Longed for Love escrita por Su


Capítulo 44
A great evil


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez não demorei tanto emm....espero que curtam

obrigada as meninas que comentaram e comentem se der pra saber se estão gostando ou não...

beijus



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POV’S Esme

Acordei cedo e antes de me levantar da cama o mal estar que senti a noite me atingiu um tanto pior, virei pro lado na tentativa de amenizar a dor e me deparei com Rose que dormia tranqüila. Me levantei e fui ate o banheiro onde lavei o rosto e minha aparência estava péssima, tomei um analgésico, estava com uma dor no meu braço direito e no meu seio, tudo do mesmo lado, eu já tinha dormido de mal jeito, mas nunca senti uma dor assim. Fui pro chuveiro e tomei um banho demorado, me lembrei do ocorrido de ontem e a tristeza já me invadiu, mas eu não ia chorar..não agora. Terminei meu banho voltei pro quarto onde me vesti e fui pro quarto dos bebes e os encontrei já acordados.

– Bom dia meus amores, vocÊs não dormem não?

– mama...- Ethan esticou os bracinhos.

– Isso amor...ma –mãe.

– mama. – ele disse e eu ri, só eles pra me fazerem me sentir bem.

– Eu amo vocÊs sabia? – disse e então troquei as fraldas deles e desci com os dois, comecei a fazer papinha e a dor no meu braço e seio so aumentava, resolvi ligar no hospital e consegui um encaixe com um clinico qualquer pra daqui a algumas horas. Logo terminei a papinha alimentei os dois que estavam famintos, nisso Rose apareceu e seguimos conversando, falei que ia no medico e ela perguntou se eu queria que ela fosse e eu achei melhor não, porque não queria os bebes dentro de hospital, tomamos café juntas e eu me peguei olhando pro telefone e celular diversas vezes...Carlisle não tinha me ligado e pelo visto não iria ligar.

...

– Boa tarde Esme, pode se sentar. – o medico disse e eu me sentei, ele pelo visto era novo no hospital, não o conhecia.

– Boa tarde doutor. – disse me sentando.

– Então no que posso ajudar você?

– Faz uns dias que venho tendo um pouco de enjôo, tontura, e ultimamente também meus seios estão bastante doloridos e hoje acordei com uma dor no braço.

– Se sente ali na maca e tire a blusa, vou dar uma examinada em vocÊ. – bufei, odiava ser examinada.

– Algum problema?

– Não nenhum. – disse me sentado na maca e retirando a blusa, ele veio e parou na minha frente.

– O sutiã também.

– Ok. – disse e retirei o sutiã.

– VocÊ tem passado no ginecologista, feito exames de rotina?

– Não.

– Porque?

– Eu estava sem tempo.

– Muito bonito, levante o braço. – levantei e ele examinou o mesmo. – faz tempo que você esta com essa vermelhidão?

– Umas duas semanas no maximo. – disse e se seguiu um exame de mama, ele apertou e me apertou e apertou de novo.

– Aqui dói?

– Um pouco.

– E aqui?

– Ai!

– Desculpe, pode se vestir. – ele disse voltando pra sua mesa e começou a preencher diversos papeis. – Esme você tem alguma possibilidade de estar grávida?

– Não, acho que não.

– Você faz uso de algum metodo anticoncepcional?

– Só preservativo.

– Ok, vou pedir alguns exames pra você, uns tem de marcar e outros vocÊ vai fazer agora.

– Tudo bem, mas por me examinar sentiu algo diferente?

– Vamos ver o exame primeiro.

– Tudo bem.

...

Cerca de duas horas depois estava esperando ser chamada pelo medico novamente, tinha sido furada umas mil vezes, fora ultrasson de mama e abdominal e sim estava preocupada, durante ambos exames se não bastasse um medico, ele chamou mais um, conversaram de canto e um inclusive pediu pra me examinar novamente, meus seios estavam muito doloridos, tinha algo errado comigo eu tinha quase certeza.

– Esme Platt. – o medico chamou e eu entrei nervosa na sala. – Fez os exames?

– Fiz sim. – disse e entreguei os resultados pra ele que começou a analisar tudo e eu me apeguei as suas feições, porque médicos simplesmente não conseguem disfarçar, digo isso por Carlisle...e por falar nele o queria aqui comigo neste momento...estava sentindo o mesmo aperto de quando aconteceu toda a tragédia com Bella e Edward.

– Bom Esme, deu algumas alterações nos exames, mas eu vou os pedir novamente e tem os outros pra marcar, mas já vou falar pra secretaria marcar tudo pra semana que vem e você vai fazer tudo no mesmo dia, mas antes você vai marcar uma consulta com esse medico aqui. – ele me entregou um cartão, que eu logo li: Dr. Julius Caius Perosvick – oncologista. Oncologistas não são médicos que tratam de pessoas com câncer?

– Oncologista doutor? – disse com minha voz um tanto assustada.

– Sim.

– Estou com câncer?

– Precisamos repetir os exames, mas deu algumas alterações Esme. – ele falou isso tão sério e preocupado que só fez eu me desesperar.

– VocÊ não respondeu minha pergunta, estou com câncer? – disse já nervosa, custava me falar de uma vez?

– Eu não sou epecialista, não entendo tanto, por isso te encaminhei pra ele ver os exames, pedir outros necessários...

– Ok, entendi. Então é só isso?

– Por hoje sim. – ele disse e eu peguei meus exames e sai as pressas.... em dois dias seguidos consegui sair desse hospital com as piores noticias que qualquer pessoa poderia receber:

Primeiro : o homem que eu amo me traiu.

Segundo : estou com uma suspeita de câncer e posso morrer.

– Dias depois -

Os dias se seguiram e foram os piores dias da minha vida, fazia cerca de uma semana que eu havia recebido a noticia de um possível câncer, no mesmo dia quando cheguei em casa fui direto pro banheiro e comecei a fazer o auto exame de mamas e notei algo diferente no mesmo seio que o medico sentiu e depois disso o desespero tomou conta de mim, ainda mais sem Carlisle e eu não podia contar nada pra ninguém o que só aumentava o meu desespero, passei a ler todos os artigos que encontrei sobre câncer de mama e os tratamentos que existiam e eu nem tinha passado com o medico indicado no hospital e já havia achado outros do qual iria querer uma segunda e uma terceira opinião ou quantas achasse necessária. Não conseguia passar um minuto longe dos meus netos que eram como se fossem meus filhos e de fato eram bem mais que isso porque amor de mãe já é algo forte, mas o de vó consegue ser ainda mais forte e imaginar a possibilidade de não estar mais ao lado deles, de não vê-los crescer ...isso era injusto! já não bastava meus pequenos terem perdido os pais, teriam que me perder também?

Só sei que estava desesperada, mas a única coisa que me acalmava eram meus pequenos que estavam a cada dia mais lindos.

– Mama. – Amy ergueu os bracinhos pra mim, os dois estavam no chão cercado de brinquedos e ela queria colo.

– Meu amor, vai brincar... – disse e ela fez força no sofá e quando vi estava de pé, segurando no sofá mais mesmo assim de pé. – Meu Deus Amy você ta de pé! – disse animada e ela riu com minha animação, mais soltou as mãozinhas e caiu de bunda e já ia começar a chorar, mas eu a peguei no colo e comecei a beijar sua barriga e ela logo esqueceu o choro e gargalhava com a brincadeira, Ethan ao ver tentou vir pra perto e o resultado foi ficar de barriga no chão sem sair do lugar. – Vem meu amor! – o chamei e ele fez força, mas não saia do lugar. – Você ta parecendo uma baleia encalhada Ethan! Faz força. – e não adiantou ele ficou com a barriguinha no chão e eu sentei Amy no chão novamente e fui ate ele tentei fazer ele se apoiar nas perninhas mais não teve jeito, fiquei brincando com eles a tarde inteira e sinceramente não me cansava disso e só de imaginar que poderia perder isso meu coração ficava apertado, quando dei por mim as lagrimas já rolavam e os bebes me olhavam. – Ta tudo bem viu, a vovó só ta muito chorona ultimamente.

– Bota chorona nisso Esme, é a terceira vez que te pego chorando essa semana. – Emm disse me assustando e eu tratei de enxugar as lagrimas, mas elas eram teimosas e caiam mesmo contra minha vontade. – VocÊ quer conversar? – ele disse e se sentou no chão ao meu lado. – Você sabe que sou seu amigo.

– Emmett esta tudo bem...

– Titia não ta,você anda tão distante.. e pelo meu tio?

– Também Emm, mas não quero falar disso..não agora.

– Mas você nem atende os telefonemas dele, acho que vocês deviam conversar.

– Emm, por favor, não quero falar disso e por favor não comenta com ele nem com Rose que me viu chorando.

– Tudo bem, mais isso tem de parar mocinha...você tem um sorriso tão bonito – ele disse me fazendo rir.

– Como você é chato sabia, não posso nem ficar triste do seu lado. – dei um tapa nele que sorriu.

– Fazer o que se sou engraçado?

– Chatice e graça são coisas bem diferentes. – ele que me cutucou dessa vez e eu ri.

– Já que estou sendo desprezado vou buscar a Rosalie, ela vai ter a primeira prova dela amanhã e esta enlouquecendo, já disse pra ela que ela vai tirar de letra, mas você conhece ela...

– Amanhã? – o indaguei.

– Sim, por isso esta ate mais tarde na faculdade, esta estudando em grupo.

– Entendi, vai la. – ele me abraçou apertado e eu precisava desse abraço ..só Deus sabe como, mas logo ele saiu e eu tinha me esquecido dessa prova de Rosalie e era justo amanhã no dia da minha consulta, não podia levar os bebes comigo e Emmett trabalhava...só me restava uma pessoa. Peguei o telefone e disquei o numero que vinha me segurando a dias pra não ligar, por mais decepção e raiva que sentia meu amor era ainda maior e eu estava sentindo tanta falta dele.

– Esme? – a voz do outro lado disse e só ouvir sua voz era como se minha vida voltasse a girar no eixo certo novamente.

– Oi Carlisle. – minha voz saiu tremula, mas não pude evitar.

– Estou tentando falar com você a dias...

– Eu sei, mas não estou pronta pra conversar ainda. – era a verdade.

POV’S Carlisle

Estava trancado em casa desde o dia em que cheguei aqui, voltar pra esse lugar que tinha tantas lembranças me deixava um tanto deprimido, eu tinha tido muitos momentos felizes aqui, mas sozinho aqui só conseguia pensar no quão estava sozinho de novo, sem Edward, Esme, meus netos....era imenso o sentimento de vazio e solidão que tomavam conta de mim o único momento em que me sentia melhor era quando Emmett vinha ficar um pouco comigo. Emmett é um garoto de ouro, tinha comprado comida, mandado voltarem a fornecer água e luz pra casa, definitivamente estava cuidando de mim e se não fosse ele não sei em que estado estaria. Não tinha ido ao trabalho e nem atendi ao telefone, não queria dar explicações, mas havia tentado ligar pra Esme diversas vezes e ela não me atendia e quando Rose ou Emmett atendiam ela se negava a falar comigo e isso estava acabando comigo, como poderia viver sem ela? Como viver com o desprezo da única mulher que amei de verdade na minha vida?

Mas hoje decidi que não ia ligar, mas já estava eu pegando o telefone com a esperança de que ela me ligasse, mas era apenas uma utopia, a conhecendo como conheço e ela pensando que houve mesmo uma traição só me fazia ter mais certeza que jamais teria ela ao meu lado de novo, que jamais ia poder dizer o quanto a amava antes de dormir ou ao acordar, estava muito difícil essa situação, ficar longe dos meus netos também só piorava tudo, desde que eles nasceram nunca fiquei mais do que vinte e quatro horas longe deles e agora estava eu aqui a uma semana sem ver aqueles dois, Emmett me falava deles, mas não era a mesma coisa de eu vê-los, de tocá-los de sentir aquelas mãozinhas pequenas e indefesas tocando meu rosto, aquele cheirinho que só eles tinham. Estava tão distraído pensando em tudo isso que só me toquei do celular vibrando em minhas mãos segundos depois e quando li na tela: “Esme”, meu coração disparou imediatamente e mais do que de pressa atendi.

– Esme? – disse ao atender já que a voz do outro lado não disse nada de inicio, mas aquela respiração eu conhecia como a palma da minha mão, era ela.

– Oi Carlisle. – ela finalmente falou e como estava sentindo falta de ouvir ela pronunciando meu nome.

– Estou tentando falar com você a dias... – disse, mas ela nem me deixou continuar.

– Eu sei, mas não estou pronta pra conversar ainda. – minha esperança acabou na hora, com certeza ela não queria falar sobre agente, mas notei algo diferente na sua voz.

– Esta tudo bem?

– Na verdade nenhum pouco...

– Eu posso ajudar você?

– Então eu queria ver se tinha como você vir aqui pra casa amanhã...quer dizer na minha casa ficar com os bebes, amanhã tenho que resolver umas coisas e Rose tem faculdade, Emmett esta trabalhando..

– Sem problemas, estarei ai na hora que você quiser.

– Pode vir as oito?

– As oito estarei ai. – o silencio se seguiu – Esme eu te amo, independente de qualquer coisa, eu amo você. – disse e logo ela fungava do outro lado da linha, estava chorando.

– E o pior de tudo é que eu também te amo, não consigo te odiar... – um silêncio se seguiu - e eu vou desligar tchau.

– Tchau. – disse quase sem voz, ela ainda me amava...mas ela já tinha desligado.

...

Acordei cedo tomei um banho e aproveitei pra fazer a barba que não fazia a dias então desci e comecei a procura pelas chaves do carro que não usava a uns dias e as encontrei no balcão da cozinha debaixo de alguns jornais, então peguei meu carro e só percebi agora que não tinha tirado minhas malas do carro, tinha algumas roupas na casa então nem senti falta delas. Dirigi ate em casa e estacionei o carro em frente a casa, logo subi as escadas que davam pra entrada e tava com as chaves da casa em mãos, mas achei melhor não entrar então toquei a campainha, ouvi passos e a porta foi aberta, entrei e Esme já ia em direção a cozinha, a segui e ela estava ainda mais linda do que me lembrava.

– Eu já troquei os dois, dei a papinha de Ethan, só falta a de Amy. – ela disse enquanto vestia o casaco. – Meus amores se comportem. – ela beijou a cabecinha de ambos e logo ia passando reto por mim, ela estava tentando não me olhar, mas então voltou e pegou um monte de envelopes que eu reconheci na hora, eram do hospital, ela ia no medico?

– Tudo bem. – disse e ela passou reto por mim e eu tratei mais do que de pressa de correr pros meus pequenos que me olhavam espertos. – pelo visto ninguém aqui esqueceu o vovô não é? – disse me aproximando deles que logo fizeram festa pela minha chegada. – Eu estava enlouquecendo de tantas saudades, espero não ficar mais tão longe de vocês.


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