Money Make Her Smile escrita por Clarawr


Capítulo 50
Russian Roulette


Notas iniciais do capítulo

OI, GENTE!
Voltei. É, eu sei que disse no curious cat que o capítulo não passava da semana passada, e sei também que disse no twitter ontem que postaria assim que voltasse da aula hoje, mas vocês sabem que parece que é só eu FALAR que vou fazer alguma coisa para todos os contratempos do mundo surgirem para me atrasar. Enfim, aos trancos e barrancos, aqui estou com o penúltimo capítulo de Money Make Her Smile.
Esse capítulo é bem tenso e vocês FINALMENTE VÃO ENTENDER O PLANO que eu estou enrolando para revelar pra vcs que nem o João Kleber enrola pra falar o que tem dentro da caixa!!!!! Mas olha, eu posso ser até a maior vacilona da história do Nyah, mas se eu falo, eu cumpro: pode demorar, mas eu vou cumprir!!!!!!!!! Eu não curti muito escrever o capítulo porque como é uma cena só e bem tensa foi mais difícil tentar deixar a coisa real, mas conto com o poder de imaginação de vocês pra deixar a coisa melhorzinha.
Dou um pouco mais de detalhes sobre a reta final dessa fanfic querida nas notas finais. Agora, pra não estender isso aqui demais, só vou dizer que tanto a música do título como a do capítulo ficaram com a Rihanna e o hino Russian Roulette e ESPERO QUE VOCÊS GOSTEM!!!!!
NÃO PULEM AS FINAIS!!!!!!!!



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“Take a breath
Take it deep
'Calm yourself', he says to me
If you play, you play for keeps
Take the gun and count to three
I’m sweating now
Moving slow
No time to think, my turn to go

And you can see my heart beating
You can see it through my chest
Said I'm terrified but I'm not leaving
I know that I must pass this test
So, just pull the trigger”

 

Foi como se Finnick tivesse acabado de girar o tambor do revólver e estivesse prestes a aponta-lo em sua própria cabeça sem saber onde a única bala estava localizada. O dedo estava no gatilho e faltava muito pouco para ele ser obrigado a disparar contando apenas com a sorte da única bala não estar na câmara engatilhada.

— Eu quis te ligar pessoalmente, Finnick, porque eu queria que você ouvisse de mim que eu estou disposta a entrar nessa briga. – A voz de Mags soou através do celular que ele apertava confusamente contra a orelha. Eram nove e meia da noite da terça feira que antecedia a véspera da festa de lançamento da nova coleção da Cherry e Finnick havia acabado de receber uma ligação de um número desconhecido, que se revelou como Mags assim que ele atendeu. – E se esse plano da Annie não der certo na quinta, nós vamos brigar mesmo assim. Eu não quero essa traíra trabalhando comigo e não quero ela saia impune depois de se mostrar disposta a destruir tudo que eu demorei a minha vida toda para construir.

A pulsação de Finnick se acelerou e ele ficou calado por alguns segundos, os pensamentos atravessando sua cabeça em uma velocidade tão insana que ele não era capaz de escolher uma linha de raciocínio para encadear alguma resposta.

A primeira percepção que ele foi capaz de distinguir com clareza foi a de que agora ele teria que ir adiante com aquilo tudo. Foi esse o acordo com Annie. Se Mags topasse, ele faria sua parte no plano. E, por mais que ele enxergasse potencial na ideia de Annie, não havia como negar que uma parte dele ficaria aliviada se Mags colocasse empecilhos para que ela se concretizasse, porque ele estava com medo. Sim, muito medo. Afinal, ele só tinha uma chance, e parecia haver muito a perder se ele fracassasse.

Mas, além de pensar na enormidade de tudo que estava em jogo, ele também pensou no quanto todas aquelas pessoas estavam dispostas a arriscar por acreditar que aquele era o certo a se fazer. Não tinha a ver só com ele, tinha a ver com escolher um lado e lutar contra alguém que estava acostumado a passar por cima de quem fosse para ter seus interesses satisfeitos. Mas, dessa vez, Coin tinha escolhido destruir a vida de pessoas malucas o bastante para irem com força total contra ela mesmo que as chances não estivessem nem um pouco a seu favor.

— Ér... – Ele gaguejou no telefone. – Obrigado, Mags. Obrigado por se importar.

— E por acaso tinha como escolher fazer qualquer coisa diferente? – A voz espalhafatosa da perua trazia certo tom de divertimento e desafio, e Finnick teve a impressão que, apesar de todo o risco, ela estava adorando se envolver naquela loucura. Ele mal sabia que Mags tinha uma queda por escândalos marcantes, ainda mais quando tinha participação direta na armação.

— Eu não sei. – Finnick respondeu. – Não sabia como você reagiria. Por isso pedi para a Annie te contar o plano antes de fazermos qualquer coisa; porque tem muito em jogo.

— Eu sei que tem, mas não posso escolher fingir que não tem nada acontecendo por medo. – Ela afirmou. – Isso ia poupar a Cherry por mais um tempo, mas até quando? Até a Coin decidir que me esmagar valeria mais a pena? A qualquer momento ela pode me dar uma rasteira, e eu não sou mulher de ficar esperando ser apunhalada pelas costas.

Finnick suspirou e assentiu, mesmo sabendo que Mags não poderia ver o gesto.

— E é mais do que isso, Finnick. – Ela continuou, a voz mais suave agora. – É por você também.

— Mags... – Finnick começou, mas logo foi interrompido.

— Não. É por você. Você sacrificou muito para proteger a Annie e a Cherry, e isso significa me proteger também. Está na hora de retribuir. Você não vai mais precisar abrir mão de nada por nós. – A frase soou como uma promessa, e, de uma forma estranha, Finnick sabia que era verdade. Porque a partir do momento que ele colocasse aquele plano em curso, nada mais seria como antes e ele poderia se libertar das amarras mesmo que o primeiro ataque não desse certo.

Se o plano para a festa não fosse bem sucedido, ou Coin começaria sua vingança e aí ele realmente não teria mais nenhum motivo para continuar sob suas ordens porque ela não teria mais com o que chantageá-lo; ou eles seriam mais rápidos abrindo o processo contra ela. Eles estavam prestes a fazer Alma Coin passar por maus bocados, e, de uma forma ou de outra, isso significava que ele estaria livre em breve. A única coisa que não aconteceria de jeito nenhum é todos voltarem à estaca zero. Sempre que pensava no quão decisivo aquele plano era, Finnick ficava ainda mais apreensivo.

— Obrigado, Mags. – A gratidão ferveu por toda a sua voz ao longo da pequena frase. – Prometo que vou fazer isso dar certo.

— Eu espero mesmo. – Ela disse, e de repente a animação diante do grande escândalo que estava por vir se fez presente em sua voz mais uma vez. – Estou louca para ver essa cena na quinta.

Finnick riu da aparente empolgação distorcida de Mags. Pelo menos alguém estava animado com toda aquela loucura, enquanto tudo que ele queria era ser jogado dentro de uma cova e ser enterrado vivo para não ter que passar por tudo aquilo.

Os dois se despediram e Mags prometeu pedir a Annie que ligasse para Finnick de modo que eles pudessem acertar os últimos detalhes para colocar o plano em ação. Ele desligou o telefone e ficou encarando a tela por alguns instantes, aproveitando o silêncio acolhedor no qual estava mergulhado agora que a ligação terminara para tentar fazer a ficha cair. Ele tinha um grande plano de guerra para começar, e a ideia ainda apertava a boca de seu estômago com a tensão que lhe proporcionava.

Ele atirou as pernas para fora da cama e caminhou até a porta do quarto rapidamente, abrindo-a logo em seguida. Andou em poucos segundos a distância até a sala e assim que pisou no cômodo deu de cara com Katniss sentada no sofá mexendo no celular. Estalos se faziam ouvir da cozinha e a fumaça da fritura do bife que Peeta passava na cozinha invadia o limite entre a cozinha e a sala. A morena ergueu os olhos assim que Finnick entrou e ele nem lhe deu tempo de estranhar a aparição repentina.

— A Mags fechou com a gente! – Ele anunciou alto o bastante para que Peeta pudesse ouvi-lo da cozinha.

— Quê? – Katniss perguntou, incrédula.

— Quê?! – Peeta gritou da cozinha, mas obviamente não pelo mesmo motivo da namorada; enquanto Katniss exclamou por incredulidade, Peeta só não havia escutado as palavras de Finnick mesmo.

— Eu não acredito! – Katniss exclamou, um sorriso empolgado esticando os lábios que tinham se aberto em um “o” com a surpresa inicial da notícia.

— O que você disse?! – Peeta gritou da cozinha, mas Finnick não foi capaz de responder porque Katniss havia se levantado e o engolido em um abraço empolgado.

— Ei. – Ela interrompeu o abraço, olhando nos olhos verdes do amigo. – Por que você não está feliz? – Ela perguntou, diante do fraco entusiasmo com o qual ele retribuíra seu abraço. - Isso não é uma coisa boa?

Finnick suspirou ao mesmo tempo que Peeta chegava na sala.

— Porra, eu estou fritando bife, como é que você quer que eu te escute? – Ele reclamou, mas só então percebeu o clima um tanto contraditório entre a namorada e o amigo. – O que houve?

— A Mags acabou de me ligar para dizer que eu estou devidamente autorizado por ela a colocar o plano em prática. – Finnick explicou novamente, e o olhar de Peeta imediatamente se iluminou com a notícia.

— Não imaginei que ela fosse aceitar. – Ele respondeu, um sorriso tão aberto quanto o de Katniss há poucos segundos estampado em seu rosto.

— Eu sabia que ela ia topar. – Katniss deu de ombros. – Ela é muito corajosa, além de amar um barraco, quanto mais um que ela possa participar. Essa é a combinação perfeita.

— Por isso eu adoro gente rica. – Peeta comentou. – E daí se a outra pode destruir todo o patrimônio dela? Ela pode construir tudo de novo. Mas qual a oportunidade de outro barraco como esse?

— Não é só por isso. – Katniss interveio em defesa de Mags. – Eu tenho certeza que ela fez isso pela Annie também, e porque deve ter ficado tão furiosa de saber que a Coin estava armando tudo isso pelas costas dela que tudo que ela quer agora é desmascará-la em grande estilo.

— E é isso que nós vamos fazer. – Peeta emendou, olhando para Finnick, que ainda parecia apreensivo demais para alguém que estava prestes a dar a volta por cima. – Então por que essa cara?

Finnick passou os dedos pelos cabelos, sentindo as pontas cutucarem sua testa. Com certeza estava mais comprido do que ele gostava, mas ele foi obrigado a deixar crescer porque, segundo Coin, ficava melhor nas fotos.

Ele encarou os amigos, que pareceram ficar genuinamente felizes porque o último empecilho para as coisas fluírem finalmente havia sido retirado. Lembrou-se das palavras de Mags: “Você sacrificou muito para proteger a Annie e a Cherry, e isso significa me proteger também. Está na hora de retribuir” e das de Annie: “eu só não posso ficar de braços cruzados enquanto ela destrói a sua vida e você aceita porque quer me proteger”, rememorando também seu esforço para convencê-lo que todo o risco que eles correriam era muito pequeno perto de tudo que destruir Coin significaria. E então ele percebeu que lutar por algo significa, no fim das contas, ter que fazer escolhas e abrir mão de certas coisas. Quando você entra em uma briga como a que eles estavam prestes a entrar, não dá para esperar sair totalmente ileso, mas saber disso não é o bastante. É preciso, acima de tudo, ter convicção de que o lado que você defende vale todas as perdas. E se a dona de tudo aquilo que mais estava em risco havia acabado de ligar-lhe para dizer que estava ao seu lado, ele não via absolutamente nenhum motivo para dar para trás e não fazer jus a todo o sacrifício.

Ele tinha que provar que era digno de ser o cara pelo qual Mags e Annie se dispuseram a prejudicar todo o seu patrimônio e levar aquela causa adiante. Porque, como Mags bem dissera, não se tratava apenas dele. Tratava-se de destruir alguém que não tinha poupado esforços para destruir sua vida e a de quem ele mais amava.

Ele abriu um meio sorriso enquanto a reflexão tomava lugar dentro dele, convencendo-o de uma vez por todas que aquele era o certo a se fazer. Chega de sentir culpa ou sentir que não vale o risco do fracasso. Estavam apostando alto demais nele para ele se permitir agir como um covarde agora.

— Nada. – Finnick finalmente respondeu. – Só estou ansioso para amanhã.

— Acho bom você fazer tudo direito, hein? – Peeta disse, acertando vários tapas nas costas do amigo. - Destruir aquela louca agora só depende de você.

Finnick sabia. E sabia também que faltava pouco mais de 48 horas para Alma Coin desejar ardentemente jamais tê-lo conhecido.

Porque ele seria o responsável por sua ruína.

~~

Finnick já havia se acostumado a andar pelas ruas sentindo-se completamente anestesiado por dentro. Sua vida andava de um jeito que quase sempre lhe acontecia algo dramático o bastante para que a sensação de estar fora do seu corpo se repetisse constantemente, e as ruas do Rio de Janeiro já se habituaram a presenciá-lo cambaleando por aí com o olhar perdido e angustiado.

Dessa vez, no entanto, a sensação não era bem essa. Apesar de ele sentir-se surpreendentemente desconectado da realidade, não era bem uma anestesia que adormecia seu corpo na tentativa de fugir do excesso de tensão, era, na verdade, uma tranquilidade que irradiava de seu espírito a ponto de fazê-lo sentir-se leve. Desde que colocara na cabeça que não podia fraquejar e se livrara do medo do fracasso e de tudo que ele poderia ocasionar, Finnick passou a se sentir confiante. Nada seria como antes, e só isso já estava bom. Saber que ele estava lutando ao invés de aceitar passivamente as ordens de Coin já lhe fazia um bem enorme, ainda mais quando ele se lembrava de quanta gente estava torcendo por ele.

Finnick chegou à casa de Coin cinco minutos atrasado para o horário que ela marcara. Ela convocara uma reunião especial para que conferissem juntos os ganhos que a presença de Finnick no evento em São Paulo havia rendido e também analisassem as propostas das marcas que gostaram de tê-lo como rosto para suas criações.

É claro que Finnick não comentou que aquele encontro era perfeito para colocar seu plano em ação. A única coisa que ele fez foi agradecer mentalmente a todas as suas estrelas da sorte, que precisariam brilhar em dobro agora que ele estava prestes a executar a manobra mais arriscada de sua vida.

Ele chegou à porta do apartamento e respirou fundo algumas vezes, tentando se concentrar. Ele havia avisado a todos os amigos que estava a caminho da missão, e alertara a cada um deles incontáveis vezes que não ligassem para conferir como as coisas estavam correndo. Assim que pudesse, ele ligaria para dar notícias. Ele conferiu o equipamento, que consistia em deixar o gravador de seu celular a postos e em uma diminuta câmera de espionagem que ele testou algumas vezes antes de sair de casa, porque uma coisa daquelas parecia demais com equipamento de filme policial para funcionar na vida real. Mas, depois dos testes, ele viu que funcionava mesmo, então decidiu confiar que de vez em quando dá pra reproduzir os filmes de ação em circunstâncias da realidade. Depois se checar todas as ferramentas, Finnick respirou fundo mais duas vezes e tocou a campainha.

— Você está atrasado. – Ela comentou, quando abriu a porta de seu apartamento para o loiro.

— Ninguém mandou morar no lugar com o pior trânsito da cidade. – Ele respondeu, ríspido, tentando não mudar demais a atitude costumeiramente arisca que ele reservava ao tratamento com Coin para não levantar suspeitas. – Nem em um condomínio tão enorme que uma pessoa leva cinco minutos caminhando pelos corredores até conseguir entrar no prédio.

— Que pena que você não gosta da Barra. – Ela comentou, referindo-se à Barra da Tijuca, bairro chique da Zona Oeste conhecido por seus congestionamentos e seus moradores endinheirados e arrogantes, onde o apartamento de Coin ficava localizado. – Estava pensando que você poderia comprar algum apartamento por aqui em breve.

— Com que dinheiro? – Ele perguntou, atravessando a porta que ela mantinha aberta e adentrando a sala insanamente enorme do apartamento. Coin fechou a porta logo assim que Finnick entrou e indicou o corredor, que ele sabia que levava ao escritório da estilista. Ele já havia estado lá mais vezes do que gostaria, então conhecia o caminho.

— Com o dinheiro que você vai acumular se aceitar metade das propostas que as marcas de São Paulo te fizeram. – Ela disse, e, mesmo de costas para Coin, Finnick foi capaz de sentir o sorriso em sua voz. – Entra. – Ela disse quando Finnick parou hesitante de frente para a porta aberta do cômodo. – Quero te mostrar todos os convites que te fizeram depois do evento.

Ele entrou no escritório decorado com cores elegantes. As paredes eram de um laranja suave, porém vivo, e os móveis eram todos em tons de verde e azul escuro, contrastando de maneira harmônica com a cor nas paredes. A mesa principal colocada bem à direita de quem entra no cômodo estava abarrotada de papeis e folhetos de marcas que Finnick reconheceu ter trabalhado ao longo dos quatro dias em São Paulo.

— Você recebeu onze propostas no total. – Ela começou, e Finnick arregalou os olhos. – A Mr. Lizzard te quer em todas as campanhas da próxima coleção, três propostas são de lá. Tem duas da Mocassin, uma prum editorial e outra pra campanha na TV. Tem mais duas da Black Tie, as duas para editorial e outra da Volcano para...

— Peraí. – Finnick a interrompeu antes que ela pudesse citar mais marcas. Finnick fez uma pausa. – Um minuto. – Ele pediu. – Posso beber um copo d’água antes da gente começar a falar sobre isso?

Coin piscou algumas vezes.

— Claro. – Ela respondeu, um sorriso envergonhado cruzando seu rosto. – Desculpe, eu fiquei tão entusiasmada para te contar todas as propostas que até esqueci dos bons modos.

— Tudo bem. – Finnick respondeu sem sorrir. – Eu vou buscar.

— Nada disso. – Coin negou, sacudindo a cabeça. – Eu faço questão de pegar para você, já fui mal educada demais de não te oferecer nada quando você chegou.

— Coin, deixa disso. – Finnick insistiu, tentando conter um sorriso que ameaçava irromper por seus lábios. Era exatamente daquilo que ele precisava.

— Eu vou, Finnick. – Ela disse, já se encaminhando para a porta de modo a encerrar a discussão.

— Tudo bem, então. – Ele concordou. – Obrigado.

Coin saiu, encostando a porta, e Finnick esperou alguns poucos segundos para se certificar de que ela de fato tinha ido à cozinha e não pretendia voltar para perguntar-lhe algo tipo se ele preferia água gelada ou em temperatura ambiente. Como Coin não surgiu na porta nesses segundos, Finnick decidiu que não podia mais perder tempo.

Ele andou a passos rápidos pelo escritório, pensando onde seria o melhor lugar para prender a pequena câmera. Precisava ser um lugar onde ele tivesse fácil acesso para recuperá-la depois sem que Coin desconfiasse, mas também não podia ser nenhum local aparente demais. Finnick não queria brincar com os olhos de gavião de Coin, porque sabia exatamente o quanto eles eram treinados para reparar nos detalhes.

Olhou em volta avidamente, sabendo que seu tempo estava se esgotando. Ele parecia ser capaz de ouvir cada passo de Coin pela enorme casa, e a cada segundo que passava ele sabia que ela estava mais perto. A única vantagem é que a casa era enorme o bastante para que ela levasse um tempinho considerável até alcançar o escritório novamente.

Finnick olhou para a janela em uma inspiração súbita, reparando nas longas cortinas beges que pendiam da janela do cômodo, que dava diretamente para a praia da Barra. Uma das mais lindas do Rio, com toda aquela água que parecia ter um tom de azul diferente dos outros mares da cidade, a areia branquinha e os quiosques de suco natural para os ricos e lindos frequentadores da orla. A câmera possuía um pequeno gancho próprio para prendê-la em algum lugar discreto, e a cortina, apesar de provavelmente só conseguir fornecer imagens de Coin de costas, parecia ser a melhor opção. Se ele a prendesse baixo o bastante, Coin nem repararia no pequeno dispositivo preto contrastando contra o tecido bege.

Ele correu até a janela e reparou que a cortina era presa mais ou menos na metade de seu comprimento por uma delicada fita de renda em um tom mais escuro de marrom, quebrando o visual da cortina reta até o chão. A fita segurava a cortina de modo que a metade de cima ficava larga e cobria bem a claridade, mas a de baixo ficava mais fina, permitindo a passagem de luz.

Foi inesperadamente fácil colocar a câmera na fitinha rendada; o gancho foi bastante eficiente em segurar-se ao tecido apesar das mãos trêmulas de Finnick, que o fizeram perder alguns poucos segundos na operação. Finnick movimentou a cortina algumas vezes para verificar se a câmera estava firmemente agarrada à cortina e, ao notar que o dispositivo mal se balançou, soltou um suspiro aliviado e agradeceu às suas estrelas da sorte mais uma vez. Por fim, tirou o celular do bolso e acionou o gravador, devolvendo-o de volta ao bolso tomando o cuidado de deixar o microfone virado para fora, para que ele fosse capaz de captar a conversa que se seguiria com a maior clareza possível.

Ele mal foi capaz de acreditar que tinha terminado tudo antes de Coin voltar; aqueles poucos segundos pareciam ter durado uma eternidade tão grande, tão suficiente para Coin ir e voltar, que ele se perguntou se não havia mesmo alguém lá em cima cuidando para que as coisas dessem certo para ele. Havia tantas chances para ele ser pego só naquela pequena parte do plano que ele pensou que de fato precisaria de muita ajuda dos planos espirituais para que as coisas saíssem nos conformes nas outras fases também.

Finnick parou distraidamente atrás da mesa maior, que abrigava todos os papéis das marcas desesperadas por seu rosto. Passou os olhos pelos folhetos e resgatou um, o da Mr. Lizzard, marca para a qual tinha feito seu primeiro ensaio fotográfico. Havia uma foto dele no evento de São Paulo, com uma calça bege e uma blusa de gola alta listrada que ele jamais usaria em sua vida cotidiana. Seus dedos agarraram a foto, que tinha sido cuidadosamente revelada e enviada para Coin provavelmente como uma maneira de parabeniza-la pelo incrível rosto pelo qual ela era responsável. Finnick virou o papel, e no verso da foto carimbado com a discreta marca d’água da Mr. Lizzard - que consistia no nome da loja entremeado por pequenos lagartos com expressões simpáticas demais para qualquer animal que não fosse um ser humano - havia um bilhete escrito em algo que parecia uma forte tinta preta de caneta pillot.

“A melhor que sempre traz os melhores. Só você para aparecer com esse anjo de olhos verdes na minha vida. Obrigada por ser a única em quem eu posso confiar para trazer as carinhas da minha marca. Muito amor e gratidão.”

A letra, já floreada, ganhava contornos de desenho na assinatura logo abaixo do recadinho. Wiress Stratford, nome que Finnick conhecera ao longo de sua estadia no evento como da dona da Mr. Lizzard. Porque é lógico que Coin fez questão de apresenta-lo pessoalmente a cada um dos donos das marcas que ela considerava mais promissoras para sua carreira. E é lógico que Wiress ficou encantada por ele. Assim como todos os outros.

— Ela fez questão de me mandar essa foto. – Coin disse, encostada na porta do escritório segurando o copo cheio d’água que havia ido buscar. – E de me agradecer pessoalmente por ter levado você pra marca dela.

— Hm. – Finnick respondeu, pousando a foto de novo na mesa. Coin caminhou até ele e entregou-lhe o copo. – Obrigado. – Ele disse, bebendo a água na tentativa de se acalmar agora que sabia que a câmera estava ligada e registrando cada instante do encontro dos dois.

— Podemos falar dos negócios? – Ela perguntou, animada, depois de esperar pacientemente Finnick esvaziar o copo e pousá-lo sob a mesa.

— Podemos. – Ele assentiu. – Eu tinha mesmo uma coisa para te falar.

Coin arregalou as sobrancelhas, surpresa. Ela não estava acostumada com nenhuma inciativa por parte de Finnick nas conversas que tinham sobre trabalho.

— Pode falar, então. – Disse Coin, as pálpebras se estreitando quase imperceptivelmente nos cantos. - Ou quer ouvir as propostas primeiro?

— Não precisa se dar ao trabalho. – Finnick disse, sentindo seu coração se acelerar. Ali começava a segunda parte do plano. – Eu estou parando por aqui, Coin. Chega. Estou fora.

Coin ergueu suavemente as sobrancelhas e inclinou a cabeça para o lado, parecendo confusa.

— Do que você está falando exatamente? – Ela indagou, muito embora a tranquilidade forçada nos olhos pálidos demonstrasse que ela sabia exatamente a que ele se referia.

— Da carreira de modelo. – Finnick explicou. – Eu não quero mais.

Coin revirou os olhos e soltou um suspiro irritado.

— De novo não, Finncik. – Ela pendeu a cabeça para baixo e os cabelos lisos caíram em seu rosto, fazendo com que ela passasse a mão nos fios para impedi-los de cobrir os olhos. – Eu não quero ter essa conversa com você de novo. Você sabe exatamente tudo que está em jogo e porque você está aqui, e eu não estou com paciência para repetir tudo o que você já sabe para te convencer que você não tem outra opção a não ser estar aqui.

— Eu tenho outra opção, sim, e é não estar aqui. – Finnick disse, seu coração se acelerando a medida que ele percebia que Coin estava falando justamente o que a câmera e o gravador precisavam registrar. – Você não precisa repetir o que vai acontecer se eu sair por aquela porta sem aceitar esses trabalhos – Ele mexeu aleatoriamente nos papeis da mesa. – se não quiser. Eu sei que tudo vai voltar para a Cherry e não duvido nem por um segundo que você tem poder para fazer tudo que vem me ameaçando há meses. – Ele pressionou, tentando obriga-la a dizer algo comprometedor. - Mas eu não aguento mais. Eu fui até onde pude, mas você sabe que ser modelo não tem nada a ver comigo e eu não vou poder sustentar a Cherry nas costas para sempre.

— Você poderia, se quisesse. A Cherry ia ficar perfeitamente bem se você cumprisse a sua parte no nosso trato. – Finnick sentiu uma onda de ansiedade sacudi-lo de cima abaixo, e ele comemorou silenciosamente. Bingo!— Eu só queria entender a mudança repentina, porque achei que estivesse disposto a fazer tudo ao seu alcance para proteger a Annie. O que houve? Deixou de amá-la? Ou acha que perder a principal fonte de todo aquele dinheiro que ela ama gastar vai ser bom para ela aprender a ser mais humilde? – BINGO! Estava sendo tão fácil que Finnick se perguntou porque aquela ideia nunca lhe passara pela cabeça antes.

— É justamente esse o ponto, Coin. – Finnick começou. – Eu nunca vou deixar de amá-la e é esse o problema. Enquanto eu amá-la, você vai ter o que usar para me chantagear. E eu decidi me libertar disso.

— Mesmo que isso signifique que ela e a tia vão perder tudo que vem trabalhando há anos e a culpa vai ser inteiramente sua? – Coin perguntou, as sobrancelhas erguidas e um brilho sincero de confusão em seu olhar.

— Não vai ser minha. – Finnick deu de ombros, um sorriso sereno nos lábios. Ele tinha mais material do que jamais sonhara, então podia simplesmente continuar a conversa só para se divertir enquanto assistia Coin se entregar completamente sem nem desconfiar que aquela conversa seria sua ruína. – Vai ser sua. É você quem vai sujar as mãos para afundar a Cherry. Sabe-se lá quem você vai manipular e o que você vai armar, mas quem vai fazer isso é você.

— Porque você não está me deixando nenhuma alternativa. – Ela disse, mas a frase mais pareceu um suspiro. Ela apoiou as mãos nas bordas da mesa, encarando os papeis com o olhar frustrado. – Você sabe do que eu sou capaz, Finnick, e escolheu um péssimo momento para fazer isso. A festa da Cherry é amanhã, e eu posso fazer muito estrago em 24 horas.

E ela se entregava cada vez mais.

Ai, que delícia!

— Disso eu duvido um pouco. – Finnick disse, tentando conter um sorriso. – Mas sei que se não for na festa, vai ser depois. E tudo bem. Eu vou conversar com a Annie e ela vai entender que eu fui até onde consegui para protegê-la.

Coin soltou uma gargalhada incomum para sua personalidade que oscilava entre a carranca e os sorrisos presunçosos.

— Ela não vai entender. Eu conheci inúmeras garotas como ela, e nada é mais importante para essas meninas do que ter todo o dinheiro que elas quiserem disponível para gastar nas futilidades que elas adoram. Pode ter certeza que ela não vai mais ter todo esse dinheiro na conta depois que eu fizer tudo que pretendo. E ela não vai te perdoar nunca por isso.

— Eu a conheço o bastante para saber que ela vai preferir que eu conte tudo a ela a que eu continue participando do seu jogo. – Ele disse, lembrando-se da conversa que teve com Annie há poucos dias. Quando a conhecera, ela foi capaz de terminar porque ele não teria grana o bastante para manter seu estilo de vida. Agora, ela estava disposta a arriscar todo o patrimônio de sua família em troca de sua liberdade.

Se isso não é amor, eu sinceramente não sei mais o que pode ser.

— Pois eu aposto que quando a conta da família Cresta quebrar completamente, ela vai preferir mil vezes que você jamais tivesse voltado para ela se isso significasse mantê-la rica.

— Eu vou correr o risco. – Ele insistiu, olhando fundo nos olhos de Coin, que retribuiu o olhar com toda a intensidade que ela era capaz quando queria intimidar os que batiam de frente com ela.

O silêncio reinou por alguns instantes, e Finnick percebeu que aquela conversa tinha acabado. Ele precisava recuperar a câmera antes de ir embora, mas sabia que não teria como tirar Coin do escritório novamente para poder fazer isso com tranquilidade. As coisas estavam correndo maravilhosamente bem, mas ele não queria dar um passo em falso e estragar tudo justo agora.

Eles estavam bem próximos, ambos atrás da mesa que ficava a poucos passos da janela de onde pendia a cortina. Ela ainda o encarava com aqueles olhos que podiam ser incrivelmente hostis apesar de sua palidez. Ele precisaria desviar sua atenção e se esgueirar até a janela para mexer na cortina sem que Coin desconfiasse de nada. Era a última parte do esquema e ele simplesmente se recusava a colocar tudo a perder depois de tudo isso.

— Eram muitas propostas. – Ele disse, abaixando o olhar para os papeis na mesa, tentando forçar Coin a fazer o mesmo. Mas ela continuou a encará-lo com tanta ferocidade que ele começou a se perguntar se ela desconfiara de alguma coisa.

— Ainda são. Dá tempo de mudar de ideia.

Finnick sorriu, irônico. Bom, ele ainda podia se divertir um pouco às custas dela, não podia? Ele bem merecia.

— Acho que, no fim das contas, você precisa mais de mim do que eu de você.

Coin soltou uma risada seca.

— Imagina só explicar para todos esses caras que o seu melhor modelo simplesmente meteu o pé. – Ele passou os dedos pelos papéis, a ironia ainda esticando seus lábios num sorriso extremamente atraente.

— Imagina só explicar para a mulher que você ama que você é culpado pela sarjeta da família dela. – Coin rebateu, no mesmo tom.

— Se eu não fosse tão importante, você não se arriscaria tanto para me manter no seu jogo. – Finnick aproveitou para colocar tudo que estava engasgado para fora, tomando cuidado para não deixar escapar nada que prejudicasse o plano.

— Eu não estou arriscando nada. – Ela disse, sorrindo tão debochadamente quanto Finnick. – Ou você realmente acha que eu vou deixar pistas?

— Imagino que não. Não deve ser a primeira vez que você faz isso. – Finnick deu de ombros. – Não me interessa. – Coin continuava a olhá-lo insistentemente. Como ele ia desviar a atenção dessa louca para poder caminhar até a maldita cortina? – Pode ligar para todos eles e manda-los escolher outra pessoa. – Ele apontou novamente para os papéis, tentando fazê-la voltar o olhar para baixo. Ele virou a foto com o recado de Wiress novamente, colocando-a bem no centro da mesa com o verso virado para fora. Finalmente, Coin interrompeu o olhar mortal sobre Finnick e fitou o papel com as letras pretas, mas logo ergueu novamente a cabeça e voltou a observá-lo.

— Eu admiro bastante esse seu sonho romântico, sabe? – Ela disse, dando a volta em Finnick e andando pelo escritório com as mãos para trás. Ele aproveitou para se aproximar da cortina, posicionando-se estrategicamente para poder retirar a câmera na primeira oportunidade que tivesse. Colocou-se de frente para a paisagem, fingindo analisar com cuidado a praia deslumbrante do lado de fora. Coin deu a volta no cômodo até se colocar bem a seu lado esquerdo, olhando distraída pela janela também.

É agora. Ele pensou, esticando a mão direita casualmente para segurar na cortina enquanto estudava para qual lado Coin se viraria para continuar seu discurso de ameaças.

— Você tinha muito potencial. Muito mesmo, e estava fazendo dinheiro com os trabalhos. - Ela continuou, enquanto Finnick tateava o tecido até sentir a textura dura e lisa da pequena câmera. Os olhos de Coin continuavam fixos no mar que se estendia num azul infinito de uma ponta a outra do horizonte. Ele encaixou os dedos no gancho da câmera e a retirou discretamente do tecido, demorando um pouco mais do que gostaria porque só podia usar uma das mãos, já que a outra estava perto demais do campo de visão de Coin para ele arriscar mexê-la. Depois do meio segundo mais torturante de sua vida, ele conseguiu soltar o dispositivo e escondê-lo seguramente na palma de sua mão, mas justo nesse momento Coin se virou para olhá-lo de frente mais uma vez. Finnick colocou a mão ligeiramente para trás e fingiu coçar a cintura, aproveitando para colocar a câmera dentro do bolso de trás de sua calça. – Você vai se arrepender.

Você vai se arrepender mais. Ele pensou, um sorriso sincero escancarando seus lábios a medida que percebia que tinha conseguido. Logo tratou de se conter, porque ele precisava fazer o papel do cara que estava desistindo de tudo e sabia que pagaria um preço muito alto por isso.

— Você quer me falar mais alguma coisa? Se não vai, eu vou embora. Eu não vou mudar de ideia. – Era melhor sair logo dali agora que estava tudo acabado, para não dar sorte ao azar.

Coin deu de ombros.

— Então prepare a Annie e a Mags para o que está por vir. – Ela sugeriu, agourenta.

Finnick abriu um sorriso imenso, incapaz de se conter. Coin que interpretasse aquilo como quisesse.

— Vou passar o recado. – Ele respondeu, o tom saturado de uma tranquilidade tão ou mais agourenta do que a ameaça da estilista. – Até nunca mais, Coin. – Ele se despediu, mesmo sabendo que aquilo não era bem verdade, mas era o que ele diria para acabar com aquela conversa se estivesse mesmo chutando o balde sem um bom plano para dar a volta por cima diria. – Não precisa me levar na porta, porque eu não pretendo voltar aqui.

Ele caminhou rapidamente até a porta do escritório, forçando a maçaneta para baixo e pensando em dar o fora dali mais rápido do que um fugitivo da polícia em perseguição. Entretanto, interrompeu as passadas agitadas quando estava a meio caminho de alcançar o corredor, virando-se de volta para o interior do cômodo sem adentrá-lo, disposto a perder um último segundo para uma satisfação pessoal. Era idiota e arriscado, mas a sorte estava tão ao seu favor que ele simplesmente não conseguiu resistir à tendência debochada que costumava aflorar quando ele estava vencendo uma briga.

— Boa festa da Cherry amanhã. – Ele desejou, virando as costas logo em seguida, retomando o ritmo rápido da caminhada, agora sim disposto a sumir daquela casa de uma vez por todas.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA enfim espero que já dê pra ligar os pontos e sacar qual vai ser o desfecho da nossa historinha. Se não, aguarde o próximo (e último!!!!!!) capítulo dessa bagaça aqui para confirmar as suspeitas de vocês.
Enfim, gente, nossa, cada vez que eu posto percebo o quão perto do fim isso aqui está. Mas não quero falar da parte emocional agora, vamos falar da parte técnica, de números!!!!!!! Eu já expliquei que teremos mais um capítulo (que poderá OU NÃO ser dividido em duas partes, dependendo do quanto eu viajar para escrevê-lo) e mais três bônus, um para cada casal. Eu não quero demorar mais que DUAS SEMANAS para postar esse final, incluindo os bônus, que não serão muito grandes e eu pretendo liberar no máximo dois dias depois de ter postado o último capítulo. Vocês sabem muito bem que tudo pode mudar nesse meio de caminho, mas quero que saibam também que eu vou priorizar 100% escrever para MMHS porque eu não quero demorar demais para postar esse final em respeito a vocês e porque não tem muito sentido demorar horrores para amarrar as pontinhas soltas que ficaram por aqui.
Gostaria então de, por meio desta nota, pedir que vocês SUGIRAM O QUE QUEREM VER NO FIM DE MONEY MAKE HER SMILE. O final está planejado, mas não escrito, e, dentro do possível, vou tentar atender aos pedidos de vocês. SUGIRAM TAMBÉM O QUE QUEREM NOS BÔNUS, porque provavelmente neles eu vou poder atender ainda mais às sugestões de vocês, já que eles são livres e eu ainda não tenho ideia de como cada um vai ficar. Não esqueçam que é um bônus para cada casal, então digam o que vcs queriam ver dos nossos fofuchos que ainda não foi falado aqui.
Tem algumas mps que me mandaram e eu ainda não consegui responder, mas quero deixar registrado aqui que assim que der vou ler com calma e responder. Não pensem que eu esqueci de vocês e também não pretendo deixá-los no vácuo. Eu só estou tendo muita coisa para conciliar nesse momento mesmo.
UM BEIJO ESTALADO NA BOCHECHA E UM CAFUNÉ NA NUCA!!!!!
AMO VOCÊS!!!!!!! TÁ ACABANDO!!!!!!!! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA(...)AAAAAAAAAAAAA
Qualquer coisa, sabem onde me encontrar: vai no twitter e joga @ifimoonshine no search ou me mandem perguntinhas aqui: http://curiouscat.me/faithopetrick



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