“Nem pensei nisso Harry! O Jack é meu!” pensei quando vi o maldito garoto correr na direção do corredor. Corri atrás dele, mas uma pequena explosão em minha frente me impediu de continuar.

– Para onde você pensa que vai? – Perguntou “o anjinho” atrás de mim

Me virei com a melhor cara de raiva que eu conseguia no momento, o que não foi muito difícil, o difícil foi conseguir manter a cara de raiva olhando para a cara do Cupido. Ele tinha um sorriso confiante no rosto e já tinha mais uma de suas bombas na mão.

– Você vai querer mesmo lutar? – perguntei

– Se isso for fazer você voltar ao normal, sim.

– Então tá, quando perder não reclama.

– Eu não teria certeza disso – disse ele, então jogou a bomba em mim.

Desviei da bomba facilmente, apenas dei um pulo pro lado, coloquei a mão em meu sinto em busca da minha abobora transformada em alguma coisa, e adivinha, nada! Mas que droga! Eu usei a abobora para prender o Jack. Outra bomba explodiu na minha frente, me trazendo de volta para a luta.

– O que foi Jackie? Já vai desistir?

– Há há! Nunca!

Vou ter que me virar com o que eu tenho, fechei meus olhos e respirei fundo, me agachei e deixei meu corpo se transformar, foi um pouco doloroso me transformar tão tragicamente, senti o pelos crescerem pelo meu corpo, os dentes se afiarem e a cauda crescendo. Abri meus olhos e rosnei para o Cupido, sua cara era de surpresa e medo. Afinal não era todo dia que você via alguém se transformar em uma tigresa negra gigante na sua frente.

– Uau – Isso foi a única coisa que ele disse antes deu pular em cima dele

Meu pulo foi perfeito, como foi um elemento surpresa não tinha como ele desvia a tempo, e ele sabia disso, então ele rapidamente puxou uma de suas bombas e tacou na minha cara, e como eu estava no ar não havia como eu desviar, provavelmente foi isso que ele pensou, mas fui rápida o suficiente para me transformar novamente, dessa vez em um gato normal, assim só diminuindo o meu tamanho, fazendo a bomba passar por cima de minha cabeça. Mas infelizmente para mim, eu em vez de pular em cima dele como um tigre, eu pulei em cima dele como um gato. Então ele facilmente me pegou

– Que coisinha fofa – disse ele sorrindo e me colocando em seus braços.

Furiosa com ele me tratar como um gatinho doméstico comum, arranhei seu braço com minhas garras, e pelo instinto ele me jogou pra longe, mas para o seu azar, suas asas estavam no caminho. No estante em que me encostei a sua asa cravei minhas unhas nela para agarrar nela.

– Ai! – disse ele ao me sentir em sua asa.

Aproveitando o lugar em que eu estava, me transformei em humana novamente, e com cada mão agarrei uma de suas asas.

– Jackie! Sai daí! – disse ele dando uma pirueta no ar – Sai! Assim eu não posso voar!

Era verdade, a cada segundo que se passava, mais perto do chão ficávamos.

– Jackie! – Gritou ele um segundo antes de cair com a cara no chão

Com o impacto me segurei mais forte em sua asa e as puxando um pouco, assim causando com urro de dor vindo de Cupido, visto o ponto fraco dele, puxei um pouco mais forte.

– Jackie – dizia ele gemendo de dor – Por favor, pare – Lagrimas escorriam de seus olhos como cachoeiras e um filete de sangue escorria de sua boca pelo fato de cair de cara no chão – Jackie... Para... Por favor... Isso dói muito

“O que eu estava fazendo? Eu estava machucando a única pessoa que já amei que poderia me amar de volta, tudo isso pelo meu pai? Que durante antes escondeu a verdade de mim?” Com esses pensamentos soltei suas asas, e abaixei minhas mãos e cabeça, sentia lagrimas quentes brotarem de meus olhos ”Não! Eu não queria chorar, eu não posso chorar! Eu não gosto de chorar!”. Nesse instante senti uma mão macia segurar o meu queixo e levantar meu rosto, forçando-me a olhar cara a cara com ele. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar de dor e de sua boca ainda saia um pouco de sangue, mas mesmo assim ele sorria carinhosamente para mim.

– Bem vinda de volta Jackie – disse ele alegre

– M-me desculpa – dizia sem conseguir diretamente para os seus olhos, eu não queria chorar, mas mesmo assim algumas lágrimas rebeldes escorriam de minhas bochechas.

– Não precisa se desculpar, eu sempre irei te perdoar, Jackie – disse ele secando minhas lágrimas – Afinal, eu te amo.

Então ele me abraçou, no inicio fiquei sem reação, a um minuto atrás eu estava quase arrancando suas asas, e agora já estávamos nos abraçando, mas logo o abracei também e rapidamente encharquei seu ombro com minhas lágrimas, desfizemos o abraço, e então lembrei onde estávamos, estávamos numa guerra não tínhamos tempo para namorar. Nesse instante um grito agudo invadiu o esconderijo, provavelmente até o Harry e o Jack escutaram.

Olhei para onde o grito viera, quer dizer, todos olharam para onde o grito viera, todos pararam suas lutar por causa do grito, tudo parecia estar em câmera lenta, era a mais nova guardiã gritando. Ela, Charlotte se me lembro bem, estava caída no chão com uma mão no pé, Peter estava em pé a uma curta distancia e em caindo em cima dela estava Patrick com sua adaga apontada para ela, mas no segundo seguinte, tudo mudou, Peter havia se teletransportado entre ela e Patrick, infelizmente não havia mais como Patrick mudar seu curso ou se teletransporta, ele estava muito perto.

–Não! – gritar foi a única coisa que eu consegui fazer antes que a faca perfure Peter.