e mesmo assim você se recusou a me ver nu. Para alguém que viu milhares de pessoas mortas em uma guerra sangrenta, você ainda é bem enjoadinha!

Saio e bato a porta, posso ouvir a risada dele enquanto desço as escadas. Esse deve ter sido o momento mais constrangedor pelo que passei nos últimos anos. Porque na arena, nós estávamos empenhando um papel de amantes, foi natural aquela cena, mas aqui, somos só nós, interpretando nós mesmos.


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Notas finais do capítulo

Sou só eu ou essa historia tava muito chata? Eu naõ ia postar essa ultima parte nessa capitula, mas ai eu reli tudo e achei que tava muito sem graça, ( e minha mão ta doendo muito) então não se preocupem, ainda não vai acontecer nada Peetniss, coloquei isso só para animar um pouco as coisas.
espero que gostem. e eu acabei de terminar de ler a menina que roubava livros e estou devastada. recomendo para quem não leu, para quem leu " vem cá vamos sofrer tudo isso juntos : ( "
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