When I Was Your Man escrita por Mell Annie


Capítulo 3
A Good and Strong Woman Like You


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoinhas...

Demorei mas voltei rsrs

O capítulo esta pequeno, mas o próximo é maior e divertido...

Bom galera tenho 24 leitores acompanhando a Fic, e não recebi nem 10 reviews por capítulo (#xatiada rsrs), sei que é chato mas gostaria que vocês mandassem pelo menos um “Estou gostando” ou “não gostei e não vou mais acompanhar” rsrs, é só pra eu ter uma base de quantas pessoas estão de fato lendo e não ficar cobrando... Pode ser?

Então vamos parar de enrolação rsrs

HAPPY NEW YEEEEAAAARRRRR!!!



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 Ela está linda, não está? – vovó pergunta, só então percebo que ainda estou encarando a porta.

— Ela sempre foi... – digo a verdade.

— Mas ela não é mais aquela menina de 16 anos Peeta, ela é uma mulher agora... – ela faz uma pausa e eu me calo — Você ainda a ama? – ela pergunta e eu não tenho essa resposta, nem sei o que pensar a respeito.

— Cadê o papai, pensei que quando chegasse ele estaria aqui. – Ela ergue uma sobrancelha me encarando...

— Isso faz parte da sua nova personalidade? Fugir?... – Ela não espera que eu diga alguma coisa e logo prossegue. – Ele teve que resolver um problema na padaria, pelo menos foi isso que ele disse, mas vejo que não é verdade, ele estava contente demais, então passei a interroga-lo, acho que ele inventou isso para fugir de minhas investidas... – ela diz rindo.

— Acho que sim, pedi pra ele não te contar... – digo rindo também e fugindo do assunto Katniss Everdeen.

Nossa tarde passou rápido e agradável, enquanto fazíamos pão de queijo e chocolate, falei para ela sobre meu trabalho, sobre a faculdade e sobre o motivo da surpresa, claro que ocultando nossas preocupações com sua saúde, ela por sua vez falou de tudo, suas atividades e amizades, menos dos dois assuntos que eu mais queria saber, sua saúde e Katniss Everdeen... Meu pai chegou e se juntou a nós, se desculpando pelo atraso e alegando que realmente teve problema na Mellark’s... Ou melhor na Elisabeth... Eu ainda não tinha ido a meu antigo quarto, muito menos pego minhas coisas no carro, então decidi por tomar um banho, pois a viagem foi longa, e eu mal havia me curado de uma ressaca que tentava esconder a todo custo dos atentos olhos da minha vó. Peguei minha mochila no carro, e subi para meu quarto, ele estava intacto e surpreendentemente limpo, fui direto para o banho afim de relaxar um pouco, o dia está sendo longo, longo demais. Saio do banho apenas com a toalha enrolada no quadril, daí então me permiti encarar os objetos em meu quarto, não tinha mais os pôsteres das bandas que eu gostava na época, no lugar deles tinham as telas... Telas que pintei, telas que minha mãe pintou, telas que pintamos juntos, aquilo tudo acaba comigo, sento na mesma cama de sempre, e não contenho mais as lagrimas que vem com intensidade, passo as mãos pelo rosto mas é inútil, elas vem sem piedade, encaro o criado mudo que está a meu lado, tentando evitar as muitas telas espalhadas por meu quarto, e vejo algo que faz meu coração doer, uma foto minha e da Katniss adolescentes, volto o olhar para a cômoda, e lá estão fotos e mais fotos, da nossa infância, adolescência, momentos felizes e descontraídos, fotos espontâneas que capturaram o melhor momento da minha vida, fotos da Katniss com a mamãe, eu pescando com seu pai, nossas famílias reunidas... Como eu pude deixa-la, é doloroso a perda da minha mãe, mas é muito pior perder alguém que está vivo.

— Filho... — meu pai entra no quarto, mas eu continuo a chorar e lamentar tudo que aconteceu — Desculpe... Eu ia tirar tudo isso daqui, mas como você nunca mais voltou, eu achei que pudesse deixar tudo do jeito que você deixou... – ele diz com pesar, enquanto eu continuo encarando a foto em minhas mãos, onde tem a mamãe, vovó e a Katniss, as três mulheres da minha vida.

— Porque as telas estão aqui? – pergunto.

— Era algo que você e sua mãe tinham em comum, era a ligação entre vocês dois... Então eu as coloquei aqui, pois senti que aqui era o lugar deles. — Ele diz tocando uma tela, uma que eu fiz, um retrato da minha mãe.

— Ela está cada dia mais linda, nem parece aquela menininha desengonçada, que jurava saber dançar ballet... – meu pai diz, e me assusto por sua proximidade repentina... — Agora não, é uma linda mulher boa e forte...

— Ela sempre foi linda... – torno a repetir... — e sempre foi forte também, eu que sou o covarde da história. – Pronunciar essas palavras me machuca, mas é a verdade.

— Não filho, você não foi covarde, apenas não soube lidar com a dor da perda.

— Pode ser... – Digo para que meu pai não tente mais dizer o contrário, ele mais do que ninguém sabe o quão fui covarde.

— Você ainda está assim Peeta???... – Minha vó nos interrompe — Vamos se troque rápido, porque temos programa para essa noite.

— Mãe, eu acho melhor não... – meu pai diz preocupado.

— Por que não... – ela pergunta retorica — Ele veio me ver, e vai sair comigo sim. diz categórica e nós rimos.

— E onde nós vamos vovó? – pergunto curioso, enquanto seco algumas lagrimas insistentes.

— Vamos a uma apresentação de ballet. – Ela diz sorridente.

— Ballet? O que eu não faço por você hein vó... – respondo e dou um beijo em sua testa, antes que ela saia.

Vou até o banheiro lavar o rosto, pois meus olhos estão vermelhos e o rosto marcado pelas lagrimas, enquanto meu pai me segue.

— Filho tem certeza que quer ir a esta apresentação?

— Por que não iria pai? – pergunto confuso.

— Por causa da professora, que também irá se apresentar... – faço uma cara de interrogação para ele – a Katniss é a professora... — essa notícia me atinge em cheio, perceber que ela não realizou o sonho dela me machuca, saber que eu fui embora atrás do meu e a deixei pra trás me fere.

— Pai... Ela nunca saiu daqui? – pergunto sabendo a resposta.

— Não, ela diz que isso nunca passou pela cabeça dela, mas nós sabemos que é mentira... Por muitas vezes a mãe dela e eu tentamos convence-la de partir e seguir seu sonho, mas ela sempre foi firme em ficar e ajudar na recuperação do pai.

— Pai quando você diz a tia Megan e você, quer dizer que o tio Alec não apoiou ela sair da cidade? – pergunto enquanto pego uma roupa em minha mala, fico um pouco perplexo, pois o Sr. Everdeen sempre apoiou a Katniss em tudo que ela fazia, ou queria fazer.

— Você sabe que depois do acidente o Everdeen ficou em coma por alguns meses, mas quando voltou não foi mais o mesmo, sua saúde ficou muito fragilizada e seu emocional então muito pior, ele se culpava pelo o que aconteceu, já que era ele quem dirigia o carro naquela noite... – lembro-me daquela noite terrível como se fosse ontem, estava na casa de Katniss ficamos cuidando de Prim sua irmã mais nova, enquanto nossos pais foram a uma festa, uma reunião da turma do colégio, como éramos vizinhos e nossos pais amigos de infância, eles foram no carro do tio Alec, na volta um cara bêbado acertou em cheio o carro que eles estavam, minha mãe que estava sentada atrás do banco do motorista não teve chance ficou presa entre as ferragens e morreu no local, o Alec que estava dirigindo teve ferimentos graves, várias perfurações e um traumatismo craniano, meu pai e a Megan, tiveram ferimentos médios, perna e braço quebrados nada que os colocasse em risco de morte. – Aos poucos ele foi se recuperando mais pela Megan e as meninas, no início ele não conseguia andar, mas não desistiu, ele quem me ajudou a projetar a reforma da padaria e me encorajou a mudar o nome... – Meu pai faz uma pausa, penso que é por ser difícil falar sobre a morte da mamãe. — Até que há uns 3 anos atrás uma pneumonia idiota levou ele de nós... Uma pneumonia... – ele continuou a falar mais para si mesmo do que para mim, mas eu não consegui mais prestar atenção no que ele dizia, quando soube da morte do tio Alec tentei deixar o orgulho de lado e pensei em voltar, Katniss precisava mais do que nunca de mim, pensei também na vovó que sempre o teve como um filho, meu pai que perdeu um irmão, sem contar na Prim e na tia Megan, mas mais uma vez fui fraco e covarde e não consegui voltar, temendo minha própria dor.

— Perdão pai... – digo puxando-o para um abraço— Eu devia ter voltado, aliás não deveria ter ido embora algum dia.

— Fica tranquilo filho... Você fez o que deveria ter feito... – ele diz me abraçando forte, mas logo se afasta. — Vá se arrumar e não demore sua vó está te esperando...— ele disse antes de sair do quarto.

Me troco rapidamente sem me preocupar em barbear, penteio meus cabelos, mas logo os bagunço, tirando o ar formal que sempre uso na empresa... É estranho o quanto estou ansioso para vê-la apesar de não ser por um motivo de festa, fico feliz por reencontrá-la, isso aplaca um pouco a dor que senti a pouco vendo os quadros de minha mãe, nossas fotos juntos, a morte do tio Alec... Nossa isso parece surreal, está manhã eu estava em casa e agora voltando num passado que eu pensava não ter mais volta... Assim que saio do banheiro lá está a vovó sentada na minha cama me esperando. Ela está toda bonitinha com uma calça social preta e uma camisa rosa bebê... Da vontade de pegar minha velhinha no colo...

— Como você está lindo meu filho... Senti tanto sua falta... — ela diz assim que me vê.

— Eu também vovó, prometo que sempre virei vê-la, não vou mais fugir... – ela sorri sincera e eu a abraço.

Descemos as escadas conversando animados e meu pai vem em nossa direção.

— Você não vai pai? — pergunto.

— Não... Não tem ninguém pra ficar na padaria... Adivinha porque né? Cidade pequena os filhos dos meus funcionários vão dançar... Então sobra pra mim, mas vejo vocês mais tarde.

— Então vamos Peeta, pra não chegarmos atrasados... — a vovó fala antes de sair e eu a sigo até meu pai me chamar.

— Peeta... — me viro em sua direção — Eu acho que a mamãe não te falou... Mas – ele hesita, mas prossegue — a Katniss ela está... Namorando – ele me encara e eu tento disfarçar minha frustração.

— Ok pai, eu não vou fazer nada, somente acompanhar a vovó a uma apresentação de ballet.

— Tudo bem então.

Sigo para o carro onde a vovó já está sentada e dou partida, a vovó continua nossa conversa sobre o que eu nem sei mais, não consigo prestar atenção no que ela diz, a palavra “namorando” ainda ecoa na minha mente, há quanto tempo? Quem será o cara? Será um de nossos colegas do colégio? Ela tinha um número infinito de fãs no colégio... Será que ela o ama, e ele a ama? Minha vó continua falando ignorando meu silencio, a única coisa que me tira deles é quando passamos ao lado de um Studio de ballet, cujo a dona também é a dona dos meus pensamentos “Studio de Dança Everdeen”.

— Estamos quase chegando filho. – A vovó diz fazendo com que eu preste atenção nela.

 


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Notas finais do capítulo

Gente capítulo paradinho neh?... Mas esclarecedor em alguns pontos não??? O que será que irá acontecer nessa apresentação, com certeza o namoradinho da Kat estara lá babando nela... hehe


Gostaram da assinatura???... Eu AMEI obrigada minha linda Lary Miguel e Bia Mellark, vocês são demais!!!!

Bjo até o próximo!!!