Hakanai (Interativa) escrita por Wondernautas


Capítulo 28
O despertar do caos


Notas iniciais do capítulo

Fim do segundo arco!



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Além da Torre do Sol, tudo o que resta agora no vilarejo são destroços. Por alguma razão, o mais alto e importante monumento da vila não sofrera danos, exceto a sua cobertura, que fora totalmente arruinada.

– O que aconteceu? – se pergunta Fubuki, ao acordar e se levantar do chão.

De pé, o garoto olha para todos os lados. Tudo o que vê, a primeiro momento, são as pedras nas quais o teto se dispersou e as estrelas do céu noturno. Logo depois, vê os sete pilares de sacrifício, com Envy e os demais tributos do ritual desacordados. Inclusive, todos os sete ainda estão com estranhas marcas em seus corpos.

– Foi o Ritual do Sol Noturno que causou isso... – fala Sesshou, se levantando ao empurrar para longe uma pedra que estava sobre seu corpo e chamando para si a atenção do mais jovem: em seus braços, desacordada, está a princesa Tsurugi. – E Moon-sama protegeu todas as pessoas do vilarejo.

Fubuki, permanecendo com seu olhar para ele por alguns instantes, olha de volta para os sete pilares. Diante deles, com o joelho esquerdo dobrado e apoiado ao chão, está Moon, com suas roupas bem danificadas e com suas palmas abertas erguidas ao céu.

– Guarda Angelical. – completa Sesshou, olhando para a distante Moon. – Ela a utilizou para proteger a todos nós.

O Ritual do Sol Noturno, desde o início, estava programado por Misuro para romper o lacre interdimensional que mantinha presos os Shadows. Porém, devido a grande energia produzida pela cerimônia, é necessário que aquele que dá início à mesma mantenha tamanho poder em estabilidade para que o desequilíbrio dela não arrase tudo. Contudo, na situação em que o arqui-inimigo de Moon estava, era incapaz de fazer algo a respeito. Como consequência, toda a energia que estava sendo formada explodiu e destruiu todo o vilarejo. Entretanto, a rainha do Palácio Estelar ativara uma de suas técnicas: Guarda Angelical.

– Estão todos bem... – pensa ela, um pouco ofegante, com um feixe de sangue escorrendo do lado esquerdo de sua cabeça, uma poça do mesmo sob seu corpo e vários ferimentos graves.

– A Guarda Angelical funciona juntamente das habilidades sensitivas do usuário. Enviando sua energia para cada pessoa viva em uma distância possível, Moon-sama se conecta com todas elas e recebe, naquele momento, todos os danos que elas deveriam receber. Desse modo, os protegidos perdem qualquer chance de se ferir ou morrer ao mesmo tempo em que toda essa ameaça é redirecionada para o utilizador. – Sesshou explica, deixando Fubuki impressionado. – É por ter alcançado um novo patamar que Moon-sama foi capaz de resistir aos danos e sobreviver.

– Ela se arriscou tanto assim por nós?! – mentaliza o Fuyutsu, bem impactado.

Moon abaixa ambos os braços. Do direito, grande quantidade de sangue flui. Do esquerdo, em menor quantidade. Seu corpo, na verdade, está extremamente danificado.

– Cuidado! – declama Yume, ao surgir com Ketsui em seus braços em correr em direção à direita de Fubuki e Sesshou.

– Yume! – exclama Fubuki, sorrindo. – Que bom que está a salvo!

– O perigo não foi eliminado. – garante a gata, assim que sua dona se aproxima o suficiente e para perto da dupla. – Várias energias negativas diferentes estão sendo emanadas dos corpos dos sete que estão presos àqueles pilares.

– Também estou sentindo. – admite Sesshou, voltando seu olhar para sua mestra Moon, ali distante e em estado preocupante.

– Por mais que a rainha do Palácio Estelar seja poderosa, ela não será capaz de nos defender de agora em diante. – afirma Stinger, ao aparecer por trás dos três, surpreendendo-os. – Vejam só como ela está.

– Não subestimem Moon-sama. – sugere Sesshou.

Fubuki nota que, apesar do estado dela, ele não parece se preocupar. Considerando isso, o garoto acaba supondo que Moon ainda tem truques na mangá para lidar com esta situação: e que Sesshou sabe bem disso.

– Pessoal... – articula Sisshin, vindo da mesma direção de Stinger.

Ele recebe os olhares enquanto caminha. E junto dele se aproximam também Rouge, Mika’il, Orfeo, Percy, Yasuko e Zack: todos eles estão sem ferimento algum, assim como os outros presentes no vilarejo que não se encontram na Torre do Sol. Esses, quando perto o suficiente, se misturam a Fubuki, Yume, Ketsui, Sesshou e Stinger.

– O maior dos perigos ainda está por vir. – alerta Ketsui, no instante que todos voltam suas atenções para Moon e os pilares.

As energias sombrias no interior dos corpos de Mei, Envy, Athem, Anya, Keiko, Bian e Aoi se elevam ainda mais. E, de repente, de cada um, são liberadas três estranhas sombras.

– A batalha ainda não acabou. – pensa Moon, suspirando e recuperando seu fôlego. – Renovação Angelical.

Incontáveis luzes cercam o corpo dela como se fossem estrelas cadentes. Tal processo ocorre por alguns segundos e, enquanto isso, todos os ferimentos – tanto os leves quanto os graves – de Moon vão sendo revertidos em uma velocidade sobrenatural. Quando a técnica cessa, ela já está totalmente recuperada.

– Usuários de Angel Gift, naturalmente, já possuem atributos comuns como força, velocidade e capacidade de recuperação superiores aos dos demais humanos. – imagina Sesshou. – Contudo, quando a situação é grave demais, ela é capaz de usar a Renovação Angelical para se curar de qualquer ferimento. Apesar disso, segundo o que já ouvi, mesmo depois de tantas batalhas, ela nunca precisou utilizar essa técnica...

Com a respiração estabilizada e o corpo em excelentes condições, Moon se coloca de pé. Suas roupas, por outro lado, praticamente extintas – restando somente tecido cobrindo os seios, a região do quadril e sua manga esquerda, pois a direita fora consumida –, deixam a prova dos danos assustadores que a mulher sofrera.

Por sua vez, Kagume Tsurugi, ainda nos braços de Sesshou, começa a abrir os olhos.

– Sesshou? – indaga ela, surpresa.

– Kagume... – corresponde ele, extremamente feliz ao ouvir a doce voz da donzela, direcionando sua face sorridente para ela.

– Tsurugi-hime!! – em coro e em mesma entonação empolgada: Zack e Orfeo.

– O que está fazendo comigo? – ela pergunta, se referindo ao fato dele estar segurando-a em seus braços.

– Eu? – ele, corando, sem saber o que dizer.

Com um salto e um rodopio no ar, ela se liberta dos braços dele. Colocando-se de costas para o Takayama, a poucos centímetros, a mulher cruza seus braços, fecha suas pálpebras, respira fundo e articula:

– Espero que não tenha tentado se aproveitar de mim enquanto eu estava indefesa...

– N-não! – nega ele, com a face ainda mais vermelha. – Eu não faria uma coisa dessas.

– O lastimável é que, logo eu, no fim das contas, caí no clichê da mocinha sendo salva por seu herói. – comenta, virando-se para ele.

Em seguida, Kagume reabre seus olhos e sorri, o que alegra Sesshou. Desse modo, ela declara:

– Ainda assim, obrigada...

– Foi a Yume quem fez tudo por você, não precisa me agradecer. – garante ele, direcionando seu olhar para a citada e, posteriormente, para a princesa outra vez. – Mas se quiser me dar um beijo, eu aceito.

– Idiota. – diz a Tsurugi, com uma expressão de desaprovação total.

Voltando-se para Yume, a mulher se manifesta de novo:

– Se foi você quem me salvou, te agradeço. Espero poder retribuir algum dia.

A dona de Ketsui, sem dizer nada, apenas exibe um sorriso gentil. Então, se voltando para Fubuki, Kagume descruza seus braços. Chamando para si a atenção dele, conta:

– Prazer, caro Fubuki Fuyutsu. Kagume Tsurugi, sou a sétima Virtude: diligência.

– Os Shadows foram libertos. – afirma Moon, direcionando sua voz para Fubuki e os outros, mas sem se virar para eles.

Todos ficam impressionados. Ao ouvirem isso, Fubuki e os demais se colocam em guarda. As sombras, saindo do corpo de Envy e dos outros, vão tomando formas. São 21 ao todo, sendo que 14 delas crescem assustadoramente, enquanto as outras sete continuam como silhuetas humanoides.

– O mundo está para acabar. – fala o único ser dentre as sombras que tem sua aparência revelada, pois os demais continuam com a mesma oculta.

Trata-se de um ser semelhante a um homem humano: seus cabelos são lisos, curtos e vermelhos, sua pele é clara, seus olhos são castanhos, sua altura é considerável e seu corpo é bem medianamente forte. Traja vestes negras e demonstra uma expressão séria e neutra.

– Não pode ser!! – pensa Moon, perplexa, como se reconhecesse o sujeito de algum lugar.

Gargalhadas, agora, podem ser ouvidas, mas não do sujeito que se apresentara entre as demais sombras. São as risadas descontroladas de Misuro Asachi que, caminhando com dificuldade devido os ferimentos do seu corpo, sai de trás do pilar onde está presa Mei Sasaki: caminha em direção ao homem desconhecido. Este, por sua vez, permanece encarando Moon sem se incomodar com a aproximação de Misuro.

– Ele ainda está vivo?! – Yume se manifesta, impressionada.

– O lacre foi quebrado e os Shadows foram libertos!! – exclama Misuro, cada vez mais perto do seu alvo. – Agora terei o poder necessário para superar você, Moon, e para ter o mundo em minhas mãos!!

Moon decide fazer algo. Não tem ideia de que ele pretende se apoderar do poder dos Shadows, mas sabe que precisa impedir isso de qualquer maneira. Contudo, quando tenta dar o primeiro passo, o sujeito que ela parece conhecer leva o braço direito para trás, cobrindo o rosto de Misuro com sua mão ­– pois ele já está próximo o suficiente para tal.

– Eu terei o poder! – grita o Asachi, sem parar de rir.

– Sua voz é irritante. – fala o homem que interrompera os passos dele.

Após tal comentário, ele libera energia com sua mão. E, dessa forma, Misuro é atacado de dentro para fora, pois ondas negativas eclodem em seu interior, destruindo seu corpo sem deixar rastros. Diante das rajadas de luz negra expelidas do arqui-inimigo de Moon, não sobra nem pó do mesmo: o Hakanai Sombrio deixa de existir.

– Inacreditável!! – pensa Fubuki, perplexo. – Ele o matou! E com tamanha facilidade?!

– Se preparem para o caos. – afirma o homem, levando seu braço de volta para frente. – Meu nome é Ômega e sou o Shadow número 21.

– Ômega? – pensa Sisshin, assistindo a tudo bem espantado.

– Shadow número 21? – imagina Rouge, desta vez.

– A Guerra Celestial começa agora. Contudo, nesta era, será impossível nos selar novamente. Além disso, humanos não são capazes de nos vencer. Em outras palavras, o fim chegou. – garante Ômega. – Aceitem o fim dos tempos e morram sem sofrimento.

Uma das sombras do local, sendo ela um Shadow, voa para o céu, indo para outro lugar bem distante daqui. Uma por uma o faz, restando somente o que se apresentara como Ômega. Ele, por sua vez, começa a levitar, mostrando que também partirá. Ao fazê-lo, se afastando pouco a pouco do chão, comenta:

– O mundo jamais será como antes.

O Shadow alça voo e, assim como seus antecessores, vai embora daqui.

– Aonde eles foram? – indaga Yasuko.

– Os Shadows não lutam juntos. Porém, cada um deles tem o poder de um Hakanai classe S e o potencial para espalhar a destruição por onde passa. – explica Kagume.

– A verdade é que eles se manifestam respeitando uma ordem. – garante Sesshou. – Alfa, Beta, Gama, Delta, Épsilon... Até Ômega, o último de todos. – E agora que eles despertaram definitivamente, devemos nos preparar ao máximo para vencer esta guerra.

– E você deve estar apto para conduzi-la o quanto antes, Fubuki. – afirma Moon, virando-se na direção do citado, chamando a atenção do mesmo.

A mulher começa a caminhar e se aproximar deles. Quando já se coloca perante o grupo, permanece encarando Fubuki firmemente, assim dizendo:

– Em todas as Guerras Celestiais, após o despertar, os Shadows levaram exatamente um ano para começarem a agir. Nesse meio tempo, você terá que ter um treinamento ainda mais árduo que seus companheiros.

– O que quer dizer com isso? – pergunta ele, arqueando sua sobrancelha esquerda.

– Estou te convidando para passar este ano treinando no Palácio Estelar. – afirma ela. – Temos uma estrutura adequada para auxiliá-lo e registro de todas as informações conhecidas sobre sua Hakanai.

Todos, principalmente Yume e o próprio Fubuki, ficam espantados com a proposta de Moon. Ignorando tal fato, ela questiona:

– Aceita?

– Saiba que é pelo bem da humanidade. – garante Sesshou, cruzando os braços e chamando para si o olhar do mais jovem. – Além disso, o Palácio Estelar não é nada mal! Pode ter certeza que você vai gostar daquele lugar.

Fubuki redireciona seu olhar para Yume como quem espera uma permissão. Ela, por sua vez, nada diz, mas sorri.

– Tudo bem, eu aceito. – corresponde ele, voltando sua atenção para Moon.

– Ótimo. – garante ela. – Quanto ao restante, devo recomendar a ida de vocês à mansão Agamenon, que em breve se tornará algo bem diferente.

– Ahn? – pergunta Yume, confusa. – Como assim?

– Quando você chegar à sua casa, entenderá melhor. – garante a mulher que, logo depois, passa a fitar Sesshou. – Sesshou, já você, acho que deveria ficar por aqui junto de Kagume. Uma vila arrasada como esta precisa de pulsos firmes e mentes hábeis para ser reerguida. Conduzam, juntos, a Vila do Sol a uma nova era em que Takayamas e Tsurugis caminharão lado a lado.

Kagume e Sesshou se entreolham, sorrindo juntos, por alguns instantes. No fundo, concordam com as palavras dela. Desse modo, Moon fala:

– Você está dispensado como meu escudeiro, Sesshou. De agora em diante, poderá assumir normalmente o seu papel como governante desta vila.

– Se é este seu desejo, cumprirei conforme pede. – afirma ele, sério.

Moon direciona seu olhar para Rouge. Ela, por sua vez, desvia o rosto. Sorrindo, a rainha do Palácio Estelar fala:

– Não precisa temer o poder que seus olhos carregam. Basta se esforçar ao máximo para dominá-los. Cada um de nós nasce com a Hakanai que deve carregar e com o poder que deve usar em nome da justiça. O que você tem é um dom e não uma maldição.

– Então vamos pegar os sete ali e sair deste lugar? – sugere Sisshin, suspirando.

Ele, Orfeo, Zack, Percy, Mika’il, Stinger e Fubuki andam até os sete pilares. Sisshin retira Mei, Orfeo retira Aoi, Zack retira Athem, Percy retira Keiko, Mika’il retira Anya, Stinger retira Bian e Fubuki retira Envy: os sete continuam desacordados, mas já não há nenhuma marca neles.

– Estão vivos, não estão? – pergunta Yasuko.

– Intactos. – garante Moon. – Minha Guarda Angelical foi usada para isso.

Dessa forma, todos eles vão caminhando juntos, acessando um corredor para se retirarem da Torre do Sol – o próprio Ritual do Sol Noturno protegeu a área, já que fora o local da cerimônia. Moon, porém, para de repente, erguendo sua face para o céu.

– Será que era ele mesmo? – pensa. – Não consegui sentir a essência dele, nem ler sua alma, mas... Aquele rosto...

A mulher abaixa sua face, voltando-a para os outros cada vez mais distantes. Suspirando fundo como quem tenta deixar de lado pensamentos conturbados, ela ora aos céus para que tudo dê certo no final. Entretanto, assim como em toda guerra, ela sabe que haverá feridos, haverá dor, haverá sofrimento. Por outro lado, foi para lutar contra o legado da angústia das guerras e das batalhas que vivera até hoje.

– Como serão as coisas de agora em diante? – pensa Fubuki, enquanto anda com todos, olhando vez ou outra, disfarçadamente, para Yume. – Eu acabei me acostumando com o ritmo de estar sempre próximo dela e...

– Fubuki-chan? – questiona ela, sorrindo para ele.

– Sim?

– Vai dar tudo certo. – garante a garota.

– É, dará sim... – mentaliza, correspondendo ao dizer dela com um sorriso também.

Com isso, todos aqui seguem o próprio rumo. Afinal, por mais que nenhuma morte – aparentemente – tenha marcado esta noite exceto a de Misuro, o prelúdio da guerra anunciado por Ômega deixa a certeza de que, de fato, o mundo não será mais o mesmo. E, quem sabe, nunca mais volte a ser...

/--/--/

Horas depois, já de manhã...

– Obrigado por virem, pessoal... – agradece Fubuki, carregando seu pequeno Star nos braços.

O local é a portaria do estádio que sediara o torneio de WWW.

– Gostamos de você, carinha! – exclama Sisshin, cruzando os braços, fechando os olhos e sorrindo. – Não poderíamos faltar!

Após o fim da guerrilha na Vila do Sol, os moradores do vilarejo se reuniriam sob a guia de Sesshou e Kagume e tudo foi esclarecido. Por ora, o fodo de todos é a restauração da vila – apesar de que Sisshin deu uma retirada estratégica por ter outros objetivos no momento.

Por outro lado, agora com Moon ao seu lado direito e Ando ao seu lado esquerdo, Fubuki se prepara para partir rumo ao Palácio Estelar e passar um ano de árduo treinamento por lá. Perante tal trio estão Envy, Sisshin, Rouge – ela, no caso, já esconde sua face com uma nova máscara –, Yuni, Mika’il, Mei, Anya, Keiko, Sakura, Eli, Lucy, Apporion, Zang, Gon e Martina.

– Mas onde está a Yume? – indaga Fubuki, voltando seu olhar para Apporion.

– Bem... – tenta disfarçar a verdade que conhece bem, revirando seus olhos. – Deve estar por aí comendo pudim.

– Sério?! – questiona o jovem, bem decepcionado, mas determinado a esconder isso. – Pensei que seria justamente ela quem mais iria querer se despedir de mim. – pensa.

– Já devemos ir. – fala Moon, direcionando seu olhar para Ando.

– Certo. – concorda o seu escudeiro, ativando suas habilidades. – Tri-Flash! – assim declama, tomando em sua mão o seu tridente do teletransporte.

– Até mais. – dizem, juntos, Envy, Sisshin, Yuni, Mei, Anya, Sakura, Eli e Lucy, despedindo-se do garoto.

– Obrigado pessoal. – corresponde, tentando sorrir. – Sei que não poderei vir visitar vocês, mas aceitarei as visitas de vocês, viu?

– É claro! – exclama Sisshin, já de olhos bem abertos. – Estaremos lá sempre pra te importunar, parceiro!

– Nos veremos mais vezes. – fala Moon. – Até breve.

Ando se prepara para ativar a habilidade de teletransporte do seu tridente. Porém, quando os três estão prestes a partir, o grito de alguém interrompe:

– Fubuki-chaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaan!!!

Todos se viram em direção ao grito. Ao longe, acenando, vem correndo Yume, acompanhada por sua felina.

– Espere por mim!

– Yume... – pensa ele, extremamente feliz.

A garota – cheia de sacolas – e sua gata se reúnem com o grupo, Sorrindo, a Invocadora fala:

– Ainda bem que cheguei a tempo.

– Para se despedir? Sim, chegou. – afirma ele, sorridente.

– Não. – nega ela, colocando sua mão direita dentro de uma das seis sacolas que carrega, retirando da mesma um pudim embalado com papel alumínio. – A tempo para ir com você.

– Ir comigo?! – ele se surpreende,

– Era esse o objetivo dela desde o início. – afirma Apporion, revirando os olhos, mas agora fazendo bico. – Não concordei com a ideia, mas quando essa menina enfia algo na cabeça, só Deus pra tirar!

– Além disso, Moon-sama concordou, não foi? – questiona Gon, segurando o riso.

– Para o meu desprazer... – fala o pai da garota, dando de ombros.

Moon sorri. E fala:

– Não se preocupe, Apporion. Há espaço mais do que suficiente para os dois no Palácio Estelar. Além disso, eu não quero separar dois amigos tão próximos.

– Tchau papai. – Yume se despede do pai, acenando com sua mão direita e se colocando ao lado direito de Fubuki.

– Nada de aprontar, viu? Pode ter certeza que vou estar sempre indo lá ver como você está. – garante o milionário, sorrindo de volta para sua filha.

– E venha com pudins. – pede a garota, com os olhos cintilantes. – Esses aqui não vão durar mais que três dias e não quero ficar abusando do Ureshi.

– Claro, claro, pode deixar... – confirma o pai.

– Tchau gente! – exclama Yume, acenando com sua mão direita, dando sua outra para Fubuki.

Todos – obviamente, com exceção de Moon, Ando, Ketsui e Fubuki – acenam de volta. A felina, por sua vez, salta para a cabeça de sua mestra para não ficar para trás.

– Ela me arrasta para cada canto... – pensa Ketsui, suspirando.

Com suas mãos ligadas, Fubuki e Yume se entreolham. A felicidade está estampada na face de ambos. E, ativando sua Tri-Flash, Ando se teletransporta junto dos dois, do cão, da gata e da rainha do Palácio Estelar. E, então, os dois “mais que amigos” se lançam à nova aventura. Afinal, juntos, Fubuki Fuyutsu e Yume Agamenon são capazes de ultrapassar todos os obstáculos... Inclusive a mais terrível das guerras... Pelo laço que os une.


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