Rise of Lorien escrita por Sammy Martell


Capítulo 12
Capítulo Doze


Notas iniciais do capítulo

Foi rápido não? Tive mais tempo para escrever o capítulo e quero compensar pelos meses de espera. Me desculpe se não ficou muito bom.



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Acordo com uma mão em minha boca, tudo está escuro então percebo que já passou do toque de recolher e ninguém deveria estar acordado. Penso em me defender, mas então percebo os cabelos loiros e molhados quase lhe cobrindo os olhos cinzentos. A mão é retirada de minha boca lentamente.

– O que diabos, Drake! - exclamo, me sentando.

– Shh. - ele sinaliza.

– O que aconteceu? - sussurro.

Ele me joga um cardigan e se vira para encarar a janela. Noto as luzes e um barulho ensurdecedor. Parece com a primeira vez em que os mogs fizeram contato com os humanos, eu estava ouvindo e me lembro do discurso de Setrakus palavra por palavra.

– Eles estão procurando por alguém. - agarra meu braço. - Precisamos sair daqui.

– Por que? Você não acha que...

Mal tenho tempo de colocar as pantufas no chão e mesmo assim consigo pega-las e acompanhar o loiro.

Ele para de repente no corredor, me jogando contra a parede, um braço em cima de meu pescoço.

– O que você... - tento falar, mas a força de seu braço em minha garganta me impede de continuar sem engasgar.

– Escute bem, Quatro. - ele rosna - Se de alguma maneira você estiver trabalhando para eles e tenha dado nossa localização eu juro...

Agarro seu braço tentando puxá-lo para baixo, mas ele o força e eu engasgo, sentindo a pressão em minha garganta e dentro de minha mente algo me diz para lutar contra isso, Drake está louco.

– Me solte. - tusso.

Mas nada acontece, ele apenas continua a encarar dentro dos meus olhos, sinto o tom tempestuoso dos seus e percebo o quão sério ele está sendo nesse momento.

– Drake, por favor. - a voz sai fraca e quase sem fôlego, começo a sentir uma grande dificuldade em respirar. - DRAKE!

A porta da frente explode no momento em que jogo Drake para o lado. Caio em cima dele e nossos narizes quase se batem, sinto meu rosto queimar e me sento rapidamente, os cabelos girando quando viro para ver o invasor.

Apenas consigo enxergar silhuetas na poeira e, ao sentir a mão de Drake em meu pulso, percebo que ele está tão preocupado quanto eu.

Ambos levantamos e começamos a correr, subindo as escadas até o apartamento no último andar que mais parecia, obviamente, um sótão. O loiro me puxa para o quarto e fecha a porta, trancando-a. Eu pego uma cadeira velha e a coloco embaixo da maçaneta.

Ouço os passos misteriosos nas escadas de madeira, mas algo me diz que os passos não são tão misteriosos.

– Precisamos ir. - sussurro secando o suor da testa.

Drake está apoiado na parede. Ele levanta a cabeça e percebo que está tão cansado quanto eu, finalmente percebo os pequenos cortes em seu rosto.

– O que houve com o seu rosto? - pergunto com uma voz suave.

– Deve ter sido a explosão, nada demais. - dispensa.

Poderia ser uma maravilhosa conversa se as batidas não tivessem interrompido.

Meus olhos procuram por uma saída, mas nada me vem a mente a não ser a janela. Uma ideia maluca me ocorre e sorrindo me dirijo até a janela abrindo-a.

– Vamos. - chamo Drake.

Ele se vira confuso,

– Você ficou louca?

Penso por um instante antes de responder.

– Eu sou louca. - sorrio.

Surpreendente ele sorri de volta.

– Ok, agora me ajude a subir aqui. - peço.

Com um impulso de Drake, pulo na pequena janela e quase não consigo atravessa-la, ficando poucos centímetros de sobra. Estendo minhas mãos para cima, tentando alcançar a telha e, por sorte, tenho sucesso nessa missão, mas por outro lado eu não tenho força o bastante para me levantar.

– Drake, pula! - exclamo, tentando me puxar para cima e falhando miseravelmente.

Em instantes o loiro está na mesma situação que eu e, coincidentemente, a porta de madeira cede.

– Vamos! - Drake grita para ser ouvido mesmo com o barulho.

Continuamos a nos pendurar na telha, porém nós movemos para o lado, para não ficarmos expostos aos mogs.

– O que vamos fazer agora? - grito.

Ele não responde, avaliando sua situação.

– Droga, droga, droga! - berra.

Sinto meus dedos começarem a escorregar e me viro de olhos arregalados para Drake.

– Eu não vou aguentar por muito tempo. - aviso.

Tento me esforçar para me manter ali, porém os tiros que passam raspando por minha barriga me chamam atenção e eu me viro para a janela onde um mog apoia uma arma e tenta nos matar.

– Drake, eu estou escorregando. - grito quando uma das mãos cai.

– Aguente só um pouco, por favor. - ele implora ao se aproximar mais de mim, tentando desviar dos tiros.

– Eu não consigo. - choramingo, as lágrimas começando a cair.

Nunca fui de chorar muito, mas eu estou em uma posição critica e isso me deixa frágil, droga! Não quero que Drake me veja assim.

Sinto meus dedos escorregando cada vez mais e mais até que é impossível aguentar e solto.

Naquele momento eu fecho os olhos, respirando fundo e esperando a morte certa, espero que a Garde consiga resolver esse problema, que eles vençam a guerra sem mim. Talvez eu não devesse fazer parte dessa guerra, afinal qual seria o objetivo de uma garota sem legados. Só espero que se lembrem de mim.

Sou trazida de volta de meus pensamentos pela pressão. Minha mão se envolve em algo e abro os olhos bruscamente percebendo que Drake está me segurando. Estou na altura da janela de meu quarto e consigo ver perfeitamente minha cama e seus lençóis bagunçados, um plano se forma em minha cabeça.

– DRAKE! - berro.

Ele olha para baixo.

– Me dê impulso.

Com sua ajuda, consigo me balançar mais próxima da janela e, quando percebo seus dedos escorregando, dou um impulso maior e chuto o vidro, me jogando dentro do quarto.

Drake escorrega naquele exato momento, mas sou rápida e, como fez comigo, agarro seu pulso.

– Obrigado. - murmura ele, mas consigo ser seus lábios.

– De nada. - sorrio o puxando para dentro.

Não há muito tempo até que os mogs processem o que fizemos, preciso achar apenas a arma que guardo comigo.

– Drake, tem uma arma na primeira gaveta da cabeceira, me ajude a pegá-la, vou achar outras coisas.

Ele assente começando a vasculhar a gaveta.

Eu me aproximo da cômoda, tirando de lá o caderno na qual anotara todas as minhas dúvidas e o celular que recebera de Alice no dia anterior.

– Vamos. - sussurro.

O loiro estende sua mão e eu a pego. Juntos saímos correndo, descendo as escadas e fugindo dos mogs que estão a nossa cola.

No primeiro beco escuro que achamos, nós nos escondemos, esperando que eles passem. O braço de Drake fica o tempo todo em volta de mim, sinto sua respiração lenta e silenciosa em meu cabelo e ouço seu coração bater acelerado em seu peito.

Quando os mogs se afastam e estamos novamente sozinhos me viro para ele sorrindo.

– Conseguimos. - sussurro.

Ele ri.

– Conseguimos. - assente.

Nos abraçamos ali mesmo e embora estivéssemos nojentos, suados, sem uma casa ou suprimentos, naquele momento nada importava.

– Me desculpe. - ele sussurra em meu ouvido - Por duvidar de você.

Balanço a cabeça o abraçando com mais força.

– Tudo bem. - sorrio em seu pescoço.

Quando nos separamos, Drake se levanta olhando em volta.

– Aonde vamos agora? - pergunta.

– Não faço ideia, vamos torcer que achemos um lugar.

– Melhor começarmos a... - ele começa a dizer, porém é cortado por um barulho e cai no chão, inconsciente.

– DRAKE! - grito me aproximando dele.

Algo agarra meus braços e fecha minha boca, mesmo que tente gritar não consigo.

Esperneio tentando fugir ou me libertar, porém meu captor é mais forte e consegue me imobilizar contra a parede.

– Bom sonhos, princesa. - uma voz masculina sussurra em meu ouvido, logo em seguida sinto uma picada em meu pescoço, como uma agulha.

Começo a me sentir fraca e estranha. Minha cabeça dói horrores e estou me sentindo sucumbir à escuridão. Ainda tento me debater, mas estou ficando mais fraca a cada minuto.

Um último pensamento me ocorre antes que fique inconsciente.

Drake.


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Notas finais do capítulo

Espero que não tenha ficado muito pequeno
Kisses Sammy



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