A Vampira, A Loba E A Bruxa escrita por Emily Longbottom


Capítulo 12
Capítulo 12: Eu e Ele




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Emily's Point Of View:

Acordei, me sentei e olhei para os lados. Ouvi um barulho de chuveiro se fechando. Pelo o que dava para ver, a casa tinha uma sala, um quarto e um banheiro logo ao lado do quarto. Me lembrei que estava na casa de Dante. Soltei um palavrão mentalmente. Levantei devagar e fui até uma porta do quarto que levava para fora. A porta estava trancada. Ou seja, estava presa com ele, e deveria ser sete horas da noite. Minha mãe me mataria. Estávamos sozinhos. Eu e ele.

A porta do banheiro se abriu.

–- Ah meu Deus! - me virei.

–- Que foi? Estou de toalha.

–- E como você vai se vestir?

–- Quer ver como? - ele disse, consegui sentir que ele sorria. Filho da mãe!

–- Idiota. Eu perguntei como você se trocaria comigo aqui!

–- Ah. Vá para a sala, simples. Você quer tomar banho?

Me virei e olhei para mim mesma, estava imunda, descalça e... sem camiseta? Me toquei que a única coisa que cobria a parte de cima do meu corpo era meu sutiã meia-taça de bojo.

–- Ora, seu...! - Atirei uma de minhas botas, que estavam a um canto próximo da porta, nele, mas com a minha super força, ela caiu diretamente no chão. E aquele estúpido estava rindo da minha cara. - Como você se atreveu a tirar minha camiseta? - Eu gritei, furiosa.

–- Estava muito suja - ele disse ainda rindo.

–- Me surpreendo, agora, por você não ter tirado minha calça.

–- Você ainda quer tomar banho?

–- É claro! Mas... E o que eu vou vestir?

–- Eu empresto minhas roupas.

–- Onde tem toalha?

Ele apontou para a toalha que estava envolta de seus quadris. Olhei perplexa para ele. Ele sorria levemente.

–- Sério? Só tem uma?

–- É a única.

Mordi o lábio hesitante, olhei para o lado e voltei a olhá-lo.

–- Ok, depois que você se trocar, pendure a toalha na maçaneta.

–- Ok.

Fui até o banheiro, e seu olhar me acompanhava.

–- Que foi?

–- Nada... - ele sorriu olhando para baixo.

Entrei no banheiro, e quando fui trancar, percebi que não tinha chave.

–- Dante!

–- Sim?

–- Cadê a chave? - perguntei impaciente.

–- Não tem.

Abri a boca para falar mas ele me interrompeu antes que eu pudesse ter dito algo.

–- Não se preocupe, não vou entrar.

–- Disse o cara que me beijou. - eu falei sarcasticamente. Despi-me e abri o chuveiro. Coloquei a mão na água.

–- Ah! Que beleza! Gelada! Dante, por que você não vende seu Batmóvel e compra uma casa decente?

–- Não tenho necessidade...

–- E tem necessidade de uma BMW?

–- Eu gostode carros.

Coloquei o pé debaixo do jato de água, imediatamente o tirei, estava muito gelada. Como ele conseguia sobreviver a isso? Entrei de uma vez , deixei aquela água gelada me molhar de uma vez. Não tinha shampoo. Então lavei meus cabelos apenas com água. Depois de quinze minutos, saí do banho. Abri um pequeno espaço e coloquei meu braço para fora e tateei à procura da toalha. Ela não estava pendurada na maçaneta e, sim, jogada no chão. Droga! Abaixei meu braço, só que eu não conseguia alcançar.

–- Quer uma ajuda aí? - ele perguntou. Eu bati a porta.

–- Q... Quero! Eu gaguejei. Eu abri uma frestinha da porta e ele empurrou a toalha para dentro, eu a peguei e empurrei a mão dele para fora, bati a porta novamente. Me sequei (com a toalha molhada) e fiz um "tomara-que-caia" com a toalha. Saí do banheiro e revirei as gaveta da cômoda. Nada! Não tinha roupas ali.

Fui até a sala. Dante estava deitado no sofá, aparentemente dormindo, sem camisa... Ele tinha peitoral e abdômen definidos.

–- Algum problema? - Ele perguntou.

–- Ah, não... Eu... - respondi atordoada. - Preciso de roupas. As menos largas de preferência...

Ele se levantou e foi até o quarto, eu continuei parada no mesmo lugar, ele foi à uma outra cômoda. Suas costas eram estranhas, tinham dois relevos, quase imperceptíveis. Fui até o banheiro para pegar meu sutiã e minha calcinha. Coloquei-os e voltei para o quarto, ele apontou para a roupa sobre a cama. Vesti uma camiseta preta de mangas compridas que servia de vestido, e deitei na cama de novo, me cobri com a colcha da cama, e fiquei olhando para a parede, distraída. Me virei para o outro lado.

–- AAAAH! - gritei, caindo da cama. - Idiota! - Me levantei, ele estava deitado na cama ao meu lado, rindo de mim.

De repente, ele se sentou.

–- O que foi? - eu perguntei.

–- Ouvi alguma coisa... - Ele se levantou, vestiu uma camiseta, e a sua jaqueta, e foi para a sala, eu segui ele. Ele saiu para fora. - Fique aqui dentro, eu já volto.

–- Ok. - me sentei no sofá.

Gleyce's Point Of View:

Chegamos ao Lago, contornamo-lo e entramos no bosque seguindo as marcas que eu fiz nas árvores mais cedo.

–- Sentiram esse cheiro?

–- Não... - eles disseram ao mesmo tempo.

–- Esqueçam... - em quinze minutos, chegamos ao final da minha trilha de marcas. - Vamos seguir em frente, talvez achemos a casa.

Passamos meia hora procurando.

–- Por aqui. - disse Vitória abruptamente. Seguimos ela, e encontramos uma clareira, que tinha uma casa pequena ali. - É nessa casa!

De repente, saiu uma pessoa dali, estava escuro, não dava para ver. Nos escondemos atrás de uma grande árvore. Eu espiei. Ele estava parado ali. Saímos detrás da árvore, e nos aproximamos dele.

–- Dante? - eu perguntei.

–- Gleyce? O que está fazendo aqui? - de repente ele caiu de joelhos no chão, levando as mãos à cabeça. Mais uma pessoa saiu da casa, era Emily, ela veio correndo e ajoelhou-se perto dele. Ela olhou para Leo.

–- Pare! Pare com isso! - depois que notei que Leo estava fazendo um feitiço. - Vitória! Gleyce! Façam-no parar! - ela suplicava desesperadamente. Eu tentei parar Leo, mas ele parecia estar em outro mundo.

–- Pare com isso! - ela chacoalhou o braço de Leo. - Pare! - Eu empurrei Leo, e ele caiu no chão, fazendo com que o feitiço cessasse. Eu fiquei surpresaa com minha força. Emily estava ao lado de Dante, de forma... Protetora, digamos, enquanto Vitória estava do lado de Leo. Ambas olharam feio uma para a outra.

–- Ele é... - ofegou Leo. - Ele é um vampiro.


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