Money Make Her Smile escrita por Clarawr


Capítulo 26
All I’m really asking for is you


Notas iniciais do capítulo

HIIIIIIIIIII BITCHESSSSS
COM O PERDÃO DE VOCÊS, VOU FALAR UM PALAVRÃO: CARALHOOOOOOOOOO, EU VOLTEI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Quase um (01) mês (!!!!!!!!!!!) depois da postagem do último capítulo, eu voltei! Eu sei que é uma demora escrotíssima, mas, sendo sincera, achei que fosse ser pior pelo simples fato de que daqui a uma semana começa a minha semana de provas, eu não estudei nada e estou com o dobro de matéria atrasada no cursinho. Ou seja, a amiga que vos fala está totalmente atolada na (com o perdão de vcs novamente) MERDA.
Enfim, vamos encurtar esta bagaça porque você não estão aqui para me ouvir reclamar da vida (Isso vcs fazem no twitter, lembra?? Aliás, quem ainda não me segue, marca um dez lá na @ifimoonshine), eu decidi largar tudo de mão e terminar esse capítulo hoje. Na verdade, isso aqui foi começado no dia exato que eu terminei o último capítulo, mas ficou impossível de terminar até hoje. O capítulo ficou menor porque eu tô com menos tempo, mas acho que 2500 palavras ainda são um número razoável.
Esse cap tá servindo mais para fechar o que ficou em aberto no último (acho que vocês se lembram de C E R T A S pessoas perdendo a linha em C E R T A S áreas de serviço) (não falei quais pessoas). A música do tíitulo e do capítulo em si é Mine, da Beyoncé com o Drake. Sim, primeira repetição oficial de música na fic, mas essa tem um motivo além de falta de criatividade para escolher outra. Explico nas finais (pra quem quiser saber) para não dar spoiler.
MANDA BALA!



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“Stop making a big deal out of little things

‘Cause I got big deals and I got little things

I got everything I’m asking for

But you”

– Na area de serviço?! – Johanna mais exclamou do que perguntou no dia seguinte à festa de Katniss enquanto conversava com Annie pelo celular.

– É. – Annie confirmou, envergonhada. Agora ela conseguia ver com clareza o quão impulsivos ela e Finnick haviam sido.

– Da casa da Kat? – Johanna perguntou, somente por efeitos de confirmação, porque a resposta era mais que óbvia.

– Sim. – Annie confirmou novamente, a voz levemente mais baixa devido à vergonha.

– Cara... – Johanna começou. – Se fosse na minha casa, eu ia te descer a porrada.

– Não precisa ser tão radical. – Annie tentou contemporizar. – Tenta entender meu lado, amiga. Não deu para segurar! Eu nem sei direito como a gente começou a se beijar, na verdade eu agradeceria se você não perguntasse muito sobre isso porque nem eu tenho certeza do que aconteceu.

– Nem vem! – Johanna estrilou. – Você não estava bêbada o suficiente pra “não saber o que aconteceu”. Você só perdeu a noção de respeito à casa da sua amiga, mesmo.

– Para! – Annie exclamou. – Você vai fazer com que eu me sinta mais culpada do que eu já estou. – Annie fez uma pausa. – Você não acha que foi até meio romântico? Um casal que ficou separado por tanto tempo e não resistiu mais a ficar longe um do outro?

– E aí explodiram num sexo selvagem na área de serviço da casa da amiga? – Johanna completou, espelhando o tom de Annie, que começou a se sentir aliviada porque sentiu o tom reprobatório na voz da amiga se desfazendo. - É, é uma história atraente se você está num filme. – Ela completou, retomando o tom reprovador e jogando um balde de água fria em Annie, que achou que fosse conseguir algum apoio moral para sentir-se menos culpada após o desatino cometido na casa de Katniss.

– Eu achei que você quisesse me ver de volta com o Finnick. – Annie apelou, usando sua última arma para trazer a amiga novamente para o seu lado.

– Não distorce. É claro que eu quero te ver com o Finnick e uma parte de mim está até feliz que vocês finalmente se acertaram, mas vocês escolheram o pior lugar possível para se entenderem.

– Escolhemos mesmo. – Annie concordou. – Teve uma hora que um cabo de vassoura bateu na minha cabeça. Essa história de transar em lugares muito diferentes da cama não é para mim.

– Que broxante. – Johanna comentou.

– Pois é. Acho que eu fiquei com um galo. – Annie tocou a cabeça no local da batida, sentindo um leve inchaço. – Mas e agora? Como eu vou contar isso para a Katniss? Não tem como eu contar para ela que eu transei com o Finnick e omitir que foi na área de serviço da casa dela.

Johanna ficou em silêncio do outro lado da linha.

– É, acho que não tem muito jeito. Você vai ter que confessar o crime.

Annie fez um ruído engasgado e esfregou o rosto com a mão que não segurava o telefone.

– Será que ela vai ficar muito puta?

– Sei lá. Sinceramente, não sei muito o que esperar da Katniss em relação a isso. O relacionamento dela com o Peeta mudou bastante a visão que ela tem sobre certas coisas, então talvez transar na área de serviço da casa dela não seja assim tão imperdoável.

– Você acha que ela mudou muito por causa do Peeta? – Katniss perguntou, estranhando a observação da amiga.

– Pra melhor, na verdade. Ela ficou mais segura, você não reparou? – Johanna perguntou. – Você sabe que a Kat sempre teve as questões dela com auto estima, mesmo que a gente dissesse a ela que não tinha motivo. Mas parece que o Peeta fez com que ela acreditasse mais no próprio potencial. Não sei, perceber que tem alguém que realmente gosta de você muda sua perspectiva sobre você mesma. – Ela opinou.

Annie ficou em silêncio por alguns segundos. Mesmo que ela não gostasse de Peeta, tinha que admitir que Johanna tinha razão.

– A gente passou uma vida dizendo que ela era linda e ela nunca acreditou, aí aparece um cara falando a mesma coisa e ela leva a sério. – Annie comentou.

– Olha o veneno. – Johanna acusou. – Não é questão de beleza, Annie. Talvez você não entenda como é isso, mas quando você passa muito tempo sozinha, realmente começa a se perguntar se não tem algo errado com você. E a Kat sempre teve esse jeito mais tímido, de não incomodar os outros com o que ela pensa, de guardar os sentimentos. É bom que ela tenha encontrado alguém que fez ela se afirmar mais.

– É, é. – Annie concordou de má vontade, tentando ser imparcial e deixar de lado sua antipatia por Peeta. Ele fazia bem para Katniss, isso era fato, então estava tudo certo. - Olha, eu preciso desligar porque eu vou lá pro Finnick agora. – Um arrepio viajou por sua espinha quando ela colocou a frase em voz alta. – Acho que agora a gente se resolve de vez.

Finnick ficara de mandar uma mensagem para Annie assim que Peeta saísse de casa, para que eles pudessem conversar com mais privacidade.

Finnick ainda não havia contado para Peeta o que acontecera entre ele e Annie, porque sabia que precisaria estar preparado para enfrentar uma discussão quando o fizesse. Ele conseguia prever Peeta xingando-o de diversos nomes e sabia que não conseguiria convencer o amigo de seus argumentos logo na primeira conversa. Não que isso de fato o incomodasse, afinal ele não precisava da aprovação de Peeta para tomar as decisões de sua vida, mas sabia que o amigo só estava preocupado. Sabia também que Peeta podia se exaltar bastante ao defender seu ponto de vista, e ele simplesmente não estava no clima para lidar com um Peeta exaltado naquele momento. Ele precisava definir sua situação com Annie antes de qualquer outra coisa.

– Hm. E as perspectivas são boas? – Johanna perguntou.

– Não faço ideia do que esperar dessa conversa. – Annie confessou. – Não sei, quando a gente estava junto tudo parecia tão certo que eu nem me liguei que a gente estava em uma área de serviço e que um cabo de vassoura bateu na minha cabeça. Eu só conseguia pensar no quanto eu estava feliz de finalmente poder estar com ele de novo. E acho que ele sentiu o mesmo, porque foi muito difícil voltar para a festa depois e agir como se nada tivesse acontecido. Agir como se a gente ainda estivesse desconfortável com a presença um do outro só para ninguém perceber que a gente estava muito mais do que resolvido. – Annie desabafou. - Mas, sinceramente, Jo, depois do que aconteceu ontem, não sei se vou aceitar bem caso ele decida que não quer mais nada comigo. – Ela fez uma pausa. - Dói, sabe? Dói só de pensar. – Ela disse a última frase com um fiapo de voz. – Eu só queria que ele esquecesse tudo e se concentrasse só em ontem, mas não sei se ele vai conseguir deixar tudo que aconteceu antes de lado.

– Acho que ele já deixou, não é? Se não, o que aconteceu ontem não teria acontecido. – Johanna opinou.

– É. Acho que sim. No fim das contas, acho que ele já me perdoou pelo que eu fiz. Eu é que não me perdoei por tê-lo feito sofrer tant... – Ela se interrompeu diante do som de uma mensagem chegando. – Alguém me mandou mensagem. Acho que é ele.

– Vai lá olhar. E boa sorte hoje, tá? Me liga assim que sair de lá.

– Não precisa nem pedir. – Annie respondeu. As duas se despediram e Annie abriu avidamente a mensagem, seus olhos varrendo a tela pelo nome do remetente. Ao ler o nome de Finnick, sentiu uma estranha mistura de alívio com nervosismo, e mesmo feliz sentiu seu coração se acelerar em expectativa.

“Peeta já saiu. Tô te esperando.”

Annie voltou a seu quarto e pegou a bolsa enquanto respondia ao loiro.

“Daqui a pouco eu tô aí.”

~~

As duas últimas vezes que Annie estivera no prédio de Finnick não lhe traziam boas lembranças. Em uma, ela cometera o fatídico erro do qual ela sofria com as consequências até hoje. Na outra, ela viera, sem sucesso, tentar consertar o que fizera. Agora, ela entrava naquela portaria sem ter nenhuma pista do que a esperava, mas sabendo que seria uma visita memorável independente de ser bem sucedida ou não.

Ela entrou no elevador distraída, encarando seu reflexo no espelho. Seus cabelos pareciam levemente mais desgrenhados que o normal e ela parecia cansada por conta da festa do dia anterior e da noite insone que ela tivera pensando no que aconteceria no dia seguinte. Ela entrelaçou os dedos em uma mecha de cabelo, enrolando os fios até a altura do ombro. Ela soltou a mecha e observou o cacho formado, que se desfez rapidamente.

O elevador deu um solavanco e ela percebeu que havia chegado ao andar do apartamento. Ela suspirou e abriu a porta, notando que estava com as mãos frias, em parte por conta do vento na rua, em parte por conta do nervosismo. Annie apertou a campainha, tentando controlar a respiração e se convencer que não tinha motivos para aquele desespero todo. Subitamente, ela se sentiu cansada. Cansada de toda a confusão de sentimentos que Finnick despertava nela, cansada de estar sempre tentando consertar alguma coisa desde que o conhecera. Obviamente, não era culpa dele se ela mais fazia besteira do que era sensata, mas, naquele segundo, ela pensou que se nunca tivesse o conhecido, sua vida estaria muito mais simples. Finnick a tirara de sua zona de conforto e fizera com que ela repensasse todo o seu jeito de ser. Quase como que, com sua presença, Finnick tivesse desconstruído tudo que Annie havia acreditado ser certo durante sua vida inteira.

Ela ouviu o barulho da porta sendo destrancada e Finnick surgiu na sua frente. E seu estômago se afundou inteiro num pequeno vulcão, a lava quente e penetrante vazando para seu peito e aquecendo-a de dentro para fora. Ele sorriu discretamente e ela entendeu o porquê de tudo aquilo.

Ele valia a pena.

– Entra. – Ele acenou com a cabeça para dentro de casa e ela caminhou cuidadosamente, atravessando a soleira da porta e seguindo pelo corredor. – Você quer alguma coisa?

– Não, obrigada. – Ela negou com a cabeça.

– Senta aí. – Ele disse, apontando para o sofá.

Tantas formalidades. Nem parecia que os dois estavam se agarrando dentro de uma área de serviço há menos de 24 horas.

Ela jogou a bolsa no canto do sofá e ele sentou no chão, de frente pra ela.

Annie esperou que ele começasse, afinal, ela já havia dito tudo que precisava dizer. Finnick sabia perfeitamente como Annie se sentia em relação a tudo aquilo. Na verdade, aquele encontro só estava acontecendo para que ele pudesse dar sua palavra final.

– Eu pensei em mil maneiras de começar essa conversa, mas nenhuma delas fazia muito sentido...? – Ele começou, a voz se elevando numa interrogação no final da sentença. Annie assentiu com uma risadinha. É, nada parecia fazer sentido dentro do contexto que os dois estavam inseridos, mesmo.

– A gente vacilou ontem. – Ele disse.

– Vacilou? – Ela perguntou. Com certeza não era isso que Annie estava esperando ouvir.

– A gente podia ter escolhido outro lugar. – Ele disse, tentando conter um sorriso malicioso que fez Annie ter vontade de se atirar em cima dele mais uma vez. – Quem esperou tanto tempo pra se acertar podia ter esperado mais um pouco até arranjar um quarto.

– Todo mundo dizendo a mesma coisa. – Annie comentou, entre dentes.

– Todo mundo? – Finnick perguntou, erguendo uma sobrancelha.

Annie mordeu o lábio, o arrependimento fazendo efeito lentamente. Ótimo. Agora Finnick já sabia que ela tinha saído correndo para fofocar sobre eles dois para todas as amigas, que nem uma garotinha de 15 anos.

– Todo mundo quer dizer Johanna. – Annie explicou, para que Finnick não achasse que ela já tinha espalhado a noite dos dois para meio mundo. – Ainda não tive cara para contar para a Katniss, por motivos óbvios, aí eu recorri à Johanna pra ver se ela me ajudava a contar a coisa do melhor jeito possível.

Finnick revirou os olhos.

– Desculpa! – Annie exclamou.

– Você podia ter pedido ajuda pra mim. – Ele disse. – Caso você não se lembre, eu estava lá junto com você. – Ele disse, sorrindo de lado.

Foi a vez de Annie revirar os olhos.

– Fala sério. Até parece que você não contou pra ninguém.

– Na verdade, eu não contei mesmo. – Finnick rebateu.

– Mas não tem problema a Johanna saber. – Annie mudou o argumento, tentando se redimir da pisada na bola. – Ela é sua amiga também.

– Eu sei que não tem problema. – Finnick deu de ombros. - A gente não vai ter como esconder isso por muito tempo, mesmo.

– Como assim? – Annie perguntou, tentando entender se aquela frase significava o que ela achou que significava.

– A gente já passou da idade de namorar escondido, você não acha? – Ele perguntou, sorrindo docemente para ela. – Eu não sei você, mas eu não pretendo esconder do mundo que a gente está junto de novo.

Annie fez uma pausa, olhando fixamente nos olhos de Finnick, a boca levemente aberta.

– Quê? – Foi a única reação que ela conseguiu esboçar.

– A não ser que você não queira. – Ele voltou atrás.

– Quê? – Ela repetiu. – Não! Quer dizer, claro que eu quero! – Ela se atrapalhou. – Eu só... não estava esperando ouvir isso.

– Depois de tudo que aconteceu ontem você ainda achou que existisse alguma possibilidade de a gente não ficar junto? – Ele perguntou, como se tudo fosse muito óbvio e casual.

Como se ele não soubesse que aquelas palavras fossem causar um rebuliço de emoções dentro de Annie.

Ela mordeu o lábio para tentar conter um sorriso daquele jeito que Finnick adorava.

– Para ser sincera, não. – Ela respondeu. – Mas eu não queria parecer muito presunçosa.

Finnick jogou a cabeça para trás e riu.

– Você é muito mentirosa. – Ele acusou. – “Eu só não estava esperando ouvir isso.”. – Ele citou, imitando fracamente o tom hesitante que Annie usara minutos atrás.

– E você queria que eu dissesse o quê? – Ela perguntou. – Isso nem é mentira. Eu estava morrendo de medo, na verdade. – Annie confessou, a voz diminuindo a medida que a frase ficava mais séria.

– De quê? – Ele disse, enquanto se levantava para sentar-se ao lado dela no sofá.

– De eu ter feito algo ruim demais para você me perdoar. De ontem não ter... – Ela hesitou. – não ter valido nada para você.

Ele mordeu o lábio, pensando se deveria falar aquilo ou não. Por fim, optou por ser sincero.

– Eu percebi que eu preciso me esforçar demais para ficar longe de você. Parece que a gente se atrai naturalmente. Eu não consigo esquecer você nem se eu tentar com muita vontade, Annie Cresta. – Ele disse, e um arrepio perpassou seu corpo quando ele disse seu nome completo. – Olha que eu tentei.

– Sorte a minha. – Ela respondeu, segurando o rosto dele com os dedos e aproximando os rostos. – Pode deixar que dessa vez eu não vou estragar tudo, tá?

– Eu acredito em você. – Ele respondeu, sorrindo e encostando os lábios nos dela.

Preciso mesmo falar como essa cena acabou?

Acho que dizer descrever como “repeteco da noite anterior” já é suficiente.

Bom, pelo menos dessa vez eles foram para cima de uma cama.


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Notas finais do capítulo

VOLTA OFICIAL DE FANNIE OUÇO GRITOS E COMEMORAÇÕES FOGOS E CHAMPAGNE SENDO ESTOURADOS.
Espero de coração que vocês tenham ficado tão felizes quanto eu, acho que isso era algo que tava todo mundo esperando há muito tempo.
Enfim, eu escolhi repetir essa música porque, caso vocês não se lembrem, ela foi usada exatamente no capítulo 14, também conhecido como o Capítulo Em Que Fannie Terminou. Agora que eles voltaram, achei que ficaria fofinho usar a mesma música.
Além do mais, eu adoro essa música. A queen B. sempre arrasa.
E AÍ??? JÁ LOUCA PARA LER OS COMENTÁRIOS DE VOCÊS.
Beijos na boca e no pescoço, uma apertadinha discreta na bunda e uma arranhada na nuca.
Porque eu sei que vocês gostam, seus SAFADOS!