Contratada para Amar escrita por Fabiih


Capítulo 14
Capítulo XIII - You chaged me


Notas iniciais do capítulo

Sorry pela demora! Quero que leiam esse capítulo e pensem se eu fiz um bom trabalho, porque eu sinceramente não sei kkkkkk



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Lana Walker

Eu teria pegado o carro da Vitória, mas a noite estava tão linda que resolvi ir a pé mesmo. Então demoraria vinte e cinco minutos para chegar até o prédio do Empire Stade.

Enquanto eu passava pela rua podia ver as pessoas passando por mim alegres e conversando umas com as outras. Amigos contavam piadas, mãe dava bronca nos filhos por terem feito alguma traquinagem, ou os filhos apenas contavam como havia sido o dia. Quando virei uma esquina encontrei um casal em frente uma joalheria escolhendo anéis de noivado, completamente felizes e apaixonados.

Não pude deixar de sentir uma pontada de inveja daquele casal, mesmo que um sorriso pairasse em meus lábios. Lembro-me de quando era pequena, e tinha uma vida quase normal, de que sonhava em encontrar o amor da minha vida, me apaixonasse perdidamente no mesmo instante, casaríamos e seriamos completamente feliz.

Em fim consegui chegar ao prédio e entrei tranquilamente, parei em frente ao elevador e esperei. Quando então ele chegou, entrei e apertei o botão do último andar e lá fomos nós. Eu e o elevador.

Quando ele parou no andar desejado, saí e subi os poucos degraus que restavam, abri a porta e dei de cara com a paisagem mais linda que já havia visto.

Se no pôr do Sol a vista já era linda, ela era estonteante em uma noite como aquela. Sem nenhuma nuvem para cobrir o mar de estrelas que só eram menos brilhantes do que a enorme lua cheia sob minha cabeça.

Mesmo que estivesse ventando, não era tão ruim, apenas deixava um clima mais fantástico ainda.

— Incrível, não? — alguém atrás de mim soltou.

Não precisei virar para saber de quem era aquela voz.

— O que faz aqui? — questionei ainda sem virar — Como me encontrou?

— Não sei como te encontrei exatamente, só achei que estaria aqui. — aproximou-se de mim. — Preciso conversar com você Alana.

— Não temos nada para conversar, Marco. Nada. — declarou.

Ele se aproximou de mim até ficar ao meu lado, pude sentir uma reviravolta em meu estomago, como borboletas lutando para sair pela minha boca. Afinal, mesmo que eu estivesse chateada com ele, eu sentia sua falta... Eu gostava dele, infelizmente.

— Bom, eu tenho. — começou — Sei que pode parecer loucura, ainda mais vindo de um cara como eu que nunca ficou tanto tempo com uma pessoa só, mas eu sinto sua falta. Aquele apartamento... Não faz ideia do quanto ele é enorme, sem graça e totalmente sem vida quando você não está.

— Não era o que queria? Morar sozinho para que pudesse levar quem quisesse? Quantas vadias quisesse? — indaguei.

— Sim, mas é diferente sem você lá e...

— Você preferia quando eu ainda morava lá? Para esfrega-las na minha cara? Ou... Tentar fazer ciúmes em mim? É isso? — provoquei, finalmente virando para ele.

— Eu sei que eu era um idiota, que não a respeitava e que não respeitava nem a mim mesmo, mas eu mudei Lana. Juro que mudei.

— Não me chame assim. — disse bruscamente.

Ele ficou calado por um tempo, sem saber o que dizer, então decidiu falar também.

— Sabe por que vim para Nova York? Por que escolhi Nova York?— ele negou — Porque Nova York é a cidade dos sonhos, é onde os sonhos acontecem. E tudo o que eu queria era viver um sonho. Ser independente, construir uma vida nova, deixar meu passado para trás e recomeçar do zero. Era isso que eu queria. — confessei — Mas, você fez virar um pesadelo. — uma teimosa lágrima escorreu dos meus olhos — A única coisa que eu queria era ser feliz, Marco. Só isso. — ele encarava-me sem dizer nada — E você fez minha vida virar um inferno naquele apartamento, sempre levando garotas, me criticando quando eu levava alguém...

— Havíamos combinado de que cada um sairia com quem quisesse.

— Sim! Mas isso foi antes.

— Antes do quê?

— Antes de eu me apaixonar por você! — gritei, já chorando sem parar — Droga, Marco! Eu não queria isso, não estava no contrato me apaixonar por você e nem nos meus planos. Eu tinha prometido a mim mesma que nunca mais acreditaria em um homem, nunca mais me envolveria com um homem. Mas, com você foi diferente... Mesmo com esse seu jeito durão, que nunca demostra sentimento algum, eu sei que no fundo você tem sentimentos e eu me apaixonei por você desse jeito.

— Alana, eu...

— Eu sei. Eu sei! — o interrompi — Eu sinto muito.

— Alana, eu te amo! — disse fazendo-me paralisar. — Sim, eu sei que é difícil de acreditar, quase impossível na verdade. Eu não a culpo, mas você mudou minha vida no momento em que te vi naquele aeroporto. — confessou — Você com esse jeito independente, sempre sabendo se virar sozinha... Eu admirava você, e era só. Mas, naquele dia em que dançamos juntos foi... Simplesmente eu comecei a me interessar em você, mesmo negando incansavelmente para mim o tempo todo. E quando aquele otário começou a mexer com você daquele jeito, eu perdi a cabeça e tive que soca-lo, e quando voltamos para casa e me fez aquele curativo percebi o quão cuidadosa você era apesar de toda essa máscara de durona. E então nos beijamos...

Ele deu uma pausa incrivelmente longa, achei que tinha parado por ali, mas ele recomeçou:

— Apenas um beijo e eu me envolvi em sua chama. E a partir daquele dia o contrato não valia mais nada para mim. — deu um riso fraco — Você realmente não tem ideia do efeito que tem sobre mim, você me mudou de uma forma que ninguém nunca teria me mudado. Eu até converso com meu pai, uma conversa amigável e até rimos juntos. — sorriu e tive que sorrir também, aquilo era inacreditável — Eu descobri que não consigo mais viver sem você, e sim isso soa muito piegas, mas é a verdade e...

Não o deixei terminar a frase. Apenas o beijei.

Um beijo que nunca havia dado em toda minha vida. Havia paixão, desejo e uma urgência quase palpável. Mas, assim de tudo isso havia amor e aquilo bastou para que fosse um beijo perfeito.

Como sentia saudade daqueles lábios, daquelas mãos percorrendo meu corpo, de seu cheiro se misturando ao meu. Naquele momento eu percebi que a falta que eu sentia dele era tão grande que chegava a doer, e eu tentava deixa-lo mais perto de mim possível. Quando nossos lábios se separaram nossas testas colaram, e respiramos ofegantes sorrindo um para o outro, e então ele me sussurrou:

— Eu te amo.

— Eu te amo.


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Notas finais do capítulo

Me digam a verdade, por favor. Como me saí?
Beijos