Beleza Perpétua escrita por Ruby Raiff


Capítulo 3
Amigos irritantes


Notas iniciais do capítulo

- Eu sei, escrevo muito lentamente, mas olhem a quantidade de fanfics que eu escrevo. Peguem leve KKKK'

— Em A Anbu não posto a séculos eu sei, mas deixe-me explicar, eu estou pensando no que fazer. Sabem que eu sigo a história a risca e por isso acabo me complicando pois o mangá está no final, assim como o anime e junto ao final de A Anbu. Eu sei a cena final, mas nao sei as mortes e como ficarão o final por Kishimoto, então estou esperando o maximo possivel.

— De qualquer modo estou adiantando Beleza Perpétua. Espero que gostem.

— Enjoy



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O Sensei tivera uma péssima primeira impressão de Kumiko, mas logo com o passar da semana ele notou que a menina não era estressada. Exatamente o contrario, ela era muito calma e gentil. Até os garotos a irritarem sobre seu cabelo vermelho. Todos perceberam logo que era o calcanhar de Aquiles dela.

E ela encantou a todos, a menina era gentil e calma e até mesmo carismática. Era luz por onde passava. Ela ficou até um pouco amiga de algumas garotas na academia, Inuzuka Hanna. Que tinha coisa de 9 ou 10 anos e amava brincar com Kumiko. Ela costumava até discutir com Satsuki quando ele vinha irrita-la.

E isso era bem frequente.

– Esses garotos não tem respeito por ninguém. – Ela bufou irritada. Kumiko riu e balançou a cabeça. Era fácil ignora-los enquanto eles não estavam perto.

Hanna revirou os olhos e a arrastou pela vila. Elas tinham virado boas amigas e naquele dia a mais velha a convencera a almoçar no Icharaku Ramén com ela e depois ambas iriam para a casa de Hanna estudar a matéria de ninjutso. Elas estavam comendo quando viram dois garotos discutindo e correndo pela rua. Um era loirinho e o outro moreno.

– Ei! Aquele é o Kiba. – Hanna exclamou surpresa – Meu irmão mais novo, ele tem sua idade. O que ele ta fazendo na rua?

Estava um grupinho com Kiba falando com o outro garoto, o loirinho. Kumiko o observou, ele parecia meio irritado. Berrou com os garotos e saiu correndo, os outros riram.

– Acho que eles estavam debochando do loiro. – Kumiko franziu a testa. Porque fariam aquilo?

– Ah! Aquele era o Naruto. Ele é bem atentado, vive arrumando confusão. – Hanna descartou o assunto, mas Kumiko não gostou muito do irmão da outra. – Kiba!

– Hanna – Neechan! – Kiba acenou, falou algo com os amigos e foi falar com ela.

– O que está fazendo aqui? Mamãe tinha dito que te queria em casa pro almoço. – Ela censurou. Kumiko ignorou eles e continuou comendo. Ela não gostara muito de Kiba, o que ele fizera ao loiro, Naruto, a lembrara o que os meninos da sua classe faziam com ela.

– Já almocei, quem está atrasada é você. – Kiba debochou e saiu correndo antes que Hanna retrucasse.

– Ele é meio irritante. – Ela deu um sorriso sem graça para Kumiko.

Não demorou para que elas terminassem de comer. A mãe de Hanna era muito bonita e animada. Hanna fazia parte do Clã Inuzuka, um clã de controladores de animais. Ela pretendia virar apenas chuunnin e depois queria ser veterinária. Não era muito apaixonada pela carreira ninja, ao contrario de Kumiko.

Hanna possuía dois cães que andavam junto com ela em seus ombros e logo ela notou que todos na família tinham cães.

– Os clãns de Konoha tem algo que os diferenciam, cada um trabalha uma técnica. Nós trabalhamos junto com cães. Tem o Clã Hyuuga, que é um dos mais tradicionais, o Masaaki da nossa turma faz parte do clã. Eles trabalham taijutso junto com o kekkei genkai deles. – Hanna as vezes explicava algumas coisas a ela.

Mais Kumiko não estava muito interessada naquilo, então ela mudou o assunto delicadamente. Elas passaram o dia estudando e depois Kumiko voltou para casa, aquela hora Amane já tinha ido embora. Ela suspirou, as vezes se sentia um pouco sozinha.

*** **

Fazia seis meses que Kumiko chegara em Konoha. Ela treinava e estudava. Ia para a escola e tentava ignorar os garotos da turma. Ela estava adiantada na matéria segundo os professores, assim como metade da turma. As maiores notas eram as dela e as de Hyuuga Masaaki. Eles separaram a turma na metade, Hanna não foi com ela.

O lanterninha da nova turma era Satsuki, mas mesmo assim ele foi. Eles começaram com a pratica. O que ela já fazia a muito tempo.

– Hoje vamos treinar taijutso. – Kumiko franziu a testa esperando bonecos de treino, nada. – Vocês farão duplas para treinar.

A menina arregalou os olhos. Ela não queria lutar com ninguém, não mesmo. Tinha medo de machucar alguém, não queria que acontecesse novamente o que houve com a arvore. Não. Ela começou a balançar a cabeça veementemente, o professor franziu a testa e a encarou.

– O que houve, Kumiko? – Ele perguntou.

– Não quero lutar. – Ela murmurou vermelha, todos estavam a encarando.

– É só treino. – Ele a tranquilizou.

– Alguém pode se machucar.

Demorou algum tempo pro instrutor finalmente convencê-la. Ela fez dupla com uma menina de cabelos loiros que ela vira algumas vezes na classe. Elas suspiraram e começaram a tentar aprender, Kumiko já sabia boa parte mas mesmo assim hesitava muito e acabava por ser acertada.

Ela não gostava deste treino. O instrutor estranhou, ela parecia ser boa em tudo que fazia. Porque estava tendo tanta dificuldade com taijutso?

– Kumiko, Alana! Deem um tempo sim? – Elas assentiram – Kumiko, venha aqui. – A menina engoliu em seco e foi até ele enquanto observava outra dupla – Por que não gosta de lutar?

– Não gosto de ver as pessoas se machucando. – Ela respondeu sinceramente – É ruim.

– Na vida ninja você vai ver muitas pessoas se machucando, Kumiko. – Ele disse a ela tentando entender aquilo, ela realmente so não lutava porque não queria machucar ninguém?

– Ser ninja é ajudar os outros. A vila. Proteger os civis para que ninguém os machuque. Se o nosso poder é pra proteção, porque usar para machucar? – O instrutor arregalou os olhos. O que...? Ela realmente tinha só quatro anos? Ele lembrava do dia do aniversario dela, foi bastante brincadeira na turma.

Ele pensou que talvez tivesse sido errado mandar ela para a turma avançada, ela era muito jovem. Dispensou Kumiko da conversa e logo eles mudaram para Kunais e Shurikens. E novamente, Kumiko não errava uma. Ela tinha problemas só com Taijutso pelo visto.

O instrutor a observou com uma duvida crescente, ela lhe lembrava alguém. Quem? Era instrutor ali há muitos anos e vira todo tipo de aluno, mas nunca vira um gênio com Kumiko que tivesse tanto medo de machucar os outros. Ele espantou os pensamentos e foi ajudar alguns alunos que estavam indo mal.

**** * *****

– Kumiko! Kumiko-Chan! - Hanna gritou correndo atrás da menina, o horário de aula tinha acabado. A menina sorriu animada para amiga – Nós queremos ir no bosque treinar shurikens mais tarde, quer ir?

– Claro! – Ela assentiu animada. – Nos vemos.

Kumiko observou a rua e continuou o caminho depois que Hanna se foi. Sua casa era meio longe da onde a academia de localizava, ao longe ela viu um rapaz de cabelos escuros andando com um menino menor. Ela deu um meio sorriso ao reconhecer Itachi, o rapaz que falara com ela no dia que entrou na academia.

Ela passou sem se deixar ser notada e foi até sua casa, agora Amane ia lá apenas para limpar e mesmo assim pouco. Kumiko estava tomando conta das tarefas mais simples, como cozinhar e arrumar alguns cômodos. Ela conseguia se virar bem sozinha.

Comeu, tomou um banho e trocou de roupa. Passou algumas horas estudando e finalmente resolveu sair até a floresta. Ela sabia onde Hanna pretendia treinar, então apenas seguiu calmamente. Ela ouviu e sentiu o chakra antes de encontrar, mas aquele definitivamente não era o chakra de Hanna.

– Quem são vocês? – Ela perguntou empacando, eram alguns ninjas. Trez rapazes, mais velhos com bandanas de Konoha.

– Ninjas da vila. Gennins. – Um deles respondeu com um meio sorriso – Soubemos que você é uma menina da academia que tem medo de lutar.

Kumiko deu um passo para trás, quem eles eram e o que queriam? Pior, como descobriram quem ela era?

– Não gosto de machucar ninguém – Respondeu baixinho, os rapazes riram.

– Pena. No mundo ninja ou você machuca, ou é machucado. – Ele olhou para os outros rapazes. – Peguem ela.

Kumiko arregalou os olhos e fugiu assustada. Saltou numa arvore e fugiu. Os rapazes a seguiram e eram muito rápidos. Ela saltou numa arvore e se impulsionou para o chão na direção oposta, numa tentativa vã de despista-los. Eles lançaram Kunais tentando acerta-la e riram da tentativa de fugir.

Um rapaz a alcançou e a segurou pelos cabelos, a lançando no chão. Kumiko cerrou os dentes sentindo os olhos queimarem com lagrimas.

– O que querem... comigo? Não fiz nada para ninguém – Ela murmurou baixinho e chorosa.

– Ninjas tem que ser fortes. Não precisamos de menininhas choronas como ninjas. – Um deles disse com crueldade. Ela foi levantada pelo braço e lançada com força numa arvore, suas costas doeram com o impacto.

Ela tentou correr novamente, mas eles a seguraram pelo cabelo longo e vermelho, ela tentou continuar forçando para fugir.

– Por favor, eu não quero machucar ninguém. - Ela chorou e ouviu eles rindo, ela forçou seu corpo para frente e sentiu os fios do seu cabelo se arrebentando enquanto saia. Outro a segurou e a jogou contra arvore novamente. Sentiu um impacto grande e caiu no chão.

– Yo! – Uma outra voz conhecida disse – Deixem ela!

Do chão ela pode ver Masaaki olhando assustado o que acontecia.

– Não se meta, Hyuuga. – O menino foi descartado mas quando foram pegá-la novamente ele se interpôs no meio. – Disse para não se meter.

– Ela é uma criança. – Masaaki disse com raiva – Deixem ela em paz.

Kumiko olhou para Masaaki agradecida, mas não queria que ele se machucasse. Ele era apenas um e haviam três inimigos.

– Se não sair da frente, Hyuuga, nós vamos tira-lo. – O garoto da esquerda disse com raiva. Masaaki permaneceu firme em seu lugar.

– Sai daqui, Masaaki – Kun. – Kumiko murmurou baixinho para ele que negou.

– Nem pensar. – Ele respondeu calmamente – Esses garotos nem merecem o chakra que corre nas veias deles. Isso é muita covardia e não vou deixar eles atacarem uma pessoa que se recusa a combater por pena.

Os olhos da menina transbordaram de lagrimas ao verem eles se preparando para atacar Masaaki. Ela fechou os olhos tentando não sentir as lagrimas e nem ver o garoto doce que a defendia levando uma surra por causa dela. Ela estava se esforçando tanto para não machucar ninguém, para não repetir o que aconteceu com a arvore. Entretanto nem com todos seus esforço ela conseguiu, alguém ia se machucar novamente e a culpa era dela.

Como com seus pais. Como com aquela arvore. Ela queria se levantar e lutar contra os rapazes, queria ajudar Masaaki, mas não queria que nenhum acidente acontecesse. Por que não podia ser uma criança normal?

Ela ouviu o som da luta e sequer se preocupou em tentar ver quem ganhou. Sentiu alguém a segurando pelos ombros delicadamente.

– Kumiko – Chan? – A voz de Masaaki soou e ela conferiu o chakra antes de abrir os olhos. Era ele mesmo! Os três rapazes estavam no chão mas se levantavam doloridos, um já corria para longe.

Mesmo com dor, Kumiko sorriu e se lançou nos braços de Masaaki com força, o que o derrubou com ela em cima agarrada no pescoço dele e chorando de alivio, felicidade e agradecimento.

– Arigato, Masaaki – Kun! – Ela soluçou ao mesmo tempo que ria. Masaaki tinha ficado em choque pela surpresa e seu rosto ficou absurdamente vermelho pela ruivinha estar em cima dele mas riu do alivio dela que ficava repetindo “ Arigato” milhares de vezes.

– Não tem de que, Kumiko – Chan. – Ele riu – Não podia deixar que eles te machucassem.

E aquilo era somente um começo. Mais um começo.


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