P.O.V. Bianca

Quando cheguei no acampamento eu senti uma grande dor de cabeça e me levaram para a enfermaria mas a dor não era uma dor qualquer era dor de lembranças. Eu comecei a ver imagens minha lutando, virando caçadora, morrendo mas a que mais me chamou a atenção foi a minha lembrança com o Nico. Eu estava louca para ver ele, abraçar ele, sentir o meu irmãozinho nos meus braços. Queriam me prender na enfermaria mas Quiron apareceu e me deixou sair eu sabia que ele sabia o que eu queria dei um abraço agradecendo e fui procurar o Nico. Procurei em todas as partes, chalés, refeitório, eu procurei até no estabulo (nem sei porque eu fui pra lá) eu já estava desesperada até que o Percy aparece. Ele está vestido como deus uma túnica azul, claro e escuro, com algumas fitas douradas.

–Você nem vem falar comigo? –ele brincou e eu fui correndo abraça-lo ele ainda tinha cheiro de maresia. –Bianca eu sinto muito eu que tinha que ir... –e-eu... –eu o interrompi abraçando ele mais, e com um tapinha.

–Não diga isso. Percy foi minha escolha eu é que peguei a estátua e.... –logo me lembrei daquele momento. Aquele que eu ia morrer. “Dê isso ao Nico e.... diga a ele que eu sinto muito” foi o que eu lembrei do que eu disse mas eu estava determinada a encontra-lo. –Onde está Nico eu tenho que falar com ele. –falei desesperadamente que até o Percy percebeu.

–Ele não está aqui. –ele olhou para mim com uma cara de pena. –Ele virou deus... está no mundo inferior nunca sai de lá...da última vez que eu vi ele foi quando ele virou deus.

–N-no mundo inferior? –nunca tinha ido para lá mas eu sabia que era onde meu pai trabalhava. –Pode me levar pra lá? –perguntei esperançosa.

–Bianca... eu não sei... –ele falou com preguiça.

–Vai Percy... por favor. –fiz carinha de cachorrinho pedindo comida.

–Ta bom... ta bom. –ele falou rindo e indo em direção ao refeitório.

–Pra onde você vai? –pergunto ainda não entendendo nada.

–Vou comer... ah você quer dizer agora? –fiz sim com a cabeça e ele veio em minha direção. –Tomara que lá tenha uma comida boa. –e então vejo uma luz branca e logo estava na porta do castelo de Hades.

Eu fiquei meio tonta mas eu estava bem fiquei nervosa eu ia ver o meu irmão. Ah que saudade daquela criancinha que amava brincar de Mitomagia, carrinhos e correr. Eu ainda me lembro de quando eu cantava para ele dormir, uma música de nossa mãe, sentir aquele cabelo macio nas minhas mãos, abraçar aquele corpinho fofinho. Eu sentia muita falta do meu irmãozinho.

–Vamos Bianca? –nem me lembrava que Percy estava atrás de mim. –Olha depois de sua morte ele... meio que... mudou.

–Como assim mudou? –perguntei para Percy com uma cara de WTF.

–Ele foi o que mais sofreu de sua morte. Ele me culpava e ainda culpa. Você vai ver. –Percy abriu as portas e eu vi o hall de entrada, era lindo. Logo senti que Percy estava tenso e eu o abracei.

–Obrigado por ter me trazido aqui sei que você não gosta daqui então pode ir. –eu falei entrando na casa.

–Não Bianca não vou deixar você de novo. –Percy segurou o meu braço e depois colocou o braço pelo meu pescoço, sim ele era mais alto que eu. Logo entramos e não tinha um lugar que não vivesse sangue ou a cor preta. Logo veio três cães infernais fiquei em posição de batalha mas Percy ficou calmo e logo veio uma mulher com roupas preta descendo a escada.

–O que temos aqui? Perseu Jackson. O que traz você aqui? –perguntou a mulher.

–Vim fazer uma visita ao Nico.

–E quem é essa menininha? –ela perguntou e o Percy me puxou para perto ele.

–Uma amiga mas ela não tem nada a ver com você Perséfone. –ah então ela é a esposa, prisioneira, do meu pai.

–Então ela não entra. –ela olhou e Percy atacou os cães infernais mas um ia machucar ele então peguei uma faca que eu tinha e enfiei no bicho que virou pó. –Ah uma filha de Hades nunca vi uma nem mesmo aquela menininha insuportável que Hades tanto ama. Qual é o seu nome?

–Não te interessa e eu vim falar com o Nico não com você. –Percy logo passou por Perséfone. Ele me vigiava como uma mãe leoa com seu filhote. Logo estávamos na sala de estar e eu vi uma pessoa sentada em uma poltrona e logo Percy me colocou atrás dele. –Olá senhor Hades onde está Nico?

–Perseu... você sabe que... –o cara se vira e ele me olha e fica espantado, ele se levantou. –Bi-bianca? Minha filha! –ele veio em minha direção e me abraçou e eu até gostei então ele era Hades, ele é o meu pai. –Bianca quanto tempo e você renasceu! Minha filha eu estava muito preocupado quando me disseram que sua alma tinha sumido.

–Pai! –logo retribui o abraço e eu senti uma lagrima descer sobre o meu rosto. –Cadê o Nico? Eu quero muito ver ele.

–Filha eu não sei. –ele saiu do abraço. –Mas vocês podem ficar para o almoço ele vai aparecer. Ah ele vem com a Hazel.

–Hazel? Quem é Hazel? –perguntei olhando para Percy.

–Hazel é sua irmã só que romana. –Percy falou coçando a nuca.

–Ah... romana. Essa eu me lembro. Eu que levei ele para ela. –falei e meu pai estava sorrindo, uma coisa que nunca se vê.

–Venho o almoço já está servido. –ele me levou para a mesa enorme que tinha muita comida, tinha até batata frita.

–Você sabia que eu vinha? –perguntei me sentando na cadeira perto da cabeceira.

–Não é que quando a Hazel vem para cá eu preparo muita comida. –ele se sentou na cabeceira. –Eles chegaram.

Logo eu sinto um misto de emoções nervosismo, ansiedade e outras. Eu vejo uma mulher morena com cachos castanhos, baixinha e olhos dourados. E logo eu vejo um cara alto, magro, pálido, e ele usava roupas pretas e uma espada de ferro estigio nas costas.

–Então ele falou... – cara estava conversando e se virou para olhar o meu pai e me olhou. Ele ficou mais pálido ainda mas aqueles olhos fundos, sem alma, estavam brilhando de alegria. –Bi-bianca? –ele veio em minha direção e eu não sabia o que fazer olhei para Percy pedindo ajuda e ele me olhou com calma como se ele dissesse “fica calma vai ficar tudo bem”. –Não acredito que é você. Você está viva.

–Pai quem é ele? –perguntei e eu vi os olhos do cara ficarem tristes.

–Esse é seu irmão, Nico, e a sua irmã, Hazel. –Percy falou e se sentou do meu lado.

–Nico? –perguntei incrédula. –É você mesmo? –eu não acreditei no que eu ouvi aquele cara é o Nico? Meu irmãozinho, fofinho que vivia alegre, que jogava Mitomagia comigo, que sempre pedia para dormir comigo quando tinha pesadelo, que amava quando eu cantava a música da mamãe. E agora ele estava assim? Um homem pálido, sem alma.

–Bianca eu senti tanta a sua falta. –ele veio e me abraçou e eu senti o Nico de volta, o meu Nico. Aquela criança que nunca saia do meu lado, que vinha correndo me abraçar quando tinha pesadelos, eu senti aquele abraço como se o Nico que eu conheço estivesse dentro dele e que estava chamando o meu nome. Então eu sabia que ele era o meu Nico. Então retribui o abraço.

–Nico eu senti tanto a sua falta.