EPILOGO

Lana Walker Smith

Sete anos depois...

– Hermione!!! Anda logo, seu avô já ligou perguntando porque não chegamos ainda. – Marco chamava-a. – Parece até sua mãe se arrumando. – reclamou fazendo me rir.

– Que isso Marco, ela é uma menina precisa se arrumar. – disse tentando acalmá-lo.

– Mas ela é tão pequena, como pode demorar tanto para arrumar um cotoco de gente como ela?

– EU NÃO SOU UM COTOCO PAI!!!!! – gritou nervosa lá de cima.

– Viu? Se eu fosse você não apressava ela, e o seu pai não vai achar ruim se chegarmos dez minutinhos atrasados.

– Dez minutos? Ou duas horas?

– Não começa Marco.

– Pronto! – disse Mione descendo as escadas com seu vestidinho cor de rosa e uma pequena bolsinha, que pelo o que eu bem a conhecia deveria ter uns cinco brilhos labiais e dois estojinhos de maquiagem, que ela nem se quer usava. – Vamos logo, vocês demoram demais.

Eu tive que rir com aquele comentário dela. Ela se parecia tanto comigo...

Descemos até a recepção, e assim que a porta do elevador se abriu Hermione saiu correndo até onde James estava.

– James! Olha o meu vestido que bonito. – gabou-se enquanto rodava para que ele pudesse ter uma visão completa dela.

– Nossa, que lindo! Quem foi que escolheu? – perguntou abaixando para que ficasse do tamanho dela.

– O papai. – falou manhosa, ela sempre falava assim quando estava com o James, ela o adorava. – Cadê a Becky?

– Ela ficou em casa, mas te mandou um beijo. – sorriu.

– Manda um bem grande pra ela, desse tamanho. – abriu os bracinhos miúdos.

(...)

Durante o trajeto todo até a Mansão Smith Hermione foi tagarelando com Marco sobre a escola. Contou de um garotinho de sua idade que a achava linda e disse que namoraria come ela. Tive que me controlar para não rir da cara que Marco fez, ele com certeza estava se moendo por dentro.

– Bom dia Sr.º e Sra. Smith, como tem passado? – o porteiro nos recebeu.

– Booom diaaa Roberto, eu estou ótima e você? – Hermione disse pondo sua cabecinha para fora da janela deixando seus longos cachos escuros caírem.

– Muito bem Hermione!

– Que ótimo, vamos papai!- ela conseguia ser mais autoritária que eu.

– Como ela sabe o nome dele?- Marco me perguntou incrédulo – Eu morei aqui minha vida toda e não sabia o nome dele.

– Isso por que você é antissocial papai! Sorte sua que EU e mamãe existimos na sua vida, se não o que seria de você? Alias papai, antes de nós você vivia dentro de casa né, sem amigos...

Explodi em uma risada sendo acompanha por Hermione e ambas sendo fuziladas por um Marco incrédulo. Nesse ponto nós já havíamos saído do carro, e estávamos na entrada da mansão.

– Tudo bem Hermione, eu já entendi vai ser duas contra uma né? – eu e ela nos entreolhamos e assentimos – Ok. Sorte minha que agora tenho meu pai pra me ajudar!

– Não conte com isso papai! – Hermione e seu sorrisinho diabólico!

– Não contar com o que? – a porta da mansão foi aberta revelando um Sr. Smith sorridente.

– Essa duas pai, se juntaram para me infernizar! – Marco disse revoltado. Sr Smith riu e deu passagem para que entrássemos.

– Vovô eu não tenho culpa se o papai é desligado – Hermione disse pulando no colo do avô que a abraçou.

– Infelizmente Marco, tenho que concordar com elas! – meu sogro disse me arrancando uma risada.

– Ok. Agora já chega, estão todos contra mim é isso? Tudo bem, então vou embora, já que não me querem aqui!– Marco estava incrédulo. Mas eu sabia que sua raiva era só fingimento para conseguir exatamente isso.....

– NÃO! – Hermione gritou do colo do avô, se jogando em Marco que se não estivesse acostumado a pega-la assim, com certeza a deixaria cair – Eu estou brincando papai!

–Não foi o que pareceu! – Marco estava brincando com ela, mas ela levava tudo muito a sério. Muito parecida com alguém que eu conheço, só não me lembro quem.

– Papai eu te amo! Só estava brincando, eu juro! – ela disse com uma voz chorosa afundando a cabeça no ombro de Marco, e o apertando pelo pescoço dele.

– Eu sei, eu sei meu anjo. – Marco tinha um sorriso bobo no rosto. Ele sempre fazia isso. Fingia-se de ofendido só para ouvi-la dizer que o ama. Como se Hermione já não dissesse que o ama o suficiente. Ela era muito apegada a ele, desde pequena, os dois faziam tudo juntos. Embora ela fosse muito parecida comigo, e com meu gênio forte, ela e Marco se davam muito bem.

– Bom vamos almoçar, que eu já estou morrendo de fome!

O almoço foi tranquilo, com muitas risadas. Principalmente das frases e comentários de Hermione, que eram muito avançados para sua idade.

Às vezes eu olhava para Hermione e ficava me perguntando o que teria acontecido se naquele dia no aeroporto eu não tivesse conhecido Marco, ou se eu tivesse sido inteligente o suficiente para recusar sua proposta e seu contrato, mas eu fui louca o bastante para aceitar aquela ideia maluca.

Marco havia sido o melhor erro que eu já havia cometido na minha vida, e Hermione era o fruto desse belo erro. Se eu nunca houvesse sido contratada para amar, eu nunca teria tido Hermione, e nunca teria uma família tão maravilhosa quanto essa.

Se eu fosse dar um conselho para alguém, seria: seja “Contratada para Amar”.