Amor Eterno Amor escrita por AMariCA


Capítulo 2
Capítulo 1 - E você? Tem um esposo?


Notas iniciais do capítulo

Olá alguém? Bom acabei de postar o prólogo e to postando o primeiro capítulo, a partir de hoje, so posto se tiver review! Enjoy o/



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Ponto de Vista: Edward Cullen

– Papai! Você não pode andar assim! – Claire, minha filha, gritou em plenos pulmões.

– Só estou andando, Claire. – reclamei.

– Está andando rápido demais!

– Não sou um velho. – retruquei como se tivesse a idade dela.

– Mas você está dodói! Por favor, papai! – ela choramingou.

– Tudo bem, minha garotinha. Venha cá. – ela sorriu olhando para o chão, mas pegou a minha mão e eu a puxei até o sofá. – estou com tanta saudades de você, docinho. - Ela me abraçou forte, seus bracinhos no meu pescoço.

– Sabe papai, a escola é realmente chata, e toma toda parte do meu tempo! – falou como uma empresária ocupada, de meia idade que trabalhasse na bolsa de valores. – Eu queria mesmo ficar com você. Mesmo mesmo mesmo mesmo. – eu ri.

– Vamos assistir a um filme então. Qual filme você quer?

(...)

Depois de assistirmos juntos A Pequena Sereia, Claire dormiu no finalzinho do filme. Olhei para baixo, onde ela repousava no meu peito. Seus cílios longos e arrebitados, o nariz pequenininho e a boca também. Era absolutamente linda. Agradecia a cada dia por ela não se parecer nem um pouco com sua mãe, não aguentaria ver nela as qualidades e feições físicas daquela pessoa que eu nunca amava, nem amei. Ela era igualmente parecida comigo. Os olhos, os traços... Mas o cabelo era liso e a pele dela era branca demais, como a da mãe. Mesmo assim ela se parecia ainda mais comigo.

Carreguei-a no braço, deixando-a no quarto branco, com ursos, livros, e sem bonecas, porque a assustava. Tudo branco e cinza claro, dava um ar de tranquilidade no quarto. Pelo menos isso Sarah acertou. A única coisa que ela fez de útil na vida foi a decoração do quarto da menina. Deitei-a na cama e coloquei o véu, prendendo-o nas quatro pontas do colchão. Coloquei a mão e puxei um pouco para cima, pra depositar um beijinho em sua testa. Ajeitei o véu novamente e fechei a porta do quarto lentamente para que não a despertasse.

Fui para o meu quarto, tão grande, enorme, para preencher uma noite cheia de insônia causada pelos meus pensamentos.

(...)

Que merda de dia é esse? Como se não bastasse minha vida ficar pior, tenho milhares de coisas pra fazer nessa empresa. Hoje tá um absurdo.

– Jéssica, traga um café pra mim da Starbucks. Achocolatado, por favor. Estou morrendo de sono.

– Tudo bem, sr. Cullen. – disse a voz do outro lado da linha.

Deixei a cabeça cair entre as mãos. Eu estava frágil hoje. Sim, parecia uma mulher na TPM. Pensei na minha filha, na minha vida, como estava arruinada. Eu não tinha ninguém. Eu não tinha amigos, por ter sido um idiota na minha adolescência. Meus pais estavam tão longe daqui como a Terra de outro planeta. Somente a minha filha. Uma dor no meio da minha cabeça latejou de repente, e sem razão alguma. A dor persistiu. Gritei baixo.

O telefone tocou estridente. Resmunguei, atendendo logo para que parasse de tocar.

– Alô? – disse estressado.

“Por favor, queria falar com sr. Cullen.” – a voz da mulher desesperada.

– Já está falando com ele.

“Por favor sr., precisamos que venha buscar Claire Cullen na escola imediatamente. Ela caiu do escorregador do parque da instituição. Explicamos melhor quando o senhor chegar aqui.”

– Já estou a caminho. – balbucei já pegando meu paletó que estava na cadeira, vestindo-o. Minha filha estava com dor. Droga de vida!

Jessica, minha secretária estava no corredor, já com meu café.

– Sr. Cullen... – nem tive tempo de responder e passei praticamente correndo, fazendo-a rodopiar.

Minutos depois, cheguei no colégio tarde. Sim, porra de tráfego!

– Onde está minha filha? – adentrei a sala da diretora quase correndo.

– Sinto muito, mas você chegou tarde. Tiveram que encaminhá-la para o hospital. O motorista do colégio a levou. Mr. Clearwater. Ela foi em completa segurança.

– Só me diga o nome do hospital. – quase gritei.

– Hospital St. Louis II, senhor.

– Obrigado.

Novamente, entrei no maldito volvo, pegando uma rua que dava menos transito.

Finalmente, ao hospital.

– Sim, senhor?

– Quero ver minha filha, Mariah Claire Cullen.

– Qual seu nome?

– Sou o pai dela, Edward Anthony Masen Cullen.

– Ela quebrou a perna, e quando foram examiná-la e fazer os procedimentos para esse caso, acharam um problema. Estão tentando entender agora, peço ao senhor que fique no quarto onde a menina será hospedada. Seção pediátrica, quarto 132.

– Obrigado. – problema? Que problemas pessoas poderiam ter na perna? Minha filha sempre andou normal, acho. Nunca teve dificuldade em nada! Será que estão confundindo?

Mesmo assim, fui pra onde a mulher orientou. Meu coração palpitava. Acalme-se. Ela só quebrou a perna. Meu Deus! Uma menina de cinco anos quebrou a perna! Imagine a dor da minha pequena agora. Seus olhos verdes deviam estar cheios dagua, suas bochechas molhadas de lágrimas grossas e salgadas. A visão foi perturbadora. “Acalme-se”. Repeti pra mim mesmo.

– Senhor, você está bem? – a enfermeira perguntou, olhando meu rosto.

– Estou, eu v-vou para o quarto onde minha filha irá estar.

– Você não parece bem. Está gelado, suando. Sua pressão deve ter caído. Vamos ali até as macas, levo você à seção adulta.

– Não, eu não preci-

– Vamos senhor.

– Por favor, tem que ser numa maca? – mesmo fraco, raciocinava que um homem de 1,86 de altura, de terno, numa maca seria uma piada.

– Pode ser numa cadeira de rodas.

– Tudo bem. – sentei na cadeira de rodas à frente as macas.

(Música: http://www.kboing.com.br/aqualung-e-lucy-schwartz/)

Encaminhado para o maldito quarto do maldito hospital conceituado em que estive antes deitei na cama, apagando em seguida.

(...)

Vida de merda. Quantas vezes já esculhambei minha vida hoje? Só dava hospital o tempo todo, não nasci pra ser uma máquina. Eu estava cansado, chateado. Isso me deixava triste. Eu, um Cullen, caindo em uma profundeza de desgraça.

Apenas isso. Desgraça. Eu havia problemas no coração, uma filha com uma doença na perna, uma empresa enorme que só me dava stress e uma vida sozinho. Um apartamento gigante, talvez o melhor da cidade, que cabia cinco pessoas dormindo num só quarto. Pra que tudo isso? Onde eu fui parar? Onde estava a felicidade, e a vida bela que todo mundo dizia existir? Porque todos diziam que a vida era tão bonita, incrível? Eu não via nada. Só um mundo cheio de hipócritas e idiotas, eu incluído, interessados em capital.

As lágrimas nos meus olhos começavam a se pronunciar. Droga, eu admito! Eu admito! Odiava levar uma vida sozinho. Nem que fosse com Sarah, era mais interessante. Odiava que minha filha não tivesse ninguém, que eu morasse só, apenas com ela de companhia. Odiava não ter gente perto de mim. Odiava ver apenas eu e Claire, pequenos contra um mundo enorme e bizarro. Odiava não ter mais um. Eu queria levar a vida à sangue frio, mas admito, eu não consigo!

– Não chore, sr. Cullen. Sua filha ficará bem. – uma voz melodiosa cantou aos meus ouvidos. Eu conhecia aquela voz. Era a enfermeira.

– Não é por isso que estou chorando. – funguei, abrindo os olhos friamente.

– Se precisar de ajuda, saiba que eu estou aqui.

– Está tudo bem.

– Ok. Prazer, eu sou Bella, sua enfermeira a partir de agora. Particular. Vou ter que cuidar de você na sua casa, você também irá ter que se afastar do trabalho, segundo o médico. Mas se você preferir aqui no hospital, tudo bem.

– Olá, Bella minha enfermeira. – ela riu. – Eu prefiro na minha casa, muito bem, obrigado. E qual problema tem minha filha?

– Cogitaram ela ter a perna esquerda um pouco maior que a outra, coisas como 3 cm. Isso seria um problema e tanto se ela tivesse. Mas foi só um engano nos exames. Caso ela tivesse com esse problema, iria passar por uma cirurgia, colocar um ferro para prolongar a perna. Eu particularmente, acho o processo terrível.

– Então ela só...?

– Só está com a perna quebrada e engessada, graças a Deus. – sorri agradecido.

– Minha filha já pode ir pra casa?

– Sim. Você também já pode. Só teve uma queda de pressão pela preocupação e o stress juntos. Sente aqui na cadeira por favor.

– Eu vou ter que ir de cadeira de rodas?! – quase surtei.

– É, precauções.

– Mas eu não-

– Shh, sr. Cullen. Você irá obedecer às minhas ordens agora.

Porque eu achei isso sexy?


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Notas finais do capítulo

Reviewwws, é bem ai abaixo e não cai a mão de vcs! O que acharam? O que deve acontecer?