Como se fosses escrita por Khunnie, FelWatch


Capítulo 5
De Londres III


Notas iniciais do capítulo

Oh o amor



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Não me mates! Eu juro que o carregador do portátil fugiu e teve um caso com algum outro monitor! E depois percebeu que afinal era do meu note que ele gostava. Juro, juro! Além disso o quarto está quase arrumado.

Bem depois destes seis dias sem trocarmos e-mails tenho algumas novidades para partilhar contigo. As reuniões, as exposições e todos os outros –ões do meu oficio têm sido exatamente o que esperava que fossem, apenas com mais roupa escura do que aquela que imaginava. Na primeira galeria em que expus os meus trabalhos consegui vender dois quadros numa hora, foram os dois para um casal com um sotaque estranho e peculiar. O inglês deles tinha uma pronunciação divertida e fiquei a pensar o que eles achavam do meu sotaque. Provavelmente o mesmo que tu achas, não é totalmente inglês uma pitada de francês e talvez um pouco do meu português quando pronuncio os “R’s”.

Estive a visitar algumas das ruas em busca de presentes. Encontrei um caderno com uma capa interessante. Achei que era a tua cara e por isso comprei-o. Espero que chegue pelo menos para uma semana de anotações. Se não der, pelo menos decoramos mais um pouco a casa com cadernos de capa dura.

Fui sempre aquele café, como se de um profeta te tratasses ele perguntou pelo casamento e falei que ainda estávamos a marcar uma data. E sim, convidei-o para nos visitar nessa altura e participar como convidado das festividades.

Acho que as vagas saudades se formaram em avalanches e sinto cada vez mais a necessidade da tua presença ao meu lado. Quem diria que um dia saberia exactamente como era viver nos sapatos dos teus e dos meus pais. Tenho visto os vídeos que gravamos nas nossas viagens e reparei a tua tendência para me gravar os lábios. Que estranho fetiche teu, acho que gravas os lábios porque não queres parecer pervertido e apenas fazer zoom nos seios!

Hoje não chove, e não há muitas nuvens, começava a sentir saudades do azul celeste. E esta seu eu, a engolir o meu orgulho e deixar a minha verdadeira essência de mulher aparecer: Nunca pensei que a liberdade fosse sentir a tua falta.

Estou feliz por existir a tecnologia que me deixa matar as saudades mais facilmente.

E como andam as coisas pela casa? A minha planta continua viva? Como andam os gatos? Já voltaste a cozinhar? Como andam os teus trabalhos? Tens escrito como deve ser? Trabalhado muito?

Falando em trabalho… tens que começar a pensar em fazer obras naquele quarto vazio que ninguém usa e ninguém se deu ao trabalho de arranjar. Espera-se mais um novo membro na família. E não é um gato! Em anexo deixo-te as imagens do positivo.

Algo me diz que teremos uma nova aventura e mais uma dose de inspiração ao longo destes meses. Amo-te tanto. Quero os teus risos, o teu nariz encostado ao meu. Os teus olhos tão deliciosamente castanhos como o chocolate, a tua pele morena como canela e os teus cabelos escuros como as noites de verão. Sinto falta do torcer do teu nariz quando a sala está desarrumada, quando esticas os olhos depois de te atirar uma cantada inofensiva e a maneira como me pegas ao colo para nos irmos deitar.

Vejo-te em breve. Amanhã já volto para casa, para o lugar onde pertenço.

Amo-te como se fosses a minha vida.

(Aliás, és a minha vida.)


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem :)



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