Blood Slaves escrita por Jéssica Aurich


Capítulo 26
Formatura


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, capítulo novo meus amores. Desculpa o tamanho, não consegui fazer maior :/
Mas está legal, prometo ;)

Boa leitura!



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— Você é a melhor tela de pintura que existe, Bella. Sério. Acho que vou ter que roubar você do meu irmão! — Todas ouvimos um rosnado no andar de baixo e demos risada.

Alice estava terminando minha maquiagem e tenho que admitir, tinha feito um trabalho maravilhoso.

— Acho que vou contratar você como minha maquiadora e cabelereira oficial, Alice.

— Já não sou? — perguntou ofendida e ri dela. — Agora Rose, traga esse rostinho lindo para cá que é a sua vez.

Rodei na frente do espelho antes de tirar uma foto com o celular. Minha mãe ia querer ver como tinha ficado o trabalho completo. No fim de semana em que esteve aqui, ficou sabendo que iria ter uma festa de formatura e fez questão de sair às compras comigo. Escolhemos um vestido azul celeste cinturado, rodado na barra, ia até pouco acima do joelho. Ficou lindo com a maquiagem de Alice e o penteado que havia feito. Como uma echarpe ficaria péssima com o vestido, Alice me emprestou uma gargantilha dela para esconder a marca de mordida.

— Com tanto lugar para morder, morde logo o pescoço — resmungou ela.

A colação de grau havia sido bem simples, parecido com o que víamos em filmes. Charlie, Billy e Jacob estavam lá para assistir e fiquei vermelha como um tomate quando chamaram meu nome. No final jogamos nosso chapéu para cima e tudo. Como disse, bem coisa de filme. Era com a festa de Alice que realmente diríamos adeus à escola, todos estavam empolgados.

Eu estava realmente a fim de comemorar, apesar de não ser o tipo festeiro. Recebi uma carta de aceitação de quase todas as universidades para as quais me inscrevi (as que realmente importavam) e estava super empolgada com isso. Sempre pensei que gostaria de fazer um curso de literatura, até me deparar com as inscrições. Pensei em meus pais e como eu me divertia em cozinhar para eles. Era ótimo inventar pratos e saber que os dois não morreriam de fome enquanto eu estivesse por perto. Isso me fez escolher o curso de culinária, algo que nunca tinha passado pela minha cabeça, mas que quando escolhi, pareceu certo.

— As duas estão lindas, agora se me derem licença, vou me arrumar, porque daqui a pouco os convidados começam a chegar. — Alice sentou em frente à sua bancada de maquiagens, dispensando Rosalie e eu.

A loira estava absolutamente estonteante com um tubinho preto, salto da mesma cor, e um colar de diamantes para complementar. Nota mental: ficar longe dela para não ser ofuscada.

Como Alice disse, os convidados logo começaram a chegar. Era engraçado como eu havia passado um ano inteiro com todas aquelas pessoas, mas reconhecia tão poucos rostos.

— Bella! — Jessica gritou meu nome quando chegou em seu vestido rosa decotado. — Você está linda! E Edward, uau.

— Também está linda, Jess. — Imaginei que o pessoal tenha feito um esquenta antes da festa, porque de outro maneira Jessica não estaria com toda essa gracinha para o meu lado. Abracei Edward, que estava ao meu lado e foi inteligente o suficiente para não abrir a boquinha para receber bronca depois. Mas o sorrisinho de lado estava lá.

— Lauren! — gritou Jess, indo em direção a sua amiga que tinha chegado. Suspirei aliviada quando ela foi.

— Animada sua amiga, não? — perguntou Edward, rindo. — Os pensamentos dela estavam a mil. Mike Newton que se cuide, porque hoje ela não vai dar sossego a ele.

— Animadinha demais para o meu gosto. — Apertei seu abraço, o que só o fez rir mais. De repente parou de rir e fez uma careta.

— O que foi? — perguntei.

— Alice não pode mais ver o que vai acontecer essa noite, ou seja: seus amiguinhos fedidos decidiram vir.

— Não fale assim deles! — Eu queria mesmo que eles viessem.

Com essa história do desaparecimento do Seth eles estavam uma pilha de nervos. Jacob, então, mal se alimentava. Não havia rastro do menino por lugar nenhum e, ao mesmo tempo, por todos os lugares. Isso não fazia sentido para ninguém.

Não se passaram nem vinte minutos depois que Edward falou aquilo e os quileútes chegaram. Puxei Edward pela mão.

— Vamos falar com eles. — Edward resmungou. — Deixe de ser mal educado.

— Bells. — Jacob me recebeu com um abraço quando cheguei perto, ou melhor, um meio abraço, pois Edward se recusava a me soltar. Ele e seu ciúme bobo.

Acenei para os outros lobos. Alguns eu conhecia, como Sam e Leah, já outros nem tanto.

— Que bom que vieram! — Alice apareceu aparentemente do nada. — Sintam-se à vontade, ali no canto tem bebidas. O ponche, em particular, está uma delícia. Naquela outra mesa tem aperitivos.

— Obrigada. Carlisle está aqui hoje? — perguntou Sam.

— Claro, eu te levo até ele. — Alice puxou Sam pela mão e o resto do pessoal resolveu obedecer à baixinha. Vi que alguns foram falar com uns colegas meus. Às vezes eu esquecia que La Push não era apenas um lugar sobrenatural e que o pessoal de lá tinha amizade com o pessoal de Forks.

— Então, finalmente livre, em? — brincou Jake. Ele e Edward ainda se estranhavam, mas nenhum dos dois queria me deixar a sós com o outro (o que é estranho, já que isso acontecia sempre).

— Nem me fale, esse ano foi uma loucura. Estou tão feliz que acabou! — Edward brincava com a minha mão enquanto eu e Jake conversávamos.

— Eu não estou tão feliz. Agora vai para alguma faculdade longe daqui, vai me abandonar. — Fingiu uma cara de cachorro sem dono. Ri dele e Edward revirou os olhos.

— Vou estar de volta quase todos os verões, meu pai mora aqui, esqueceu?

— E você só vai voltar por ele? — Fez bico.

— Claro que não, seu bobo. — Edward apertou minha mão. Lá vamos nós novamente. — E você, não vai mesmo se inscrever para nenhuma faculdade?

— Por enquanto não. Com essa história de lobo não sei se iria dar muito certo. Além do mais tem o meu pai.

O pai dele estava se virando mais que bem, mas Jacob ainda sentia culpa e não queria deixa-lo sozinho. Com as irmãs morando longe, não queria se afastar. Quem sabe um dia ele perceberia que não era aquilo que Billy desejava para o filho? Um dia Jacob teria que se perdoar.

— Entendo.

— Bella! — Outra pessoa gritou atrás de mim.

— Ang, você veio! — Abracei minha amiga. Não tive muito tempo para falar com ela naquele dia, graças à arrumação da festa (sim, Alice me colocou para trabalhar).

— Eu não ia perder isso por nada! — Ela estava falando um pouco arrastado.

— Ang, você bebeu? — Franzi o rosto para ela. Ângela não era de fazer esse tipo de coisa.

— Não — falou, esticando bastante os “as”. — Talvez só um tiquinho.

— Até você, Ang? — Edward e Jacob davam risadinhas atrás de mim. Pobre Ângela.

— Você deveria experimentar o ponche, está tão bom. — Novamente, vários “as”. Ela se aproximou de mim e sussurrou — O pessoal deu mais uma batizada nele, estava fraquinho. — Deu uma risadinha. — Ei, onde é o banheiro? — revirei os olhos.

— Vem, eu te levo. — Olhei para os meninos. — Licença, ela está necessitando urgentemente de ajuda.

— Vai lá — disse Edward, ainda rindo.

Achei melhor levar Ângela ao toalete do segundo andar. Todos estavam usando o da sala e esse pessoal estava mal, pelo visto. Edward não ia se importar se usássemos o banheiro do seu quarto.

— Vou te esperar aqui fora, ok? Grite meu nome se precisar de qualquer coisa — ela riu por motivo algum e entrou no banheiro.

Sentei na cama do Edward para esperar Ângela. Nem percebi quando alguém entrou no quarto.

— Edwar... — Parei. Não era ele. — Os convidados não podem ficar aqui em cima.

Era uma menina linda. Cabelos castanhos bem lisos caíam até sua cintura, grandes olhos castanhos também e era um pouco mais alta que eu. Foi só quando entrou no quarto que percebi outras características: palidez, sombras embaixo dos olhos e uma graciosidade fora do comum.

Levantei a cama e comecei a me afastar um pouco.

— Você não é humana. Quem é você? — Ela deu uma risadinha estranha.

— Prazer, sou Raven. Ou, como vai descobrir, seu mais novo pesadelo.

Saí correndo e tentei gritar, para que alguém soubesse que eu estava aqui, mas já era tarde. Ela tapou minha boca com um pano e pulou comigo janela a fora. O pano tinha um cheiro forte e logo tudo ficou escuro ao meu redor.


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