(Edward Povs)

 Eu havia acabado de estacionar na nova escola, olhei a minha volta em busca daquela pequena humana frágil que eu havia atropelado na semana passada, eu ainda estava preocupado com ela,
e também não podia esconder minha agonia, pelo fato dela ter o mesmo cheiro de Bella.
Aquele cheiro ainda estava entranhado em minhas narinas, queimando toda a minha garganta, e fazendo minha mente se perder no abismo das lembranças, não demorei muito a perceber que estava
sendo observado, quando olhei a minha volta pude observar as duas meninas que estavam me olhando de rabo de olho, elas estavam de costas para mim, mas eu podia notar que me olhavam varias vezes se virando em minha direção, mas não prestei muita atenção, afinal eu já estava acostumado com as humanas deslumbradas como Bella costumava dizer que todas elas ficavam ao me ver.
Desci da moto, tirando o capacete, e foi então que todas elas se voltaram prestando atenção em mim, sorri comigo mesmo, me recordando a primeira vez em que chegamos a Forks School.
Foi então que o cheiro voltou a me invadir novamente, aquele cheiro que causara o acidente da semana passada, o cheiro tão familiar, e tão enlouquecedor, o cheiro de Bella, mas eu sabia que aquela
não podia ser Isabella, pois ela estava morta, e só a simples lembrança desse fato, fazia com que todo o meu corpo doesse.
Me aproximei calmamente das duas humanas que estavam conversando, e conforme eu me aproximava, o cheiro se tornava cada vez mas forte e tentador, fazendo com que o monstro dentro de mim, rosnasse como da primeira vez em que eu havia sentido aquele cheiro, mas agora a dor se tornara mas forte do que a tentação. 
Me recordei do nome da garota desesperada que eu levara até o hospital, e tive certeza de que a menina ao seu lado era quem eu procurava para pedir desculpas pelo acidente.
- Gaby... Eu disse tocando no ombro da loira que estava ao lado da garota de cheiro tentador.
Ela quase saltou de susto quando minhas mãos com luvas pretas tocaram-lhe os ombros, mas ao me ver, ela se acalmou e como era de se esperar, se virou me cumprimentando.
-Olá ...Ela disse surpresa.
A outra garota então começou a se virar na minha direção surpresa por ouvir minha voz, eu acho, sei lá tive a impressão de causar-lhe alguma reação quando falei com sua amiga, 
foi então que todo o meu mundo desabou, era como se o tempo estivesse voltando, era como se o dia em que vira Bella, estivesse se repetindo, eu não podia acreditar no que meus olhos estavam vendo, 
eu concerteza só podia estar enlouquecendo, eu só podia estar ficando louco.
Eu tentava dizer algo mas minha voz parecia ter sumido, enquanto meus olhos analisavam cada traço daquele rosto tão familiar, tão belo, e exatamente igual, era como se ela fosse alguma gemea, quer dizer estava mas para um clone, o rosto em formato de coração, os olhos cor de chocolate, os lábios alinhados e desenhados , os cabelos longos e cor de mel que lhe tocavam as costas, e então o sorriso suave e doce que me desconcertou.
- Olá, você deve ser o cara que quase me matou né??? Ela resmungou...
- Meu nome é Lucy Amber....
Eu não conseguia pronunciar uma palavra diante dela, era como se eu estivesse tendo uma alucinação, sim só podia ser uma alucinação, eu repetia a mim mesmo, mas então como um choque ela me tocou, 
-Ei você está bem ? Ela perguntou 
-Aham desculpe....Eu pedi tentando parecer o mais natural possivel.
Ela ainda me encarava surpresa com alguma coisa, mas eu não sabia dizer o que, e nada naquele momento fazia sentido, minha vontade era abaraça-la e dizer o quanto eu sentia sua falta, mas eu sabia que aquela não era Bella, não tinha como ser ela, eu concerteza a faria pensar que eu era louco, ou alguma coisa assim, tipo um maníaco.....
- Ei kra, acho que você precisa se sentar ne? Ela disse notando que eu tremia todo da cabeça aos pés.
-Hmm, não, acho que não, Desculpe preciso ir... Eu disse enquanto sai caminhando em direção a harley, coloquei o capacete e disparei com a moto em direção a estrada, eu estava atordoado, e concerteza 
enlouquecendo.
A dor dentro do meu peito era maior do que eu podia suportar, se vampiros pudessem derramar lágrimas, concerteza meu rosto estaria inundado nesse momento, meu coração morto e adormecido, batia novamente em meu peito, como que um fio de esperança, mas eu tinha certeza de que aquela não era Isabella.