Capitulo XXVIII - O pôr do sol em família

Era meio de tarde nos jardins da Toca. O almoço tinha acabado há umas duas horas e depois de colocarem as crianças para dormir e um bom descanso, George, Rony, Harry e Gina pegaram as vassouras na cabana velha dos Weasleys e levantaram voou para se divertir com uma goles nos céus da Toca, Hermione decidiu ficar muito bem deitada em um sofá enquanto lia um clássico trouxa e Angelina descansava em uma enorme poltrona enquanto lia alguns dos livros de receita de Molly.

Os quatro jogadores improvisaram dois arcos que ficariam sem defesa. Como era quatro pessoas, ficaria duas para cada time e ganhava quem acertasse mais goles nos gols, simples assim. O difícil foi saber quem era os times...

– Harry não pode ficar contra a Gina, ele deixaria ela ganhar! – George argumentou contra Rony.

Os quatro discutiam ainda no chão. Gina estava com a cara fechada e braços cruzados em volta da sua vassoura. Harry olhava para o céu e contava nuvens tentando não explodir com as frescuras de Ron que estava querendo jogar com Gina exatamente pelo fato de Harry provavelmente deixar a mulher ganhar e por a ruiva se muito boa. Poderia ser só uma brincadeira, uma forma de lembrar os velhos tempos, mas para Ron era muito mais que isso e George era o único que tinha paciência para discutir diretamente com o ruivo. Tinha...

– Serio, Roniquito! Deixa de drama – George disse.

– Vamos, Gina! Nos dois juntos vamos arrebentar – Rony se virava para a irmã, ignorando completamente o irmão.

– Por que você acha que Harry me deixaria ganhar? – Gina quis saber sarcástica.

– Porque Rony é um competidor – respondeu Harry pelo o amigo – Seria duas vantagens, já que você era uma ótima artilheira em Hogwarts.

– Não é isso, vamos admitir que formamos uma bela dupla - Ron argumentou colocando o braços direito nos ombros da irmã.

– Okey, okey. Jogarei com meu marido! – Gina disse em tom de sentença tirando o braço do irmão de si e subindo na vassoura e flutuando devagar.

– Mas isso é injusto! – Rony exclamou – Ele é rápido e forte! Vocês dois juntos seria o lado mais pesado da balança.

– Ora essa! – George reclamou – Esta desconfiando da minha capacidade, Ronald Weasley?

– Ta bem, ta bem – Ronald disse derrotado – Vamos só jogar, okey?

– Quem ta fazendo drama é você, não nós – Harry soltou depois subiu na vassoura e seguiu dando umas voltas no campo improvisado.

Os quatro jogaram até o sol dá os primeiros sinais de cansaço e seguir para seu esconderijo no oeste. Gina acertava uma bola atrás da outra, mas George não ficava muito atrás. Harry também era muito bom e marcava com belos lances, Ronald marcava bastante, mas escolheu por ficar perto do seu arco a fim de protegê-lo. Depois de algum tempo, o que era uma disputa, virou completa diversão com direito a muita nostalgia para todos.

Risos se intensificavam a cada trapalhada que Rony fazia, agora propositalmente, em cima da vassoura. Não havia exaustão, só a vontade de jogar mais e mais e voar mais e mais. O vento batendo no rosto daquela forma, trazia com ele tantas lembranças tanto para Harry, como para Gina, George e Ron.

– Ei, casal Quadribol! – uma voz feminina chamou lá embaixo chamando a atenção especial de Gina e Harry – Há dois garotinhos acordados aqui, querem ver os pais deles!

– Estamos descendo, Hermione! – Gina gritou de volta guiando a vassoura para a entrada da Toca seguida por Harry.

Os dois ficaram flutuando em frente a porta enquanto Hermione entrava na Toca e voltava com Albus nos braços e James ao seu lado. A primeira coisa que James fez foi correr para o seu pai e levantar os bracinhos.

– Voar, papai! Voar, papai! – o pequenino pedia dando pulinho para alcançar pelo menos os pés do papai.

Harry abaixou ainda mais a vassoura e alcançou o filho o envolvendo nos braços.

– Quer voar com o papai, amigão?

– Voar! Voar! – James pedia.

– Que tal esperarmos a mamãe e o irmão? – Harry perguntava sorrindo carinhosamente para o filho nos braços.

– Mãozinho vai voar também? – James parecia confuso.

Harry assentiu pro filho e lançou um olhar significativo para esposa. Gina estava meio insegura quanto a levar o pequeno Al para um voo de vassoura, mas o pegou dos braços de Hermione mesmo assim. Segurando ele com um braço e na vassoura com outro, Gina os levou para cima ao lado de Harry e James e começaram a rodar lentamente lá em cima.

George passou a voar na frente dos sobrinhos e fazer brincadeirinhas tais como caretas e simulações de quedas, mas sempre com salvamentos engraçados. James se divertia desde o momento que subiu na vassoura com o pai até agora, afinal ele já tinha voado algumas vezes com a mãe também, mas Albus estava assustado no começo, era seu primeiro voo, porém se acostumou e até batia palminhas para o vento fazendo Gina deixar um sorriso muito bobo estampado no rosto.

Rony desceu e ficou do lado da esposa, ambos observando as vassouras lá em cima.

– Quando você vai me deixar levar Rose para dá uma volta comigo? – Ron perguntou a Hermione abraçando-a por trás.

– Nunca! – a morena foi firme.

– Ah, Mione! Não é porque você não gosta de voar que Rose deve ser privada disso.

– Ela ainda é um bebê, Ronald!

– Olha para Al lá em cima, ele também é um bebê – Rony argumentou.

Hermione bufou, não tinha como discutir com o ruivo.

– Deixa ela fazer pelo menos um ano – a morena pediu – Ai eu compro uma daquelas cadeirinha trouxas que amarra o bebê no corpo do pai ou da mãe.

Rony sorriu com o queixo encostado no ombro de Hermione. Mal podia esperar para apresentar a filha ao maravilhoso mundo do Quadribol.

Um choro pôde ser ouvido de um dos quartos da Toca e como Angelina estava em um nível de gravidez nada favorável para subir escadas, George guiou sua vassoura o mais rápido possível para a janela de seu antigo quarto em socorro a um garotinho muito ruivinho. mais conhecido como Fred, acordar faminto. Enquanto lá em cima, a família Potter, passava a observar o pôr do sol.

– Esta vendo como é bonito, amigão? O pôr do sol – Harry disse apontando para o oeste enquanto James subia em sua cacunda, sentindo o prazer de ficar ainda mais alto.

– Dói, papai. Dói – o menino respondeu colocando as mãozinhas na frente dos olhos. O pai riu baixinho com a observação do filho.

– Ele esta cada dia mais esperto – Gina disse posicionando-se ao lado da vassoura do marido. Albus está muito bem embalado nos seus braços com o dedinho polegar na boca, seus olhos estão levemente pesados, mas ainda abertos e mais brilhantes com a luz do sol que bate neles.

Harry parou para observar o filho por um segundo, minutos... Não se sabe ao certo. Fazia isso todos os dias antes de coloca-lo para dormir e Albus parecia corresponder esse olhar com a mesma intensidade. Os olhos de Lílian...

– Oh James! – Harry exclama agora com os olhos a onde o sol se esconde quando percebe que a luz no rosto de Al enfraqueceu – Esta se pondo, aposto que agora você pode ver!

James apenar bateu palminha e pulou sentado nos ombros do pai, abrindo um sorrisinho encantador com a paisagem a sua frente.

– Segure-o, Harry – Gina pediu claramente preocupada olhando a agitação do filho.

Harry colocou as mãos nas perninhas do filho sem discuti.

– Acho que ele vai se um bom jogador – Gina comentou olhando para James.

– Tenho certeza! – o moreno afirmou – E com Al não será diferente, ele amou o primeiro voou, não chorou e nem fez cara feia.

– Isso por que ele voou com a mãe, meu bem – a ruiva disse convencida trocando o peso do filho para o outro braço.

– Mama – o pequenino de olhos verdes soltou surpreendendo a todos.

– Ele disse mama! – foi James quem exclamou com uma voz fofinha de bebê.

Como era de costume e como já havia acontecido uma vez, Gina deixou algumas lágrimas escaparem e não teve nenhuma preocupação em limpá-las. Harry sorriu de orelha a orelha e mesmo que James não entendesse quase nada sobre a extensão do sentimento que a mãe ou o pai sentiam em um momento desses, ele estava claramente muito mais feliz do que a poucos minutos atrás.