Say something escrita por Escritora anônima


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Sim, eu finalmente consegui postar esse capítulo, ao longo do mês de junho inteiro, fui escrevendo esse capítulo ao pouco e quando terminei adivinha, não salvou e perdi tudo o que eu havia feito, então ao longo dessa semana fui escrevendo de novo o capítulo e finalmente estou aqui para postá-lo. Bom, eu peço desculpas por demorar tanto para postar, mas agora que estou de férias, acho que consigo postar toda a semana de julho, pelo menos e agradeço muito por todos os comentários maravilhosos que recebi de vocês e como eu não tive tempo farei um agradecimento geral aqui: muito obrigada meus amores, pelo apoio, por todos os elogios que sempre recebo e eu, particularmente, acho que não mereço e digo que isso é o que mais me estimula a escrever para vocês, por sempre me acompanharem. Amo muito todos vocês! Bom, é isso... Agora chega de enrolação e boa leitura!



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Pov Ally

Depois de todos os meus amigos, familiares e até mesmo a médica me aconselhar a escutar o que Austin tinha pra falar, decidi me deixar ser convencida por eles e concordei em falar com ele. Neste exato momento, o loiro entrou no quarto onde eu estou, começou a me encarar de uma forma que eu realmente não sei explicar e após alguns segundos em um silêncio desconfortável, ele pronunciou um simples "oi". E eu estou aqui, igual uma idiota, sem saber como agir na frente de uma das pessoas que mais me maltratou na vida, e tudo o que sabia sobre ele, era uma engano, porque tudo o que todos falaram hoje, não caracterizam o Austin que eu acho que conheço, o que e bem provável que não.

– Oi Austin! Como vai?- perguntei tentando parecer simpática.

– Estou bem confuso com tudo o que aconteceu. Desculpa Ally, mas nós precisamos conversar, quer dizer, eu preciso falar com você.

– Claro, pode começar! Eu, realmente, quero saber o que aconteceu entre a gente, porque pelo o que você disse, foi algo meio intenso.- disse meio incerta, porque, na verdade, eu não sei se eu queria saber mesmo o que aconteceu com a gente, por que eu não posso esquecer isso e seguir a minha vida? Por que meu cérebro insiste em saber o que aconteceu nesses últimos 2 meses que eu esqueci.

– Sabe Ally, eu pensei muito sobre como contar pra você, sobre o que conversar com você e vi que a melhor decisão é não te contar nada. Olha, se o que aconteceu entre a gente for tão verdadeiro e intenso como eu acredito que é, você vai se lembrar naturalmente, eu nao quero forçar e nem te pressionar e sinto que se eu te contar, você se sentirá na obrigação de tentar lembrar, o que eu não quero. Se for pra acontecer, vai acontecer, se não, não tem problema, foram os melhores 2 meses da minha vida; pode ter certeza que eu nunca mais vou esquecer o que aconteceu, mas se o destino não queria isso, quem sou eu para contrariar não é mesmo?!- ele disse olhando para o teto.

– Acha que esse é realmente o melhor para mim?- perguntei curiosa.

– Neste momento, você não deve estar entendendo nada, mas saiba que eu me importo muito com você. E por isso, não vou contar nada, vai que talvez algum dia você se lembre de tudo? Seria tão mágico! Mas eu não sei se te mereço- ele disse suspirando- porém essa não é a única coisa que eu queria falar pra você.- e ele, que estava sentado no sofá perto da maca, levantou e ajoelhou-se segurando a minha mão, meu cérebro gritava para eu me desvencilhar de sua mão, mas meu coração se sentia tão bem com aquele toque, uma sensação de conforto, carinho e até mesmo uma saudade, que eu não sei explicar do que, então não obedeci meu coração e segurei a sua mão também, sentindo um choque percorrer por todo o meu corpo. Ok, o que está acontecendo comigo?- eu peço, do fundo da minha alma, desculpas por tudo que eu te causei a alguns meses e anos atrás, você pode não saber, mas eu fazia isso, porque você era a única que me trata do jeito que eu deveria ser tratado por todos, então eu queria estar sempre perto de você e essa foi a forma que encontrei de ficar perto de você, mas eu não pensei que isso traria consequências péssimas para você. Me desculpa mesmo, agora tudo o que eu mais quero é que você seja minha amiga e que algum dia me perdoe, apesar de eu saber que isso pode ser quase impossível.- e adivinha quem está boquiaberto? Claro que não externamente, eu não tenho palavras pra descrever o que ele me disse, realmente não é o Austin da escola, ele é tão carinhoso, meigo, amigo, que é quase inevitável negar seu pedido de amizade e mais uma vez, estou em contradição: meu cérebro pede pra eu me manter longe dele, que é melhor continuar do jeito que estava, mas meu coração me incentiva a aceitar e tenta me mostrar que possa ser o começo de uma grande amizade e claro, que todos merecem perdão. Como eu sou muito romântica, e não realista, mais uma vez optei pelo caminho do meu coração; posso estar enganada sobre Austin? Com certeza, mas me digam, o que é uma vida sem incertezas? Não há emoção, não há adrenalina, que é tudo o que eu mais quero para mim agora, um pouco de insegurança e loucura em minhas decisões, depois eu lido com os problemas que virão.

– Bom, eu não sabia que você fazia isso para me manter perto de você, e sobre as suas desculpas, obviamente eu as aceito, vejo que realmente se arrependeu e todos merecem uma segunda chance, não é mesmo? Quem nunca cometeu um erro?- disse sorrindo para ele e o mesmo que estava quase chorando, olha para mim e esboça um leve sorriso.

– Eu sei que você não me perdoou plenamente, mas eu espero e sonho para que um dia isso realmente aconteça. Aí meu deus, desculpa, eu atrapalhe a sua fala, me desculpa mesmo!- ele disse apertando a minha mão um pouco mais forte.

– Não tem problema Austin! Eu só tenho mais uma coisa a dizer... Eu adoraria ser sua amiga!- e imediatamente sou acolhida por braços fortes que me passar uma enorme sensação de proteção e não sei, não é simples abraço, há um misto de emoções tão grande nesse choque de corpos, encontro de corações e ficamos assim por um tempo, ninguém queria sair dos braços do outro. Porem, alguém abriu a porta e logo nos afastamos.

– Vejo que vocês dois se acertaram! Você contou Austin?- perguntou meu pai e o garoto negou- Ahh entendi, então não vou estragar a sua decisão, mas será que você pode nos deixar um pouco a sós com a nossa filha?

– Claro, com licença!- disse ele saindo, mas antes de abrir a porta, eu limpei minha garganta chamando a atenção de todos os presentes no quarto.

– Tchau Austin, volte sempre!- disse brincando e minha mãe olhou espantada para mim.

– Obrigado Alls, voltarei mais tarde! Precisa descansar um pouco! Tchau!- ele disse já saindo da porta e acenando pela pequena janela de vidro disponível na porta do quarto.

– Então meu amor, você está bem?- perguntou minha mãe- na verdade, vejo que está bem melhor que a última vez que te encontrei.- ela disse sorrindo

– Ahh Mamãe, só estou um pouco confusa com tudo o que aconteceu. Saber que eu perdi parcialmente a memória, é tão estranho. Tipo imagina, eu conheci o homem da minha vida e por causa de um acidente, eu vou esquecer quem é e talvez nuca encontra-lo?

– Meu amor, isso é o menor problema! Talvez essa pessoa esteja do seu lado e você não está percebendo!- disse meu pai beijando minha testa.

– Seu pai está certo Ally, mas como você vai encontrar o homem da minha vida se não se curar rapidinho e não tomar seus remédios?- disse doutora Eva entrando no quarto e rindo divertida.

– Ah não, mais agulhas não! Sabe, que eu tenho pavor a agulhas, tipo é absurdo e eu já estou com uma constante em meu braço.- disse fingindo estar chorando.

– Ah minha querida, você tem que curar logo! Senhor e senhora Dawson, se quiserem ficar no quarto durante a medicação não tem problema!- disse a médica.

– Não doutora Eva, nós vamos resolver uns problemas lá em casa e mais tarde voltamos, fica bem, minha filha!- disse meu pai me dando um beijo na testa e minha mãe me abraçando.

– Tchau mamis e papis!- disse mandando um beijo no ar pra eles e ambos saíram.

– E aí Ally, se resolveu com o menino?- perguntou a médica curiosa, enquanto aplicava um remédio em mim e eu me sentia gelada por dentro, aí que ódio desses remédios que têm que ser aplicado através da veia.

– Ahhh, mais ou menos! Ele não quis me falar o que aconteceu nesses meses que eu esqueci, disse que se é pra acontecer de novo, vai acontecer, tudo depende do destino e ele não quer forçar nada e que ele só quer meu bem...- disse suspirando.

– Ally, esse garoto realmente gosta de você! Na verdade, você e ele me lembram meu marido e eu!- ela disse sonhadora.

– Ahn?! Por que acha que ele gosta de mim?- cada vez que a doutora entra no meu quarto, eu fico mais confusa "como eu adoro isso (ironia)".

– Ahh querida, você não conhece muito dos meninos, não é mesmo?!- fiquei sem respostas- nem precisa responder. Allyzinha, quando os meninos gostam de alguém, eles sacrificam a felicidade dele pela felicidade da pessoa que ele gosta e eu te falo uma coisa, meninos assim são raros. Normalmente, muitos só pensam em: apostas, quantas eu vou pegar hoje na balada, bebidas e esporte; nunca percebeu isso?- e foi aí que ela descreveu o meu irmão quando ele era mais novo, aiai, saudades do Dallas.

– Agora você falando melhor, a senhora descreveu perfeitamente meu irmão mais velho quando mais novo hahahaha. Meus pais não gostaram nem um pouco dessa fase dele. E por que disse que eu e Austin lembramos você e seu marido?

– Ahh é uma história complicada, deixa eu ver se tenho um tempinho para contar para você.- disse analisando seu celular- sim, eu tenho. Foi assim, eu e meu atual marido eramos vizinhos, mas nos odiavamos, desde pequenos! Íamos para a mesma escola, mas ele era do grupo dos populares e eu era normal sabe, nem nerd e nem popular, então nos afastamos mais ainda. Até que um dia, um amigo meu tinha organizado uma festa e nela, um menino que eu tava afim me chamou para conversar, nisso eu tinha uns 16 anos, só que ele tinha meio que me drogado; aí eu tava muito doida e o Jake, meu atual marido, percebeu que eu não tava bem, porque eu tava quase tirando a minha roupa lá na festa, e ele, apesar de me odiar naquela época, ele sabia que eu não era assim... Lembro como se fosse hoje, ele me pegou pelo colo e me levou pra casa, porém dormi na casa dele. Ally imagina o meu pavor ao acordar em uma casa diferente. Mas enfim, depois disso começamos a ficar amigos e um dia eu percebi que ele havia perdido toda a festa e quando me toquei, estava com ele.

– Meu deus, que complicado vocês dois!- eu disse brincando.

– Não, o melhor da história ainda está por vir. Nos casamos, mas no caminho pra lua de mel, sofremos um acidente de carro e ambos perderam totalmente a memória, então nos separamos. Porém nossa família insistia em vivermos juntos, vai que um dia iríamos nos gostar e adivinha, nos apaixonamos de novo, nos casamos de novo, isso depois de 12 anos, e na nossa lua de mel, nos lembramos de tudo, o que tornou a nossa relação muito mais especial. Querida eu só te contei isso pra mostrar que o Austin está certo, se for pra acontecer, vai mesmo acontecer.

– É, eu acho que vou fazer isso mesmo, se for pra acontecer, vai acontecer.

– Isso, Ally agora eu preciso ir para um outro quarto, vou deixar você um pouco a sós.- disse me dando um abraço e saindo.

Será que a vida é assim mesmo? Temos que sofrer, sofrer e sofrer mais até encontrar a pessoa certa? Na verdade, o que está me deixando confusa é essa mudança do Austin, na minha visão, porque eu conhecia o garoto frio, arrogante, irônico e sem sentimentos, mas agora, não, o Austin de agora, é totalmente diferente, não se assemelha em nada com o de antes. E agora? Qual o próximo passo, destino? Já nos tornou amigos... Tem algo mais para acontecer?

– Olá meu amor, nós voltamos! Como nos disseram que você teria que ficar aqui mais, pelo menos, 3 dias, nós trouxemos uma coisinha para você!- disse minha mãe abrindo a sua bolsa gigante vermelha e logo me entregou o caderno velho com um adesivo escrito A na capa, logo reconheci, meu diário!

– Ahh obrigada Mamãe, ainda bem que o trouxe, precisa escrever nele.

– É, filha acabei de receber uma ligação falando que temos que ir para Los Angeles imediatamente, mas eu prometo que amanhã ou no máximo depois de amanhã estaremos aqui, ok pequena?- disse meu pai me dando um beijo na testa.

– Sem problemas, então até daqui a alguns dias!- disse abraçando minha mãe.

– Nós te amamos filha!- disseram os dois saindo do quarto.

Ok, vamos escrever um pouco então! Quando fui pegar a minha caneta, logo me toquei, as respostas para todas as minhas dúvidas estão aqui, sobre a minha mão e agora, eu vejo tudo e acabo com a minha curiosidade ou " se for pra acontecer, vai acontecer"?


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada por terem lido esse capítulo e peço para que comentem o que estão achando, alguma crítica construtiva, alguma ideia para complementar a história, qualquer coisa, pois como disse nas notas iniciais, isso me incentiva muito a continuar escrevendo. Espero que tenham gostado e até a próxima! 😘❤



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