POV’S Carlisle

Eu passai a manhã inteira caprichando no almoço, eu adorava cozinhar e Esme adorava que eu cozinhasse pra ela então hoje fiz uma coisa que outro dia ela disse que estava com vontade de comer era um escondidinho de carne seca e eu fiz pra ela, fazia tempo que não fazia isso mais pelo cheiro estava bom, Rene ter me abandonado me fez aprender a cozinhar e eu peguei muito gosto e também era bom pra me distrair e por fim esse hobbie acabou sendo um modo de ficar mais próximo do meu filho, pois nos dois vivíamos enfiados na cozinha por sorte não tinha muita tendência a engordar.

– Carlisle esta bem assim? – Rosalie me tirou dos meus pensamentos e eu voltei minha atenção pra mesa que ela tinha arrumado.

– Sim, esta perfeita Rose, obrigado.

– Disponha. – ela disse fazendo graça, essa menina estava cada dia mais terrível.

– E Esme? Já ta pronto aqui, isso frio não é muito bom.

– Vou chamar ela. – ela saiu e eu coloquei o prato principal na mesa e o cheiro já estava me deixando com mais fome. Logo Rosalie voltou e estava com uma cara assustada.

– Rosalie?

– Oi.

– cade Esme?

– tem um cara na sala ele disse que queria ver a filha dele. – liguei logo os pontos, devia ser o pai de Bella.

– Mas Esme esta bem?

– Ela ta nervosa. – ela disse e logo ouvimos:

– Direito? – Esme gritou.

– Sim direito, eu quero ver minha filha e quero ver ela agora, não me obrigue a procura-la. – ouvi a voz masculina gritando com ela e fui na direção da sala rapidamente quem esse homem pensava que era pra chegar na casa de Esme e gritar com ela? Não na minha frente.

– O que esta acontecendo aqui? – disse e o homem logo se virou pra mim, ele estava querendo subir as escadas.

– Carlisle esse é Charlie o....- ela estava nervosa, falou mexendo as mãos e eu logo percebi que ela tremia e seus olhos estavam marejados, esse tal Charlie já tinha se tornado meu inimigo numero um.

– Eu sou Charles Everson o pai da filha dela. – ele disse vindo pro meu lado e me estendendo a mão que eu não fiz questão nenhuma de apertar.

– Filha que você não sabe nem o nome. – Esme disse.

– Só você me falar. – ele disse com desdém e se virou pra ela. – Cade minha filha Esme?

– Filha? Você não sabe o significado dessa palavra seu...

– Não ouse me xingar. – ele gritou pra ela.

– e você fale baixo com ela, aqui é a casa dela.

– Não se intrometa a filha é minha e dela. – ele disse indo na direção dela. – Cade ela ?

– Ela...ela...- Esme já começou a chorar.

– ela o que?

– Ela morreu. – ela disse e desabou em lagrimas.

– Como assim ela morreu? VocÊ não prestou nem pra manter ela viva. – ele disse e aquilo me encheu de raiva, como ele ousava culpa-la pela morte de Bella?

– Sai daqui Charlie. – eu disse.

– E você quem é pra me mandar sair? – ele me peitou e eu fui pra cima dele.

– Eu não importa, o que importa é quem é você que abandona sua namorada gravida e nunca mais a procurou e aparece depois de dezessete, dezesseis anos e ainda quer culpar Esme pela morte dela? – eu estava completamente fora de mim. – se tem um culpado aqui esse culpado é você que nunca enquanto sua filha esteve viva se preocupou ao menos se ela estava bem ou não, você não é ninguém pra chama-la de filha.

– Cara você vem querer me dar lição de moral? Ela é culpada sim. – Esme foi se abaixando e se abaixando e logo estava sentada no chão encostada nos sofá e chorava como tinha chorado naquela noite.

– EU MANDEI VOCÊ SAIR DAQUI. – gritei.

– Você não manda em mim. – ele disse e eu so fui pra cima dele e o sai empurrando ele na direção da porta ele era bem mais baixo que eu e também mais fraco e logo abri a porta e o joguei escada a baixo. – você é louco cara! – ele disse.

– Sou louco sim, sou louco por aquela mulher que esta chorando lá dentro por sua causa e já vou avisando se você aparecer aqui de novo eu acabo com você.

– Você ta me ameaçando?

– Estou sim. – disse nervoso e ele se levantou.

– Você é muito folgado cara. – desci a escada e ele foi andando pra tras e eu só dei um soco bem no meio da cara dele.

– Me chama de folgado de novo seu desgraçado que eu termino de quebrar essa coisa que você chama de cara. – disse e ele se levantou do chão e saiu e eu voltei pra dentro, Rosalie estava abaixada ao lado de Esme que chorava sem parar.

– Es...ele já foi...não chora não. – ela dizia tentando conforta-la.

– Rosalie almoça e depois cuida dos gêmeos. – disse pra ela que foi meia duvidosa pra cozinha.

– Esme ele não vai mais voltar. – disse me abaixando perto dela que nem me olhou e eu so a peguei no colo e me sentei no sofá com ela aninhada a mim, ela me abraçou forte e continuou chorando.

POV’S Rosalie

Fui pra cozinha como Carlisle falou aquele era um momento deles, estava sem fome por conta do ocorrido então comi so umas colheradas apesar de tudo estar muito bom, lavei meu prato e então ia saindo da cozinha pra ir pro quarto dos bebes quando o telfone tocou e eu o atendi rapidamente nem Esme nem Carlisle o atenderiam no estado em que estavam.

– Alô? – disse.

– Oi, quem fala? – uma voz masculina do outro lado disse.

– Rosalie, quem é?

– Emmett – ele disse e fez uma pausa – é que liguei no hospital que meu tio trabalha e me deram esse numero.

– Seu tio?

– Sim Carlisle Cullen.

– Ah sim, ele mora aqui.

– Poderia falar com ele?

– So um momento.

– Tem de ser rápido, não tenho muito tempo.

– Ok. – disse e fui ate a sala, onde encontrei Carlisle beijando Esme de novo, esses dois viu...resolvi não atrapalhar. – Ele esta ocupado agora, quer deixar recado?

– Fala pra ele que estou indo....pra......chego...maximo......dias.

– Alô? A ligação ta cortando. – disse e logo a ligação caiu, espero que ele não tenha dito nada importante. Coloquei o telefone no lugar e passei pela sala tentando não olhar pros dois que ainda se beijavam, depois eu ia ter de zuar com eles. Cheguei no quarto e os bebes dormiam tranquilos, meus sapequinhas eu amava aqueles dois como se fossem meus irmãos, resolvi ir ate meu quarto onde peguei um livro e comecei a ler tinha sido presente de Carlisle, ele conversava muito comigo sobre estudar, faculdade e em uma dessas conversas revelei que queria fazer ciências sociais pra quem sabe no futuro ter uma ong onde pudesse ajudar crianças que cresceram sem pais assim como eu, não sei direito o quero, mas tenho certeza que o quero e cuidar dos outros. Eu nunca na minha vida imaginei que pudesse ser tão feliz como estava sendo desde que cheguei aqui, Esme era a mãe que sempre sonhei ter ela cuidava de mim e se preocupava como ninguém nunca tinha se preocupado, nos conversávamos muito e eu já a considerava minha amiga e Carlisle acho que era como um pai devia ser, ele conversava comigo e sempre ficávamos infernizando a vida da Esme ou então deixando os gêmeos mais mimados o que também acabava irritando Esme, pois depois eles so queriam colo e o colo dela, era muito engraçado. Tinha ido ate o orfanato quando ganhei meu primeiro salario e levei um presente pra cada uma das garotas foi uma tarde muito legal apesar de não ter acabado do mesmo modo que começou.

Flash Back On

Esme tinha me pagado e eu nunca na vida tinha visto tanto dinheiro junto, acabei pegando um ônibus e indo ate o centro onde comprei algumas coisas pra mim e então passei por uma loja de brinquedos e não resisti em entrar, as meninas do orfanato eram loucas por barbies e eu também tinha sido como criança, mas nunca tinha ganhado uma e então desisti de querer uma, uns anos depois ate ganhei uma, mas tinha que dividir com as demais crianças que moravam comigo então não era a mesma coisa. Peguei dezesseis barbies e joguei dentro do carrinho, as pessoas me olhavam curiosas, mas nem ligava. Fui ate o caixa e paguei por elas e por sorte eles embrulhavam também, só sei que nessa brincadeira foi mais da metade do meu salario, o restante eu tinha comprado algumas peças de roupas, mas nem liguei o que importava e que faria as meninas felizes. Fui andando ate o orfanato que não era tão longe e já fui entrando a final já era de casa, tudo estava no mais completo silencio e então me toquei que era o horário das lições onde todas iam pra sala e faziam seus deveres de casa, fui ate a sala e todas estavam concentradas e nem liguei que a diretora estava ali sentada.

– Oi meninas! – disse e logo todas olharam na direção da porta e logo a sala estava em alvoroço, todas vinheram me abraçar e beijar e inclusive Clarinha.

– Rose axei que você tinha se esquecido da gente. – ela disse tristinha.

– Eu nunca vou esquecer vocês. – disse e baguncei seu cabelo a fazendo rir.

– Rosalie você esta atrapalhando o estudo das meninas. – a diretora disse nervosa e as meninas logo ficaram todas quietas, mas agora ela não mandava mais em mim.

– Querida diretora – disse irônica – só vim trazer um presentinho pras meninas e prometo que depois elas vão fazer todo o dever.

– Se elas não fizerem a culpada sera você. – ela disse saindo da sala nervosa e eu sai a imitando e logo fechei a porta e as meninas se acabaram de rir.

– Se elas não fizerem a culpada sera você. – disse a imitando fazendo elas rirem mais. – Chata!

– Rose o que tem aqui nessa sacola? – Clarinha disse tentando dar uma espiada.

– Eu trouce presentes. – disse e a bagunça começou de novo. – Calma gente! – disse e comecei a dar uma boneca pra cada e nada se comparou com aqueles rostinhos felizes quando viram o conteúdo.

– Rose você é demais! – ela diziam vindo me abraçar.

– Brinca com agente? – Clarinha disse me abraçando e o que eu podia fazer? – peguei uma das barbies que sobrou e fiquei o resto da tarde brincando com as garotas.

...

– Espero que os deveres estejam prontos. – ela disse abrindo a porta com tudo e droga me esqueci completamente dos deveres.

– E agora Rose? – Clarinha disse com medo.

– Pelo jeito não fizeram não é? – ela disse nos olhando.

– E não fizemos, mas ainda da tempo...

– Não, você não se meta. Meninas vocês vaõ ficar uma semana sem tv por causa da amiguinha inconsequente de vocês. – ela disse e me deu uma raiva.

– Ei você não ...- ia questiona-la.

– Você poderia se retirar daqui imediatamente garota? Não ve que so esta causando problemas? – ela disse me olhando com aquela cara de nojo e eu peguei minhas coisas, sinceramente não entendia essa mulher, ela me conhecia desde que cheguei aqui, mas sempre me odiou mais do que qualquer outra criança.

Flash Back Off

Resolvi dar um tempo sem ir la de novo, não queria causar problemas e do jeito que aquela mulher era, podia me proibir de ver as garotas e principalmente de ver Clarinha, mas eu ia voltar. Esme quando soube achou muito bonito meu gesto, mas disse que era bom eu guardar um pouco e o resultado era que agora ela depositava o dinheiro numa conta e fiscalizava de perto, eu não tinha muitos gastos, mas se queria fazer algumas coisas teria que poupar.

...

POV’S Esme

Charles era um infeliz, depois de tanto tempo aparece do nada aqui, não sei como ele me encontrou os únicos que sabiam onde eu estava eram meus pais, mas não ele não teria procurado por eles. Mas por sorte Carlisle estava aqui e queria que ele estivesse sempre, ele sabia exatamente o que fazer pra me acalmar, agora eu estava sentada no seu colo enquanto chorava e ele me abraçava com certa proteção.

– Não fica assim Es. – ele disse mexendo no meu cabelo e então comecei a me lembrar dele me defendendo e não sei se ouvi direito a hora que ele estava la fora ele disse que era louco por mim, mas mesmo assim me lembrar de Bella doía muito ainda mais quando lembrava que ela nunca tinha conhecido seu pai, ela tinha tido vontade por um tempo, mas quando soube que ele não prestava e que tinha me deixado mudou totalmente seu modo de vê-lo e agora ele ali falando da sua filha e que eu não cuidei dela direito, devia ser verdade comecei a soluçar sem parar. – Ei calma.

– Ele...ele ta certo..eu não cuidei dela como..deve..deveria. – disse chorando mais, se eu tivesse faltado no serviço aquele dia, se tivesse a levado no shopping e ela não tivesse pegado aquele taxi...eu era culpada.

– Ei não diga uma bobeira dessas, você sabe que não é culpada, não tinha nada que agente pudesse ter feito pra impedir e aquele idiota não sabe de nada, então não liga pro que ele disse. – Me aninhei mais a ele e fui me acalmando, era incrível o poder que ele tinha sobre mim. Quando estava melhor me afastei um pouco dele e acariciei seu rosto.

– Não sei o que faria sem você. – disse, mesmo ainda estando meia magoada por ele não dizer o que nos dois realmente eramos ou se tínhamos ou não um relacionamento eu precisava dele, eu o queria.

– Não sei o que “eu” faria sem você. – ele disse acariciando meu rosto também e então tomou meus lábios nos seus e eu não resisti porque era uma coisa fora de cogitação resistir a um dos seus beijos, logo minhas mãos já o puxavam pra mim e sua língua dançava na minha boca e então suas mãos apertaram meu corpo me arrepiando inteira, precisava de ar e então nos separamos e ele começou a beijar meu pescoço e ele estava demais, se bem que estava tudo tão bom.

– Carl. – ele me olhou seu entender.

– Me solta. – disse e ele ficou mais confuso ainda, mas me soltou.

– Fiz algo errado?

– Não. – disse.

– Então vamos almoçar, eu fiz uma coisa especial pra você. – ele disse se levantando e passando o braço ao redor da minha cintura e fomos pra cozinha. – Só que deve estar gelado agora.

– Tudo bem, só esquentar. – disse e ia colocar no micro-ondas.

– Por favor senhorita. – ele disse puxando a cadeira, totalmente cavalheiro e eu ri, ele era tão bobo as vezes.

– Obrigada. – ele logo esquentou e voltou pra mesa e nos serviu e eu comecei a comer o escondidinho, tinha comentado semana passada que queria comer e ele fez pra mim.

– Sera que ele volta? – ele soltou.

– Espero que não, mas vamos falar de outra coisa? – pedi ou melhor supliquei.

– Claro, me perdoa.

– Não exagera, só não quero falar disso agora. – disse pegando sua mão em cima da mesa. – Isso aqui esta uma delicia, obrigada mesmo. – disse e ele sorriu e beijou minha mão.

– Agente ainda vai no shopping?

– Porque não? – era melhor me distrair um pouco e nada melhor do que sair com quem gostamos e fazer umas compras, terminamos de comer e eu o ajudei com a louça, ele lavava e eu secava ate que ele espirrou agua no meu rosto. – Ei! – disse e ele jogou mais agua em mim me fazendo rir.

– Gosto de você assim feliz. – ele disse e desligou a torneira e veio na minha direção, ele ia me beijar de novo.

– Vou ver os bebes, acho que esta na hora deles mamar. – disse fugindo.

– Eu fiz sobremesa. – ele disse.

– Já volto, aproveito e chamo Rose. – disse e subi, os bebeis estavam acordados, ambos no colo de Rose pulando e puxando o cabelo dela. – De novo no colo?

– Ai Esme, eles ficam querendo e não da pra resistir. – ela disse e eu me sentei perto da poltrona e os dois me viram e já começou a bagunça, Amy ate chorou manhosa, peguei os dois e me sentei, os dois já queriam mamar de novo.

– Rose porque não vai se arrumar? Eu cuido deles.

– Agente ainda vai no shopping?

– Vamos sim.

– VocÊ ta bem? – ela disse preocupada.

– Estou sim querida e que ainda dói e sempre vai doer me lembrar da minha Bella.

– Sinto muito. – ela disse e beijou minha cabeça e saiu. Fui dar banho nos bebes arrumei os dois e coloquei um vestidinho cor de rosa em Amy com meia calça da mesma cor e um sapatinho azul, uma graça, coloquei um lacinho no cabelo dela também e ela parecia uma boneca, em Ethan coloquei um macacão azul quadriculado e um tênis, amamentei os dois que dormiram tranquilos e quando sai do quarto Rosalie já estava arrumada.

– Ainda assim?

– Eu tava dando banho e arrumando os bebes bonita. – disse e dei um beijo nela. – E Carlisle esta pronto?

– To sim. – ele disse saindo do quarto e ele estava lindo de calça jeans, polo e um tênis meio esporte com social.

– Nossa doutor agente só vai no shopping. – disse passando por ele que sorriu divertido, ele estava um gato.

– Vai se arrumar?

– Vou, Rose cuida dos bebes e arruma a bolsa pra mim?

– Claro. – ela disse.

– E você pega o carrinho deles e poe no carro.

– Mandona você. – ele disse e eu dei língua pra ele e fui pro meu quarto, tomei um banho demorado e depois sequei meus cabelos e me maquiei, depois fui procurar uma roupa e acabei colocando um vestido mais soltinho um pouco decotado e um Cardigã por cima, coloquei uma sandália também e por ultimo peguei minha bolsa e desci e Carlisle estava assistindo tv e Rose...Rose estava cochilando? Demorei tanto assim?

– Vamos? – disse e Rose deu um pulo e Carlisle se virou pra me olhar.

– Demorou Esme.

– Só tava me arrumando um pouquinho. – dei de ombros e peguei Amy que dormia no colo de Carlisle.

– Um pouquinho? – ele disse me analisando.

– Porque não to bem? – perguntei já com raiva.

– Você ta linda. – ele disse com um sorriso que quebrou minhas pernas.

– Obrigada. – disse e logo fomos saindo.