Stay escrita por Paanic


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Boa noite tributos!! o/
Super obrigada a todo mundo que deixou reviews (:



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Não quero encontrar com Haymitch porque sei que a frase do jantar de “A garota em chamas está de volta!” não foi o suficiente para satisfazê-lo, ele obviamente precisa zombar com a minha cara o máximo que puder e só não tinha feito aquilo no jantar porque Peeta estava lá e aquilo iria provavelmente afugentá-lo, ou deixar todos nós bastante constrangidos.

O que importa é, eu desisti de tentar seduzir Peeta, porque simplesmente eu não sei fazer isso e porque se sinceramente aquele vestido não conseguiu eu não sei de que outro jeito eu conseguiria.

Consegui escapar de Haymitch também, por três valiosos e calmos dias, mas parece que hoje ele ficou esperando eu voltar da floresta, porque no momento em que meus pés pisam na cozinha ele aparece na minha porta.

Respiro fundo, tento não olhar para ele porque sei que ele está me encarando com aquele sorrizinho idiota.

— Oh Katniss, o que está vestindo? Aquele vermelho te valoriza muito mais — Ele começa e eu sei que é só a primeira de muitas.

— Haymitch, você não tem nada pra fazer, como por exemplo acabar com todo o álcool do Distrito?

— Ah docinho, é que eu me importo muito com você, como seu mentor e essas coisas. Então, o planinho deu certo?

Levanto meus olhos do esquilo que estou limpando por um momento, as sobrancelhas levantadas em sinal de desafio.

— Você quer mesmo saber?

Sou eu quem rio dessa vez, porque Haymitch se curva fazendo uma cara de enjoo e simula um vômito.

— Oh por Deus, não! Apesar de que, se for julgar pelo seu humor não deu certo.

Eu fecho a cara de novo porque Haymitch não podia estar mais certo.

— O que você sabe sobre o meu humor?

— Sei que garotinhas ficam todas felizes quando conseguem o que querem com os garotos que querem e você pode não querer demonstrar isso, mas você ainda é uma garota Katniss, uma garota mal humorada porque não conseguiu o que queria.

Reviro os olhos porque Haymitch me analisando agora é tudo o que me faltava e porque meu mau humor não tem haver apenas com a rejeição de Peeta, mas eu estou cansada de repassar isso na minha cabeça.

— Cala a boca! — é o que eu digo.

— Sabe, eu tenho que confessar que nunca esperava uma coisa assim de você — ele continua. — Pobre e inocente Peeta!

— Ok, acho que já deu com as piadinhas — eu digo porque não sei quanto tempo mais vou conseguir manter minha faca longe do pescoço dele, mas Haymitch não se cansa.

— Você não esperava que fossemos interromper seu jantarzinho romântico, não é? Meu Deus, eu lembro da sua cara quando me viu sentado na cadeira! Ficou mais vermelha que o vestido.

Ele ri muito alto, ou só se engasga. Eu não sei direito e não ligo, apesar de preferir que Haymitch estivesse se engasgando. Decido deixar ele falando sozinho, até seu estoque de piadinhas acabar porque nada do que eu dizer vai fazer ele ir pra casa e me deixar em paz.

— Tudo bem, — ele diz por fim limpando uma lágrima que escorre dos seus olhos por estar rindo demais — eu não vim aqui só para te provocar, mas para te chamar para a incrível oportunidade de me ajudar a limpar o espaço dos gansos.

— Estou lisonjeada Haymitch!

Eu inclino fortemente a recusar, odeio os patos de Haymitch. Ele se prepara para me bombardear de argumentos de porque eu deveria ser grata a ele pelo resto da vida, e que limpar um pouco de sujeira de gansos não é nada, ainda assim estou pronta para recursar quando penso que preciso ocupar minha mente, com qualquer coisa, a todo o momento porque esses últimos dias foram especialmente difíceis, e os remédios da Capital só parecem me deixar pior. Eu preciso me colocar em movimento para a dor e as lembranças não me alcançarem tão forte, e com Peeta fora de casa eu não tenho muitas opções.

— Está bem — respondo antes que Haymitch precise implorar, e ele parece grato e surpreso por isso.

Chamar aquilo de espaço dos gansos é favorecer o lugar já que ele está mais para espaço dos porcos e cheira como um. Da um trabalho do inferno para limpar tudo e toma todo o nosso dia, mas quando acabamos estou aliviada porque estou esgotada o suficiente para me sentir vazia e não pensar em nada. Quando me deito ao lado de Peeta para dormir é com a esperança de estar cansada o suficiente para não ter pesadelos.

Estamos andando na floresta de mãos dadas, Peeta e eu. Ele está todo vestido de branco e na cabeça brilha a coroa de vitoriosos que ganhamos depois dos Jogos Vorazes, pelo peso na minha própria cabeça sei que a minha está lá também. Peeta sorri pra mim e eu estou com um vestido branco de seda que cobre os meus pés descalços, sua base suja pela terra varre a floresta ao redor e o tapete de folhas caídas pelo qual andamos até que Peeta para bruscamente.

Olho para o seu lado e um pacificador segura o braço de Peeta impedindo-o de continuar. Ele tenta se soltar e quando tento me mover para ajudá-lo um outro pacificador está segurando o meu braço, mas apenas para me separar dele.

— Não! — eu grito.

É quando os primeiros flashs pipocam em meus olhos e me distraem, eu não sinto mais a mão de Peeta na minha. Todo o povo da Capital está nos observando a poucos metros de distancia, no limite da floresta, e há câmeras e filmadoras para todos os lados. Snow está lá também, bem no meio de tudo, bem de frente para mim, sorrindo e me avaliando com os olhos de víbora como se estivesse me cobrando demonstrar meu amor por Peeta em frente a todos. “Mire mais alto se não quiser falhar. Me convença” suas palavras soam na minha cabeça, mas não me permito prestar muito mais atenção nele porque Peeta está se distanciando. Ele se debate para se soltar enquanto os pacificadores o levam a força para o meio do carnaval de gente colorida.

O povo da Capital clama pelo nome dele, o venera. Eu busco pelo meu arco e flechas, minhas aljavas nas minhas costas, mas não há nada comigo. É quando me desespero.

— Não! Vocês não podem levar ele! O Peeta é meu, vocês não podem! — Grito a plenos pulmões sentindo minhas lágrimas descerem e com elas minha força.

Ele é levado de qualquer jeito, sua figura branca é engolida pelas cores da Capital, mas eu não tenho como impedir, não tenho forças para correr, não tenho como me levantar, é como se meus pés estivessem colados na terra.

— Não! Por favor, vocês não podem! — Grito desesperada porque isso é tudo o que posso fazer, mas ninguém faz nada para ajudar.

O povo da Capital apenas me observa com os olhares hostis e apáticos e todos começam a ir embora até que não sobra ninguém e eu sou deixada no meio da floresta sozinha com nada além das minhas lágrimas e uma dor insuportável no meu peito.

Abrir os olhos é como pegar a primeira golfada de ar depois de muito tempo se afogando. A primeira coisa que vejo é Peeta em cima de mim. Suas mãos agarram o meu ombro e ele me sacode fortemente.

— Katniss acorda, acorda! — ele berra alterado.

É só quando me agarro ao seu corpo que ele percebe que estou acordada e seu corpo relaxa um pouco sobre o meu.

Ele está aqui, ele está aqui, a Capital nunca mais vai levar ele de mim.

As lágrimas descem grossas pelo meu rosto, e eu nem havia notado que chorava até então, mas eu choro, e é um choro tão alto e desesperado que estou soluçando e meu corpo se convulsiona contra o dele.

Eu tenho que me controlar, estou assustando Peeta e ele pode ter uma de suas crises, mas é difícil, parece impossível com as imagens do pesadelo queimando na minha cabeça e dançando na minha vista. Eu raramente perco o controle desse jeito, mas por algum motivo nada me tira da cabeça que querem tirar Peeta de mim e isso eu não posso permitir.

Eu estou tão desesperada porque a ideia de Peeta não estar comigo soa errada, cruel e insana, não há vida sem ele.

Ele afaga o meu cabelo, tenta sobrepujar os meus soluços, mas eles são tão altos que não ouço uma palavra do que ele diz. Quando ele tenta se afastar um pouco para encarar o meu rosto me agarro mais a ele com desespero.

— Não me solte — minha voz sai chorosa e falha, mas alta o suficiente para ser audível.

Me agarro com mais força às suas costas porque já me tiraram muito, já me tiraram tudo, e ter o corpo de Peeta contra o meu parece bem substancial então. Meu medo é soltá-lo e Peeta ir embora também, da mesma maneira que Prim foi, minha mãe, meu pai e Gale, e nunca mais voltasse como todos os outros.

— Eu não vou soltar — ele responde me apertando mais forte, e não o faz por sabe se lá quanto tempo.

Ele está bem, e não há motivos para os sonhos me afetarem tanto. Eu morreria antes que qualquer pessoa tentasse tirar ele de mim.

Deixo que Peeta me abrace e me prometa que vamos ficar bem. Deixo que ele me veja chorar, vulnerável como ninguém nunca me viu antes.

— Está tudo bem, está tudo bem — Peeta sussurra pacientemente até que me acalmo ao ponto de apenas as lágrimas descerem.

O seu cheiro está em todo o canto, aquilo me acalma e me concentro nisso. Devagar deixo que Peeta separe nossos corpos e encare meu rosto com o seu próprio carregado em preocupação.

Apoio a cabeça em seu travesseiro, desse jeito posso olhá-lo nos olhos, sentir sua respiração no meu rosto e a ponta dos nossos narizes se tocando sutilmente. Eu só preciso de uma certificação de que ele está mesmo ali, de que eu não estou ficando louca ou sonhando.

As minhas mãos sobem, seguem seu próprio caminho sozinhas que nem eu mesma sabia para onde iam, até que elas param no peito dele, sobre o lugar onde seu coração bate e eu o sinto sob os meus dedos trêmulos. O coração de Peeta bate tão rápido, vivo e forte que de alguma forma me conforta. É como se Peeta estivesse me mandando um aviso de que estava lá, que era real e que estava vivo. É a primeira vez que consigo realmente respirar naquela noite.

Os dedos de Peeta tocam o meu pescoço e eu sinto uma onda de choque passear na minha pele. Ele me encara por um segundo com os olhos intensos, profundos e sérios, então não me dá tempo de pensar, raciocinar, prever os seus próximos passos. Seus lábios estão sobre os meus. Sou pega de surpresa e um ruído escapa do fundo da minha garganta, mas eu não recuo, pelo contrário. Sinto uma fome, uma necessidade crescente de me aproximar mais dele, entrar na bolha de calor que envolve todo o seu corpo.

Pressiono meus lábios contra os seus, adentro meus dedos em seus cabelos embolados pelo sono e sinto o gosto salgado das minhas lágrimas nos seus lábios e na sua língua. Peeta apoia as mãos nos meus quadris, me aperta e me traz mais pra perto e quando nossos quadris se chocam ele solta um grunhido gutural, tudo o que eu quero é ouvi-lo mais, me encher dele.

Aquilo parece que desperta algo em mim. Nosso beijo se aprofunda e se torna bruto e voraz. Consigo sentir a firmeza com que as mãos de Peeta passeiam sobre o meu corpo, o modo como sua língua parece conhecer cada canto da minha boca e como eu reajo a cada toque dele. Eu tenho tanta fome dele que parece insano não termos feito isso antes.

Quando preciso buscar por ar os lábios de Peeta abandonam minha boca para tocarem o meu pescoço, o meu colo e eu respiro com dificuldade porque mal consigo conter os meus grunhidos quando ele volta a buscar pela minha boca.

Eu sinto meu corpo em combustão, sinto meu peito sem ar suficiente, mas é a melhor e mais viva sensação que já tive na vida.

Se parece tanto com a fome e o entorpecimento da caverna, só que mais profundo, que meu peito se enche com a sensação de ter o velho Peeta comigo de novo, porque eu sei que é ele aqui nos meus braços, se comprimindo contra mim. Um sorriso involuntário toma posse dos meus lábios e nosso beijo perde o ritmo gradativamente.

Quando Peeta separa nossos lábios eu estou tão ofegante que não sou capaz de dizer nada. Nós ficamos abraçados, grudados um no outro, presos na nossa bolha. Meus dedos enterrados nos seus cabelos e ele enterra o rosto na curvatura do meu pescoço, seus lábios quentes e umedecidos tocam minha pele suada e eu fecho os olhos para apreciar totalmente sua presença.

Parece tão surreal que se meu coração não estivesse batendo tão forte, e se eu não tivesse apenas pesadelos, eu poderia jurar que é um sonho.

Seguro nos cabelos de Peeta e o puxo para encontrar seu rosto. Seus lábios estão inchados e vermelhos e o seu cabelo é um confusão dourada, mas o que eu realmente busco são seus olhos, preciso da calma plácida que eles me passam, entretanto encontro bolsas roxas que se reúnem debaixo de suas tranquilas orbes azuis. Aquilo me faz franzir o cenho.

— Você tem que dormir.

Estou realmente aborrecida agora, e principalmente culpada, porque se Peeta não dorme eu tenho inteira culpa nisso. Os últimos dias foram duros, completos em pesadelos da minha parte e seus braços sempre estiveram lá para me reconfortar, o de hoje tinha sido apenas o mais sério e real deles, mas não o único.

— Eu estou bem — ele diz fazendo pouco caso. — Você quer me contar o pesadelo? Nunca foi tão sério, não?

Eu sinto a verdade e a preocupação em sua voz e sei que Peeta não vai dormir antes disso. Eu tenho que expor o que me preocupa.

— Eu tenho medo de acordar e não ter você do meu lado — sussurro com a voz rouca do choro. A expressão de Peeta muda, ele parece torturado, incomodado, mas eu preciso falar, porque parece que tira um peso do meu peito, e porque parece que com as minhas palavras o medo vai um pouco embora também. — Eu sonhei que te perdia, que te levavam, que te tiravam de mim. Tenho medo que te levem de novo. Nos meus pesadelos eles sempre te levam.

— Eles não vão me levar — ele responde rápido e firmemente como se aquilo fosse a única e absoluta verdade. — Eu estou com você aqui agora, não estou? E eu não vou te deixar nunca mais.

— Promete! — Minha voz sai num soluço, desesperada, rouca, mas não é como se eu estivesse pedindo por aquilo, eu exijo, eu preciso daquelas palavras dele.

— Eu prometo.

Peeta me puxa para os seus braços e depois de um tempo ele está dizendo:

— Os seus pesadelos se parecem mais com os meus agora, — ele me lembra de quando me disse que seus pesadelos eram sobre me perder. — mas eu queria que você pudesse ter um dos meus sonhos também. Eu consigo tê-los, às vezes, na maioria deles estamos assim, abraçados você e eu, e velhinhos.

Aquilo me faz sorrir contra seu peito, imaginar Peeta e eu mais velhos.

— E eu pareço atraente cheia de rugas?

— Atraente demais para o seu próprio bem — Peeta entra na brincadeira e me faz rir, mas logo o seu rosto adquire um tom mais sério. — O que me preocupa é que eu te chamei, tentei te acordar, mas você não acordava.

Ele está falando sobre o meu pesadelo e eu não sei realmente o que responder, por isso faço a pergunta que se formula na minha mente desde que o vi pela primeira vez de volta no Distrito 12, mas que não tinha coragem suficiente para fazer antes.

— Por que você voltou?

Peeta suspira, olha nos meus olhos e responde:

— Você sabe porque Katniss, eu voltei porque amo você.

Aquilo faz meu coração atropelar uma batida. É a primeira vez em meses que Peeta se declara ou diz algo do tipo para mim, antes ele costumava fazer o tempo todo.

Eu observo seus cabelos loiros crescidos caindo pela testa, assim como a barba rala que está por fazer. Passamos por tanta coisa juntos e Peeta pode estar com a fisionomia mais madura, mas nada consegue afastar a inocência dos seus olhos azuis.

Eu também amo você, a resposta instantânea se forma na minha cabeça, mas não me sinto preparada o suficiente para dizer isso a ele, então me enrolo ao redor de seu corpo como Buttercup faz com a minha perna e deixo a minha respiração tocar o seu pescoço.

Aquela não é realmente a pergunta que quero fazer, apesar da resposta ter me feito bem, então reformulo a frase.

— Como você voltou?

O que quero realmente dizer é: Como Peeta parou de me ver como uma bestante da Capital? Como ele encontrou seu caminho de volta para mim?

Ele parece entender. Levanta as sobrancelhas e então responde calmo:

— As coisas dentro da minha cabeça se tornaram mais claras quando te vi tentando pegar aquela pílula para se matar depois de ter matado Coin. Eu não podia deixar você fazer aquilo, eu não podia perder você duas vezes.

É a primeira vez que falamos sobre isso e eu me sinto tensa, entretanto sei que se não conversarmos sobre isso agora possivelmente não conversaremos nunca mais e Peeta merece saber toda a verdade.

— Todos achavam que eu estava louca, ainda acham.

Eu não tenho mais a pulseira de mentalmente desorientada no meu pulso, mas a falta de uma equipe de filmagem atrás de mim me indica isso. Eles acham que eu estou louca demais para lidar com qualquer pressão, e isso em parte é verdade, e isso em parte me deixa aliviada porque eu não saberia como lidar com a Capital agora.

Peeta ao meu lado suspira.

— Mas eu sei que você não está. Eu sei que você estava perfeitamente sã quando atirou aquela flecha na Coin e eu entendi porque você a matou depois daquela proposta ridícula de reviver os jogos com as crianças da Capital. Eu queria ter feito a mesma coisa que você fez, Coin não era muito diferente do presidente Snow.

— Eu nunca quis votar pela realização de novos jogos, só que se eu dissesse isso Coin não confiaria em mim e eu não teria a oportunidade...

— De livrar Panem de uma nova tirana — Peeta completa. — Você não tem que se justificar para mim. Eu percebi o que você ia fazer assim que você pegou o arco.

Só que Peeta não sabe que aquele não era o único motivo, aquele na verdade foi o menor deles, por mais egoísta que fosse admitir.

— Não foi só por isso que matei Coin. Ela matou a Prim, ela e o Gale mataram a Prim.

Essa é a primeira vez que pareço realmente surpreender Peeta. O seu rosto fica mais branco, ele une as sobrancelhas e franze os lábios, mas não diz ou faz nada para me contradizer, ele só parece tentar entender, como se tivesse perdido uma grande parte de tudo.

— As bombas que mataram Prim foram uma forma que Coin encontrou para adiantar o final da Guerra, para fazer o próprio povo da Capital odiar Snow e elas foram ideia de Gale. Não que ele soubesse que fossem ser usadas em crianças, ou em Prim, mas foi ele que as criou e... — eu me atrapalho com as palavras.

— Você não consegue parar de culpá-lo também — Peeta completa.

Eu aceno, porque eu não queria sentir isso, mas é a verdade.

— Gale nunca faria nada que machucasse a Prim, ele cuidaria delas como cuida da própria família, mas você já sabe disso — Peeta murmura e eu sei que é verdade, mas uma conversa sobre Gale e culpas não é uma coisa que eu queira ter com ele.

— Você não tem que se preocupar com isso. Você tem que dormir. Amanhã quero pães fresquinhos quando eu acordar.

Ele sorri, mas suspira cansado. Posso dizer pelos seus olhos que Peeta está exausto, então eu o puxo para o meu colo, deito a sua cabeça no meu peito e sinto sua respiração contra meu pescoço porque sei que de modo diferente ele não ia voltar a dormir.

— Às suas ordens — Ele sussurra enquanto cai na inconsciência.


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Notas finais do capítulo

Kat doidinha para não perder o Peeta, e quem não estaria né? Preciso de um Peeta Mellark na minha vida!! KKKK
Quero opiniões aqui então deixem meu reviewzinho?? Vou correr para escrever o próximo, promess!!
Beijoss e bom feriado amanhã!