Rose não pode vir comigo no shopping, então eu vim sozinha mesmo...

Estava andando, vendo as vitrines das lojas ocupadas por roupas de inverno, até que decidi ir comer alguma coisa.

Fui até a praça de alimentação do shopping, comprei alguma coisa pra comer e me sentei em uma mesa vaga.

Depois de comer, peguei meu celular e fiquei navegando pela internet. Estava distraída quando alguém veio por trás de mim e disse meu nome. Automaticamente virei pra trás para saber quem é e dei de cara com ele.

Klaus.

Instantaneamente, senti minhas bochechas corarem. Como ele consegue isso pelo simples fato de falar meu nome?

–Klaus? O-oi. - Xinguei a mim mesma por pensamentos por ter me enrolado.

–Caramba, que coincidência te encontrar aqui! - E sorriu.

–Digo o mesmo! - Falei e correspondi ao sorriso.

–Está sozinha? - Perguntou, surpreso.

–Pois é... Rose não pode vir então eu vim sozinha mesmo... - Expliquei. Ele riu, compreensivo.

–Também vim sozinho. Não estava afim de ficar em casa sem fazer nada e em plena as férias.

–Né!? - Concordei.

Ainda estamos de férias. As aulas só começam em julho.

–Eu tento marcar alguma coisa com o pessoal sendo que sempre acontece alguma coisa e acaba que ninguém sai. - Ele falou.

–Pois é... Eu também tento marcar alguma coisa com Rose e o Adam. Mas Rose tem sempre coisas a fazer e Adam viajou. Sorte é a minha de não depender de alguém pra sair! - Ri.

–Isso é uma das coisas que gosto em você. - Ele falou.

Uma das?

Pude perceber que corou um pouco, o que quer dizer que ele está nervoso, está envergonhado.

Klaus é um garoto tímido, ou seja, quando ele está sem-graça, ele fica nervoso.

–O que? - Perguntei, envergonhada.

–Você é espontânea.

–O-obrigada, eu acho... - Me enrolei de novo. Ficamos alguns segundos calados. -O que mais você gosta em mim? - Perguntei. Ele olhou pra mim. -Quer dizer... perguntei porque você disse que era uma das coisas que gosta em mim. - Expliquei, nervosa.

–Digo se você aceitar sair comigo.

Se eu estivesse comendo alguma coisa ainda, teria engasgado.

Klaus está me chamando pra sair? É isso mesmo? Entendi certo?

–Depende... de quando... - Falei.

–Amanhã, pode ser?

Se eu aceitar de primeira, será que vai pegar mal? Não vai dar um ar de oferecida em mim? Melhor não correr o risco...

–Be-bem... é que... é que amanhã eu não posso... - Me enrolei pela milésima vez. Mordi um dos cantos do lábio inferior.

–Ah sim... - Falou. - Então... que tal sábado? Pode ser? - Perguntou.

–Ok! Sábado está ótimo!

–Beleza! Passo na sua casa as 19hrs, ok?

–Ok! - Concordei.

Passei meu endereço a ele.

Quando vi a hora no celular, descobri que já estava tarde. Me despedi de Klaus as presas e sai correndo.