Longed for Love escrita por Su


Capítulo 48
A Household


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meninas, não queria me atrasar tanto então mais um cap pra vcs, espero que gostem.

— boa leitura



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Pov’s Rosalie

– Rosalie? – Marguereth disse ao abrir a porta e se deparar comigo.

– Oi.

– Entre as meninas ainda estão dormindo, mas posso preparar um café pra você enquanto conversamos, ontem mesmo falava de você, estava com saudades sumida. – entrei e a abracei.

– Eu também estava com muitas saudades Meg, mas hoje não vim ver as meninas sim Elizabeth.

– Ela acabou de chegar.

– ótimo. – disse e sai andando, o escritório dela ficava no segunda andar.

– Rose deixa eu falar pelo menos que você ta aqui, você sabe como ela é.

– Não precisa, hoje quem vai ouvir vai ser ela. – disse e Meg ficou sem entender nada, estava na frente do escritório de Elizabeth, respirei fundo e então abri a porta sem bater.

– Meg já disse que não gosto que entre sem bater. – ela olhava alguns papeis em cima da mesa e quando não respondi ela me olhou e se assustou. – Você? O que quer aqui?

– Explicações.

– Olha garota eu tenho muito trabalho não vou ficar perdendo meu tempo com você, então saia da minha sala. – peguei o envelope e joguei em cima da sua mesa e ela começou a olhar folha por folha e não pude deixar de notar em como ela ficou fora de si, pálida, ela era mesmo minha mãe. – Eu não sei onde você conseguiu isso, mas ...mas – nunca tinha visto ela sem palavras.

– Mas você me deve respostas Elizabeth ou devo chamá-la de mamãe? – ela despencou na cadeira. – Eu sei de tudo já, sei que você me abandonou aqui, que me teve sozinha em um hospital na cidade vizinha, sei ate que não suportava nem me tocar ou cuidar logo que nasci, sei que seu ódio por mim é maior do que o amor que você deveria ter.

– Olha Rosalie não me julgue. – eu ri, uma risada nervosa.

– não julgar? Como você quer que eu faça isso? Eu passei a minha vida inteira achando que minha família podia ter me abandonado porque não tinha dinheiro pra cuidar de mim ou que meus pais tivessem morrido, mas não, minha mãe esteve do meu lado esse tempo todo fazendo da minha vida um inferno me lembrando todos os dias de como eu não era nada. – eu gritava as palavras e droga! Já chorava que nem criança, mas ela ia ouvir cada palavra que ficou entalada durante anos. – Só quero saber o porquê, o porquê disso? VocÊ podia ter me abandonado e desaparecido, mas fez questão de permanecer aqui e me maltratar, você é minha mãe, você me carregou no seu ventre durante nove meses, porque tanto ódio? Você! Você devia me amar, mas você – respirei fundo uma raiva tinha tomado conta de mim. – você não tem um pingo de amor por ninguém, nem por você! Você não presta e eu tenho vergonha de saber que você é minha mãe, nem sei se essa palavra pode ser usada pra se referir a alguém como você.

– Rosalie para! Chega! – ela berrou e se colocou de pé.

– Não! Não chega! Eu odeio você! Eu odeio vocÊ e quero que todos ouçam isso, eu te odeio Elizabeth Marsh Clinton! Odeio todo sentimento que você me fez sentir! odeio sua voz! odeio sonhar todas as noites com você me dizendo que eu nunca ia ser alguém! – peguei um porta retrato que tinha em cima da mesa e vi um casal de idosos a abraçando, devia ser seus pais. – eles deviam ser meus avós não é? – soltei um grito que estava engasgado e atirei o porta retrato do outro lado da sala, e fui fazendo isso com todas as coisas que encontrava em cima da mesa dela.

– Para Rosalie! Para! – Ia jogar o notebook dela quando ela me puxou e tentou me segurar. – por favor, para! Me deixa explicar. – ela disse e então percebi que ela também chorava, me ajoelhei com tudo e ela fez o mesmo, nos duas choramos em silêncio.

POV’S Elizabeth

Eu jamais achei que teria de vê la de novo e aqui estava ela na minha frente, ela sabia que eu era sua mãe, não sei como descobriram isso, mas eu não podia negar e acho que nem conseguiria. Ela começou a falar tudo que tinha sentido por eu ter a largado ali, por a ter maltratado por todos esses anos, começou a gritar na minha cara o ser humano deplorável que eu era e eu quando dei por mim chorava, aquela camada impenetrável que eu havia construído pra que ninguém mais me machucasse tinha sido rompida e nunca mais ficaria inteira. Rosalie jogava tudo que encontrava contra a parede, fora seus gritos.

– Para Rosalie! Para! – disse e então a puxei e a segurei e senti uma coisa muito forte, uma coisa que só sentia quando a tocava, que senti quando soube que ela crescia dentro de mim...amor. – por favor, para! Me deixa explicar. – disse e minha voz saiu tremula e então ela desabou no chão e eu fiz o mesmo, já tinha tido diversos pesadelos com aquela cena, ela ali chorando na minha frente e eu era o motivo do seu sofrimento, sempre fui e isso me doía muito, era um sentimento tão estranho tudo que sentia por ela, ao mesmo tempo que ao toca-la ao vê la eu a amava e ai era só olhar naqueles olhos verdes tão profundos que meu amor desaparecia dando espaço a ódio a vergonha e a tristeza que ela representava.

Mas como ela disse eu lhe devia explicações, e então comecei. – Eu tinha acabado de voltar da faculdade, tinha me formado em assistência social mesmo contra a vontade da minha família, mas por fim eles aceitaram a idéia, pois ficaria bem visto a filha de um casal rico que sempre teve tudo ajudando pobres coitados pela cidade, só que naquela noite eu cometi um grave erro, como minha mãe dizia, meu maior erro era sempre acreditar de mais nas pessoas e eu vi um homem passando mal e fui ajuda-lo. – fiz uma pausa, as lagrimas saiam de mim como uma corrente – mas ele só queria me roubar e eu dei tudo que possuía pra ele, mas não foi o suficiente, ele..ele..ele me violentou, me machucou e me humilhou de todas as formas possíveis e depois me deixou abandonada ali no meio daquela estrada.

– Eu..eu sinto muito.

– Eu sei que sente, todos sentem e foi por isso que eu não voltei pra casa durante um tempo, peguei uma carona e voltei pra faculdade, me tranquei e fiquei lá ate estar pelo menos apresentável sem hematomas e então voltei pra casa, minha mãe percebeu de cara que eu estava mudada que tinha acontecido alguma coisa e eu contei pra ela que me fez ir na delegacia, no medico e ate ai estava tudo bem, passou dois meses e então me dei conta que não menstruava e descobri que esperava você, como se não bastasse as memórias daquele dia eu estava grávida daquele vagabundo. – ela me olhou e baixou a cabeça. – Minha mãe quando soube quis me fazer abortar, mas eu sempre fui contra isso e afinal de contas você também era minha, mas minha família ficou com vergonha eu seria mãe solteira então disseram que se eu quisesse prosseguir com essa loucura teria que passar por isso sozinha e foi o que fiz, me mudei pra cidade vizinha onde fiquei ate você nascer.

– Mas se você já tinha enfrentado tudo aquilo, resolveu me ter porque me abandonou? – ela disse quase num sussurro e eu me senti a pior de todas as mulheres.

– Eu passei a gravidez inteira sonhando que seria capaz de ama-la e que jamais lhe revelaria isso, ia trabalhar e sustentar nos duas e tudo ficaria bem, mas então quando te peguei em meus braços soube que tinha feito a coisa certa, você era tão linda...você é, mas então vi seus olhos...e seus olhos....seus olhos eram iguais aos dele. – tive que parar chorava de soluçar, jamais tinha contado a alguém os detalhes de tudo e exteriorizar tudo era bem mais dificil, ainda mais pra ela.

– Eu te lembrava ele, por isso você me deixou aqui. – ela chegou a conclusão.

– Sim.

– Mas porque você veio trabalhar aqui? Porque ficou perto de mim todo esse tempo sendo que não me suporta?

– Eu queria ver você crescer, queria ter certeza de que você ficaria bem, afinal sou sua mãe, ao mesmo tempo que sentia raiva...não te queria por perto..eu também te amava e ainda amo.

– Obrigada por dividir comigo tudo isso. – ela disse se colocando de pé.

– Eu sei que fui errada, que fiz você sofrer, mas eu...eu só fui humana, não consegui...

– Ta tudo bem, adeus, não quero te torturar com minha presença por mais tempo. – ela disse e então saiu, ela era uma garota forte assim como eu tentava ser, ela conseguiria seguir em frente, quanto a mim? Acho que não conseguiria...nunca consegui.

...

Pov’s Emmett

Mal consegui dormir, ver Rose naquele estado mexeu comigo, mas me coloquei no lugar dela e já pensou você descobrir que sua mãe que te abandonou num orfanato qualquer na verdade nunca te abandonou e sim esteve sempre do seu lado te maltratando, eu mesmo já tinha visto a diretora tratando ela muito mal e isso foi na minha frente, imagina o que ela fazia por trás. Pela manhã levantei e fui dar uma olhada em Rose, queria estar do lado dela pro que desse e viesse então bati na porta do seu quarto e nada dela me responder, empurrei a porta com cuidado e a cama estava intacta.

– Princesa? – chamei e não tive resposta, ela podia estar lá em baixo, então desci e a procurei e não encontrei nada. Subi novamente e fui ver com Carl e Esme se ela tinha falado com eles onde ia. Bati na porta.

– Entra. – Esme respondeu e eu entrei e a encontrei acordada brincando com Ethan e Amy, Carlisle roncava ao lado.

– Oi Esme, Rose falou com você onde foi?

– Comigo não, porque ela saiu essa hora?

– Saiu.

– Nossa Emm que estranho, a Rose não é disso.

– Eu já ate sei onde ela esta.

– Onde?

– No orfanato.

– Ela foi visitar as crianças sem me falar? Estou louca pra conhecê-las.

–Não, ela deve ter ido ver a “mãe”. – fiz aspas com o dedo pra enfatizar a palavra mãe.

– Como assim? – Esme disse perplexa e eu tratei de explicar toda a historia pra ela que ficou chocada e falou pra mim ir atras dela logo que ela devia estar precisando de mim e foi o que eu fiz, escovei os dentes e vesti uma roupa peguei o carro e dirigi ate o orfanato, passei pelo portão sem trabalho nenhum e então bati na porta e logo uma das empregadas que Rose gostava muito me atendeu.

– Bom dia.

– Bom dia, Rosalie veio aqui hoje?

– Ah sabia que te conhecia, você é o namorado dela não é?

– Sou sim, mas ela esteve por aqui? – disse preocupado.

– Sim, ela esta lá em cima no quarto das crianças.

– A senhora me permite subir ate lá?

– Claro, pode subir ela esta precisando mesmo de alguém. – passei que nem foguete e já ia subindo sem nem saber onde ficava o quarto, olhei pra senhora.

– Terceiro andar meu querido. – subi correndo e cheguei ao terceiro andar, caminhei ate uma enorme porta que estava aberta, e a cena que vi cortou meu coração, Rose chorava de soluçar enquanto Clarinha a abraçava.

– Não chora Rose, não chora, vai ficar tudo bem. – ela depositou um beijinho na cabeça de Rose. – Você ta me ouvindo? Vai ficar tudo bem. – caminhei ate elas que nem notaram minha presença e a Clarinha foi a primeira a me ver.

– Oi tio Emm.

– Oi bonequinha, tudo bem?

– Mais ou menos, a Rose não para de chorar e isso me deixa triste. – dei um beijo nela e me ajoelhei na frente de Rose.

– Ei princesa, sei que não esta tudo bem, mas vim te buscar, vamos pra casa. – ela me olhou e eu sequei seus olhos que estavam vermelhos e inchados.

– Você quis dizer pra casa do Carlisle e da Esme.

– Não, quis dizer sua casa, você sabe que lá é sua casa também.

– Eu não sei mais de nada. – ela disse voltando a chorar.

– Clarinha você daria licença pro tio conversar com a Rose?

– Dou sim tio, mas faz ela parar de chorar.

– Deixa comigo. – a pequena logo saiu e eu me sentei ao lado dela e segurei sua mão. – Me conte, conversou com ela?

– Aquilo que tivemos não foi bem uma conversa, mas ela não negou e eu a obriguei a me contar os motivos...só...só que me arrependi.

– O que ela te contou?

– Eu sou fruto de um abuso sexual que ela sofreu. – ela falou e eu fiquei chocado, se já não bastasse tudo tinha mais essa agora.

– E isso muda alguma coisa?

– Claro que muda Emm, ela me abandonou porque não conseguia cuidar de mim sem lembrar do meu “pai”. – ela disse enfatizando a ultima palavra. – Eu sou suja Emm, eu sou filha de um cara que abusava de mulheres, eu posso ter milhares de irmãos por ai...

– Rosalie jamais..jamais repita uma bobeira dessas você esta me entendo? – disse serio e ela me olhou parando de chorar. – você não é suja de forma alguma. As cadeias estão cheias de marginais e nem por isso os filhos deles são sujos, cada pessoa faz seu destino, nos somos aquilo que queremos ser e vocÊ, você é a pessoa mais forte, mais linda e maravilhosa que já conheci, e é por isso que eu sou louco por você ...que eu te amo. – ela me abraçou apertado.

– Obrigada Emm, você é um anjo na minha vida sabia? – eu a olhei.

– Ate ontem eu era um simples urso, agora sou um anjo? – ela gargalhou e me deu um tapa.

– Você é muito mais muito bobo. – eu ri.

– Bobo por você baby. – ela riu de novo.

– Acho que já deu de chorar por enquanto, vamos pra casa. – nos despedimos das crianças e da senhora que me atendeu que chamava Meg e então fomos pra casa.

POV’S Esme

Quando Emmett me contou aquela historia toda de Rose fiquei chocada, muito chocada, como uma mãe era capaz de fazer o que aquela mulher fez? Rose já tinha me contado varias historias dela e agora ela descobre que aquela mulher é a mãe dela, ela devia estar muito mal, assim que Emm saiu pra buscá-la me levantei e cuidei dos gêmeos, cansei de ficar descansado já estava recuperada. Quando Carlisle acordou me encontrou preparando o café.

– Oi, já de pé?

– Já sim, amor podemos conversar sobre um assunto sério?

– Agora?

– Sim. – ele puxou uma cadeira e se sentou lhe servi um pouco de café e me sentei a sua frente.

– Pode falar amor. - ele disse tranqüilo.

–Você lembra aquela vez que falei que queria adotar Rosalie?

– Claro que sim, eu disse que era uma ótima idéia.

– Então acho que já passou da hora da gente oficializar as coisas.


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Notas finais do capítulo

E então? o que acharam? eu chorei nessa conversa de Rose com Elizabeth.....
sera que Carl e Esme vão adota-la?

beijus beijus
e
ate o proximo cap



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