Amor Eterno Amor escrita por AMariCA


Capítulo 5
Capitulo 5 - Convite




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/451076/chapter/5

Ponto de Vista: Isabella Swan

– Pare, pare de machucá-lo, por favor! - gritei, soltando todo o ar de meus pulmões. - Mata-me... Mata-me. Ele não.

A casa em que eu estava era assustadora. Na sala mais clara, cavernosa, perfeitamente redonda como uma enorme torre de castelo... que provavelmente era exatamente o que ela era. Os únicos móveis na sala eram enormes cadeiras de madeira, como tronos, que ficavam em espaços desiguais, esguichadas pelas paredes arredondadas. Bem no meio do círculo, em um pequeno declive, havia um buraco. Eu me perguntei se eles usavam aquilo como saída. A sala não estava vazia. Várias pessoas estavam reunidas numa conversa que parecia relaxada. O murmúrio de vozes baixas, suaves, eram um gentil zumbido no ar.

– Surpreendente. Daria sua vida para um monstro, sem alma...? - o homem que estava caracterizado de preto e coberto de ouro refinado perguntou, olhando para trás, onde Edward estava preso como se estivesse sido enforcado. Mas para a minha surpresa ele não havia morrido.

– Não sabe nada sobre a alma dele. - encarei a figura assustadora que preenchia minha visão, fazendo com que minha irritação fosse alvo de seu deboche.

***

Acordei assustada. Ofegava muito e estava com muito calor. Observei o teto que não me parecia familiar. Onde eu estou? Sentei-me no aposento desconhecido e rolei os olhos sobre o cômodo.

Ah. Estava na casa de Edward - que por sinal não estava onde era pra estar. Suspirei cansada. Coloquei os pés sobre a cama e calcei o par de pantufas cor de creme. Fiquei confusa. Por que diabos eu estava na cama de Edward? Pus a mão na cabeça, como se funcionasse a me fazer lembrar o que havia acontecido na noite anterior. Não deu certo. Dobrei meu lençol e carreguei-o comigo, descendo as escadas da casa gigante. O contraste de madeira velha e escura da casa, com o sol que entrava pelas janelas da cozinha era maravilhoso, acompanhado com o silêncio que vinha da ressonância de quem habitava o lugar. Era um lar formoso, simples, antigo.

Deixei o lençol em uma cadeira e fui à cozinha disposta a fazer o café da manhã. Fui em direção a geladeira, enorme como toda mobília da cozinha, tirando ovos, patês e frutas dali.

Enquanto fritava os ovos, pensava sobre o sonho. Aquele sonho estranho e infeliz. Como um sonho poderia ser tão real e irreal ao mesmo tempo? Os agouros, cenários e personagens daquele pesadelo...

Virei-me para o balcão, passando patê de atum nos pães e colocando os ovos no prato. Peguei laranjas e fiz um suco, deixando pronto o café de mais uma das famílias que eu iria cuidar.

[Música: http://www.kboing.com.br/florence-and-the-machine/1-1031213/ ] (ESCUTEM, FAZ TODA A DIFERENÇA)

Caminhei até a mesa, surpresa com Edward que se sentara em uma das cadeiras.

– Não precisava ter feito o café.

– Acostume-se, Edward... Com a comida gostosa que terá todos os dias. - disse irônica e ele riu. - Sua filha já acordou?

– Ainda não, ela é muito preguiçosa nos fins de semana. - ele sorriu torto.

– Ahh.. - falei pegando pequenos pãezinhos com patê e ovos.

– Está quieta... Aconteceu alguma coisa?

– Nada, eu só... tive um sonho ruim.

– Como foi o sonho? - indagou curioso.

– Não lembro muito... Deixa pra lá.. - eu não contaria nem que o papa chegasse na minha frente e pedisse que eu sonhei com ele.

– Tudo bem se não quiser contar. - deu de ombros e eu assenti.

Enquanto comíamos, sons de pezinhos incrivelmente fortes vinham da escada.

Claire aparecera limpinha e cheirosa, com os cabelos enormes e cacheados castanho claro bagunçado e com um vestidinho branco e frouxo. Parecia com um anjinho. Trazia consigo uma escova de cabelo.

– Que linda a minha princesinha! - Edward virou-se para ela. Ela parou e riu, correndo pra ele que abriu seus braços para que ela pulasse nele. Como uma cena de um conto, ela pulou e ele a rodou, fazendo-a rir.

– Para papai, que estou morrendo de fome. - fez careta.

– Tá bom, sua enjoadinha, senta aqui. - a botou numa cadeirinha especial. - Cuidado pra não cair daí!

– Eu sei papai! Já sou grande.

– Uhum. - ele assentiu. - Hoje tem um baile à moda antiga promovido pela Alice perto de Liverpool.

– Vamos pra Liverpool? - ela quase gritou, com os olhos grandes, pidões e brilhantes, dando um pequeno soco com sua mãozinha na mesa.

– Vamos sim, eu, você e a Bella. - eu corei.

– Não, não... Eu fico aqui, de verdade!

– Claire você quer que a Bella vá? - perguntou e a menina assentiu freneticamente. - Pergunte a ela se ela quer ir meu amor. - Edward falou. Claro que usou a garota, ele sabia que com a filha dele pedindo eu iria.

– Vamos Bella! Por favor... Vai que o papai tem um troço no meio do baile! Você cuida dele não é? Então tem que ir com a gente... - ela deu um sorrisinho maroto como o pai, os dois olharam para mim com a mesma expressão. Eram idênticos.

– Claro, claro... Tudo bem. - eles deram um sorriso enorme de felicidade e ela esticou sua mãozinha para os pães. - Você que fez Bella? - assenti com a cabeça. - Tá muito gostoso!

Ela era tão fofa, dava vontade de apertar.

– Obrigada, querida. - sorri verdadeiramente.

– Escolhe minha roupa para o baile? Você e o papai, porque o papai sempre me deixa linda! - ele riu e trouxe a cadeira da filha para perto de si, penteando os cachos desarrumados. - Devagar, papai.

– Tudo bem Claire, estou indo devagar sua exigente.. Bella, você tem vestidos pra baile?

– Sim, mas não os trouxe comigo, está no meu apartamento. - ele assentiu.

– Vamos pegá-lo mais tarde.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu amei esse capítulo, não sei nem porquê! Comentem por favor, nem que seja um "gostei" ou um "odiei", quanto mais coments mais rápido postarei "Capítulo Seis - O Baile". Beijos, até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Eterno Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.