Love Story escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 32
“Se você não está disposto a parecer um idiota, não merece se apaixonar” - De Repente é Amor.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Olá! E mais uma vez... Olá!

Não irei demorar muito. Apenas dizer que o capítulo passado foi lindo de tanto que choveu review por aqui! Claro, não foram os cento e trinta e sete reviews que (acho que) mereço. Mas adorei cada um deles! Juro!

Esse capítulo vai ter mais fofura. Se vocês achavam que o Steve não dava para ser mais fofo, se enganaram. Dá vontade de arrancar esse homi da fic e levar para a minha cama... Francamente! Oxê, Laura é mais do que sortuda. Ganhou na loteria dos homens incríveis sena.

Esse capítulo também vai ter Tony! Ele voltou! Ebaaa!! Eu adoro o Tony. Principalmente depois da ceninha dele. Vocês vão entender do que estou dizendo.

Outra coisa, nesse capítulo explicarei melhor o fantasma da Laura, o Emanoel. Claro que ele não vai voltar, talvez só lá no finalzinho, mas agora não. Apenas a Laura relembrando as coisas e tal.

Chega de enrolar! Chega! Vão logo ler o capítulo! Vai que deixo! Vai embora! Anda!

Beijos! Fui!



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Hoje acordar foi como acordar depois de meses dormindo. Foi um processo gradual e devagar. Mas que quando despertei, as lembranças da noite passada foram as melhores possíveis. E encarando Steve agora num sono tão profundo e dormindo de maneira tão bela, que não sei como isso pode ser real.

Mas algo atraiu a minha atenção. O sol estava muito luminoso para ser oito da manhã. Mas quando encarei o relógio da mesinha de cabeceira, a primeira coisa que fiz foi reunir as minhas roupas o mais rápido possível até a sala. Vesti tudo com uma pressa que me deu uma dor de cabeça e tontura.

Entrei em casa esbaforida e correndo em direção ao banheiro, onde nem tomar banho tomei, só lavei o rosto e penteei o cabelo. Fui ao quarto ouvindo as reclamações do Andrew para eu fazer menos barulho. Vesti a primeira roupa que uso para trabalhar que eu vi. Não interessa se usei essa saia no meu primeiro dia. Estou morrendo de pressa. Preciso ir agora.

Coloquei a bolsa no ombro, e no momento em que eu estava fechando a porta e trancando com a minha chave, lembrei do Steve. Não seria legal ir sem pelo menos ver ele. Além do mais, eu precisava pelo menos dar um beijo nele, nem por educação ou coisa do tipo, eu precisava.

Abri a porta do seu apartamento que ele deixou aberta por descuido, fui ao seu quarto e vendo a cama totalmente desarrumada e o loiro dormindo lindamente de barriga para cima. Sorri encantada subindo na cama com cuidado, lhe deixei um beijo nos lábios delicadamente e saí, ele apenas sorriu e se mexeu minimamente.

Satisfeita, saí em disparada para a portaria. Quase tropecei nas escadas, mas continuei com a corrida. Passei como uma flecha e fui ao ponto. Por sorte, o meu ônibus passou bem na hora. Entrei e me sentei nervosa. Eu estava atrasada. Muito atrasada. Quase meia hora depois do horário. Já estou até ouvindo as reclamações do Jhones, ou até mesmo aquelas palavras tão temidas, “está demitida”. Não quero ouvir isso. Não hoje. Não depois de ontem.

Passei pela entrada das Indústrias Stark, passei o meu cartão e mal tive tempo de cumprimentar as secretárias que se entreolharam com a minha pressa, ou era o meu atraso. Fui para a sala andando rápido e abri a porta e quase soltando xixi de tão aliviada. Jhones ainda não havia chegado.

O alivio era demais. Me joguei na minha cadeira girando e vendo tudo se passar bem rápido. Sorri feliz jogando a cabeça para trás feliz. Porém algo me fez fincar os pés no chão parando a cadeira bem de frente para a porta. Jhones estava na frente da porta me observando.

—Chegou agora, Laila? – pergunta passando e indo em direção a sua mesa. Tinha um tablet na mão e o mexia enquanto fazia alguma outra coisa que eu não conseguia ver. Levantei da cadeira e coloquei a minha bolsa em cima da mesa bastante nervosa. Ignorei o fato que ele errou o meu nome.

—Sim, um descuido apenas – justifiquei o meu atraso incrivelmente grande. Eram dez e meia da manhã. Eu estava atrasada duas horas e meia – Eu vou ficar duas horas a mais hoje, pode deixar – aviso, porém ele não dá a mínima. Segue para o canto da sala e encara a arrumação que eu fiz ontem.

—Você que fez isso? – pergunta e assinto com a cabeça. Por um momento vi o seu lábio se contrair numa expressão impressionada – Até sete horas e você vai embora – avisa e assinto com a cabeça concordando com os termos – Agora mande um estagiário vir e levar essa pilha para o setor de produção.

—Aquela mesma sala de ontem? – pergunto e ele confirma saindo da sala. A primeira coisa que eu fiz foi pensar: Eu não conhecia nenhum outro estagiário além do Andrew. O que eu faço?

Saí da sala olhando em volta. Tinham várias pessoas caminhando pelo corredor, mas nenhuma parecia jovem e intimidado. Normalmente estagiários são assim, certo? Mas lembrei do meu primeiro dia e eu não era estagiária. Então farei algo que não sei se devo ou não. Vou pedir ajuda as secretarias. São gentis, elas podem me ajudar.

—Bom dia, Stacy – desejo para a moça loira de olhos verdes atrás do balcão – Bom dia, meninas! – desejo para as outras que sorriem para mim, mas encaro a loira que me olha com aquela expressão “o-que-você-quer-dessa-vez?” e sorrindo. Pelo menos não estava de saco cheio de mim sempre pedindo ajuda o tempo todo.

—Bom dia, Laura. No que posso te ajudar? – pergunta e bato levemente as unhas no balcão de madeira com um vidro por cima. Sorrio e troco o peso das pernas.

—Conhece um estagiário livre para levar alguns documentos? – pergunto e ela assente com a cabeça. Sorrio aliviada.

—Espere um minutinho que vou mandar ele para a sua sala. Espere lá, ok? – avisa e assinto com a cabeça. Agradeço com uma gratidão perceptível. Ela sorri feliz em me ajudar e volto para a sala tendo a leve impressão que hoje o dia será leve e legal.

Um doce engano.

Como ontem, vários documentos chegaram para serem entregues para Jhones, os levei como fiz ontem de novo. Porém tinham também telefonemas para atender, reuniões para remarcar, consultas médicas para agendar e cancelar. Até mesmo a mãe dele ligou perguntando porque o filho faltou o jantar ontem.

Isso para não falar da caixa de aparelhos velhos e quebrados que chegou aqui. Eram peças antigas e sujas. Provavelmente vindas de um ferro-velho qualquer. E me pergunto porque Jhones teria que precisar de peças assim. As Indústrias Stark não poderiam fornecer peças novas e funcionando?

Mas como eu sempre lembro quando vejo uma panela sendo vendida: É uma panela velha que faz comida boa. Não irei perguntar, apenas avisei a ele que a caixa havia chegado. Isso já era cinco horas, o horário em que eu devia estar indo para casa. Mas não. Devido a minha... noite com o Steve, meu celular descarregou durante a noite e não pode me acordar.

Lembrar disso além de me fazer sorrir sutilmente, me faz sentir um leve calor, por mais que o ar-condicionado estivesse ligado. Talvez fosse o meu coração batendo mais forte e causando ondas de calor mais fortes.

Foi algo... Que eu não esquecerei. Algo carinhoso e amável. Que me faz girar nas nuvens só de lembrar da maneira como ele dormia. Eu o vi dormir. Nós dormimos juntos. Steve passando o braço por cima de mim enquanto eu dormia por cima do seu peito. Clichê, né? Mas nunca amei um clichê como antes.

Lembro que Steve tinha me dito que queria fazer isso num momento especial, e não quando eu estava levemente influenciada pelo vinho. Bom, eu estava, muito levemente. Mas o principal, foi num momento em que eu soube verdadeiramente dos sentimentos dele por mim. E ele soube dos meus por ele. Foi no momento certo e perfeito. Foi especial.

Bom, muito mais especial do que a minha primeira vez e algumas outras seguintes. Emanoel. Não encaro mais esse nome com bons olhos. Mesmo alguém com esse mesmo nome seja como um anjo, sempre o tratarei como alguém que irá me magoar, como ele fez.

Tive poucos namorados por ser tímida e reservada demais, mas esse foi o namoro mais intenso e problemático que eu poderia ter tido. Meus pais o odiavam, não o suportavam. Odiavam ver o fato que a filha deles estava se envolvendo com um marginal.

Não, Emanoel não era um marginal. Apenas tinha abandonado a escola e trabalhava numa padaria como caixa. Porém bebia, fumava, os pais o deixavam “solto” demais, e segundo alguns amigos dele, usava drogas. Mas eu não ligava. Claro que não. Que menina de dezessete anos ligaria quando estivesse apaixonada?

Quer dizer, com dezessete eu não era uma menina. Já se passaram oito anos. Mas ainda guardo mágoas do desgraçado. Meus pais ainda o odeiam. Mas segundo esses mesmos amigos com quem falei ano passado, Emanoel continuava a me amar como se não tivesse passado nem uma semana. Como lidar?

O telefone começou a tocar me despertando desses pensamentos que tentei a todo custo manter longe por tantos anos. Eu estava no trabalho. Tinha que me focar no trabalho, e não me distrair por causa de um garoto que fez parte da minha vida. O Steve até vale a pena me distrair um pouco, mas Emanoel não vale nada.

Porém, enquanto eu ainda falava com a outra pessoa na linha, que avisava que as encomendas que Jhones havia encomendado haviam sido finalizadas e esperando para serem pegas, alguém bateu na porta. Surpresa, e um pouco sem reação, afastei o telefone no rosto tampando o microfone ainda tentando digerir aquilo.

—Meu deus... Só um minutinho – pedi ao Tony que assentiu entrando na sala e observando tudo ao redor – Tudo bem, irei buscar daqui a pouco. Obrigada. Boa tarde – e desliguei o telefone e encarei o moreno com um lindo buquê de rosas vermelhas observando a pequena estante de livros de engenharia – São para mim ou para a Pepper? – pergunto temendo que fosse para ela e eu pagar esse mico.

—São para você. Pepper não gosta muito de rosas – ele explicou me entregando o buquê. Senti o cheiro das rosas e sorri encantada. Adoro flores. Steve sabe disso –Eu não peguei o cartão! – avisou com pressa se sentando na mesa de Jhones. Claro que eu não liguei. Mas procurando pelo cartão, cadê? Olho para o moreno, que revira os olhos me entregando o cartão que estava em seu bolso.

—Não pegou, né? – ironizo abrindo e lendo com ansiedade. Era a letra dele! E o que me surpreendeu ainda mais, estava em português! O esforço que Steve deve ter feito para copiar tudo em uma língua que ele não entende nada me encanta ainda mais.

Ternura

“Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora”.

Vinicius de Moraes

—Eu juro que não li... – ele garantiu, mas estava aberto! –agora – ele completou e bufei virando com a cadeira para frente e deixando o lindo buquê em cima da mesa – Você não deveria estar indo para casa agora? – Tony pergunta e assinto com a cabeça, mas me dá uma vergonha de explicar que cheguei atrasada a ponto de ter que ficar até mais tarde...

—Sim, mas irei ficar mais um pouco. O senhor Jhones precisa de mim, então... – respondo retirando os papeis que entregaram aqui de cima da mesa e deixei no canto da mesa do Jhones.

—Cap mandou esse buquê para você no meio do expediente depois daquele lindo jantar de ontem. Tem certeza que quer ficar mais tempo aqui? – Tony perguntou como se fosse óbvio, até porque era, mas eu disse que ficaria até ás sete – Olha, eu amo o meu trabalho, mas se a Pepper me mandasse qualquer coisa que eu gostasse para cá, eu largaria o que eu estava fazendo e ia para...

—Senhor Stark! É uma honra! – Jhones estava na porta e olhando o moreno estupefato, admirado, como se estivesse olhando a lenda das lendas.

—Sua mesa, né? – Tony pergunta saindo da sua mesa e passando a ficar de pé enquanto consertava o terno – Me chame de Tony – pediu enquanto oferecia uma mão para apertar. Jhones, verdadeiramente nervoso, olhou suas próprias mãos cobertas por graxa e óleo. Estavam imundas.

—Desculpe, mas irei apenas sujar o senhor – o meu chefe avisou mostrando suas mãos ao moreno, que assentiu aceitando a justificativa.

—Não seja por isso. Para mim, engenheiros tem sempre que manter suas mãos ocupadas e sujas de óleo, graxa, essas coisas. Deixar o trabalho chato para elas – Tony finalizou olhando para mim com um ar risonho, dizendo que o trabalho burocrático era trabalho das secretarias. Revirei os olhos.

—Sim, eu concordo, senhor Stark – concordou Jhones com um olhar admirado. Será que ele ainda não aceitou que Tony está aqui e não é nenhuma miragem ou alucinação dele? Pois pelo seu olhar, aquilo não passava de um sonho. Como Tony consegue viver assim?

—Bom, vou indo – avisou batendo em um dos ombros do meu chefe, que sorriu –E libere a senhorita aqui, ok? – ele pediu agora batendo no meu ombro. Tenho que me lembrar de agradecer ao Tony depois.

—Tchau, senhor Stark! – Jhones se despediu quando ele já havia passado pela porta e nem eu conseguia mais vê-lo. Jhones estava realmente surpreso e entusiasmado. Aposto que ele deve ter vários bonecos do Homem de Ferro em casa – Você o conhecia antes? – ele perguntou surpreso e bastante impressionado. Assenti com a cabeça.

—Meu namorado é amigo dele – respondi simplesmente. O moreno me encarou ainda mais impressionado, mas logo tratou de se recompor quando olhou a caixa que entregaram mais cedo. Se agachou com um pouco de dificuldade e revirou a procura de uma peça.

—Você pode ir, Laury – Jhones avisou e escondi o meu sorriso ansioso – Mas que o atraso de hoje não se repita mais – ele alertou e assenti com a cabeça prontamente. E novamente, ignorei a troca do meu nome por um que nunca ouvi antes.

—E não vai – repito pegando a minha bolsa, o celular e o buquê – Até amanhã, senhor – me despedi saindo da sala e fechando a porta de vidro. Ele nem respondeu. Mas não liguei. Eu estava indo para casa finalmente! E com um lindo buquê nas mãos... É tão bonito!

Eu quero chegar logo em casa, encontrar o Steve e agradece-lo pelo lindo presente e a surpresa que melhorou mil vezes o meu dia. Uma pergunta que já surgiu na minha mente muitas vezes antes: O que eu fiz para merece-lo?

“Se você não está disposto a parecer um idiota, não merece se apaixonar”.

—De Repente é Amor.


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Notas finais do capítulo

Entenderam porque eu disse que o capítulo estava mais fofo do que o normal? Ah... Steve... Faz isso não... Oxê... Assim quem se emociona sou eu! E acho que boa parte das minhas leitoras, né não? KKKKKKKKKKKKKK

E o Tony?! Que figura gente... Disse que não leu o cartão, mas leu sim! Leu sim que eu sei... Oh, bilionário gostoso e super curioso. Coitada da Pepper para aguentar esse homi.

Ok... Eu sei que o Emanoel não é uma das pessoas mais saudaveis para se conviver, mas eu juro, que SE ele aparecer, vocês vão gostar dele. Assim como vão gostar do Jhonas! Juro! OU vou tentar.

Bom... Gostaram do capítulo? Me digam! ESTOU SUPER CURIOSA!

Beijos e até o próximo capítulo.

PS: A PROPOSTA DA RECOMENDAÇÃO AINDA ESTÁ VALENDO! MAIS UMA RECOMENDAÇÃO E POSTO TODA SEMANA! ESTÃO AVISADAS!



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