Love Story escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 5
"Um segundo para me apaixonar, uma semana para te namorar, uma década para viver com você, um seculo para sofrer por você e uma eternidade para te esquecer". – Pensador Inútil.


Notas iniciais do capítulo

Olá minha gente! Aproveitando bem o carnaval? Pois eu sim! Escrevendo! Para a alegria de vocês! KKKKKKKKKKKKKKKKKKK Eu não gosto de carnaval, não gosto mesmo!
Bom, enfim, eu vou postar dois capítulos hoje, já que estou com inspiração para dar e vender! KKKKKKKKKKKK
O segundo eu vou postar mais tarde, e dependendo dos comentários, três capítulo! Então, comentem bastante! E obrigada a todas que comentaram! Amei demais os seus comentários!



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Acordei com a minha cabeça doendo, pouco, mas doendo. Me levantei resmungando, afinal, meu telefone tocava e gritava fazendo minha dor de cabeça piorar. Atendi quem era com uma voz arrastada.

–Alô?

Filha, é a mamãe! – fechei os olhos com força. Porque eu não vi quem era antes? – O que aconteceu? Eu te acordei? – ela pergunta nervosa.

–Não, não acordou não – falo mentindo e tentando melhorar o tom de voz o máximo possível.

Ah, que bom. Então você já está a caminho, não é?

Como assim a caminho?

O seu primeiro ensaio! Não vai me dizer que esqueceu!

Olho para o relógio da minha cômoda. Já era meio-dia e meio, e o ensaio era uma hora da tarde!

–Tá bom, eu esqueci. Peço desculpas e ligo mais tarde? Tá bom? Beijos mãe – desligo mesmo ouvido seus pedidos para não desligar.

Correndo, jogo o telefone na cama. Pego qualquer roupa no guarda-roupa e arrumo o meu cabelo enquanto escovo os dentes. Calço a primeira sandália que vi e pego a bolsa que usei ontem, já que estava tudo lá.

Pego o violino e confiro que está tudo ali. Volto correndo ao quarto e pego o celular, vejo que tem quatro ligações não atendidas do Steve. Assim que fecho o apartamento, ligo para ele.

–Oi Steve? Você me ligou? – pergunto enquanto desço rapidamente as escadas.

Liguei sim. Me desculpa Laura, mas não vou poder leva-la.

Maravilha, agora mais essa.

–Tudo bem – digo um pouco arfante.

Você está cansada? – ele pergunta.

–É que eu acordei tem... – vejo no relógio – Sete minutos – digo rindo da minha própria confusão enquanto atravesso correndo a portaria.

Você está atrasada?

Um pouquinho.

Ai meu Deus... Me desculpa mesmo Laura, não deu mesmo. Fiquei todo enrolado aqui – ele explica enquanto corro e fico mais cansada pois estou falando e correndo!

–Steve, depois a gente se fala, ok? Está tudo bem, eu entendo. Tá bom? Beijos – digo fazendo o mesmo com ele do que fiz com minha mãe, praticamente desligando na cara dele.

Tento correr mais rápido, eu tinha que chegar cedo, para mostrar que eu sou pontual, e também havia outras coisas a serem resolvidas. Eu tinha que assinar algumas coisas, afinar o violino e tal. Meu Deus! Estou atrasaderríma!

–Cuidado aí! – o motorista de algum carro grita para mim assim que passei correndo no meio da rua.

Depois de vários quarterões, chego na frente do teatro, vejo uma fila enorme de gente para entrar, quase virando a esquina.

Me apoio nos joelhos tentando recuperar o fôlego enquanto sinto o olhar de algumas pessoas curiosas para saberem porque estou tão cansada. Oras, eu estava correndo! Não viu não!?

–Com licença – pergunto ainda arfante, mas o suficiente para conseguir falar – Essa fila é para quê? – pergunto para a senhora de aparentes quarenta anos.

–Para se inscrever para o teste de piano – ela explica com um sotaque italiano bem forte.

–Ah! E para o violino? – sorrio.

–Aquela ali – ela aponta para uma fila cerca de 1/3 da fila do piano.

–Obrigada – digo sorrindo ainda mais e entro na fila.

Olho para a caixa do meu violino, estava bem, nenhum arranhão ou coisa parecida.

Sinto o meu telefone vibrar de dentro da minha bolsa e logo atendo.

–Alô?

Nunca mais desligue na minha cara, viu senhorita Teixeira! – ouvi a voz furiosa da minha mãe.

–Desculpa mãe. Mas se eu continuasse no telefone com você, eu teria chegado ainda mais atrasada.

Tá bom, deixa pra lá. Conseguiu chegar a tempo?

Acho que sim. Estou numa fila para entrar.

Está muito grande?

Não muito – digo na ponta dos pés vendo o tamanho real dela, e diminuindo cada vez mais.

Tá bom filha, boa sorte.

Obrigada mãe. Me desculpa, tá?

Esta tudo bem, não se preocupe. Estarei torcendo por você.

Obrigada.

Tchau.

Tchau – e desligo o telefone e o guardo.

Logo, cinco minutos depois, só havia três pessoas para entrarem, e eu estava nervosíssima.

–Próximo – alguém diz a minha frente, vejo uma senhora negra com tranças finas em todo o cabelo preto e de aparentes cinquenta anos.

–Bom dia – digo simpática.

–Bom dia – ela responde seca – Preencha essa documento para entrar – ela diz empurrando um papel e uma caneta por baixo do vidro que nos separam.

–Para quê isso? – pergunto lendo rapidamente.

–Autorização de imagem – ela responde olhando para qualquer outro lugar, exceto para mim.

Leio rapidamente, vejo que é mesmo o que ela diz. Diz que eles podem usar a minha imagem para controle interno e revisão, para o teste. Assino rapidamente e colocando o número dos meus documentos e etc.

–Pronto – digo entregando o papel e a caneta, mas ela recusa o papel.

–Entregue isso ao próximo cara que você ver a frente. Próximo! – ela grita e ando em frente, encarando cortinas vermelhas num corredor estreito, mas o suficiente de passar. A cada passo que dou, fica cada vez mais escuro.

–Papel – alguém diz a minha esquerda.Olho assustada e vejo um homem alto e de cabelos grisalhos com a mão estendida a mim. Olho para a minha própria mão que está com o papel e lhe entrego – Pode entrar – ele diz empurrando uma pesada porta com o braço e revelando um imenso palco com filas e mais filas de cadeiras confortáveis e vermelhas.

Entro, tomando cuidado com os degraus e me sento perto do palco, onde havia também outras pessoas que reconheci da fila.

Encaro o palco, vazio, só algumas luzes ligadas e as cortinas vermelhas ao fundo, dividindo ele ao meio.

–Primeira audição? – alguém pergunta ao meu lado.

–É sim – respondo sorrindo para a moça ao meu lado. Uma garota branca de cabelos castanhos escuros e cabelos lisos brilhantes. Um sorriso simpático. Devia ter uns vinte e cinco a trinta anos.

–Fique tranquila, não é difícil de passar para a segunda fase – ela diz se encostando na poltrona.

–Que bom – sorrio aliviada – Mas e você?

–Terceira vez – ela diz e me surpreendo – Mas está tudo bem, é assim mesmo. As vezes demora para conseguir um lugar para tocar – ela diz – Alicia Wonder – ela oferece sua mão para eu apertá-la, e não êxito e fazer.

–Laura Teixeira – digo.

–Columbiana? – ela pergunta.

–Brasileira – corrijo.

–Ah, sério? Você parece uma canadense, mas o sotaque denuncia tudo – ela diz rindo.

–Estou tentando melhorar – digo – Você é de Nova Iorque mesmo?

–Nascida e criada no Bronx – ela diz com orgulho.

Sorrio enquanto algumas luzes se apagam dando destaque somente ao palco.

–Josh Jr. – alguém grita. Olho para trás, e vejo o mesmo senhor que empurrou a porta para mim.

–Esse é o diretor, ele é gente boa, eu garanto – ela diz cochichando – Mas não suporta erros.

–Sério?

–Sim. O seu violino está afinado?

–Pior que não – me desespero.

–Fica tranquila. Vai ali – ela aponta para uma pequena escada que dá para o palco – Afasta um pouco a cortina e entre ali. Afine seu violino e estará tudo bem – ela diz.

–Tem certeza? – pergunto – Será que ele não ouvirá o meu violino? Vai atrapalhar a apresentação do rapaz – digo vendo o garoto de aparentes dezessete anos, ainda com espinhas na cara e cabelo com metade de gel que existe no mundo, e muito, extremamente nervoso.

–Claro que tenho, olha – ela aponta para uma pessoa vinda de trás subindo e empurrando a grossa cortina e entrando nos bastidores – Toma o meu afinador – ela me entrega um pequeno aparelhinho.

–Obrigada, muito obrigada – digo me levantando e seguindo a pessoa e fazendo o mesmo trajeto.

Assim que vejo o que tem por trás da cortina, me surpreendo, mais de vinte pessoas sentadas, afinando seus violinos. Me sento em uma das únicas cadeiras vagas e ligo o afinador, não muito diferente do meu que esqueci em casa. Afino rapidamente e vejo as outras pessoas, afinando com o ouvido.

–Me empresta o seu rapidinho – alguém diz. Olho e vejo um rapaz parecendo da minha idade, moreno, quase loiro, cabelo de lado, músculos acentuados com um rosto lindo.

–Cl... Claro – gaguejo um pouco admirando sua beleza e lhe entregando o afinador.

–Obrigado – ele diz se sentando com seu violino no seu colo e ligando novamente o afinador.

Espero sentada enquanto ele afina.

–Obrigado – ele me entrega o afinador e continua sentado lá, me encarando.

–O que foi?

–Deixa eu adivinhar... Brasileira? – ele pergunta depois de alguns segundos de olhos fechados, provavelmente pensando.

–Sim – concordo com a cabeça.

–Eu tenho alguns amigos do Brasil, na verdade, eu tenho descendência brasileira – ele diz.

–Que legal.

–Meu avô, ele veio para cá cerca de setenta anos atras. Ah, qual seu nome?

–Laura Teixeira – ofereço minha mão e ele a aperta.

–Andrew Levine.

–O mesmo sobrenome...

–O mesmo sobrenome do vocalista do Maroon 5 – ele sorri.

Sorrio de volta.

–Bom, tenho que ir – ele se levanta.

–Eu também, tenho que... Voltar pra lá – me enrolo.

–A gente se vê – ele fala enquanto abre a cortina e saí de lá.

Suspiro, e por um momento, esqueço do Steve. Steve! O que será que aconteceu? Porque ele não pôde ir?

Respiro fundo e saio de lá e volto para onde eu estava sentada.

–Porque demorou tanto? – Alicia me pergunta enquanto devolvo seu afinador.

–Emprestei o seu afinador, desculpa – digo.

–Tudo bem, mas pra quem? – ela pergunta e olho para trás, e encontro o Andrew olhando para mim, ele acena e aceno de volta.

–Andrew Levine – digo sorrindo.

–Gostou dele, não é?

–Não, não, só o achei gatinho. Eu já tenho namorado.

–Seja lá quem for o seu namorado, dependendo desse carinha, ele já era – ela diz cruzando os braços com um sorriso no rosto enquanto olha para o palco vendo a performance de uma garota, tocando bem, mas falhando um pouco.

–Para, para! Para tudo! – alguém grita e gelo, é o diretor – Você errou quase metade da música! – ele grita, visivelmente nervoso.

–Desculpa, eu... Eu... – ela gagueja.

–Não tem nada que se desculpar, pode ir, não quero você – ele diz e a garota saí correndo, chorando do palco, sinto pena dela.

–Tadinha – comento mais baixo do que antes para a Alicia.

–Ele é assim mesmo, ele é um pouco... Nervoso com erros, principalmente colossais como os dela.

Concordo com a cabeça.

Sinto o meu celular vibrar levemente, sei que é uma mensagem. O pego de dentro da bolsa e vejo que é uma mensagem do Steve.

"Que horas é a sua apresentação?".

–Desliga isso, ele vai notar – ela cochicha para mim.

–E rapidinho – digo digitando rapidamente.

"Daqui a pouco, cerca de dez minutos eu acho. Porque?".

O guardo novamente e olho para o palco, agora é um garoto, bem novo, cerca de quinze anos. Confiante e tocando bem.

Sinto vibrar novamente.

"Daqui a pouco estarei aí".

Sorrio e guardo novamente o celular.

–O que foi? – Alicia pergunta.

–Ele disse que vai estar aqui – falei sorrindo.

–Quem?

–Meu namorado, Steve – falo.

–Porque? Ele não podia vir aqui?

–Estava um pouco enrolado – expliquei.

–Com o quê?

–Isso que eu quero saber.

–Hum...

–O que foi?

–Vocês estão a quanto tempo juntos?

–Cerca de uma semana.

–Sério? Só isso?

Concordo com a cabeça.

–Vocês já tiveram brigas ou estão brigados?

–Não, mas tivemos uns probleminhas aí...

–Que problema.

Então explico o que houve ontem, a partida de beisebol, a câmera do beijo, o beijo e a reação dos dois.

Ela pensa por um instante, e então olha para mim.

–Você não acha que...

–Que o quê? – pergunto sem entender.

–Que ele está te traindo?

A pergunta dela me pega de surpresa. Mesmo conhecendo o Steve a pouco tempo e namorando com ele a pouco tempo, sei que ele não é disso.

–Não, não acho – digo.

–E o que toda mulher traída diz. Eu sei disso pois minha mãe foi tráida pelo meu pai quando eu tinha somente sete anos. Eu sei o que acontece. De imediato, ela ficou estática e não acreditou.

–Mas eu sei que ele não está me traindo – acho essa hipótese ridícula.

–Tá bom... Espero que eu esteja errada.

–Porque você acha isso?

–Não sei. Só que ele pode estar ressentido por causa do beijo e estar enrolado pode significar que tem uma peituda no colo dele, só não consegue sair de lá porque a vontade não deixa.

–Não, ele não é disso – respondo – Ele tem princípios, deu para perceber. Ele respeita as mulheres, também percebi isso. Parece ate que veio de antigamente.

–Mas Laura, antes dos princípios, vem a natureza humana. Ele é homem! Ou ele é...

–Não, não, claro que não! – digo rindo – Mas não acho que ele iria fazer uma coisa dessas – digo.

–Depois, você pergunta para ele, se ele der uma resposta vaga, aprofunde a coisa, o force falar. E preste atenção para ver se ele mentiu ou não.

Concordei com a cabeça.

Logo, algumas pessoas passaram, várias na verdade, na minha opinião, cerca de 2/3 delas não merece ir para a segunda fase, estão muito ruins para tocar numa grande companhia ainda.

Alicia foi chamada e tocou incrivelmente bem, ate trocou um papo com o diretor no palco mesmo. E quando foi embora, olhou para mim, sorriu e piscou um olho e saiu do palco, ainda bem que trocamos os nossos números de celular.

Eu olhava para trás várias vezes, esperando pelo Steve, que não chegava nunca, já havia passado o dobro do tempo que pensei que eu fosse ser chamada, meia hora aqui desde que trocamos mensagens. Mas tinha outro problema, Andrew pensava que eu estava olhando para ele, já que ele estava perto da entrada, por onde o Steve vai ter que entrar para chegar aqui.

–Laura Teixeira – o diretor fala e meu coração bate mais rápido.

Subo as escadas e encaro as filas e mais filas de bancos, minoria ocupados, mas todos com olhos fixados em mim. Respiro fundo e posiciono meu violino e o arco sobre o ombro, preparando para começar a tocar.

Vejo que alguém desce pelas escadas e se senta perto de onde eu estava sentada. Andrew, mudou de lugar, só para ficar mais perto de mim. Isso vai dar problema...

A minha música é Thousand Years, da Christina Perri. Uma música linda. Demorei semanas e mais semanas tentando coloca-la somente em violino, tirando o piano, coisa que não foi fácil.

Começo a tocar, prestando atenção nas notas e no tempo, não quero ficar adiantada e nem atrasada.

Sinto meu coração diminuir, assim que me acostumo em ficar no palco, o centro das atenções.

Olho novamente para as pessoas, olhando de vem em quando para o diretor, que prestava atenção em mim, coisa que ele não fez na maioria das pessoas.

Vejo alguém andando novamente, se eu pudesse teria revirados os olhos, mas vejo uma cabeleira loira muito conhecida. Ele se senta perto do Andrew, cerca de três cadeiras de distância de onde ele estava sentado, meu Deus!

Ele sorri e sorrio de volta contente porque ele está aqui.

Continuo a tocar.

Assim que a música acaba, encaro o sorriso dele, mas vejo que ele estava se preparando para bater palmas, mas como ninguém tocou, ele deixou de lado. Sorrio e olho para o diretor. Ele sorri de volta.

–Andrew Levine! – ele grita desfazendo o sorriso.

Andrew se levanta enquanto saio do palco, e sinto seu olhar em mim.

–Oi – digo sorrindo enquanto me aproximo de seu lugar, passando reto por onde o Andrew estava.

–Oi – ele responde segurando minha mão.

–Vamos? – pergunto.

–Mas já?

–Aham.

–Tudo bem – ele se levanta e vamos em silêncio ate a saída do teatro.

–Eu fui bem? – pergunto um pouco nervosa já fora do teatro.

–Muito bem! – ele diz – Nunca ouvi música tão bonita quanto essa.

–Sério? Thousand Years é bem conhecida, Steve.

–Nunca ouvi – ele diz e sorrio.

–O diretor sorriu – falei.

–E isso é bom?

–Muito bom! Alicia, uma garota que conheci, disse que ele é muito gente boa, mas que não suporta erros, então se ele sorriu é porque não cometi erro algum!

–Que bom! – ele me puxa pela cintura e me dá um selinho – Desculpa, tá bom – ele diz ainda muito próximo de mim.

–Está desculpado – digo acariciando seu rosto. Ele sorri e me beija, sinto o couro de sua jaqueta em minha pele e logo me afasto, estamos no meio da rua praticamente.

–Quer almoçar? – ele pergunta ainda segurando minha cintura.

–São que horas?

–Duas e meia – ele olha no relógio.

–Sério? – pergunto surpresa.

–Sim.

–Tudo bem – respondo enquanto caminhamos calmamente ate sua moto.

Ele a liga e saímos de lá.

Três dias depois...

–Cadê essa lista? – respondi num café com internet.

Três dias se passaram desde o meu teste, e hoje saí o resultado, só que é pela internet, só que... Não tenho computador ainda, o meu deixei no Brasil que era de mesa, só tenho o celular, mas não tem internet 3G, só wi-fi que pego quando vou no café.

Procurei por um bom tempo e ate que achei.

–Conseguiu? – perguntou Steve trazendo dois expressos.

–Achei, mas está carregando – respondi enquanto tomava o expresso, devagar, sem tirar os olhos do celular.

–Fica calma, você vai conseguir – falou ele segurando minha mão por cima da mesa.

–Obrigada – respondi olhando para seus olhos, desviei e olhei para a tela, finalmente havia carregado. Desci ate o "L" e finalmente cheguei. Passou por "Laís", "Laíla", "Lâmia", ate "Lakima" havia. No finalzinho dos "La"s, desci nome por nome procurando pelo meu.

–Conseguiu? – perguntou Steve ao me ver estática olhando para a tela do celular sem mexer um músculo.

Murmurei algo, eu não conseguia mexer um músculo sequer.

–Para com isso Laura, está me assustando – disse ele e pegou na minha mão, olhei para ele.

–Consegui! – gritei – Meu Deus! – falei com as duas mãos sobre o rosto.

–Eu te falei – ele saiu de sua cadeira e veio ate mim, me abraçou enquanto eu chorava e várias pessoas olhavam para nós.

–Ainda não consigo acreditar – falei ainda em seus braços, ele me soltou e olhei para a tela do celular novamente – É meu nome! – falei lhe mostrando, ele pegou o celular e viu.

–Vai avisar para a sua mãe? – ele perguntou me devolvendo o celular.

–É mesmo! – falei e rapidamente disquei o número dela, mas mudei de ideia, fiz uma chamada de vídeo -Oi mãe! – falei assim que ela atendeu.

O que houve Laura? Porque você está chorando? – perguntou ela preocupa.

Ela está chorando? – ouvi a voz do meu pai e sorri.

–Eu passei – falei baixo.

O quê? Eu não te escutei – falou ela enquanto o meu pai ficava do seu lado, compartilhando a câmera.

Olhei para o Steve e sorriu.

–Eu passei, mãe – falei e ela arregalou os olhos.

Passou? – repetiu.

–Passei – confirmei com a cabeça.

Meu pai sorriu e saiu da câmera ainda com o sorriso no rosto.

Meus parabéns filha! – ela gritou e sorri. Vi uma lágrima descer do rosto dela.

–Não chora mãe, por favor – falei enquanto outra caía no meu rosto.

Como não chorar quando minha filhote passou no teste? Uma coisa que fará crescer e... – e voltou a chorar.

Laura – meu pai pegou o celular das mãos da minha mãe e sorri – Estamos orgulhosos de você, filha, muito orgulhosos.

Obrigada pai – falei fechando os olhos e mais lágrimas caindo – Obrigada.

Filha, por favor, toma cuidado agora, está bom? Os que passaram são melhores, provavelmente, tome cuidado, treine bastante, está bem? – recomendou meu pai.

–Tudo bem – falei e ele sorriu.

Desliguei a chamada e olhei para o Steve, que sorria, já havia terminado seu expresso.

–E aí? Como foi? – perguntou.

–Ficaram emocionados, choraram bastante, quer dizer, minha mãe. Bom, estão orgulhosos de mim – respondi enquanto limpava as lágrimas do meu rosto.

–Quer ir para casa? – perguntou.

–Quero sim, só deixa eu... – peguei a xícara e tomei tudo de uma vez – Pronto, podemos ir – respondi pegando a minha bolsa e levantando da cadeira.

Ele levantou também e fomos para casa.

–E como vai se agora? – perguntou no meio do caminho.

–Um pouco mais difícil – respondi – agora vai ser junto com aqueles que passaram na fase um, só que junto com outros estados. Na fase três será de todo o país e mais alguns, todos, tocando juntos, depois, a seleção individual. Ouvi dizer que será um comitê de jurados – respondi olhando para o chão.

–Espero que eu não distraia você – falou entrando no prédio.

–Você é a menor das minhas distrações – respondi subindo as escadas – Na verdade, você me faz concentrar, engraçado – comentei enquanto subíamos as escadas, ele parou e me virei para ele.

–Já que naquele dia, não deu muito certo, farei de novo – falou subindo os degraus de faltavam ate estar perto de mim. Se inclinou para mim, me apoiei na parede e colocou seu braço apoiando ao lado da minha cabeça, bem perto de mim, encarando meus olhos que encaravam os seus – Quer namorar comigo? – perguntou bem perto de minha boca.

"Um segundo para me apaixonar, uma semana para te namorar, uma década para viver com você, um seculo para sofrer por você e uma eternidade para te esquecer".

Pensador Inútil.


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Notas finais do capítulo

Roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=112447085&.locale=pt-br

Alicia Wonder: http://i3.mirror.co.uk/incoming/article1759456.ece/ALTERNATES/s615b/Mila%20Kunis-1759456.jpg

Música: http://www.youtube.com/watch?v=llnpAsaS05Q

E aí? Mereço reviews ou não? KKKK
Bom, espero que gostem e não esqueçam de comentar e favoritar a história! E seria legal... se... eu... recebesse... uma recomendação... É sério gente! Eu quero muito uma! Por favor!
Beijinhus! Ate mais tarde!