As Consequências De Uma Armação escrita por Yas
Notas iniciais do capítulo
Como prometi vim postar o capítulo hoje, ele tá meio grandinho (seis páginas do word) mas maravilhoso.
O final tá polemico e eu espero que vocês gostem.
Boa leitura !!
Capítulo 8
– Eu sei que você está cansada, amor, mas é importante para mim, para nossa empresa – era linda a forma como Elijah referia suas coisas como nossas. Eu havia acabado de acordar, chegamos um pouco tarde da festa de Care, mas ele ainda ficou um tempo comigo, assistindo a alguns filmes.
– Jantar hoje? E a Lizzie, Elijah? Não quero deixar ela com a dona Sheila, a moça do apartamento do lado, eu sei que ela gosta da Lizzie, mas as vezes acho que é muito abuso – suspirei enquanto mexia o molho na panela quente, eu estava fazendo lasanha para o almoço.
– Só hoje, Elena, por favor – como resistir àquela voz tão linda e amorosa?
– Tudo bem, eu vou falar com a Sheila, mas não é certeza – sorri divertida após ouvir sua risada.
– Só isso já é o suficiente. Te amo, Lena – sua voz era suave e apaixonada, sorri.
– Também te amo Elijah. Mas agora tenho que desligar, acordar uma senhorinha que ainda está dormindo – ele gargalhou junto comigo.
Deixei o molho no fogo e o celular no balcão, depois fui para o quarto de Lizzie, completamente decorado em rosa. Ela dormia serena sobre a cama grande demais para seu corpinho pequeno.
– Amorzinho... Lizzie – chamei em seu ouvido para não assusta-la – Lizzie...
– Mamãe... – murmurou abrindo os olhinhos azuis, mas logo os fechando novamente, cobrindo a cara com o edredom – Eu quero dormir mais.
– Mas já é hora do almoço, querido. Não quer lasanha? – Lizzie amava lasanha, nunca recusava. Ela tirou o edredom do rosto e se virou, me olhando divertida.
– Se for lasanha, eu posso repensar sobre ficar dormindo – ela riu e eu a abracei, tirando-a da cama enquanto riamos – Mamãe.
– Sua danadinha, já pro banho – bati de leve em seu bumbum e ela correu para o banheiro que ficava em seu quarto, este era em cores mais claras e neutras que o quarto.
Entreguei-lhe a toalha e liguei o chuveiro, já que o registro era alto demais para ela. Lizzie já tinha seis anos, então já tomava banho sozinha, o que ela fazia desde os quatro, claro que com a minha supervisão.
Deixei uma roupa para ela na cama e voltei para a cozinha. Tirei o molho do fogo e montei a lasanha, colocando-a no forno.
Duas horas depois Elijah chegou e comemos – os três – a lasanha, Lizzie elogiava a cada garfada, eu só fazia rir e pedir para ela ter educação, mas Elijah a defendia então ela continuava. Falei com Sheila e ela disse que poderia sim ficar com Lizzie, sua neta passaria a noite em sua casa.
Deixei Lizzie – já arrumada – com Elijah e fui tomar meu banho. Primeiro fiz meu cabelo, deixei os cachos naturais, e fiz duas pequenas tranças nas laterais, prendendo atrás. A maquiagem estava bem clara, com um batom rosa escuro. Usava um vestido azul e rodado que vinha acompanhando de um cintinho, um sapato alto bege que ganhei de Elijah ano passado, ele adorava me ver usando-o. Para terminar, passei um perfume de fragrância doce.
Já era oito horas da noite. Sai do quarto e da porta da sala, vi Lizzie em cima do peito de Elijah que estava deitado no sofá, eles brincavam e riam, ora comentando sobre o desenho que passava na TV. Às vezes eu gostaria de ter conhecido Elijah antes de Damon, e Lizzie fosse filha dele... Mas pensando bem, Elijah é o pai de Lizzie, foi ele quem aguentou minha gestação conturbada, noites dela chorando quando bebê – antes mesmo de namorarmos, ele vinha ficar comigo e me ajudar com ela, já que ele cuidou da irmã mais nova quando era pequena – foi ele quem trocou suas fraudas, foi para ele que Lizzie deu o presente de dia dos pais. É ele quem Lizzie chama de pai!
– Atrapalho? – indaguei divertida, finalmente eles perceberam minha presença. Lizzie pulou do sofá e veio correndo me abraçar.
– A mamãe tá cheirosa, vem ver papai – ela disse referindo-se a Elijah, ele estava estancado no sofá, encarando-me com os olhos brilhando, maravilhoso.
– Elijah? – já estava começando a ficar preocupada.
Ele se levantou e riu, vindo até mim, suas mãos pousaram sobre minha cintura e ele deu um singelo beijo em minha bochecha – ele dizia que Lizzie não podia nos ver beijando porque ela ia querer fazer igual com algum menino, e isso ele não permitia.
– Você está linda – ele disse.
– Obrigada. A Lizzie deixou seu terno todo amarrotado – disse passando a mão sobre o terno, tentando amenizar a situação.
– Tudo bem, eu vou ali passar ele e a gente já sai tá?
Assenti o vendo sumir na escuridão do corredor.
– Mamãe, eu posso ir também? – perguntou Lizzie esperançosa com os olhinhos brilhando.
– Não querida, a gente vai sair com alguns amigos, você vai ficar com a Sheila. Você gosta da Sheila, não é? – indaguei me agachando, Lizzie fez um bico e uma careta emburrada, beijei sua bochecha gentilmente, ela continuou chateada – Não fica assim amor, prometo que amanhã nós três saímos juntos para lhe compensar. Podemos comprar batatinha frita, o que acha?
Lizzie me encarou com uma sobrancelha arqueada, desconfiada, mas sua careta suavizou e ela sorriu.
– Vai ter refrigerante também? – assenti divertida – Então eu fico com a vó Sheila hoje.
– Podemos ir? – perguntou Elijah com o terno passado, lindo como sempre.
– Podemos sim – sorri pegando a mão de Lizzie que me acompanhou saltitante. Saímos do apartamento e toquei a campainha da porta ao lado.
Sheila apareceu sorridente como sempre, seus cabelos eram curtos e negros, mas pequenas mechas grisalhas já apareciam.
– Oi querida – ela me abraçou apertado – Você está tão magrinha, Elena, tem que passar um domingo aqui que te engordarei – ri junto com ela. Sheila era como um avó para mim, nesses cinco anos que moro aqui, ela sempre esteve comigo, me ajudando e apoiando, e não foi diferente com Lizzie.
– Só me chamar, Sheila, virei com o maior prazer – sorri.
– Vó Sheila, eu trouxe meu ursinho para a gente brinca de montão – Lizzie lhe mostrou o ursinho e Sheila se abaixou para ficar no seu tamanho.
– Oi meu amor. A gente vai brincar muito essa noite. Sabe o que a vovó fez? Uma sopa bem gostosinha, do jeito que você gosta – Sheila nunca se importou por Lizzie chama-la de avó, ela até gostava muito disso.
– Oba, sopinha! Tchau mamãe, e papai! – sem cerimonias, Lizzie entrou no apartamento de Sheila que sorriu quase que emocionada.
– Ah, essa menina! Ela me lembra tanto da minha neta quando era pequena – suspirou – Bonnie ainda não chegou, mas aposto que ela vai amar a Lizzie.
– Sheila, eu trouxe essa bolsa com tudo que ela precisa, roupa extra, remédio para qualquer coisa, tem uma listinha aqui, tem também um casaquinho para o caso dela sentir frio, e uma calcinha extra, vai que né... Enfim...
– Elena, eu sei cuidar muito bem da Lizzie. Não se preocupe, menina, ela ficará bem – Sheila bateu de brincadeira em meu braço, sorrindo divertida.
– Mas, qualquer coisa...
– Eu sei, te ligo até se a Lizzie espirrar querida – ela riu – Vá jantar. E Elijah, cuide dela.
– Com minha vida, dona Sheila – Elijah beijou meu pescoço divertido, pegando em minha cintura.
– Boa noite, Sheila.
– Boa noite, querida – ela fechou a porta após acenarmos – Não corra, Lizzie! – pude ouvir ela dizer ri junto a Elijah.
– Lizzie não tem jeito – murmurei rindo nos braços de Elijah.
– Eu ainda imagino como você era quando pequena, devia ser uma gracinha – ele riu.
– Não, eu era estranha, toda gorducha, seus olhos queimariam se visse – eu disse.
– Só se for de amor – Elijah me virou para frente de si já no final do corredor, e sem esperar mais nada, tomou meus lábios com ferocidade – Não sabe como eu estava desejoso por isso.
– Eu também – murmurei com a voz rouca, voltando a beija-lo.
Separamo-nos a sorrisos apaixonadas e entramos no elevador, rumo ao estacionamento.
Não demorou para chegarmos em um restaurante italiano no centro de Londres, Elijah ama comida italiana, e provavelmente ele convenceu os outros a irem jantar naquele lugar.
– Aqui tem tantas lembranças nossas – ele sorriu, pegando minha mão e me encarando.
– Muitas, realmente, foi aqui que você me pediu em namoro – sorri me lembrando de Elijah tremendo ao pegar minha mão sobre a mesa, naquele mesmo restaurante, anos atrás.
– Eu te...
– Vamos? – o cortei saindo do carro.
Não queria ser ignorante, mas ouvir a frase “eu te amo” de Elijah e eu não poder dizer “eu te amo também” era doloroso, porque eu não queria que ele sofresse, e eu não queria ser a causadora de sua dor. Elijah também saiu do carro e entrou a chave ao manobrista, com suas mãos em minha cintura, nós entramos no restaurante. Demos nossos nomes ao gerente que nós levou até a mesa reservada.
Era um jantar de negócios, comemorando a construção do novo prédio em Nova York. A Mikaelson Advocacy foi fundada há sete anos por Elijah e dois amigos, após terminarem a faculdade, e cada vez cresce mais. Ano passado, eles se filiaram com outra empresa de advocacia no Brasil.
Alguns já haviam chegado, entre eles Finn Taylor e sua esposa, Sage. Eu fiquei conversando com ela até os outros chegarem, descobri que eles tinham um filho de oito anos, David.
Não demorou para todos chegarem, e iniciarem uma conversa sobre negócios, onde eu minimamente fazia parte.
Era tarde quando saímos do restaurante, fomos um dos últimos a sair.
– Obrigado por me acompanhar hoje, Elena – Elijah sorriu ao me abraçar enquanto andávamos para o estacionamento – Posso te levar para um lugar antes de irmos para casa?
– Não vai me sequestrar né? – sorri de volta e o beijei – Confio em você, Elijah.
– Ótimo!
Entramos no carro de Elijah e ele dirigiu com um pequeno sorriso no rosto, quando percebi, o caminho que ele fazia era para a praia.
– Elijah... – murmurei.
– Relaxa, você disse que confiava em mim – rebateu.
– Mas... – suspirei quando percebi que ia vencê-lo.
Não demorou em ele estacionar ao lado do calçadão. Não tinha ninguém nas areias fofinhas que eu adorava afundar os pés, e não passava nenhum carro.
Tirei meus sapatos sorrindo e pulei do carro, correndo para a areia, Elijah me seguiu, apenas de camisa e calça.
Ele gargalhou quando eu tirei o vestido e corri para a água, que incrivelmente estava quentinha. Ele me seguiu apenas de cueca, e foi uma visão maravilhosa. Elijah segurou minha cintura e me beijou, jogando nossos corpos dentro da água.
– Lembra que quando começamos a namorar você disse que uma das loucuras que você faria antes de morrer seria nadar pelada, ou quase pelada, a noite. E eu estou aqui com você, e nesse momento, somos apenas nós.
Elijah sorriu lindamente como só ele sabia fazer e roçou seus lábios aos meus, tirando as mãos da minha cintura e abrindo uma delas, ali estava uma caixinha vermelha. Minhas mãos foram para a boca, eu estava surpresa já imaginando o que estaria por vir, as lágrimas vieram e caíram sem permissão.
– Eu te amo mais que tudo Elena, você faz a minha vida mais alegre, mais romântica, mais... Brilhante, e o melhor, você me deu a minha filha, pois não me importa quem seja o pai dela de sangue, eu a criei, eu a eduquei, eu que a levo para a escola, e eu que a amo e sempre amarei não importa as circunstâncias. Então, por todos os momentos maravilhosos que estão por vir... Elena Gilbert, casa comigo?
Os soluços vieram e eu não consegui conter, tentava falar, mas a voz não saía. Estendi minha mão e o encarei mostrando o máximo de sinceridade que era possível.
– Caso! Caso! Caso sim! – o abrecei não dando tempo de ele colocar a pequena aliança prata no meu dedo, mas ele assim fez, com um enorme sorriso no rosto, o mesmo sorriso que eu tinha, e sempre teria ao seu lado.
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Me desculpem pelos errinhos que sempre tem né pessoal.
O que acharam? Acham que a Elena casará mesmo com ele no final? No próximo o Damon aparece, divo e gostoso, exibindo lindos olhos azuis :3
Spoiler: ele irá conhecer a linda Lizzie, mas será que ele vai reconhece-la? Sei não ein pessoal haha
Comentem, eu vou adorar responder cada um dos comentários.
Beijos e até o próximo pessoal ^^