Love Story escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 18
"Não desfrute somente o sol, aprecie também a lua. Não desfrute somente a calmaria, aproveite a tempestade. Tudo isso enriquece a existência. A vida não acontece somente dentro de uma casa, de uma cidade, de um


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Tudo bem com vocês? Espero que sim para que possam aproveitar bem o capítulo!

Não demorarei muito, apenas quero agradecer a quem comentou, Katherinesalvatore2008 e Bibusfrost, muuuuito obrigada! O capítulo vai dedicado a vocês, ok?

Beijos e aproveitem o capítulo! Sintam-se à vontade para comentar e dizer o que acharam! Fui!



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O velório terminou calmo e tranquilo, com apenas amigos próximos da senhora Mags, eram poucos, mas todos eles pareciam boas pessoas e tão devastadas com a ida dela quanto eu. Os pais do Andrew chegaram cinco horas depois que eu fui embora do apartamento dele, chegaram de madrugada e estavam no velório também. E eu fui sozinha.

Eu quis ir sozinha. Steve tinha passado no meu apartamento depois de não ter dado notícias depois de algumas horas preocupado, já que eu sempre mandava mensagens durante o dia para ele, mas minha mente estava tão aprofundada no que está acontecendo que esqueci e não pareceu muito importante. Ele se ofereceu para ir junto, mas neguei.

Haveria uma pequena reunião na casa do Andrew, coisa simples e rápida, com comidas compradas prontas e sucos feitos daquele pó vendido nos supermercados, já que ele mal sabia fazer um café. Eu o ajudei no que pude, mas seus pais deram mais apoio do que Andrew deu a entender quando me contou sobre eles.

Eram pessoas calmas e discretas, andando para todo lado juntos e com quase nenhum sinal de luto no rosto, não que estivessem rindo e sorrindo, mas seus rostos sérios não deixavam passar nada. E pareciam tão distantes quando Andrew me falou, até a mãe dele, filha da senhora Mags.

Voltei para casa com uma lata de Coca-Cola pela metade e a vontade de passar o resto do dia em casa no conforto do meu quarto e me deixar pensar e raciocinar sobre o que está acontecendo, já que muita coisa aconteceu desde ontem. Porém eu tinha o jornal de hoje e algumas possibilidades de empregos circuladas com caneta aonde eu poderia tentar.

Retirei o vestido preto e o casaco também preto, os saltos baixos da mesma cor escura e coloquei algo mais leve e formal, arrumei corretamente o cabelo e escovei os dentes, pronta para sair de casa quando alguém bate na porta, e reconheço de imediato, Steve está batendo na porta.

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Abro e o vejo com um sorriso de lado, retribuo dando espaço para que ele entre. Ele me beija rapidamente ficando de frente para mim.

–Aonde vai? – pergunta curioso.

–Vou tentar arranjar um novo emprego, já perdi muito tempo – respondo me sentando no sofá e calçando minhas sapatilhas deixando minha bolsa de lado já pronta com tudo o que preciso, celular, carteira, currículos e essas coisas.

–Tenho uma boa notícia – anuncia e olho para ele, as mãos atrás do corpo e um sorriso ansioso nos lábios, aposto se fosse uma criança estaria agora mexendo freneticamente nas pernas de tão ansioso que estava para contar a boa notícia.

–O que houve? – pergunto com um sorriso leve nos lábios feliz por vê-lo assim.

–Lembra do Tony? – pergunta e assinto com a cabeça me perguntando curiosa o que isso a ver. Assinto com a cabeça em seguida – Ele é dono da maior empresa de tecnologia do mundo, segundo ele, e disse que poderia conseguir alguma coisa para você, já que gostou de você – conta para total surpresa minha.

–Indústrias Stark? Mas eu não sei nada sobre tecnologia, nada! – afirmo e vejo o Steve assentir concordando – Como trabalharei numa empresa de tecnologia se eu nem sei como instalar um programa direito no computador sem fazer besteira?! Não, não posso Steve. Agradeça a ele por mim por favor – peço terminando de calçar as sapatilhas e já me pondo de pé.

–Laura, me escuta, ele deixou bem claro que não será nada do tipo que você teria dificuldades em fazer. Você é uma pessoa inteligente, vai tirar isso de letra – ele me incentiva, mas não surte muito efeito, apenas fico receosa em aceitar.

–Eu não sei... – coço a minha nuca nervosa – Isso não é tirar a chance de outras pessoas que merecem por mérito próprio estarem lá? – pergunto com receio de fazer exatamente isso, e além de claro de trabalhar num lugar aonde não conheço ninguém e que pode ser um lugar totalmente intimidador por exemplo.

Steve não responde pois sabe que estou certa. Levo isso como uma resposta.

–Viu só? – aponto para seu rosto paralisado ao pensar por esse lado –Prefiro fazer uma entrevista primeiro, e se eu for aceita, bom, se não for, não vai ser desesperador – respondo até um pouco dramática demais, o fazendo relaxar e sorrir um pouco.

–Então você topa ao menos tentar uma entrevista? – pergunta tocando minhas mãos com cuidado. Assinto com a cabeça e ele solta um sorriso empolgado.

–Mas ainda tentarei com isso aqui – digo apontando para o jornal na minha mão. Ele assente e abre a porta para mim me permitindo passar.

–Posso te levar, se você quiser – oferece, mas nego, ele insiste e acabo por aceitar.

No final da tarde, paramos numa lanchonete para tomar um milk-shake, e enquanto eu tomava silenciosamente com Steve na minha frente observando o movimento de pessoas na rua, eu pensava quietinha sobre as possibilidades a minha frente, já que fiz entrevistas para mais de sete empregos só hoje, não passaram de conversas, mas que já era alguma coisa.

Dentro das sete entrevistas, haviam a certeza de uma possibilidade em três, o resto eu não poderia ter tanta certeza assim. Dentro dessas três, eram vagas para caixa de supermercado, garçonete de um elegante restaurante e vendedora de uma boutique nova na cidade. Nenhum desses empregos me deixava animada para trabalhar.

Também pensei no que Steve havia me dito. Trabalhar nas Indústrias Stark? Se eu me levantasse e esticasse um pouco o pescoço, eu poderia ver uma pontinha do letreiro gigante e luminoso escrito “Stark”, mas ainda acho que não sou capacitada para trabalhar num lugar desses, mesmo que seja somente ajudante de uma secretária por exemplo.

Por fim, depois da ligação do Steve para o Tony mais cedo enquanto eu conversava com o dono do restaurante para a vaga de garçonete, o loiro havia me dito que a vaga era realmente pouca coisa, não era nado do tipo que se eu fizesse algo de errado, colocaria toda a empresa em apuros por exemplo, o que me tranquilizou por dentro.

Suspirei me imaginando andando pelos corredores elegantes da empresa com inúmeros papeis nas mãos na correria e até um pouco estressada, mas adorando o fato de trabalhar com algo sério e “importante” pela primeira vez, e ainda estar trabalhando ao lado de pessoas que acredito estar ajudando a tornar esse planetinha azul, num lugar melhor de viver.

Porém, algo que destaquei muito nas minhas entrevistas foi o fato de que sou musicista e que preciso ter um horário fixo, e não me chamarem a qualquer hora do dia para trabalhar. Seis dos sete entrevistadores me garantiram que haveria um quadro de horários fixos para cada funcionário do lugar.

Discretamente, fiz um gesto para uma garçonete para se aproximar, paguei os dois milk-shakes e ela se foi, e comemorei que Steve estivesse tão distraído que nem notou que eu mesma paguei alguma coisa por nós dois pela primeira vez em meses! Meses! Steve quase nunca me deixava pagar alguma coisa, era sempre somente a metade.

O chamei despertando de seus devaneios e perguntando se não poderíamos ir agora, ele concordou e quase chamou a mesma garçonete para pagar, mas lhe mostrei o recibo com um sorriso vitorioso no rosto. Steve revirou os olhos saindo do lugar segurando a minha mão, eu ri da sua cara e ele deu um pequeno sorriso junto.

Voltamos para casa em poucos minutos, pegamos as cartas e subimos, ainda discutindo sobre o que eu havia feito. Eu expliquei que era uma brincadeira, e que sou muito grata por Steve pagar tudo sempre, e ele sorriu aceitando as minhas desculpas e depositando beijos delicados nos meus lábios.

Cerquei seu pescoço com meus braços enquanto eu estava na ponta dos pés observando seu rosto calmo e sereno, e ele observava o meu. Sua boca estava na altura da minha testa e depositando beijos delicados nela, fecho os olhos aproveitando das caricias. Steve se volta para a minha boca mais uma vez, a explorando com a língua.

Fecho os olhos saboreando o gosto achocolatado que estava na sua boca graças ao milk-shake, e aposto que ele está sentindo o gosto de morango na minha. Porém, essa mistura até um pouco comum em biscoitos recheados, resultou em um sabor ainda melhor, e somado aos incríveis beijos do Steve, não consigo me distanciar de seus braços agora.

Sinto suas mãos segurando a minha cintura enquanto segurava as cartas. Ele me convida para ir ao seu apartamento aos sussurros, aceito tentando disfarçar as minhas pernas bambas e os suspiros apaixonados que escapavam pela minha boca. Ele abre a porta da sua casa e entro deixando minha bolsa, casaco e as cartas em cima da sua mesa. Ele faz o mesmo.

–Comprei um vinho novo, quer experimentar? – pergunta o loiro vindo da cozinha, digo que sim e me jogo no sofá sentada com a cabeça jogada e pendida para trás, apenas descansando meus olhos e mente, que permaneceram ativos durante todo o dia, e que agora cobram seu preço pelo cansaço físico e mental, até meus músculos também pediam descanso.

Steve volta com duas taças de vinho novinhas e uma garrafa de vinho parecendo bem caro, não do tipo que geralmente compramos em supermercados, essa veio diretamente de uma loja especializada em vinhos, e estranho a hora que ele escolheu para abrir a garrafa e tomarmos um pouco.

–Porque agora? – pergunto curiosa segurando uma taça enquanto ele retirava o selo na boca da garrafa do vinho – Poderíamos reservar essa garrafa para quando tivermos uma data especial, por exemplo. A Ação de Graças está chegando, falta quase uma semana – lembro e ele concorda, mas continua a tentar abrir a garrafa.

–Tenho outra, não se preocupe – responde e aceito enquanto o vejo retirar a rolha da garrafa com facilidade, enquanto eu demoraria longos minutos e ainda precisaria de um utensílio para isso – E em falar em Ação de Graças. Onde você vai passar o feriado? – pergunta derramando o vinho na minha taça primeiro, e deixando nada além de dois dedos.

–Não sei, pensei em convidar a família da Alicia para comer na minha casa, já que é o meu primeiro aqui, mas acho que daria muito trabalho – respondo colocando as pernas de lado em cima do sofá, dando espaço de sobra para ele se sentar à vontade, não quero deixa-lo desconfortável em sua própria casa.

–Bom, Tony nos convidou para participar do jantar dele – avisou o loiro enquanto se sentava ao meu lado com a sua taça com dois dedos somente também. Concordei com a cabeça – Estou estranhando o Tony ser tão legal conosco, ele geralmente não gostava muito de mim – comentou.

–Mas porquê? – pergunto curiosa. Afinal, o que Steve poderia ter feito a Tony para que ele não gostasse do loiro? É um pouco difícil pensar em algo, apesar de que Steve as vezes pode ser teimoso e orgulhoso demais as vezes, mas nada o suficiente de levar alguém a não gostar dele.

–Até hoje não sei, mas que provavelmente passou. Mas vamos deixar isso para lá – encerrou o assunto com um leve sorriso no rosto. Ofereceu sua taça para brindarmos, sorri para ele também levando minha taça a boca em seguida, experimentando o sabor do vinho, e talvez eu considerasse agora comprar vinhos em lojas especializadas ao invés de supermercados.

O doce sabor da bebida simplesmente me encantou. Eu sempre me acostumei a vinhos de sabor suave e o teor alcoólico forte, porém esse é justamente o contrário, um sabor forte e o álcool mais leve, descendo com facilidade pela minha garganta. Imediatamente pego a garrafa colocando meia taça inteira para mim.

–Bom, não é? – pergunta Steve rindo do que meu desespero por mais. Concordo bebericando um pequeno gole, ainda sentindo o doce sabor dançar dentro da minha boca. Me encosto no sofá com a taça em mãos com um sorriso tranquilo e feliz nos lábios, estranhando até o Steve ao meu lado, que se esticou para pegar mais também.

–Não compro vinho de supermercado nunca mais! – digo com firmeza, batendo no meu joelho a cada palavra dita, fazendo Steve rir da minha reação –E o pior que sempre achei que nunca liguei muito para isso, mas é melhor do que pensei depois de um dia cheio – comento e ele concorda tomando um pouco também.

–Ainda bem que abri agora – ele comentou baixinho e o agradeci em seguida, pelo vinho. Ele disse que não era nada. Me aproximei dele, apoiando minhas costas em seu peito, tomando cuidado para que eu não atrapalhasse na hora dele beber. Steve cercou meu corpo com um dos braços e depositou beijos delicados no topo da minha cabeça. Sorri.

"Não desfrute somente o sol, aprecie também a lua. Não desfrute somente a calmaria, aproveite a tempestade. Tudo isso enriquece a existência. A vida não acontece somente dentro de uma casa, de uma cidade, de um país: ela tem de ser experimentada dentro do universo".

Roberto Shinyashiki.


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Notas finais do capítulo

Então... O que acharam? Digam-me! Espero que tenham aprovado. E o próximo capítulo achei que ficou bem legal, espero que gostem também.

Então... A gente se vê em duas semanas. Beijos e fui! ^.^

PS: leitores de Thinking of You, postei a terceira temporada (finalmente!), espero que gostem e acompanhem! Link: https://fanfiction.com.br/historia/647200/AlmostLover-Parte1/