Aimable Prisonnier escrita por Ismalia


Capítulo 15
Quelle est la maison?


Notas iniciais do capítulo

Oi queridos e queridas, mais um capítulo para vocês. Espero que estejam gostando destas mudanças no enredo da fanfic.



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Estava claro demais quando Piper abriu seus olhos, aquele cheiro característico lhe era forte demais, hospital. Mas o que estava fazendo num leito de hospital era o que ela queria saber, seus sentidos voltavam junto de uma dor gritante, ela tentou se lembrar o que havia acontecido que a fez parar lá, mas nada lhe vinha em mente. Se sentou na cama, sentindo-se extremamente incomodada pelos fios e tubos que a prendiam e ainda tinha sua perna direita imobilizada por gesso, olhou para um lado e avistou o relógio analógico na parede, eram treze e trinta e cinco, mas de qual dia? Ela virou sua cabeça para um lado e viu um garoto hispânico de pele morena e cabelos cacheados, com certeza ele não era o enfermeio, ela sabia que o conhecia e logo se lembrou, sentindo-se burra por esquecer seu melhor amigo por alguns instantes, o garoto cochilava na poltrona do hospital com algo pendurado em seus dedos, prestes a cair. E o barulho da porta se abrindo a tirou de seus pensamentos.

— Ei, Leo, você deveria ir almoçar. — disse um garoto alto de cabelos loiros e Piper notou uma pequena cicatriz em seus lábios, ele tinha entrado distraído, talvez estivesse no quarto errado, mas ele sabia o nome de Leo, de alguma forma. — Piper… — aquele era o nome dela, mas como aquele garoto que nunca viu na vida o sabia? — Você finalmente acordou. — ele parecia… feliz em a ver? Era isso mesmo? Por que um completo estranho ficaria feliz em ver outro estranho acordado? E, oi, finalmente acordada? Pessoas dormem, okay? Okay!

Piper abriu a boca para uma pergunta, mas notou que voz não saíria com facilidade, primeiro pela falta de uso e segundo pela dor, tudo lhe doía, ela pigarreou uma vez e então o encarou novamente, ele ainda tinha aquele sorriso meio bobo no rosto, mesmo assim Piper o achou uma graça.

— Desculpe, mas… — ela tentou, mas não tinha forma melhor de perguntar — Quem é você?

O garoto parecia congelar, a expressão em seu rosto de surpresa ficou presa nele, até que ela se mudou, ficou mais séria e Piper quase levou um susto com o som de Leo acordando. Ele se levantou e a encarou, um sorriso surpreso formado em seu rosto, mas ainda dava para ver o sono em seus olhos.

— Valdez. — Ele disse. — Vem, vamos deixar Piper sozinha por um tempo — ele se voltou à ela — Eu vou chamar uma enfermeira.

— O que? Do que você está falando?

— Vem, Annabeth comprou seu almoço. — ele falou se virando para sair do quarto.

Leo olhou de volta para Piper, e ela não sabia o bem o porquê, mas apenas acenou um sim, para que ele saísse, pelo que parecia ele não estava comendo muito e ela se preocupava demais com o amigo, principalmente considerando os péssimos hábitos que ele tinha, como de não fazer nada, como comer e dormir, até ter terminado seus projetos e era ela quem tinha que o monitorar isso. Ele deixou o quarto, e do corredor ela podia escutar sua voz, perguntava coisas para o garoto loiro sobre o que estava acontecendo, bem nem ela sabia. Deixou seu corpo relaxar e voltou a se deitar, estava quase caindo mais uma vez no sono quando uma enfermeira entrou, ela era bem baixa e roliça, sua pele bronzeada at[e demais, como quem pega muito sol sem proteção, ela tinha um sorriso que Piper achou apavorante demais, ninguém podia sorrir tanto assim.

— Então, querida, está se sentindo melhor?

— Se eu soubesse com o que comparar… — respondeu Piper se sentindo dramática demais.

— Bem, seu namorado me contou que você havia acordado, se lembra o que aconteceu antes de vir para cá?

A palavra namorado havia assustado Piper, ela não se lembrava de ter começado um relacionamento e sim de ter terminado um, será que ela tinha voltado com Michael e não sabia? Parecia possível, já que ela nem mesmo se lembrava o motivo de ter terminado com ele.

— Me desculpe, — falou a enfermeira. — qual é a coisa mais recente que se lembra? — Piper teve de fazer um esforço para se lembrar, a última coisa…

— Me lembro apenas de acordar de manhã e ir tomar um café da manhã no natal com o meu pai, depois disso nada. — ela pausou pensativa, mas realmente não lembrava do que fez naquele espaço de tempo que parecia tão curto para ela. — Vocês podem ligar para ele?

— Já providenciamos isso. — respondeu, então era por isso que ela sorria tanto, a enfermeira já sabia quem era o pai de Piper. — Bem, ele deve estar para chegar daqui a pouco, enquanto isso você precisa tomar alguns remédios para dor e tentar descansar.

Piper assentiu, descansar parecia muito bom agora, principalmente enquanto os remédios começavam a fazer efeito em Piper e mais uma vez ela dormiu.

Dessa vez ela acordou no que parecia ser o mesmo dia, o relógio em sua parede diziam ser seis horas da noite e o pai de Piper entrava no quarto, fechando a porta logo atrás de si. Ele tinha um belo sorriso no rosto, mas parecia cansado, deveria estar trabalhando demais. Ele se sentou na cama da garota e a observou por um momento com ainda o mesmo sorriso.

— Pipes… — ele disse de forma nostálgica. — Não pensava que iria te rever depois de tanto tempo num quarto de hospital.

— Tanto tempo? Mas quanto tempo, pai?

— Três anos, é, Leo me disse que parecia que você não se lembrava de muita coisa.

Piper não conseguiu responder, engoliu a informação que seu pai praticamente a jogara, três anos sem memórias, três anos… O que tinha acontecido a ela? O que ela fez depois daquele café da manhã com seu pai, quem era aquele garoto loiro e porque ela sentia borboletas em seu estômago ao pensar no que ele poderia significar para ela? Piper balançou levemente a cabeça, respirou fundo e olhou para a parede branca à sua frente.

— Piper, você quer voltar para a casa? — perguntou seu pai, claramente preocupado com a garota.

Por um momento sua mente enloqueceu, sua casa não era mais a mesma de seu pai, sabia disso, mas não sabia onde era sua casa. A que lugar ela pertencia? Para onde ela poderia correr caso precisasse? Onde ela teria conforto e uma família? Essas perguntas trouxeram gotas pesadas aos olhos coloridos de Piper, transformando-os em uma aquarela de lágrimas.

— Eu quero voltar para casa.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo, gente, que sai... Não faço ideia de quando, mas ou no próximo sábado ou domingo. Aliás, reviews são bons e todo mundo gosta, é meio depressivo não receber feedbacks sobre a fanfic principalmente com esse plot twist que me deixou meio insegura com tudo isso.



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