A Irmã dos Winchester escrita por BlueBlack


Capítulo 11
Reencontro.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeyyyy! Q saudade de vocês, galera!

Bom, sobre o cap. já devem saber de quem é o reencontro. Mt gente chutou nos comentários. Fiquei super hiper mega feliz com os 8 reviews q recebi, mesmo n sendo todos do cap 10.

Boa Leitura!



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18:00 da noite.

Dean tentava falar com Kate pela quinta vez. Ele ligava pra ela e ela não atendia. Ele estava tenso e andava de um lado para o outro na sala.

– Qual de nós foi o último a vê-la? - Sam perguntou.

– Ahn... não sei. Eu?

– Fui eu. - Castiel apareceu na porta.

– Onde? Onde você a viu? - Dean andou até ele.

– Na Rua 45. Calma, ela disse que ia ligar pra vocês.

– É, mas pelo que você tá vendo ela não ligou! - o irmão mais velho mexia no celular procurando alguma ligação dela.

– Ok, ok. Vamos até a Rua 45 e ver se ela está lá. - Sam sugeriu. - Você viu pra onde ela foi? - perguntou ao anjo.

– Não.

– Afinal, quem deixou ela sair?

– Eu. - Dean respondeu.

– Tinha que ser.

– Ah, qual é? Ela tava irritada por tudo que aconteceu e na noite passada eu disse que quando me sentia como ela eu ''saía dos trilhos''. Hoje ela resolveu fazer isso.

– E com ''sair dos trilhos'' você quer dizer...

– Sabe muito bem o que eu quero dizer!

– Ta. Pelo menos temos uma dica de onde ela pode estar.

– Quantos lugares assim você acha que tem em Lawrence? - Dean perguntou ignorante.

– Quantos você acha que tem na Rua 45?- Sam rebateu e foi para o carro. Dean pegou a chave do Impala e foi para a porta.

– Ah! E você vem com a gente. - se virou para o anjo.

*

Kate saía do local e entrava no beco escuro. A única luz que havia era um poste com a luz fraca e a placa do Kisses. Apertou sua arma e seu cantil de bolso com água benta para se certificar de que estavam lá. Lembrou de sua faca para matar demônios e pôs a mão nela também. Sempre odiou o escuro, mas passou a sentir medo também depois que descobriu sobre o mundo sobrenatural.

Ela tinha a impressão de que não estava sozinha. Começou a ficar quente outra vez e segurou a arma, ainda presa no cinto. Olhava para frente com os olhos arregalados, mesmo não conseguindo ver muita coisa. Ouviu passos atrás dela e parou de andar. Viu pelo canto do olho um movimento perto das caçambas de lixo. Sacou sua arma e virou. Olhou para todos os lados e andou para perto das caçambas. Conferiu atrás de todas e não havia ninguém, mas um demônio, Peter, passou o braço no pescoço de Kate (fazendo-a soltar a arma) e com a outra mão apontou uma faca pra ela.

– Uma faca? Jura? Você é um demônio. Não consegue fazer melhor? - ela perguntou zombeteira.

– Ah, sim! Eu consigo fazer muito melhor. Que tal a gente entrar no Kisses pra eu mostrar? - ele cortou o braço dela e o lado esquerdo da barriga. Ela se encheu de raiva e ele a empurrou. Peter tinha se queimado ao tocar na pele da garota. - Hum... você tá quente. É isso que eu costumo provocar nas garotas - ele sorria malicioso.

Ela, ficando de frente pra ele, esticou a mão e com um movimento o lançou contra a borda da caçamba. Ele gemeu de dor, apertando os olhos.

– Não encosta em mim. - ela avisou.

– Crowley vai gostar de saber sobre isso. - se referiu aos poderes dela.

– Isso se você chegar até ele.

Ele correu pra cima dela e Kate jogou água benta nele, trocando de lado com Peter. Este parou e ela guardou a garrafa, pegando a faca.

– Vai me pagar por isso, sua vadia! - ela se distraiu com um homem que saía do Kisses.

Peter fez um movimento com a mão e a lançou no chão com força. Uma dor aguda a invadiu e sua visão ficou distorcida. O que ela entendeu foi que o homem tentou matar o demônio, mas a criatura foi mais rápida e o socou... três vezes. Se virou para Kate e andou em sua direção. A faca estava longe dela.

O homem tocou o ombro de Peter, este que se virou para ele. Cravou a faca no peito da criatura e a girou.

– Fica longe dela. - murmurou. Depois que o demônio caiu no chão o desconhecido foi até Kate, que se arrastou no chão até encostar na parede, querendo distância dele. Conhecia aquela voz. ''Não pode ser ele!''. Mantinha a mão sobre o corte na barriga. - Kate, sou eu. - se abaixou.

– Não... - engoliu em seco. - Está morto.

– Parece que não, eu to aqui. - só então, ele percebeu que a mão dela estava ensanguentada. - Você tá machucada...

– Sério? Eu nem tinha notado. - ela ironizou.

– O corte está fundo?

– Não.

– Vem, eu te ajudo.

– Por que se importa?

– Porque sou seu irmão.

– Não, você não é.

– Cara, você continua teimosa! Eu acabei de salvar sua vida!

Ela balançou a cabeça em desaprovação.

– Olha. - pegou o cantil no bolso dela e jogou o líquido em seu braço. Ela puxou uma faca de prata e o entregou. Ele fez um pequeno corte na mão. - Sou eu. - Kate olhou nos olhos dele.

– Adam? - ele afirmou com a cabeça. Ela o encarou desconfiada, mas cedeu e o abraçou forte, começando a rir. Ficaram um tempo abraçados e depois ela voltou a olhá-lo. - Eu... eu não acredito que está vivo!

– Pois é.

– Mas... como? Como? Eu... te vi caído e... morto.

– Bom, aquele não era eu exatamente.

– Como assim?

– Depois te explico. Se apoia em mim. - ela passou o braço envolta do pescoço dele e ele a levantou.

Adam a levou até seu carro (um Camaro branco) e ela sentou no banco de trás. Ele foi para o banco do motorista.

– Belo carro. - ela elogiou depois de um tempo.

– Não minta. Eu ainda lembro que você não gosta de Camaros.

– E arranjou logo esse tipo de carro pra se lembrar de mim?

– Kate, eu estava te procurando.

– Aconteceu alguma coisa de interessante durante o tempo que eu achei que estava morto?

– Não. Só o meu novo corte de cabelo. Gostou?

– Ficou uma droga. - disse e ele riu.

– Que bom que fala o que pensa. Por que achou que eu estava morto?

– Ora, porque vi o seu corpo no chão da cabana.

– E nem pensou em olhar do lado dela?- perguntou indignado. - Aquele era o metamorfo.

– Eu estava tensa. Só de ver seu corpo ali bastava.

Ele ergueu as sobrancelhas.

– E você? Aconteceu alguma coisa? - o mais velho perguntou.

– Não, eu... - só então, ela se lembrou de Sam e Dean. Pegou o telefone rapidamente e procurou pelo nome deles.

– Que foi? - Adam perguntou.

*

Dean e Castiel estavam de frente pro beco onde se localizava o Kisses. Sam foi procurar pela irmã na vizinhança.

– Tem certeza de que é aqui? - Dean perguntou.

– Como eu disse, foi em frente a essa loja que eu falei com ela. - o anjo apontou para uma loja de vestidos.

– Já olhei tudo. Nada. - Sam vinha na direção deles.

– Cadê você Kate? - Dean perguntava olhando para os lados. Seu celular tocou e ele viu que era ela. – Kate! - ele colocou no viva voz.

– Oi, Dean! - ela disse com a voz inocente.

– Não vem com essa de ''oi, Dean''. Onde você tá?

– Relaxa eu tô bem. Oi, Sam, oi, Castiel.

– Como sabe que eles estão aqui e como sabe que está no viva voz? - ele perguntou desconfiado.

– Eu te conheço, Dean. Você sempre faz isso quando o Sam liga.

– Ainda não acredito.

– Você precisa complicar! Hoje de manhã você comeu torta.

– Grande coisa!

– E, praticamente, metade do peru que os donos daquela casa tinham.

– Ta. Acredito em você. Onde você tá?

– Onde vocês estão?

– De frente pro beco onde você falou com Castiel.

– Pera um pouco. - ela pediu à Dean – Ouviu? Pra onde estamos indo? - perguntou a Adam.

– Ahn... uma hora mais ou menos daí. Uma casa pequena e verde com um Camaro branco estacionado na frente. É fácil de achar. - disse a última frase com um sorriso malicioso.

– Kate, quem está aí com você? - Sam perguntou.

– Relaxa, não é o homem do saco. - ela disse ignorante. – Conto pra vocês depois. Tchau. - desligou o telefone antes que pudessem falar mais alguma coisa.

– Deixa eu adivinhar: - Adam disse. - você passou todo esse tempo com os Winchester. Os mais famosos caçadores.

– Isso aí! - ela reparou no sorriso dele. - Do que tá rindo?

– Nada. É só que... chegamos.

Kate desceu do carro e entendeu o motivo do sorriso de Adam.

– Sam e Dean vão matar você.

Eles estavam em uma rua onde só tinha casas verdes. Algumas maiores que outras, mas, de qualquer forma, os Winchester ficariam com raiva.

– Bom, eu não menti pra eles.

– Mentiu sim. Você disse que era fácil de achar.

– É, mas eu sou o único aqui que tem um Camaro.

Kate gemeu baixinho e levou a mão ao ferimento, fazendo com que se lembrassem do corte na barriga dela.

– Vem. Temos que cuidar disso logo. - Adam a chamou.

– Não tem muito com o que se preocupar. Já disse que não está fundo. – ele a ignorou completamente. – Uma coisa de que eu não senti falta é dessa sua superproteção.

– Claro, os Winchester fizeram isso por mim!

Kate percebeu que ele estava com ciúmes. “Era só o que me faltava!”

Andaram pela rua e a menina olhava para as casas com atenção. Era verdade. Todas eram verdes, mas eram decoradas de forma diferenciada.

– É tipo um condomínio, né? – ela tentou descontrair o clima.

– Mais ou menos. Como você viu, não tem porteiro. E... essa casa não é minha. - ele terminou abrindo a porta da casa e dando passagem para a irmã.

– É claro que não. - ela disse entre risos.

A casa era por dentro o que parecia ser por fora: pequena, mas confortável. Do lado direito da porta de entrada havia um sofá comprido, uma mesa pequena e uma televisão. Do lado esquerdo, tinha mais um sofá e uma poltrona. À frente da porta tinha uma bancada e a cozinha, com uma mesa redonda e quatro cadeiras ao seu redor. Ao lado da cozinha ficava os quatro quartos. Dois em cada lado de um corredor largo.

– Ahn... vai ver os quartos. - ele sugeriu e ela foi. - Eu vou pegar as coisas para o seu curativo.

O primeiro quarto era pintado de amarelo, tinha uma cama, uma cômoda de madeira e um criado-mudo. Havia uma estante cheia de livros grossos e a maioria escura. Kate anotou mentalmente: ''Ver o assunto desses livros''. Ela reparou uma porta no chão perto da janela. Abriu-a e se deparou com uma escada. A menina desceu a escada e olhou ao seu redor. Ossos. Ossos pendurados e sangue. Também tinha saquinhos. ''Bruxos!'', ela disse baixo. Decidiu sair dali antes que pudesse gravar aquela cena e ter pesadelos com ela.

O outro quarto era preto e branco. Era bem amplo e espaçoso, pois não era muito ocupado em relação ao seu tamanho. A cama era box, tinha uma escrivaninha (com um computador) toda branca e detalhes roxo. Um banheiro ao lado da porta e um closet ao lado da janela, no fundo. ''Quem me dera ter um quarto assim!''. Do outro lado do corredor, tinha um quarto que parecia ser de um casal, pela cama grande que tinha lá. Ele era azul e branco, com alguns detalhes em preto. Continha os mesmos móveis dos outros quartos, a diferença é que nesse tinha dois closets e dois banheiros. Quando Kate entrou no outro quarto levou o maior susto! Um boneco comprido, com cabeça de palhaço e rosto deformado, vestido como um mendigo pulou na frente dela. Ela gritou e ouviu seu irmão rir na cozinha.

– Para de rir, seu idiota! – brigou com ele, mas sorria, pois sentia falta desse humor do irmão.

Desviou do boneco e observou o resto do quarto. Ele era cheio de fotos de criaturas sobrenaturais. A maior parte era montagem, mas algumas pareciam que tinham sido tiradas por alguém. A cama estava desarrumada e cheia de papéis com anotações. Havia uma estante com vários livros (uns até deitados em cima de outros, pela falta de espaço) que chamavam a atenção de qualquer um. Eram de bruxaria. Bruxaria principiante e avançada. Ela voltou para a sala.

– Eu sabia que você ia se assustar com o boneco! - Adam revelou ainda rindo, virado para a pia. Mexendo em alguma coisa que Kate estava curiosa em saber o que é. ''Só falta ser o hospital inteiro!'', ela pensou.

Kate e Adam tinham uma relação que pode ser considerada engraçada. Ele era mais protetor com ela e ela era mais... ignorante quanto a isso. Brigavam o tempo todo. Tanto ela quanto ele dariam sua vida um pelo outro, mas tentavam não levar esse tipo de conversa a sério, pois sempre acabava em discussão.

– Claro! - ela disse rindo e revirando os olhos. - Você percebeu que a família que mora aqui é...

– Bruxa. É, eu sei. Eles não foram nada discretos!

– Já pensou em caçá-los?

– Não. - respondeu ainda de costas pra ela.

– Não? - ela perguntou indignada. - Adam, você é um caçador. É o que você faz!

– Eu sei, eu sei, mas é que eu estava mais interessado em procurar você do que caçar uma família de bruxos. Foi só o que eu fiz nesses últimos meses!

– Não acredito que ficou atrás de mim quando tinha a chance de...

– Kate, para! - repreendeu se virando pra ela. - Eu sei o que você vai falar. Você sempre diz que poderíamos ter uma vida normal e tal, mas não podemos e você sabe disso. - ele bufou. - Devíamos parar de pensar assim, não acha? Parar de achar que podemos ser normais porque não podemos. Olha, eu estou caçando desde os meus 13 anos. Eu sei que não é fácil pra você lidar com isso...

– Não vem com essa! - ela caminhou até ele. - Você sabe muito bem que eu já estou acostumada. - fazia gestos de acordo com o que falava. - Tem que parar de me tratar como criança, Adam! Eu só acho que, sempre que pudermos, nós devíamos dar uma chance a isso. Tentar, pelo menos. Nunca fizemos esse tipo de coisa e por sua causa. Me impedia de terminar sempre que eu começava o assunto! - ela deu uma pausa. - Você caça com orgulho, não caça?

– Pra vingar a morte da nossa mãe! - ele praticamente gritou.

– PRA QUÊ? - ela berrou. - Pra que se vingar da morte dela? Adam, todos morrem um dia. John morreu. E o que você vai fazer a respeito? Vai sair correndo pra procurar o assassino dele?

– Quem te disse que ele morreu?

– Os Winchester.

– E por que acredita neles?

Kate não queria contar à Adam que Sam e Dean eram seus irmãos, não agora. Teve sorte que alguém bateu na porta e logo ele foi atender. Só quando ele saiu de perto da pia ela pôde ver que ele não estava preparando curativo algum. O garoto estava mexendo em um bolo. ''Como é careta...'', ela pensou. Ela ainda estava de costas quando ouviu Sam falar:

– Ahn... eu estou procurando uma garota...

– Todos estão, cara. - Adam o interrompeu.

Sam soltou uma risada pelo nariz.

– Não. É que...

– To aqui. - Kate foi para a porta. – Foi fácil achar a casa? – ela riu.

– Quero motivos convincentes para eu não matar ele. Batemos na porta de uma velhinha que me chamou de ripe e bateu a bengala na perna do Dean. O pior foi o marido dela que falava cuspindo e tentando manter a dentadura no lugar!

Adam ria igual um louco e Kate um pouco menos que ele.

– Esse casal é um porre mesmo. Uma vez eu fui pedir sal pra velha e quando eu estava atravessando a rua o coroa quase me atropelou! – Adam disse.

Dean era o único que não ria e o que estava atento a pegar a arma a qualquer momento. Não confiava no garoto à sua frente. Ainda mais quando ele leva sua irmã pra longe, quando criaturas desgraçadas estão atrás dela.

– Que aconteceu com você? - Dean praticamente gritou vendo a mancha de sangue na blusa dela. - Foi ele? - ele apontou a arma para Adam e este levantou as mãos.

– Não, Dean! Não foi ele. - respondeu. - Eles podem entrar?

– Contanto que não me matem... - deram passagem e eles entraram.

– Ahn... eu vou... pegar os curativos.

– Só alguma coisa pra eu cobrir. O sangue já parou de escorrer. - ela respondeu e ele seguiu para o quarto do boneco.

– Kate, quem é ele? - Dean perguntou.

– Ahn... vai parecer bizarro, mas... ele é o Adam, meu irmão.

– O que você achou que estava morto?

– É.

– E por que você achou que ele estava morto? - Sam perguntou.

– Porque nós estávamos atrás de metamorfo. Ele se transformou no Adam e quando o vi caído morto achei...

– Ok, já entendemos. – Dean disse ignorante.

– Me sinto a maior idiota!

– Devia, mesmo. - Dean zombou.

Ela o olhou séria.

– O que tá acontecendo com você? Primeiro aponta uma arma para seu próprio irmão depois me trata desse jeito...

– Pra começar, ele é um desconhecido pra mim e segundo eu só estava preocupado com você.

– Que bela forma de demonstrar isso! E eu sei me cuidar, Dean, não tenho 10 anos se é assim que você me vê.

– Já contou a ele sobre os poderes? – Sam perguntou atrapalhando Dean que ia começar a brigar com a irmã.

– Não.

– E quando vai contar?

– Eu nem sei se eu vou contar!

– É claro que vai! Óbvio que você não pode esconder isso dele! Uma hora ou outra ele vai descobrir. Por você ou não.

Dean olhou para o lado e viu a torta que Adam mexia há minutos atrás.

– É assim que seu irmão comemora os aniversários? - ele apontou para o doce.

Ela riu e andou até a pia.

– A última vez que ele arranjou um desses foi no meu aniversário de 11 anos. Comemos quase tudo no mesmo dia. - ela cortava um pedaço do bolo.

– Depois que o pai deixou vocês, né?

– Isso aí. - pegou o pedaço, colocou em um prato com um garfo e entregou à Dean. Fez o mesmo para Sam e depois para si mesma.

– Kate, eu só achei esses, mas se... - Adam saiu do quarto em que a menina levara o susto carregando alguns pacotinhos de band-aid e outras coisas que ela achou exagero. Parou de falar ao vê-los comendo o doce.

Sam e Dean apontaram para Kate, sinalizando de que era culpa.

– Belos irmãos vocês são! - ela ironizou.

– Como é que é? - Adam perguntou indignado. Só quando ele disse isso ela reparou no que acabara de falar.

– Não contou pra ele? - Sam perguntou.

– Ahn... pois é. Não contei, mas agora ele sabe, então... Parem de me olhar assim. - eles a encaravam furiosos e indignados.

– Como você quer que eu te olhe sabendo que não me contou que esses dois idiotas são nossos irmãos? - Adam andava até ela enquanto falava.

– Aí, não precisa ofender. - Dean repreendeu-o e ele revirou os olhos.

– Acabo de descobrir que o irmão que eu achava que estava morto há 6 meses, na verdade, está vivo. - Kate retrucou. - Você ficou esse tempo todo sumido e não me ligou ou fez outra coisa pra dar sinal de vida. Tem ideia de como foi ficar sozinha com eles, quando eu podia estar com você?

– Não pense que eu fiquei melhor...

– Muita coisa aconteceu enquanto você estava longe. - ela deixou o prato de lado e encostou-se à borda do balcão. - Descobri que tenho mais dois irmãos, fui atacada pelo meu ex-namorado, que agora eu sei que era um lobisomem, descobri que anjos existem e agora estou fugindo de um bando deles e mais a porcaria dos demônios só porque tenho poderes! A droga dos poderes que apareceram só pra estragar tudo!– quando berrou essa última parte seu prato com o bolo explodiu e uma cadeira caiu.

Ela chutou outra cadeira que estava na sua frente, derrubando-a, e saiu pisando duro em direção ao quarto preto e branco, batendo a porta com força.

– Nunca vi ninguém ter tanto argumento! Estamos colocando muita pressão em cima dela, não acha? - Dean disse para Sam.

– Estamos colocando mais do que ela já tem! - ele respondeu.

– E você? - o mais velho falou com Adam. – Não vai falar com ela?

– Conheço a Kate. Quando ela fica assim não quer papo com ninguém. - ele respondeu e levantou as cadeiras. Abriu uma porta ao lado do balcão da pia e tirou de lá uma pá e uma vassoura. - Vão me explicar tudo isso ou eu vou ter que enfrentar a fera? - se referiu à Kate.

Dean revirou os olhos e começou a andar.

– Explica pra ele, Sam. Eu vou comprar bebida... - quando ele abriu a porta deu de cara com Castiel. - Jesus! - disse pelo susto.

– Ahn... não. Sou eu. - o anjo ''corrigiu''.

– Ótimo. Tenta falar com a Kate.

– Outro ataque?

– Foi.

Castiel olhou pensativo para o chão, depois ergueu a cabeça.

– Dean, eu não sei o que vai achar disso, mas eu precisava começar o treinamento com ela. Kate pode perder de vez o controle disso e fazer pior do que quebrar objetos e derrubar outros.

– Ta, só toma cuidado. - ele disse e passou pelo anjo.

– Tudo bem, ela não vai se machucar.

– Não é isso. Falo por você. Não a irrite. - avisou e foi para o carro. Castiel entrou na casa e passou direto por Sam e Adam.

– Ei! - Adam gritou e ele parou. - Eu conheço você! Castiel?

– Conhece ele, Castiel? - Sam perguntou.

– Conheço. Eu tenho aparecido pra ele algumas vezes.

– Então sabia que ele estava vivo e não contou pra Kate? Cara, ela vai te matar. - ele sorriu.

– Morrer não seria legal. Então, não contem. - ele disse e seguiu para o quarto onde ela estava. Bateu na porta e ouviu um ''Sai daqui, idiota!''. Ele entrou e viu uma Kate de rosto molhado e olhos vermelhos por conta das lágrimas. - Quem era o idiota?

– Qualquer um que quisesse entrar, mas você é a exceção. Por que está aqui?

– Para nós treinarmos. Vai aprender a controlar seus poderes.

– Onde? Aqui não pode ser. Aliás, eu não tô a fim de machucar nenhum dos vadios lá.

– Eu achei um lugar. Vem. Vou avisar seus irmãos.

Saíram do quarto e Castiel avisou-os. Adam queria ir e pelo que Kate pôde perceber, Sam também queria, mas ela disse que não, pois poderia ser perigoso. Ela pegou a mão do anjo e eles sumiram de lá.

Leiam as Notas Finais


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Notas finais do capítulo

Oq acharam? Ficou confuso? Eu copiei e colei do world, mas ficou tudo junto e agr era pra eu estar dormindo e n dá tempo de eu rever tudo pela terceira vez!

Pergunta para as adoradoras do Castiel: acham q eu mudei ele? Quero dizer, eu mudei a personalidade dele? Aquele jeito maravilhosamente sério dele? Sejam sinceras, pq eu to achando q ss.

Adorei matar minha saudade de vocês postando! Espero q tenham gostado no geral. Posto mais rápido do q pensam se comentarem igual fizeram no último cap. Ou vcs querem q eu espere uma semana de novo?

Bjoooos! Até o próximo!