Trahe Futurum escrita por Amy Jack


Capítulo 4
Tudo por eles


Notas iniciais do capítulo

Heeyy. Obrigada pelos reviews!! E as visualizações aqui na 'fic são 130, eu fiquei muito feliz, mesmo que alguns sejam fantasmas hehe
—Amy



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Clary começou a correr e chegou na casa de Luke com um táxi. O motorista tinha bafo de tacos, não que ela realmente se importasse. Mas o cheiro estava um pouco forte demais, não podia negar.

Abrindo a porta, deu de cara com Luke e Jocelyn gritando um com outro. Os dois pararam imediatamente ao ver Clary, olhando espantada para os dois. Eles nunca haviam brigado.

–Minha filha, onde você estava? - Jocelyn veio em sua direção.

–Mãe. - Clary a segurou pelos ombros e a afastou de si - Eu só estava com eles no Taki's.

–Eles, quem, Clary? - a mãe a segurou e a forçou a olhar para ela.

–Simon. Jace. Isabelle. Alec. Eles, mãe. Por que a pergunta? Tenho uma impressão que você já sabia disso. E eu sei que você e o Luke estavam gritando um com o outro! Acha que eu não sou grandinha para saber o que está se passando?

Ninguém disse mais nada. Irritada, Clary começou a correr em direção ao quarto e acabou se trancando, deixando lágrimas correrem livremente em seu rosto, se sentindo horrível por chorar. Mas era sentimento, não era?

O celular tocou com o toque de mensagem e começou a vibrar continuadamente. Clary se irritou e jogou a bolsa que estava pendurada no pescoço para o outro lado do quarto, ouvindo um perfume que comprara - igual ao de Jace, para sentir o cheiro dele quando estava sozinha - recentemente se quebrar e o cheiro que antes era maravilhoso tornou-se forte e enjoativo.

–Eca. - murmurou para si e abriu a porta, indo para a cozinha e pegando um pano para limpar.

Pegou tudo o que precisava para desinfetar o quarto e estranhou que a mãe e Luke não estavam mais na cozinha... E nem em nenhum lugar da casa. Ela olhou pela janela e percebeu que o carro do noivo de Jocelyn também não estava lá.

Em cima da mesa, um bilhete amassado.

Querida Clary,

Não olhar a mensagem de texto do seu irmão mais velho dá nisso. Por acaso, sua querida mamãezinha e o licantrope de araque sumiram. Por que será? Leia o SMS e faça exatamente o que eu mandei. Não os soltarei caso contrário.

O tempo é curto, irmãzinha. E eu não estou mentindo nem blefando. Você sabe que eu não sou disso.

–Sebastian

A raiva encheu os ouvidos de Clary. Quem era aquele garoto para lhe dizer o que fazer? Mas o pânico que crescia dentro dela era mais forte e sua compaixão por eles também. O amor.

Ela correu para o quarto e pegou a bolsa, ignorando o fedor que estava impregnado nela. Agarrou o celular que ainda vibrava, mas estava com a tela preta, apagada. Ela apertou o botão do centro e deslizou o dedo pela tela, indo até as mensagens.

Clary,

Não vá para o Instituto treinar com Jace se não quiser que nada de mal aconteça com a sua família... diferente.

Mande SMS ou ligue para ele cancelando o treinamento e me encontre em cinco minutos em frente ao hotel dos vampiros. Caso meu... assistente não a veja sair e sequer ver minha mensagem e me notificar, esteja certa de que eu estarei do lado de fora esperando.

Não diga que eu não avisei.

–Sebastian

Roendo as unhas de raiva, Clary deu um salto para trás ao constatar de que estava realmente sozinha. Que não havia sequer um ruído que entregasse qualquer que fosse a mentira de Sebastian. Isso só a fez crer que era verdade.

Chutando a cadeira e derrubando mais coisas, Clary saiu furiosa sem passar a mão pela blusa de seda que estava amarrotada. Ela pegou um táxi que estava passando pela rua deserta bem na hora em que ela saía. Clary se perguntou se aquilo não era obra de Sebastian.

Ao entrar no automóvel, ela confirmou a si mesma de que não era. Ele estava com um cheiro forte de cigarro e falava como se estivesse bêbado, mas se estivesse, não pareceria tão sóbrio. Clary já havia visto muitos bêbados para uma vida só.

Ela disse o endereço e estava lá exatamente quinze minutos depois. Clary começou a procurar Sebastian com os olhos, mas não havia nenhum sinal do irmão mais velho. Até que ela viu fios de cabelos exatamente como os de Luke em uma trilha. Os fios estavam misturados aos de Jocelyn, que eram exatamente ruivos como os dela.

Seguindo a trilha, sabendo que estava desarmada e teria que lutar sozinha com pernas e braços usando sua força física, Clary seguiu com o ódio e raiva estampados nos olhos verdes.

A trilha levava atrás do hotel. Clary encontrou Sebastian por ali e correu em sua direção, agarrando o colarinho da camiseta branca justa que ele vestia. O tanquinho estava à mostra por conta da camisa, que era praticamente transparente. Clary sentiu nojo.

Ele só sorriu para ela debochadamente.

–Se queria deixar alguém careca, por que não fez isso com você mesmo? Juro que ninguém ia sentir falta disso. - e arrancou um tufo de cabelos dele com força, arrancando um gemido de dor.

–Calma, irmãzinha. E de onde veio essa sua força bruta? - disse, numa voz terrivelmente calma que só a deixava mais irritada e nervosa.

–Não te interessa. Cadê eles? - disparou a pergunta, quase avançando nele.

–Já mandei um dos meus com eles num táxi. Eu sabia que você viria, sabe... Recebi uma mensagem de que você já estava saindo de casa quando os mandei. Sabia que não blefaria quando se trata da sua família. - ele riu inclinando a cabeça para trás.

–Cale a boca. O que você quer comigo? - desafiou.

–Nada demais. Jeff. - ele chamou, acenando com a mão. Clary se virou mas era tarde demais.

Um pano cobriu sua boca e o cheiro a deixou tonta. Em segundos, só via a escuridão.

**

–Então é isso? É esse o plano? É mais perigoso do que eu imaginava. - Magnus balançou a cabeça, parecendo desapontando. Mas Alec sabia o que ele sentia de verdade.

Ele sentiu uma ponta de culpa por ter dado aquela informação valiosa e secreta, mas que era terrivelmente triste e que poderia acabar com qualquer envolvido.

–A Rainha Seelie. É claro. Ela está do lado dele, porque tem certeza de que Sebastian vencerá! - disse Alec, se levantando bruscamente e indo até a porta.

–Alexander. - ele parou e hesitou um pouco antes de se virar ao ouvir a voz cheia de... Alec o encarou, girando nos calcanhares.

–O quê? - perguntou, ansioso.

Mgnus balançou a cabeça.

–A Rainha da Corte está do lado dele, sim. Mas pode ser que... Ele pode tê-la comprado muito antes. Com alguma coisa que ela queria.

–Como você chegou a essa conclusão, Magnus? - perguntou, um tanto desapontado.

–Bem, as fadas não estão correndo perigo pelo jeito. E eu tinha interesses de negociação com as fadas há uma semana e algo não estava certo. Tentei falar com Meliorn, mas não deu em nada. Ele não respondeu. Acho que Sebastian deixou-os em paz em troca de alguma coisa... Só não sei o quê.

–Faz sentido. Mais alguma coisa? - perguntou, girando novamente e encarando a porta, torcendo para que tivesse.

–Sim. - Alec não se virou, mas esperou torcendo para que fosse o que queria, com a respiração ofegante mas controlada - Desista, Alexander. E aceite que não há mais nada entre nós.

–Alguém lhe disse alguma coisa? Eu disse? Não, Magnus. Não entendo o motivo de estar me dizendo isso. - Alec balançou a cabeça, sabendo que era verdade e mentira. Deveria estar muito bem demonstrando isso.

–Sua atitude está estranha, como se quisesse e esperasse que eu dissesse alguma coisa pra você. E eu o conheço muito bem depois de todo tempo que ficamos juntos. Desistir quando não há mais nada a ser feito para reverter pode fazer parte dos Caçadores de Sombras, Alexander.

–Pare de me chamar assim. Isso é ridículo. E, Magnus, Caçadores de Sombras nunca desistem de alguma coisa, mesmo quando todos consideram uma causa perdida.

Alec abriu a porta e fechou abruptamente. Magnus ouviu Presidente Miau vindo em sua direção e os passos de Alec ecoando no corredor, até cessarem, e ele soube que o ex já havia descido pelo elevador, ainda irritado com ele.

Não podia culpá-lo. Não o culpava por estar tão... Assim. Magnus estava se sentindo ótimo por ter sido Alec a lhe dar a notícia dos planos de Sebastian, mesmo que levasse pouco tempo para Magnus descobrir tudo sozinho, mas isso não importava. Daria tudo certo.

Magnus encarou a porta fechada e acariciou o pelo quente e macio de Presidente Miau, que agora se encontrava aos pés do dono. O feiticeiro deu um sorriso triste para a madeira.

–Esse é o meu Alec.


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Notas finais do capítulo

Gentee, vou ficar até terça sem postar mas não me abandonem por favor :) Confio em vocês. Acho que preciso dar explicações:
Vou viajar amanhã de tarde e é muito cansativo e longe, então só vou chegar segunda de manhã. Vou tirar o resto do dia "de folga" para descansar da viagem, ok? Mas vou escrever no Word terça de manhã e de tarde depois do almoço vou postar o capítulo, tudo bem pra vocês?
Bjuxxx
—Amy

P.S. A tia Amy aqui vai postar uma nova 'fic, só que Original. É de magia. Vou lançar na terça também e eu espero que acompanhem e gostem :D