Say something escrita por Escritora anônima


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada pelos comentários! Boa leitura ((:



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Pov. Ally

“Querido amigo, hoje foi um dia realmente divertido, se antes eu pensei que esse fim de semana seria horrível, estava totalmente enganada; claro que quando vi Austin simplesmente pirei e ainda ficar sabendo que ele foi meu melhor amigo de infância? Como assim? Eu não me recordo disso, mas ao longo do dia, ele provou ser uma pessoa muito engraçada, dócil, muito humana. Ele me fez a proposta de nos aproximar nesse fim de semana e acabei aceitando sem pensar e como condição, pedi para ele me explicar o porquê de me zoar, irritar na escola. Acho que ele finge ser uma pessoa que não é, finge ser frio, mas é um humano com sentimentos. Mas uma coisa muito estranha aconteceu na hora que estávamos cavalgando: estávamos lado-a-lado e percebi ele perdido em seus pensamentos quase chorando, me surpreendi e acabei perguntando o porquê de ele estar daquela forma, e ele me deu uma desculpa de ser um cisco, me ofereci para assoprar e foi o que fiz e como forma de agradecimento, ele me abraçou, fiquei totalmente sem ação, mas logo retribui. Aquele abraço, querido amigo, não foi como o anterior que tive que dar nele, foi verdadeiro, foi aconchegante, simplificando, foi bom, muito bom! Porém, agora preciso sair, porque minha mãe disse que hoje ocorrerá um jantar em que será anunciado uma coisa muito importante, então vamos ver o que é! Até mais.”

Depois de escrever em meu diário, me arrumei, procurava um vestido, no armário, mas nada ficava bom, ou era muito comportado ou muito ousado, até que achei o ideal (http://www.polyvore.com/jantar_ally/set?id=107973032). Perfeito! Voltei para o banheiro para dar uma arrumada no meu cabelo e quando volto, me surpreendo com uma pessoa sentada na minha cama.

– Austin, o que você está fazendo no meu quarto? Sentado na minha cama por sinal?

– Seus pais não te contaram? Como, para eles, voltamos a ser melhores amigos, dormiremos no mesmo quarto.

O que?! Como assim?! Meus pais enlouqueceram de vez? Por que Austin não pode dormir com Dallas? Ah é verdade, aquela criatura foi embora agora pouco, voltou para a perfeita vida dele na Austrália!

– Mas você pode dormir no quarto do Dallas, ele foi embora a umas 2 horas atrás! Ah esquece, então fica ai mesmo, não quero discutir com meus pais. E se arruma logo, temos um jantar “importante”.

– Já estou indo senhorita mandona. – ele disse rindo

– Vai mesmo e eu não sou mandona, boboca. – disse rindo também.

– E mais uma coisa, você não vai dormir na mesma cama que eu! Está avisado, tchau!- disse saindo

Ahh, eu não ia dormir na mesma cama que ele nunca, nunca mesmo, como meus pais tiveram coragem de fazer isso? O que eu fiz pra merecer isso? Já não basta ter que conviver com ele por um fim de semana? Tudo bem que hoje foi um dia agradável, mas de 200 dias horríveis, 1 ser agradável ainda não muda muito a minha visão sobre o loiro. Enquanto estava absorta em meus pensamentos, escuto um barulho do meu celular, mensagem no Whatsapp:

Mensagem on (Ally/ Cassidy)

– Ally, querida amiga, morreu? O que aconteceu com você? Não íamos combinar de sair para mudar um pouco o seu visual da escola e depois fazer uma maratona de filmes na minha casa??

– Meu deus, Cass, me desculpa não ter avisado vocês, mas tive que viajar com minha familia para a fazenda! E não precisa mais mudar meu visual da escola, minha mamãe querida jogou fora todas as minhas roupas da escola e agora vou ter que usar as que ela compra e escolhe --‘

– Amém! Tia Penny, eu te amo! Finalmente jogou fora aquelas roupas da Ally, você fez um bem para a humanidade! Hahahahaha, brinks amiga! Mas e ai algo de diferente acontecendo, porque normalmente quando você vai pra fazenda, a gente fica o dia inteiro conversando!

– Ahh claro, amiga, eu to na fazenda com um menino super lindo e gato! Só que nunca né?! Passei o dia cavalgando, arrumei algo para fazer e só está a minha familia mesmo, agora preciso sair, vou jantar, beijos! Mais tarde a gente se fala e desculpa por cancelar nossa maratona de filmes e avisa o resto da galera pra mim!

– Vai lá amor, aviso sim, a gente combina outra vez, agora vai lá e curte seu gatinho imaginário hahahahahaha. Beijos

Mensagem off

Meu deus, eu nunca posso contar pros meus amigos que o Austin está aqui, mas eu também odeio mentir! Mesmo assim, não vou contar que passei o dia me divertindo com ele, eles sabem que eu não o suporto! Ahhh, e agora, o que eu faço? Já sei, eu vou contar, mas depois de um bom tempo, isso, é isso mesmo o que vou fazer!

Do nada, eu sinto uma sombra atrás de mim e vejo uma criatura loira e uau, ele estava lindo! Estava com um blazer preto, junto a uma camisa azul e uma calça branca! Acorda, Ally burra, ele é o mesmo tonto de sempre!

– Ally, ally, você está bem? Porque está me olhando com cara de medo? Eu sei que sou muito lindo, não precisava ficar me encarando, se quiser, eu deixo você tirar uma foto!

– Idiota! –disse batendo no braço dele- Não estava olhando para você, senhor convencido, eu estava pensando se você leu as minhas mensagens, você não leu certo?!

– Não, a hora que eu cheguei, você já tinha saído, porque estava na tela inicial.

– Hum... bom mesmo, agora vamos descer, porque esse jantar é “importante” para nossos pais; sinceramente, estou curiosa para saber!

– Hahahahahaha, não posso negar que eu também estou!

Pov. Austin

Pois é, vou ter que dormir junto com a Ally... isso é bom ou ruim? Bom, pois posso tentar recuperar sua confiança e sua amizade e ruim, porque... não sei o porquê, mas sei que tem alguma desvantagem! Então entrei em seu quarto, e uau, que quarto grande, decidi me sentar na casa e espera-la. A hora que ela saiu do banheiro, meu deus do céu, quem é essa menina é a Ally mesmo? Aquela menina das roupas estranhas da escola? Não, essa pessoa era um anjo mortal e não a Ally da escola. Interrompi meu transe para ela não perceber que estava, literalmente, “babando” por ela. Dei a noticia que dormiríamos no mesmo quarto; primeiramente não aceitou, mas depois não se importou mais e então ela me mandou para o banheiro e também para me arrumar e foi isso o que fiz. Acabei escolhendo uma roupa qualquer e decidi ir pra sala. No meio do corredor, lá estava Ally, olhando para o nada segurando o celular, decidi ver se tinha alguma coisa no celular, mas não, não tinha nada e depois, ela percebeu que estava atrás dela e me olhou incrédula e decidi zoar um pouco com ela, mas ela disse um simples “idiota” e assim, descemos para o tal jantar.

No jantar...

Estava todo mundo jantando, conversando e rindo, até que do nada meu pai pediu um momento de atenção e disse:

– Meu filho, eu e sua mãe percebemos que nós não conseguimos passar tempo com você, certo? Já sabemos que a resposta é sim. Por isso, querido, a partir de hoje, para não se sentir tão sozinho em nossa casa, você vai morar com a familia da sua melhor amiga! O que você acha?

O que?! Eu vou morar com a Ally? Mesma casa, acordar todos os dias e olhar pra ela, praticamente em todos os momentos do meu dia, eu vou ver ela? Meu deus, vou enlouquecer!

– Pode ser bom, mas não vai incomodar vocês, Sr. e Sra. Dawson e Ally?

– Claro que não, meu amor, será uma honra na verdade e esqueceu, sem formalidades, querido! – disse Penny

– Então por mim tudo bem (pensamento: tudo bem nada, vou enlouquecer em alguns segundos). Mas pai, por quanto tempo?

– Ah meu filho, até você completar a idade da maioridade, assim poderá morar sozinho, ou não! – disse minha mãe.

Por puro impulso, acabei olhando para Ally e vi seu olhar, estava chocada, surpresa, espantada e no fundo de seus olhos, vi um pouco de tristeza, por que será? Por tudo o que fiz por ela ou outra coisa?

– Então, filha, essa era noticia importante! Gostou?

– Que?! Ah claro que sim papai, vou adorar morar com meu melhor amigo! – disse um pouco irônica para eles não perceberem.

– Então Austin, que tal darmos uma voltinha por ai, para nossos pais poderem conversar um pouco sobre isso. – disse Ally

– Ah não, estou bem aqui, obrigado!

– Vamos meu amor, vai lá com a sua melhor amiga! Por favor, meu filho! – disse minha mãe

– Está bem, eu vou, mas eu quero a sobremesa!

– Tudo bem, senhor guloso, minha mãe me manda uma mensagem quando a sobremesa for servida e a gente volta para comê-la, certo mamãe? – disse Ally se divertindo com a minha desculpa.

– Isso mesmo, filhinha, agora vão! – disse Penny

Ok, isso foi muito estranho, nossos pais nos, simplesmente, nos expulsando de lá, me sinto um animal de estimação agora. E então, nós fomos para fora da casa e ela me levou a um jardim, repleto de lindas flores, porém, sem uma iluminação artificial, não pude ser as cores, e lá ainda tinha uma pequena fonte e um banquinho de madeira. Fico analisando o local, até que de repente escuto uma voz:

– Hey Austin, você não achou estranhos nossos pais nos expulsarem de lá, depois que eu dei uma sugestão para sairmos? – perguntou Ally

– Muito, realmente, tem algo de errado com eles será?!

–Acho que não, deve ser, porque querem combinar os detalhes de você morar conosco e não se sentem a vontade na frente de “crianças” que no caso, somos nós! – disse Ally rindo

– Hahahahaha, pois é, não podemos escutar conversa de adulto, não é mesmo?

Após esse pequeno dialogo, um silencio se estabeleceu entre nós, um silencio confortante, sereno, até que ela quebra...

– Você viu como o céu está lindo hoje? As estrelas brilhando mais, noite de lua cheia... - disse se sentando em um banquinho

– Sim, está uma noite muito bonita... – disse me sentando ao seu lado

– Você realmente não vai se incomodar de você morar comigo, na mesma casa, nos vermos quase a todo minuto, dormir em quartos próximos, já que você deve me odiar não é mesmo, Austin?

E agora, digo pra ela que eu não odeio ela e que só irrito ela, porque eu preciso me sentir odiado por alguém, pois todo mundo me vangloria, me “ama”? Será que é o momento certo? Bom, já tinha decidido falar e vou falar agora.

“Olha, Ally, na verdade, eu não te odeio, nunca te odiei e nunca vou te odiar, nunca mesmo, eu só te tratava assim, porque não vou nunca mais te tratar daquela maneira, é porque eu precisava me sentir odiado, precisa sentir que alguém visse que eu era uma pessoa fria, sem sentimentos, uma pessoa não humana, pois, praticamente, a escola inteira me “ama”, me vangloria por ser idiota e eu sentia que precisava disso, precisava de você e sim, eu fui um completo idiota em te tratar assim, além de que, antes, eu não era um tonto, idiota, frio, sem sentimentos, eu era um menino mais dócil, mais amoroso, totalmente o contrario do que sou agora! Mas prometo que vou mudar isso, tudo bem?”- isso foi o que eu queria dizer, mas só conseguir dizer isso:

– Ally, eu não te odeio e nunca te odiei, eu te tratava assim, porque, na verdade, não sei, acho que não via a sua verdadeira pessoa, que eu não via o que você realmente é, te julguei de uma forma errada! Realmente me desculpa! Eu juro que não fiz por mal isso e vou tentar me redimir e ser realmente seu melhor amigo, portanto, prometo que vou conseguir isso, seu perdão completo e ser seu melhor amigo! – completei a minha frase soltando algumas lagrimas.

Pov. Ally

Meu deus, o que o Austin acabou de me falar, me deixou totalmente surpresa, me deixou pasma e o mais surpreendente foi que vi cair algumas lagrimas de seus olhos e uau, que olhos são aqueles? São muito lindos, parece chocolate derretido, parece que a cor dos olhos dele foi retirado do tronco de uma linda arvore, cheia de vida. Me vi completamente hipnotizada por aqueles olhos e aquelas pequenas lagrimas caindo em seu rosto, minha única reação foi abraça-lo; não consegui me segurar, o abracei e ele, no mesmo instante, retribuiu e tentei reconforta-lo dizendo:

– Austin, eu te perdoo, não precisa ficar assim, todos cometem erros, eu também te julguei errado!

– Eu... sei... que você não me perdoou totalmente, mas eu juro que vou conseguir, juro! – ele disse em lagrimas

– Então – disse me soltando do abraço- vem... perai, eu recebi uma mensagem.

E essa mensagem era da minha mãe:

Mensagem on (Ally/mãe)

– Filha, já vai ser servida a sobremesa, vem logo vocês dois.

– Ok mãe, já estamos a caminho!

Mensagem off

– Vem Austin, minha mãe mandou uma mensagem falando que a sobremesa já será servida.

– Ok. – disse ele enxugando as lagrimas

Então, pensei em entrelaçarmos as mãos para eu tentar reconforta-lo um pouco, mas logo já estávamos dentro da casa e escutamos um pequeno dialogo entre nossos pais:

– Viu Mimi, eu disse que Ally e Austin se dariam muito bem. – sorri com esse comentário, se fosse a semanas atrás, eu pensaria, “nunca que isso vai acontecer”

– Pois é Penny, parece que eu estava errada, e então nosso combinado vai dar certo.

– Isso mesmo, então não haverá problema quando contarmos que os dois se casarão com ambos daqui a alguns anos. – o que? Como assim? Eu vou ser obrigada a me casar com o Austin? Não, não e não, eu quero encontrar meu amor verdadeiro e ele não é, ele simplesmente é uma pessoa que estou conhecendo melhor, ele é meu colega, nem amigo ainda é e agora vou ter que me casar com ele, estava com muita raiva dos meus pais e de Austin, mas a única coisa que consegui gritar foi:

– O que?!- gritamos em uníssono, pois é, parece que Austin também escutou o dialogo, o que será que ele pensou em saber que vai ter que se casar com a menina em que ele desprezava e irritava até a alguns dias atrás?


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que leram! Até o próximo ((:



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