E se Você não Lembrar? escrita por bellsanded


Capítulo 65
Capt 62- Uma nova batalha... Lucy Povs




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Acordei pela manha deitada naquela imensa cama, aos poucos me deparei com Edward sentada numa poltrona lendo um pequeno livro, ele parecia inerte , perdido na história.

- Edward.. Eu sussurrei, sua reação foi instantânea e em segundos ele estava ao meu lado.

- Lucy.. Eu sussurrou meu nome de volta

- O que aconteceu, há quanto tempo estou dormindo? Eu o indaguei

- Não aconteceu nada, você apenas estava cansada da viagem, de tudo. Ele me respondeu com um pequeno sorriso nos lábios.

- Mas eu sinto que estamos correndo perigo, e a nossa conversa na floresta? Eu o indaguei

- Sim Lucy, teremos que partir antes que Tony volte, mas nos dois sabemos que ficaremos bem. Ele me respondeu passando suas mãos gélidas em meu rosto, eu havia me esquecido como ele costumava me deixar sem fôlego.

Edward estava fazendo pouco caso da ameaça de Tony, mas eu concerteza sabia que era apenas para me manter calma, mas o pânico começara a tomar conta de mim desde que eu quase havia entrado na casa dos Cullens com o rastreador lá dentro.

Minha maior preocupação agora era a segurança da minha mãe, Edward dizia que se fossemos embora, Tony não teria tempo de rastrear meu cheiro ate a minha casa, logo minha mãe estaria segura, apesar de eu não achar isso, eu confiava em Edward.

- Edward ainda acho que devemos levar minha mãe com a gente. Eu resmunguei observando seus olhos ocres que me encaravam apreensivos.

- Lucy entenda se sua mãe entrar em nosso mundo, você só estará colocando ela num perigo ainda maior. Edward respondeu

- Mas devíamos pelo menos levá-la daqui.. Eu resmunguei

- Lucy, então me diga qual explicação você vai dar para sua mãe se mudar, sabe que ela tem os negócios dela aqui, sabe que ela te enchera de perguntas, e você ficara sem saída a não contar a verdade. Edward disse enfático

- È talvez você tenha razão, mas ainda assim não posso partir deixando-a novamente, ela concerteza ira me encher de perguntas da mesma forma. Eu respondi

- Mas talvez ela compreenda se você inventar que ira passar alguns dias fora com seu namorado não? Alice entrou no quarto sugerindo.

- Hmm talvez possa ser uma boa idéia. Eu respondi

- Mas então para onde nos vamos? Eu indaguei

- Carlisle conversou com os Delanis, amigos de longa data nossos, e vamos passar algum tempo no Alasca, lá concerteza você estará segura. Alice respondeu

-  Mas e se o rastreador resolver me seguir ate lá? Eu disse deixando o medo transparecer em minha voz.

- Ele concerteza não se atreveria a nos seguir até lá, não sozinho. Edward respondeu

Enquanto me abraçava para que eu me acalmasse.

Pela primeira no meio daquela confusão estar abraçada com um vampiro não me incomodou, e aos poucos o choque que percorria meu corpo, me deixava saber que tudo estava aos poucos voltando ao normal.

Naquela manha as coisas estavam um pouco agitadas na casa dos Cullens, Edward e Carlisle discutiam maneiras de irmos embora sem que ninguém percebesse, Alice e os outros haviam ido caçar, e eu sabia que tinha que ir em casa arrumar minhas coisas, e dar uma boa desculpa para minha mãe, por mais que fosse difícil mentir para ela, eu teria se a quisesse segura, após me despedir de Edward, peguei a chave do carro dele e partir em direção a minha casa.

- Respire fundo , Lucy , respire fundo.. Eu repetia enquanto caminhava em direção a porta

Foi quando eu ouvi o grito mais aterrorizante da minha vida, aquele grito me encheu o peito de uma dor que ate então era desconhecida, fui tomada pelo pânico, eu sabia exatamente o que significava aqueles gritos.

- Edward.. Eu sussurrei na esperança de que Alice pudesse ver meu futuro, ver o que estava acontecendo, de que eu precisava de ajuda.

Não demorou muito para que em meio a neblina surgissem Edward e Carlisle, eles apareceram tão rápido que quase não pude notá-los se deslocaram em direção a minha casa...

- Ele pegou minha mãe !!! Eu gritava apavorada.

- Eu preciso salva-lá.. Eu disse enquanto começava a correr atrás de Edward que rapidamente num reflexo se virou me jogando no chão.

- MÃE !!!! Eu gritava na esperança de que ela soubesse que eu estava ali.

- Lucy... Ouvi ela gritar de volta, e aquele grito me partira o coração.

Eu sabia que Edward e Carlisle concerteza dariam conta daquele vampiro, mas o medo me invadia descontroladamente, eu estava em pânico, reuni forças e me levantei do chão, e quando eu começava a correr novamente em direção a minha mãe, fui impedida por outro par de mãos gélidas.

- Não, Lucy fique aqui nos cuidamos disto. Logo reconheci a voz de Henry, que me encostou no carro e foi em direção a casa.

Enquanto as coisas pareciam completamente apavorantes do lado de dentro, eu estava inerte encostada no carro, imaginando o que estava acontecendo lá dentro, eu confiava que os Cullens e Henry poderiam salvar minha mãe, mas o que eu não sabia é que era tarde demais para isso.

Naquele momento tudo a minha volta parou, era como se o mundo passasse em câmera lenta, minhas pernas tremiam, e todo o meu corpo começava a entrar em choque, a visão que eu estava tendo não poderia ser realidade, não eu não sobreviveria aquela realidade.

Edward se deslocou em minha direção sem que eu visse, ele estava ao meu lado, eu o encarei e seu rosto era como se fosse uma pintura da tristeza imortalizada, seus olhos ocres estavam escuros, e ele soluçava, logo me recordei que aquele era o jeito que os vampiros choravam, e então a visão aterradora se tornou mais real, Henry caminhava como se suas pernas fossem falhar o que era impossível, logo meu coração se apertou, mas assim que a neblina de lagrimas que rolavam descontroladamente em meu rosto, me deram um pequeno espaço, eu pude ver, Carlisle saiu da casa carregando minha mãe em seu colo, ela estava desfalecida, completamente imóvel, foi naquele momento que meu coração se encheu de dor, e eu desabei de joelhos.

Edward se ajoelhou ao meu lado, e me abraçou, mas nem mesmo seu abraço poderia controlar a dor e a raiva que eu sentia, era como se meu corpo estivesse sendo mutilado por milhares de facas, era como se o mundo começasse a desabar a minha volta.

- Eu sinto muito. Foi tudo que a voz terna de Edward me disse.

- NÃOOOOOO!!!!!!!! O grito ecoou da minha garganta

- Mãe ... Eu sussurrava enquanto Carlisle se ajoelhava com seu corpo a minha frente, ela estava tão serena, era como se ela tivesse morrido dormindo.

- Ela viu não viu, ela sabia que ia morrer.. Eu resmunguei

- Não Lucy, ela nem sentiu quando foi atingida. Carlisle respondeu

Me inclinei beijando-a a testa, e derramando uma última lagrimas, de repente o mundo escureceu a minha volta, e eu me entreguei a essa escuridão, sem medo de que não fosse voltar.

Quando acordei estava presa a uma cama cheia de tubos que entravam em meus braços, e havia alguma coisa que apitava irritantemente no meu ouvido, aos poucos ainda despertando do que parecia um pesadelo, busquei por rostos familiares a minha volta, la estava ele sentado imóvel como se fosse uma estatua perfeita, ao perceber que eu havia acordado, levantou-se e caminhou em minha direção colocando-se ao meu lado.

- Onde estou? Eu perguntei meio desnorteada

- Lucy você esta no hospital, Carlisle achou melhor que você passasse a noite aqui. Edward respondeu

- Por que o que aconteceu, cadê minha mãe ? Eu o indaguei

- Lucy eu sinto muito. Edward disse me encarando com seus olhos cor de ocre , sua expressão era a própria tristeza desenhada

- Edward o que aconteceu, eu sonhei que minha mãe estava morta, que um vampiro a tinha matado. Eu resmunguei

- Sim Lucy um vampiro a matou, nos simplesmente não podemos fazer nada, era tarde demais. Edward disse me abraçando

- NÃOOOO..... O grito ecoou da minha garganta como se fosse um pedido de socorro.

- Calma... A voz de Edward soou como um acalento naquele momento

Nem toda dor que eu havia sentido quando Edward partira podia descrever a dor que eu sentia agora, e então de repente fui tomada pelo desejo da vingança, enfiei na minha cabeça que mataria o vampiro maldito que havia matado minha mãe, de qualquer forma, o que eu não sabia era que uma guerra estava começando.

- Edward eu quero vê-la... Minha voz soou baixa e sem vida.

- Não Lucy , acho que você já passou por traumas demais num período de 24 horas.

Edward me respondeu

- Não eu quero vê-l. Eu continuei a insistir, mas Carlisle entrou no quarto naquele momento com uma seringa, se aproximou e sem dizer nada, simplesmente me sedou.

O sono chegou como um vendaval, e eu me entreguei mesmo contra minha vontade, e de repente eu estava na clareira e havia uma luz branca, uma luz tão intensa que me cegava, e então uma voz doce que eu conhecia mas do que ninguém disse:

- Minha menina, preciso que continue, não desista, eu já sabia do segredo do seu namorado há algum tempo, mas isso não importa, o que eu preciso lhe dizer e que você tem de continuar, uma guerra se move silenciosamente, por isso você precisa superar tudo, os Cullens precisarão de você . Minha mãe disse se aproximando e beijando-me a testa, não houve tempo para perguntas, nem para nada, ela simplesmente desapareceu no horizonte.

Por mais que eu quisesse a sensação que tomava conta de mim, era de vazio, era como se tivessem me esvaziado e me jogado no vento, eu estava seca, e prestes a desabar.

- Acho melhor ela ficar aqui esta noite também. Ouvia a voz de Carlisle ao longe

- Mas eu tenho certeza de que ela ficaria melhor agora, indo lá para casa. Edward respondeu

- Ok, assim que eu for sair eu a levo junto, acho que o melhor para Lucy nesse momento será ficar sedada, assim evitaremos que ela sofra mas do que já deve estar sofrendo.  Carlisle respondeu

- Sim, eu também acho. Ouvi a voz doce de Alice concordando.

-Vamos.... Edward respondeu a Alice.

Naquele momento tive certeza de que estava sozinha novamente, mas então uma voz grave e doce invadiu meus ouvidos, logo a reconheci, era Henry..

- Minha doce Lucy... Ele disse

- Oh menina, me desculpe não podemos salvar sua mãe, tentamos, mas ele já havia matado quando entramos. Ele se desculpava.

- Descanse, isso é tudo que você precisa agora. Ele sussurrou beijando minha bochecha com seus lábios frios.

Eu continuava presa naquele sono, novamente eu estava na clareira com minha mãe, era como se a ultima visão se repetisse, ela se aproximou de mim, me encarando com o rosto repleto de lagrimas.

-Não chore mãe. Eu disse

- Lucy você não entende, você precisa evitar que tudo aconteça, a guerra já começou, os Cullens ainda não sabem. Aquela bomba explodiu como se destruísse tudo .

E novamente minha mãe desapareceu.

Era tarde da noite, quando despertei desesperada, eu estava apavorada pois sabia que eu precisava avisar Edward e os outros da guerra, eu ainda estava confusa e dopada, será que Alice ainda não havia visto nada, eu estava em pânico.

- Edward .. Eu o chamei

- Lucy .. Ele respondeu sentando-se na minha frente, acendendo a luminária, foi quando percebi que não estava mais no hospital, estava na casa dos Cullens

- Guerra. Eu resmunguei, ele me encarou como se eu estivesse louca.

- Que Guerra? Ele me indagou

- Lucy, creio que você ainda deve estar dopada. Carlisle respondeu aparecendo de surpresa na porta

- Não, uma guerra começou, vocês precisam agir. Eu resmunguei novamente.

- Que guerra ? Edward perguntou novamente

- Não sei, a única coisa que eu sei é que minha mãe não foi a primeira e nem será a ultima a morrer. Eu respondi

- Ih vixi acho que Lucy esta tendo alucinações.. Ouvi a voz de Emmet debochando.

- Não, estou muito sã, vocês precisam acreditar, uma guerra esta começando. Eu repeti mas todos continuavam me encarando como se eu tivesse enlouquecido de vez, acho que deviam estar pensando que eu estava traumatizada com a morte da minha mãe.

- Edward porque vocês não acreditam em mim... Eu resmunguei sem perceber que as lagrimas tomavam conta do meu rosto.

 

 

 

 

 

 

 


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