O Senhor de Gondor escrita por Will Snork


Capítulo 22
Capítulo 9 - Luz e Sombra




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Tuandil, e os Hobbits Tom e Paladim, desciam juntamente com Glorick a colina ao alto de Edoras, e atrás deles, havia um exército de homens vestidos com capuzes cinzentos e um outro exército de seres que há muito tempo já lutarem ao auxilio dos homens, e que por muito tempo foi considerado extinto da Terra-Média, os elfos.

Os elfos ergueram seus arcos ao céu, e lançaram uma chuva de flechas, atingindo muitos orcs no campo de batalha, e os homens corriam em direção ao exército de orcs com as espadas em suas mãos. Habilidosos eram esses homens, e todos perceberam isso.

Tuandil e os outros se aproximaram de nós.

— Vocês estão bem? – perguntou o pequeno Tom.

— Sim. – eu respondi – E quem são eles?

— Guardiões da Terra-Média. – disse Tuandil – E Elfos de Lórien.

— Elfos? – perguntou Barad. – Como isso é possível?

— Se as trevas podem se levantar e trazer medo ao nosso povo, porque não a luz também não pode trazer a esperança? – disse uma voz que eu ainda não conhecia. Era a do homem vestido de branco. Ele era alto e loiro, seu rosto era belo e sábio, e sua presença era confortante, como se ele fosse a própria esperança materializada. Seus olhos eram claros e seu rosto emitia uma luz, como se ele próprio fosse um deus.

Então o dragão de aproximou de nós.

— Rápido, filho de Gondor. – disse o homem de branco para mim – Pegue essa espada, é um presente de meus senhores.

Então ele me entregou uma espada. A espada era muito afiada, longa e emitia um brilho azulado.

Após isso, o homem de branco encarou Sauron ao meio da batalha, e então foi em sua direção.

— Eu sabia que você viria atrás de mim. – disse Sauron.

— Você cometeu um grande erro, Sauron, e o último. – respondeu ele.

— Você que cometeu um grande erro achando que poderá me impedir. – respondeu Sauron. – Meus poderes estão ilimitados.

Sauron ergueu sua arma, e atacou aquele homem, mas uma luz branca como uma cúpula o envolveu enquanto ele erguia seu cajado, criando uma proteção.

— Tolo é você Sauron, se acha que Manwe¹ me mandou para cá limitado como antes. – respondeu o mago branco.

Sauron deu um passo para trás.

Os homens observavam aquele mago enfrentando Sauron como igual, então os olhos daquele povo se encheram de fúria, e atacaram os orcs como nunca antes.

O Dragão se aproximava de nós, então Glorick segurou seu machado e foi para cima da grande fera, mas ela com apenas um golpe de sua pata, arremessou Glorick, que rolou pelo chão.

— Estou bem! – disse ele após se levantar.

O Dragão colocou as patas firmemente ao chão, e soltou um enorme grito, fazendo tremer toda aquela terra. Então sua boca começou a se encher de um fogo azul.

— Corram! – eu disse a eles.

A fera lançou um jato de chamas em cima de nós, porém a espada que havia recebido conseguiu segurar a chama, liberando um poderoso vento impedindo que o fogo nos alcançasse.

O vento foi tão forte, que acabou confundindo o olfato do Dragão, o fazendo atirar chamas para todos os lados. Então pude perceber que ele não conseguia nos enxergar, e que seus olhos eram brancos e demonstrava sua cegueira.

Aproveitei a oportunidade e saltei sob a fera, ela se debatia, então com grande força, finquei minha espada na pele grossa e escamosa do dragão. Então ele abriu suas grandiosas asas e levantou voo.

Do alto, pude perceber que Sauron se retirava com seu exército, enquanto os homens comemoravam vitória, e Tuandil e os outros olhavam para o céu, tentando ver para onde o dragão me levaria.

Era muito alto para me jogar, e o dragão era muito veloz. O vento batia em meu rosto fortemente, quase me derrubando de lá, mas eu me segurava em minha espada que estava cravada no dragão com muita força.

A fera se mexia enquanto voava em desespero, e a lamina da espada estava saindo de suas costas. Então tentei agarrar em suas escamas, mas elas eram afiadas e fizeram grandes cortes em minhas mãos.

O Dragão virou para baixo, então a espada se soltou, mas com muita sorte consegui cravar a espada novamente em sua asa, porém as asas eram frágeis, e a espada fez um grande rasgo em sua asa esquerda, o fazendo cair comigo em uma floresta.

A Floresta em que caímos era fechada, então antes de encontrar o solo eu bati em muitos galhos de árvores, que acabaram por salvar minha vida, amortecendo um pouco a queda. Mas mesmo assim pude sentir meus ossos serem quebrados, minhas mãos sangravam com cortes profundos, e eu não sabia onde havia parado minha espada.

Eu não conseguia me levantar e nem mesmo sentir minhas pernas, e logo minha visão começou a se escurecer, minha consciência estava me deixando, então pude escutar algo se aproximando.

Alguém se aproximava de mim cantarolando ao som de Ding Dons.

Então antes de desmaiar, pude perceber duas botas amareladas paradas em minha frente.


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Notas finais do capítulo

1- Manwe, é o senhor dos ventos e dos Valas. Segundo o livro Silmarillion.