Love Story escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 39
“Do amor conheço os sintomas e os hematomas” – Paulo Leminski.


Notas iniciais do capítulo

Eba! Capítulo novo! E espero que gostem desde aqui pois acho que vocês não gostaram do anterior não... Ninguém comentou. Ué.

Mas eu preciso dizer que estou muito decepcionada e triste com vocês. Essa semana atingimos 151 acompanhamentos e quase indo para as 16.000 visualizações. É uma marca e tanto. Mas no entanto, só duas pessoas comentam com regularidade.

Não estou triste com as pessoas que comentam, Tia Juh e Sandrinha comentam, adoro vocês. Mas sim as outras leitoras! Oitenta acompanham, posso ver pelas estatísticas do site. Oitenta acompanham e APENAS DUAS comentam! DUAS!

Gente, eu me esforço pra caramba nessa fic. Estou tendo sempre novas ideias para colocar aqui, mas assim não dá! Escrevo para mim, mas posto para vocês! Então colaborem, ok? Tô brava e chateada. Muito.

Uma boa leitura e a gente se vê nas notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/449742/chapter/39

O jantar estava quase pronto, eu conseguia sentir o cheiro delicioso de carne assada. E preciso confessar, apesar de amar imensamente a minha mãe, a comida do Andrew é melhor do que a dela. Desculpa, mamãe!

Eu estava com pressa de deixar a mesa pronta. Iriamos jantar juntos hoje, eu, Andrew, Steve e Alicia. Alguma coisa me dizia que iria ser um ótimo jantar, apesar de todo o meu nervosismo. Eu morria de medo de discutirem ou algo do tipo. Mesmo eu sabendo que eles evitariam, tenho medo até mesmo de ficar um silêncio mortal na mesa.

E por isso, para garantir que tudo ficaria perfeito, eu estava colocando a toalha de mesa que comprei mais cedo, taças de vinho que comprei semana passada, e os pratos de porcelana italiana (foi o que a moça da loja disse, mas não tenho muita certeza se é mesmo italiana) que comprei anteontem.

Pois é... Estou me esforçando, não é? Tudo para conseguir convencer aos meus amigos que Steve é uma boa pessoa. Depois de eu me sentir péssima semana passada com o Andrew se preocupando comigo de maneira tão sincera, acho que isso possa melhorar, nem que seja apenas um pouco, com o jantar.

Eram muitas coisas para levar, por isso eu fazia várias viagens do meu quarto onde estavam as coisas, até a sala e coloca-las corretamente na mesa. Ficaria linda! Ainda mais com aquele vinho que comprei hoje. E não foi vinho de supermercado, foi de uma loja especializada!  E comprei três garrafas, para garantir que não faltasse.

AH! Eu estou tão ansiosa! E apesar de ter os meus receios, eu estou confiante que todo mundo vai se entender, vamos virar amigos de verdade. E tudo graças a mim e a minha iniciativa que custou quase quatrocentos dólares. Só espero que aqueles pratos sejam italianos mesmo, ou a moça da loja vai ouvir e muito!

—Laura, você pode pegar para mim o... – foi o que eu ouvi antes de bater em algo, os pratos caírem no chão se quebrando fazendo um enorme barulho e eu apagar caindo no chão com muita dor.

A luz está muito forte. Meu deus. Será que meus primos estão colocando a lanterna na minha cara depois de eu pegar no sono? Ou será a luz do sol vindo da janela? Não, ou o sol está queimando tudo para ser tão forte assim ou é alguma outra coisa.

De qualquer forma, minha vista está se acostumando. Consigo abrir os olhos com mais facilidade agora. Mas o cheiro de hospital está horrível. Sempre odiei cheiro de hospital.

Mas espera aí. Porque raios estou sentindo cheiro de hospital se eu estou em casa?

Acorda...

Está tudo muito confuso. O que está acontecendo?

Acorda!

Quero acordar, mas não consigo.

—Laura, acorda – ouço uma voz calma e carinhosa. E só assim, abro os olhos e desperto seja lá do quê. Eu estava acordada, mas meu corpo não se movia. Ou era um sonho muito real?

A primeira coisa que eu vi foi uma parede branca com um quadro sem graça de uma flor amarela. E cortinas azuis, envolvendo onde eu estou. Estão fechadas, ou quase, por isso eu consegui ver o quadro. Mas a pessoa ao meu lado eu conheço. Steve. Steve!

—Que susto você nos deu... – ele comenta risonho e fico confusa. Do que raios ele está falando? E bem no momento em que eu iria perguntar, sinto algo no meu nariz. Algo estranho e que incomoda. Levo as mãos até e sinto gesso e esparadrapo. Tipo o gesso que ficou na minha perna por duas semanas quando torci o tornozelo.

—O que aconteceu? – pergunto ainda tocando com cuidado, vai que acontece alguma coisa, quebra ou sei lá! Olho para o Steve que toca as minhas mãos com cuidado tirando-as do meu rosto.

—Você quebrou o nariz quando Andrew abriu a porta de repente – Steve conta e quase que tomo um susto, porém a ideia me parece tão aceitável e familiar que tudo faz sentindo. Por isso a atadura, por isso estou no hospital!

—E onde ele está? – pergunto preocupada. Se eu conheço o Andrew, e eu sei que sim, ele deve estar se culpando. Coitado... Eu não o culpo de maneira alguma. Claro, se ele tivesse sido mais cuidadoso, nada disso teria acontecido. Mas mesmo assim, não o culparei.

—Na sala de visitas. Só me deixaram entrar depois de mostrar aquela nossa foto no parque provando que sou seu namorado – ele conta, e quase posso sentir a timidez nele. Talvez tenha sido um pouco constrangedor provar para um médico ou enfermeiro que somos namorados de verdade, e não apenas amigos – E falando nisso, liga para os seus pais – ele pede me entregando meu celular.

—Porque você não ligou? Podia. Eles ficariam preocupados – aconselho com um sorriso pequeno pegando o aparelho e desbloqueando com a senha – Sim, claro, a senha! – me corrijo num riso pequeno. Eu sentia que eu não podia sorrir muito pois poderia doer. Eu não queria sentir dor.

—Não só isso, Laura. Seus pais não falam a minha língua. Esqueceu? – Steve lembra, pois minha mente estava ainda meio lenta. Poderia ser por causa de tudo isso, talvez. Poxa, eu desmaiei, apaguei completamente! Sua mão toca o meu ombro e o sinto preocupado comigo – Deve ter sido o analgésico que deram para você. Irei chamar o médico, ok? – ele avisa pronto para partir, mas agarro a sua mão antes que ele fosse.

—Não, fica aqui – peço com carinho. Eu não queria ficar sozinha. No fundo do fundo, eu estava com medo de ficar sozinha. Ainda estava meio surpresa com tudo. Assustada até, e nada melhor do que a presença do Steve para me acalmar.

—Ele pediu para chamá-lo quando você acordasse – ele contou e afirmei com a cabeça soltando a sua mão devagar, até a minha cair sobre o meu colo com um cobertor azul por cima, que eu só percebi agora.

—Tudo bem – concordo tentando esconder a minha fragilidade. Eu não sabia bem porque eu estava daquele jeito. Tomara que seja consequência dos remédios que me deram para a dor. Será que é?

—Eu já volto – ele se despede deixando um beijo carinhoso na minha testa, um sorriso e saí para chamar o médico.

Definitivamente. Eu estava triste não por causa do meu nariz, mas sim por causa dos remédios. Ou nem mesmo por ter perdido o jantar! Ah... O jantar... Eu perdi a oportunidade de juntar todo mundo e transformarmos em grandes amigos... Ou era muita ingenuidade minha? É... Talvez...

Mas agora, devo esperar eu receber alta e jantarmos na minha casa, ou esperar eu tirar essa provável coisa feia da minha cara e tentar de novo? Acho melhor tirar o gesso da minha cara melhor, não quero ser motivo de risada a cada cinco minutos.

Encarei o meu celular nas minhas mãos. Eu tinha que dar a notícia que eu quebrei o nariz acidentalmente para os meus pais... E destacar bastante a palavra acidente, e que o meu amigo não fez de propósito. Mas sei que irei ouvir e muito. Até mesmo ameaças dos dois virem para cá e se certificarem que o Andrew é realmente uma boa pessoa com quem morar.

Mas não quero. Não agora. Steve já deve estar chegando com o médico. Falo com eles depois, talvez antes de eu ir dormir e torcer para a conversa não durar tanto a ponto de eu sentir sono no dia seguinte no trabalho.

Falando em ir dormir. São que horas? Vejo pelo celular, e são onze e meia da noite. Lá deve ser uma e meia, por aí. Nem pensar então. Fora de cogitação ligar hoje. Não quero acordar os meus pais e metade da vizinhança com aquele telefone fixo dos infernos. O toque é tão alto que o nosso vizinho já reclamou diversas vezes por causa dele.

E falando em trabalhar... Eu irei trabalhar amanhã? Irei receber um atestado médico me dando uma licença ou algo do tipo? Eu não quero encarar amanhã com essa provável coisa horrenda na cara. Mesmo eu não sabendo como ela é pois ainda não me olhei no espelho, eu sei que é grande e branca, e provavelmente ao redor deve estar verde ou roxo devido ao hematoma. Um nariz de palhaço de plástico seria mais discreto.

Mas será que eu vou ter fazer cirurgia? Eu soube que quando quebra o nariz, ele fica torto e para consertar, só com cirurgia. Será? Ah não... Ela é muito cara... E aqui eu não tenho plano de saúde, ainda. Eu nem sei quanto vai me custar ter sido internada por algumas horas. Eu lembro que eu estava arrumando as coisas às sete, então fiquei apagada cinco horas. Nossa... Tenho medo do quanto vai me custar...

—Senhorita Teixeira. Como vai? – alguém afastou as cortinas me despertando dos meus pensamentos. Um médico. Jaleco branco, olheiras profundas debaixo dos olhos, óculos redondos e um sorriso cansado no rosto – Sou o ortopedista Edward. Posso...? – ele aponta discretamente para o meu nariz e assinto com a cabeça – Alguém passou aqui além do seu namorado para te explicar o que aconteceu? – ele pergunta enquanto inclina a minha cabeça para trás para examinar a fratura.

—Não. Fiquei apenas encarando a cortina – respondo e ele ri baixinho. Provavelmente o que eu disse foi engraçado. Era?

—Parece que o seu colega de apartamento abriu a porta do banheiro bem no momento em que você estava passando com pressa. Se lembra disso? – pergunta se distanciando e pegando uma prancheta com uma caneta em mãos, pronto para anotar. Afirmo com a cabeça devagar – Ótimo. Você apagou por cinco horas. Seus amigos a trouxeram. O primeiro procedimento foi aplicar os analgésicos, sem eles você sentiria um incomodo, uma dor. Depois fizemos o raio-x para comprovar a fratura. Fizemos uma atadura que continuará de uma a duas semanas. Entendeu?

Era muita coisa. Mas de qualquer forma, pois eu sei que depois irei digerir tudo, afirmei com a cabeça que eu havia entendido. Mas uma pergunta surgiu na minha mente e não hesitei de colocá-la para fora.

—E o meu trabalho? Irei poder trabalhar ou terei que ficar em casa? – pergunto num misto de curiosa e preocupada. Curiosa por poder ficar em casa por esse tempo, e preocupada pelo o que Jhones poderá dizer. Será que ele poderia pensar que eu quebrei de propósito para não ter que ir trabalhar?

—Eu quero muito descanso. Então nada de trabalhar ou exercícios físicos intensos, ou até mesmo os moderados – avisa e assinto com a cabeça imediatamente. O tom de voz dele foi firme, como se eu não ousasse desobedece-lo – Irei dar uma licença para você. Ou você trabalha por conta própria?

—Não, não – nego e ele assente com a cabeça escrevendo algo na prancheta. Terminando, depois deu um breve silêncio constrangedor, ele me entrega o papel com uma letra que nada entendo.

—Entregue isso aos recursos humanos ou peça alguém para entregar para você – me orienta e assinto com a cabeça sabendo daquilo. Irei pedir ao Andrew para entregar para mim, ele trabalha lá mesmo – Volte aqui semana que vem. Se não tiver o suficiente para tirar a atadura, irá ficar mais uma semana e você volta, ok? – assinto com a cabeça de novo – E se caso tiver a necessidade de uma cirurgia plástica, irei recomendar um cirurgião plástico.

—Não tenho dinheiro para uma cirurgia, doutor – conto tentando esconder o quanto eu estava preocupada com isso. Eu não quero um nariz de lutador de UFC.

—Seu plano de saúde irá cobrir – ele explica e olho espantada para ele – Você não sabia que eles cobrem nesse caso?

—Na verdade, eu nem sabia que eu tinha plano de saúde – respondo surpresa e quase chocada. Eu tinha? De onde? O quê? Meus pais pagavam um para mim sem saber? Ou eu pagava por meio de tantos boletos que eu me perdia quase sempre?

—O seu trabalho. A sua empresa paga. Você não sabia disso? – ele pergunta descrente e quase rindo da minha surpresa. Assinto com a cabeça – Deveria estar mais atenta no que você assina, senhorita Teixeira – ele aconselha numa despedida breve, apenas um aceno de cabeça e fechando as cortinas.

Mas espera aí. Eu recebi alta? Irei poder ir para casa? Cadê o Steve? Andrew eu sei que deve estar na sala de visitas, isso se não foi para casa. Mas Steve sei que não, ele me levaria para casa.

—Vamos? – a mesma pessoa que eu tanto estava pensando acabou de aparecer, afastando as cortinas e entrando com o meu casaco pendurado no braço – Vamos de táxi. Não quero arriscar machucar mais com o capacete – ele explica e assinto com a cabeça afastando a coberta e pisando no chão frio descalça. Onde estão as minhas sapatilhas? Ah, estão ao lado da cama. A calço e acompanho Steve até a saída.

—Eu recebi alta? – pergunto e ele afirma com a cabeça. O loiro enlaça o seu braço ao meu enquanto me leva tranquilamente até a saída – O que aconteceu depois que apaguei? Quero dizer, como vocês me levaram até aqui? – pergunto curiosa.

—Bem quando você bateu na porta, eu estava em casa me arrumando para o jantar. E quando estava colocando a gravata, ouço o Andrew batendo na minha porta desesperado. “Steve! Steve! A Laura desmaiou! ”. Dá para imaginar a minha reação né? – ele pergunta risonho e o acompanho. Dava mesmo. Desesperado feito um galo assustado. Brincadeira. Eu sei que ele ficaria calmo diante dessas situações.

—Mas e aí? – o incentivo a continuar.

—Talvez por sorte, até porque não conseguiríamos pegar um táxi naquela hora, a Alicia estava com o carro do pai dela e pode nos levar para cá – conclui e assinto com a cabeça concordando que foi uma baita de uma sorte.

—Eles estão aqui? – pergunto me referindo ao Andrew e a Alicia. Eu apenas queria poder dar um abraço apertado nos dois e agradecer.

—Alicia teve que ir para casa. O pai precisou do carro, por isso não pode nos levar para casa – explica e assinto com a cabeça quanto aquilo também.

—Mas eu apaguei logo assim que bati na porta? – perguntei curiosa e ele afirma com a cabeça – Nossa... Nem lembro de ter sentido dor direito... – comento e Steve ri.

Do amor conheço os sintomas e os hematomas”.

—Paulo Leminski.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu não gostei muito desse capítulo não, mas as consequências serão bem legais. Esperem para ver, ok?

E desculpem por aquele mini ataque nas notas inicias, mas estou chateada, muito, de verdade mesmo. Me passa pela cabeça milhões de coisas para mudar isso. Fazer "pedágio" de reviews, voltar a postar de duas em duas semanas ou simplesmente parar de postar de vez. Se oitenta leem, mas apenas duas ou três comentam, é sinal quem tem coisa errada aí.

Vou explicar. Se oitenta leem, mas três dedicam dois minutos de seu tempo para comentar, sinal que outras setenta e sete pessoas não gostam do meu trabalho. Setenta e sete pessoas é gente pra caramba. E isso pesa.

Eu gosto da fic, gosto dos personagens, gosto do enredo, (gosto da escritora, KKKKK), mas do que adianta gostar se outras setenta e sete não? Prefiro continuar escrevendo só para mim e parar de postar.