Love Story escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 45
"Amar é... é passear com a felicidade, é ser feliz de verdade!” – Albert Camus.


Notas iniciais do capítulo

Hello! E aí? Prontas para mais um capítulo?

Falei no capítulo passado (falei?) que o próximo (este) seria bem com o foco na Laura e no Steve. Mas o próximo será inteirinho também. Este aqui o início é uma conversa entre a Mel, Andrew, o Steve e a Laura. Não esperem muita coisa porque eu não sou muito boa em papo "fiado" de duas pessoas, sou boa com uma só (sim, o personagem falando sozinho, KKKKKK).

Bom, é só isso. Ah! Quero agradecer pelos 158 leitores e quase dezoito mil visualizações! É a minha maior fic! Obrigada!

Agora sim, é só isso. Uma boa leitura e a gente se vê nas notas finais ;)



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Meu celular treme enquanto riamos. Estava no bolso do meu vestido. O pego e vejo uma mensagem do Steve.

O jantar já acabou? Ouvi gente saindo do seu apartamento”.

Respondo teclando rapidamente e ignorando que estou falando por mensagem com alguém do outro lado da parede, praticamente.

“Acabou mais cedo.

E que história é essa de você ficar escutando o que acontece aqui? Ein? KKKKKKK”.

A resposta vem em seguida. Steve está ficando cada vez mais com mais pratica em mandar SMS.

As paredes são finais. Não posso fazer nada. Se você quiser que eu ligue o meu som ao máximo para não ouvir e não deixar você dormir, por mim tudo bem, rsrsrs”.

Rio baixinho com a brincadeira dele. Ele nunca faria isso pois além de os vizinhos idosos desse prédio não gostarem nada, aquele som dele não consegue nem tocar o suficiente para ouvir do quarto dele. É muito baixo.

—Vai fazer o que amanhã, Laura? – pergunta Mel curiosa e comendo mais do mousse. Pego um pouco com a colher para que ela não coma tudo, o que não acho nada difícil de acontecer.

—Além de ir no médico com o Steve para finalmente saber se posso tirar essa coisa feia da minha cara? – pergunto numa ironia pura – Não.

—É mesmo! Já se passou uma semana – lembra Andrew pegando a sua colher e comendo o mousse. É um alivio isso, pois é um sinal que estamos conseguindo distrai-lo o suficiente.

—Andrew me contou como você o quebrou – Mel comenta numa voz acusatória, num drama tudo na base da brincadeira. E escondo o riso enquanto ela direciona o olhar mortal para o Andrew, que brinca pegando uma almofada e colocando entre ele e a Mel. Rio divertida – E Steve é o seu namorado, né? – ela pergunta num tom feliz e despreocupado, muito diferente de antes.

—Sim, é sim – respondo bloqueando o telefone e o colocando novamente no bolso.

—Se quiser chamar ele aqui, pode chamar, tá? Só não vai ter espaço nesse sofá para ele, eu acho – comenta a morena olhando para a nossa situação. O sofá é para três, mas acho que é enganação da loja, só se for três palitos em forma de pessoas – Eu adoraria conhece-lo.

—Ela deve estar morrendo de saudades dele – brinca Andrew e bato de leve em seu ombro em retribuição.

—Eu o vi hoje, duas horas atrás! – o lembro. Até ele o viu, pois foi Steve que levou quase todas as compras para cá, eu mal consegui levar algumas. Steve salvou a nossa pele hoje.

—Com as vezes em que ele viaja, duas horas é dois meses – brinca Andrew, mas foi como uma brincadeira com um fundo de verdade. Andrew está certo. Tenho que aproveitar cada segundo em que ele esteja aqui, comigo.

—Ele trabalha com o quê? – pergunta Mel curiosa e aquele alarme soa novamente na minha cabeça, infelizmente.

—Segurança – respondo tentando uma tranquilidade que estava comigo momentos atrás, mas com aquela simples pergunta... Vai embora. E disfarço pegando mais mousse.

—Ah, qual empresa? Fiz uma reportagem mês passado sobre as melhores empresas de segurança para pessoas de alto risco contratarem – ela responde e quase gelo... Meu deus... Agora entendi porque mentira tem perna curta.

—Nem sei – respondo desleixada e pegando mais mousse. Mel concorda e parece terminar por isso mesmo. Ainda bem!

Mas para terminar esse assunto, peguei o telefone e mandei a mensagem chamando ele para cá. Ele nem responde, mas em menos de quinze segundos, a campainha toca e sou a primeira a ficar de pé e abrir a porta. Sorrio para o loiro e lhe deixo um selinho.

—Oi – ele cumprimenta a mim e os dois que estavam no sofá. Andrew acena simpático e Mel sorri acenando e movimentando a mão.

—Laura não para de falar sobre você... É um horror! – Mel reclama brincando enquanto tampa os ouvidos. Tampo o meu rosto com vergonha enquanto os restantes riam da minha reação.

—É mentira, você sabe – garanto que o Steve não pense que aquilo é verdade, ele sabe que não é, mas não custa nada garantir, né?

—Estávamos conversando sobre o seu emprego – comenta Andrew e quase sinto Steve endurecer ao meu lado, tenso por ter que falar sobre algo que não podíamos falar, e por isso mentimos.

—Ah sim, não é nada demais – ele comenta relaxado, numa grande diferente de dois segundos atrás. Ele fecha a porta e seus olhos caem para a mesa cheia e repleta de pratos diferentes que era para o jantar, mas que quase ninguém comeu. Foi muita comida mesmo.

—Você tem cara que trabalha com uma equipe de segurança de alguma celebridade, acertei? – pergunta Mel numa pose de pura analise. Claro, é jornalista. Sorrio sem graça e quase tremendo. Steve não conhece muitas celebridades atuais. Digo a primeira coisa que me vem a cabeça.

—Taylor Swift – droga... Eu tinha que dizer a celebridade que TODOS dizem que pareço? Jura?

—Sério?! Que incrível, Steve! – Mel quase grita em êxtase. Só Deus sabe o quanto estou torcendo para ela não ser uma fã.

—Como falei, não é nada demais, só sou o segurança – ele responde e se senta no espacinho onde eu estava sentada. Reviro os olhos com a sua brincadeira, porém ainda nervosa. Steve deve conhecê-la, saber quem ela é, eu espero.

—Por isso viaja tanto? Por causa dos shows dela? – pergunta Andrew impressionado e o loiro afirma com a cabeça – Tenho que confessar que eu esperava o pior...

—Como assim? – pergunta Steve curioso.

—Sei lá, soldado, mercenário... Desculpa – o moreno sorri sem graça, por sorte Steve não se ofendeu, até porque isso chamaria ainda mais atenção para o assunto, coisa que a gente só quer deixar de lado. Mas é engraçado como Andrew chutou com soldado, coisa que Steve é! Arrastei uma cadeira e me sento na ponta onde Steve também estava.

—Tudo bem – ele sorri e posso finalmente respirar mais aliviada. Será que agora todas as dúvidas que tinham acerca dele sumiram? Não terei mais que ficar acobertando suas viagens repentinas?

—E você conhece ela? – pergunta Mel curiosa, quase implorando por qualquer resposta que ele dê. E é assim que murmuro um grande “droga” dentro da minha cabeça, enorme, gritante. E pela cara do loiro, não faz ideia de como responder essa pergunta. Tenho que entrar em ação.

—Se você soubesse quantas vezes eu fiquei perguntando isso, Mel... – comento enlaçando meu braço ao dele, num sorriso simpático e leve – E é sempre a mesma resposta... “Não a conheço... Ela nem passa onde eu fico... Para de ficar me perguntando isso” – uso até uma voz mais entediada para parecer ainda mais verdadeiro.

—É uma pena... Eu adoro ela! E você é parecidíssima com ela, Laura – a morena comenta e dou um sorriso em troca enquanto sinto o aperto de mão do Steve. Provavelmente me agradecendo discretamente pelo o que eu fiz.

—Todo mundo diz isso – respondo e nem percebo que eu estava respirando tão rápido, minhas mãos suando frio e a minha vontade de sair dali. Quero ir para o meu quarto, com o Steve. Porém não posso, não quando ainda há tanta coisa para conversar enquanto Mel não for embora. A noite vai ser longa...

Minhas pálpebras estão pesando tanto quanto se eu tivesse colocando cordinhas nelas e colando na pele do rosto. Mal consigo abrir os olhos. Dormi tão pouco que meu corpo implora por mais alguns minutinhos. Mas não posso, como não vou. Tenho consulta com o ortopedista agora, não posso faltar se eu não quiser tirar esse troço da cara.

Saio da cama me rastejando e indo ao banheiro encontrando a sala vazia. Andrew não dormiu aqui, aposto que foi dormir com a Mel. Porque eu não convidei o Steve para dormir aqui eu não sei. Acho que ele percebeu o quanto eu estava exausta, ou achava que eu estaria chateada por ter que mentir de novo, talvez. Ele sabe que não gosto.

E falando nisso... Porque eu fui falar Taylor Swift? Porque não falei um artista que todo mundo conhece mas não gosta? Apesar de que... Nem agora, com a mente livre consigo pensar em alguém, porque eu iria lembrar sob pressão? Mas todo mundo conhece Taylor Swift... Isso ainda vai dar confusão...

 Entro me rastejando no banheiro. Tomo um banho lento e demorado, morno, porque senti um frio horrível assim que saí da cama. Deve estar frio hoje. Tenho que lembrar de ir toda agasalhada.

Saio do banho. De toalha, aproveitando a liberdade que tenho enquanto Andrew não está aqui, pego as minhas roupas no guarda-roupa, roupas para o frio e simples, nada muito extravagante. Pois são oito horas da manhã, não vou usar um vestidinho de paetê para ir no hospital tirar gesso da minha cara. Sabe o quão ridículo isso soa e fica? Pois é.

Pego uma banana, um pedaço de bolo de laranja e um iogurte que comprei ontem e como tudo em cinco minutos. Quase enfio na boca e saio de casa. Bato na porta do Steve e já o encontro pronto e arrumado. Eu adoro isso nele, ele nunca esquece os compromissos dele. AMO!!

—Bom dia – lhe dou um selinho feliz e demorado, e quase o puxando para mais se eu não estivesse com a sensação de estar atrasada – Vamos? – pergunto lhe dando espaço e logo andando para a escada.

—Consertaram o elevador ontem – ele conta e olho para ele chocada. Aqui tinha elevador? Aqui não tem elevador. Eu lembro o anuncio do meu apartamento no site da imobiliária para quem pago o aluguel. Estava explicito, “sem elevador”.

—Que elevador? – pergunto desconfiada que fosse alguma brincadeira dele. Mas respondendo a minha pergunta sem abrir a boca, ele abre a porta de um dos apartamentos revelando ser um elevador antigo, mas funcionando – Mas o quê...?

Choque, é a melhor palavra para descrever a minha reação. Eu podia jurar de pés juntinhos que aquilo era mais um apartamento como o meu! Como o do Steve! E porque colocaram no anuncio que não tinha elevador? Era para zoar com a minha cara? Provavelmente sim, pois a porta é igual a minha e a do Steve, parece mesmo um outro apartamento qualquer.

—Pensava que não tinha? – pergunta o loiro risonho ainda segurando a porta e me olhando permanecer na sua porta em choque. Ando devagar na sua direção e fico mais do que receosa de entrar nesse troço que eu achava que nem existia –Sério? – pergunta descrente encarando o meu silêncio como resposta, o não deixa de ser verdade.

—Sim... Mas em minha defensa! O site da imobiliária disse que não tinha – respondo entrando no elevador quase tremendo de medo e olhando aquele cubículo que só vi em novelas que passam na década de setenta. Pois é. Esse elevador parece que tem mais de cinquenta anos.

—Talvez por ficar tanto tempo parado, acharam melhor desistir dele – Steve comenta apertando o botão do saguão e as portas fechando.

—Tadinho... – brinco e Steve sorri me puxando para mais perto. Cerco o seu corpo com o meu braço enquanto sinto seus lábios no topo da minha cabeça. Ele tem que ficar lembrando que sou baixinha toda hora?

—Dormiu bem? – perguntou sorridente assim que me virei de frente para ele. Sorrio sentindo o calor do seu corpo em contraste com o frio que estava assim que saí de casa.

—Sim, dormi pouco, mas... – tento responder, mas sou interrompida por um piscar de luzes do elevador e ele parando do nada. As luzes piscam de novo e de novo. Me sinto num filme de terror e nem percebo que segurei o braço do Steve como uma garotinha agarra o seu ursinho de pelúcia – O que aconteceu? – pergunto olhando ao meu redor procurando por respostas, mesmo que ela esteja na minha cara.

—Acho que o elevador parou – ele responde e olho alarmada para ele – Vai dar tudo certo. Já vai voltar – ele garante e assinto concordando com as suas esperanças – Eu espero – ele murmura baixo, mas o suficiente para eu escutar. Toda a garantia que ele estava me dando era baseada na esperança dele.

—Eu escutei – respondo seca, ele dá um sorriso amarelo e passo a mão pelo rosto – E a câmera? – pergunto olhando para o teto procurando por ela, mas ela não existe, simplesmente não tem – Telefone para falar com o porteiro...? – pergunto sem esperança alguma. Steve pega o telefone e coloca sobre o ouvido.

—Mudo – responde e só me sinto ainda mais nervosa. Estou presa... Estamos presos num elevador. Presos. Isso nunca aconteceu comigo antes. Porque tinha que acontecer agora? Justamente hoje? Quando era para ser um dos dias mais lindos do mês? Quando eu vou finalmente me livrar desse troço?

—Mas que droga... – murmuro me apoiando nas paredes de madeira e encostando a minha cabeça, tentando digerir. Estamos presos num elevador de quarenta anos, recém consertado e sem qualquer tipo de comunicação com o porteiro. Comunicação! ISSO! – O celular! – lembro já pegando o meu, ligo para Andrew, o primeiro número que me veio à cabeça, mas sinto a infeliz notícia que meu telefone não consegue completar a ligação pois está sem sinal.

—Sem sinal, o seu? – pergunta o loiro com o seu em mãos e procurando por sinal. Mas pela sua cara, sem sucesso, como eu. Guardo o celular no bolso e cruzo os braços irritada. Isso já é o suficiente para uma resposta, né? – Calma... Vai dar tudo certo – lembra ele se aproximando e encarando os meus olhos com um brilho otimista.

—Mas não o suficiente de chegarmos a tempo – respondo tentando defender a minha irritabilidade. Mas com ele me olhando assim fica difícil, nunca consigo. Tento me manter irritada pois é assim que tenho que ficar perante a isso. Fiquei presa num elevador quando eu estava indo para a consulta para tirar algo que eu queria tirar desde duas semanas atrás! Devo ficar alegre com isso?

Steve continua me encarando, e se aproximando. E quando percebo, seus olhos estão pertos do meu, seu nariz encostando na minha bochecha, e seus lábios... Quase encostando nos meus. Sorrio sentindo uma leve tremedeira. Reação normal quando ele está quase me beijando e me olhando dessa forma.

—Pelo menos você está aqui comigo... – ele sussurra fechando os olhos e tocando as minhas mãos com tanto cuidado como se elas fossem feitas de porcelana. De modo tão carinhoso que esqueço onde estou, somente com quem estou fica na minha cabeça.

—Essa é a melhor parte – sorrio com a doçura das palavras. Doce, pois, estou com ele e não com um completo estranho. Talvez tenha sido uma coisa boa. Imagina? Ficar horas e horas ao lado de alguém que eu só estava vendo uma hora e pouca por dia mesmo duas semanas em casa? Melhor coisa que me aconteceu em duas semanas!

Lhe beijo com tanta paixão que me surpreendo na explosão dentro de mim. Não estou mais chateada, não. Só estou flutuando nas nuvens e desejando nunca mais descer. Não quero descer. Se for para ficar mais perto das nuvens e sentir um friozinho na barriga como agora, eu fico, e fico por toda eternidade.

“Amar é... 
sorrir por nada e ficar triste sem motivos
é sentir-se só no meio da multidão,
é o ciúme sem sentido,
o desejo de um carinho; 
é abraçar com certeza e beijar com vontade,
é passear com a felicidade, 
é ser feliz de verdade!”.

—Albert Camus


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Notas finais do capítulo

E então...? Parece que as coisas só acontecem na hora errada para a Laura, não é? KKKKKKKKK Pelo menos ficou presa com o Steve Fofo Rogers. Menos mal, KKKKKKKK

Mas gostaram? Espero que sim. Até daqui a duas tortuosas semanas. Sim, é tortuoso para mim também ficar duas semanas sem postar. Beijos e até! ;3



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