Capitulo X – A lua de mel

Gramado é uma cidade localizada na Serra Gaúcha, no estado de Rio Grande do Sul. País? Brasil.

Em um hotel luxuoso no meio daquela linda cidade estava o casal mais feliz do mundo. Dormiam com os corpos entrelaçados, suas respirações lentas. Seus rostos serenos e felizes depois de uma noite repleta de amor e desejo. Mudavam de posição preguiçosamente, mas sempre abraçadinhos, o calor de um era a casa do outro. O garoto de cabelos rebeldes foi o primeiro a abrir seus olhos e observar o anjo ruivo que dormia em seus braços. Ela, logo depois, piscou seus olhos devagar até focar no homem ao seu lado.

– Bom dia – ele disse depositando um selinho na boca dela.

– Bom dia – ela respondeu com um sorriso dorminhoco – Quero acordar assim todos os dias.

Ele sorriu e a beijou apaixonadamente. Quando se afastou penetrou seus olhos na amada.

– Eu te amo, Gina – ele sussurrou.

– Eu te amo mais, Harry.

Harry apoiou o cotovelo na cama e a mão na cabeça, olhando Gina um pouco mais do alto. Com a mão livre começou a acariciar seus cabelos ruivos.

– Foi bom para você? – ele perguntou, de repente preocupado.

– Esta noite? – ela quis saber. Harry assentiu – Acho que não poderia ter sido melhor. Foi perfeita!

– Tem certeza?

Ela assentiu e depois lhe deu um selinho.

– Valeu a pena ter me guardado todo esse tempo para esse momento – ela disse – Como eu disse: Foi perfeito. Mas e para você?

– Você ainda tem dúvidas? Gina, essa foi a melhor noite da minha vida.

Gina sorriu triunfante e se levantou de repente, pulou para fora da cama e seguiu para o banheiro. Totalmente nua.

– Para onde você vai? – Harry perguntou perturbado, já se sentando na cama. Mas congelou com a visão da mulher nua a sua frente. A visão mais linda que ele já teve o prazer de ver.

Gina parou no meio do caminho, mas não por que Harry chamou. As janelas estavam totalmente aberta e um vento frio invadiu o quarto. Fazia muito frio em Gramado. Ela voltou pulando na cama e agarrando Harry para um abraço. Ele bateu as costa no colchão macio e começou a rir cobrindo-a com o cobertor.

– Gina, você tinha que ter visto sua cara quando foi pega pelo frio! – Harry continuava a rir.

Sem se soltar do braço de Harry, Gina o mordeu de leve no peito.

– Ai – ele gritou – Já parei, já parei!

–Acho bom!

Harry tirou os fios de cabelo ruivo do rosto de Gina e olhou bem nos seus olhos.

– Você, nua na frente da minha cama, foi a coisa mais linda que eu já vi – ele disse.

– Harry James Potter? – Gina começou – Falando esse tipo de coisa em vós alta?

– Esse tipo de coisa eu só digo para você, Sra. Potter – ele sorriu.

– Me chama de novo?

– Sra. Potter? – Harry disse de uma forma muito sedutora – Minha Sra. Potter que eu tanto amo?

Gina riu e o beijou faminta. Seus corpos ficaram ainda mais próximo transmitindo uma sensação indescritível para ambos. Os amantes passaram semanas e semanas nessa rotina de apaixonados. Pediam comida no quarto. Se amavam em palavras, mal saiam para conhecer a cidade e quando faziam chamava atenção de todos os trouxas com beijos apaixonados e caminhadas felizes.

Harry nunca esteve tão feliz, tão completo. Claro que o vazio que seus entes queridos deixaram nele quando morreram nunca poderá ser substituído por ninguém, mas Gina era capaz de lhe dar uma sensação nova, que amenizava todas as dores antigas e Harry transmitia esse mesmo efeito para ela

Gina podia afirmar com todas as letras que era a mulher mais feliz do mundo. Ela já sabia, mas confirmou que Harry, seu Harry, era perfeito em tudo. Ela se sentia amada e completa. Ela tinha encontrado o que os trouxas chamam de alma gêmea, mas na verdade o que ela encontrou em Harry era muito mais do que isso. Era algo tão grande que nenhum dos dois conseguiam achar um termo que definisse tal sentimento.

Enquanto eles aproveitavam o hotel, a cidade e as comidas exóticas - que eram muito deliciosas - Gina percebeu algo em Harry que nunca tinha visto antes. Ela o viu despreocupado, feliz, mais tranquilo do que nunca, com a atenção voltada a alguém que só trazia felicidade, nenhum tipo de preocupação. Gina ficou ainda mais feliz quando percebeu que esse alguém era ela. Era ela que fazia isso com ele. Era ela que o completava. Era ela que se encaixava desde sempre no modelo mulher perfeita para Harry Potter. Ambos sabiam disso.

– Eu te amo – ela o surpreendeu no meio das ruas de Gramado. Os dois faziam uma caminhada matinal na segunda semana de lua de mel.

Ele a olhou sabendo que aquele eu te amo era diferente, como se ela estivessem dizendo mais para si mesma como uma confirmação do que para ele. Harry apertou ainda mais o seu corpo contra o dela, passando a caminharem mais devagar.

– Esta gostando daqui? Desse nosso momento? – ele perguntou.

– Amando – ela respondeu sorridente. Observando o movimento da cidade enquanto caminhava – Aqui seria um bom lugar para criar crianças. É calmo.

– Também acho. Mas sem chance – Harry disse – Sua mãe nos mataria se soubesse que nós ao menos pensamos em trazer os netinhos dela para o outro lado do mundo.

– Netinhos que nem nasceram – Gina observou.

Os dois riram daquilo. A Sra. Weasley ficaria uma fera. Apesar de aparatar ser uma forma muito rápida de viajar, as crianças precisariam crescer até uns dez anos para praticar o truque. E a Sra. Weasley odiava aviões, ela não andava e nem queria que ninguém andasse de avião.

– Filhos, é?

– Sim, mas não agora.

– Fique sabendo que eu ficaria muito lisonjeado se você me desse um filho – disse Harry depositando um beijo no rosto de Gina.

– No tempo certo, meu amor – ela disse – E não serão só um. Serão vários.

Ele riu.

– Eu adoraria.

Quando perceberam, já tinham dado uma volta no centro da cidade e estavam novamente em frente ao hotel onde se hospedaram. Eles pararam ali e ficaram um de frente para o outro. Se olhando por um tempo.

– Você é minha vida, Sra. Potter – Harry sussurrou.

– E você é a minha, Sr. Potter – Gina disse entrando na brincadeira.

E ali mesmo trocaram um beijo, um beijo como nunca haviam trocado antes. Um turbilhão de emoções estavam naquele beijo delicioso. Harry tinha pedido um tempo no departamento de Aurores e Gina decidiu não jogar nessa temporada para as Harpias. Sendo assim eles tinha tempo de sobra para aproveitar aquele lugar e trocar mais beijos como aquele.