Blood Slaves escrita por Jéssica Aurich


Capítulo 23
Bella adormecida - Edward's P.O.V.


Notas iniciais do capítulo

Estou me escondendo atrás de uma pilastra com medo das pedradas que vocês irão jogar por conta da demora, ainda mais depois de um capítulo tenso como aquele D:

Juro que não foi proposital, meu amores! Primeiro fiquei sem tempo (provas, trabalhos para dar e vender), aí teve o probleminha com o nyah e aí, para finalizar, minha criatividade não queria aparecer!

Enfim, mil desculpas, vou tentar não atrasar desse jeito novamente, e aqui está um capítulo mais calminho e alegre para me redimir!

Boa leitura, e não esqueçam de comentar!

*Lembrando: as partes em itálico são os pensamentos que Edward pode ler!



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Edward’s P.O.V.

Eu estava deitado na cama para visitantes, tendo um sonho confuso, quando ouvi o monitor cardíaco se acelerar, assim como a respiração dela. Minha Bella. Abri os olhos e corri para seu lado na maca ao mesmo tempo em que ela abria os seus próprios, olhando para tudo confusa. Seu rosto, de repente, estampou um assombro, preocupando-me.

— Edward, roubaram a Gladis. — Pisquei para ela sem entender e comecei a rir. De tudo o que poderia falar, sobre onde estava, o que tinha acontecido, seu ferro velho era a última coisa que eu esperava. E sua cara de cachorro sem dono me fez rir mais ainda. — Não tem graça, roubaram meu carro! — Opa, ela estava realmente brava.

— Não se preocupe com isso, darei um jeito de recuperar a Gladis. — Só então ela se acalmou. — Vou chamar Carlisle, avisar que acordou.

— Espera um pouco, cadê o Charlie?

— Ele foi em casa tomar banho. O coitado não saiu do hospital esses últimos dias.

— Dias? — Vi em seu rosto a confusão.

— Ficou desacordada por dois dias, Bella.

— Dois dias? — O monitor começou a apitar ainda mais rapidamente.

— Calma, fique calma. Vou chamar Carlisle e você conversa direitinho com ele.

Chamei Carlisle, que ficou feliz por ela finalmente ter acordado. Deixei os dois conversando a sós, enquanto eu mesmo me acalmava. Eu sabia que Bella não tinha corrido risco realmente, mas quando a encontrei em uma poça do próprio sangue... Tudo o que consegui pensar foi que a tinha perdido antes mesmo de ter vivido uma história com ela, que nosso tempo tinha sido muito curto, e que ela me deixaria pensando em como eu era o maior idiota desse universo.

Já no hospital, Carlisle me acalmou. Ela tinha sofrido um corte na cabeça, era comum sair tanto sangue e ela provavelmente só estava dormindo tanto por estar exausta. Aquilo me acalmou, mas o meu desespero havia sido real.

— Charlie, a Bella acordou. — Fiquei de ligar para ele quando ela acordasse.

— Já estou indo — falou, depois de soltar um suspiro aliviado.

Depois de hesitar um pouco, liguei para Alice também. Ela não podia ver quando Bella acordaria, já que os lobos estavam acampando no hospital também (Billy ainda não tinha recebido alta). Ela não conseguia visualizar o futuro dos lobos, não sabíamos explicar o porquê.

Voltei para o quarto, Bella parecia mais calma, mas ainda reclamava de alguma coisa com Carlisle.

— ... Quer dizer, eu preciso mesmo disso?

— Claro que precisa. — Carlisle me ouviu entrar. Agulhas, pensou, já prevendo a pergunta que eu faria. — Passou dois dias desacordada, precisa do soro para se manter saudável.

— Mas agora eu já posso comer e beber, esse troço só me deixa enjoada. — Edward, socorro.

Tive que rir da cena. Era bom ver que ela tinha voltado com todo o seu espírito marrento.

— Bella, eu te garanto que as agulhas são a última das suas preocupações. — Ela levantou a sobrancelha para mim, questionando. — Alice está vindo aí com uma mala de roupas e maquiagem, pronta para te transformar na boneca dela. — Agora ela parecia pedir socorro, o que me fez rir mais ainda.

— Vou pedir a uma enfermeira trazer o café da manhã para você, deve estar com fome. Acho que à tarde, depois de mais alguns exames, posso te liberar.

— Obrigada, Carlisle.

— Disponha. — Ele saiu do quarto, nos deixando a sós.

— Sabe do que me lembrei, Edward?

— Sim? — Como eu queria poder ler sua mente naquele momento.

— Que estou com raiva de você. E por bons motivos.

— E eu tenho que pedir desculpas. Naquele dia eu estava exaltado, preocupado e com — respirei fundo antes de admitir. — ciúmes. — Bella levantou uma sobrancelha. — Sim, estou admitindo meus sentimentos. Não, não é fácil, e provavelmente não vai se repetir, então aproveite. — Principalmente porque sou um lerdo que demora a admitir as coisas até para mim mesmo, mas acho que essa parte ela entendia por conta própria. — Você estava certa. Tudo o que você disse era a mais pura verdade e ver você naquele estado... não parecia um simples corte, mas sim que estava à beira da morte.

— Edw...

— Não, não. Deixa eu terminar. — Eu precisava falar enquanto tinha forças para isso. — Quando um vampiro se depara com tanto sangue, ainda mais um tão maravilhoso quanto o seu, não importa o quão controlado ou bem alimentado ele é, Bella, é apenas questão de se entregar aos instintos. Pessoalmente, eu não entendia como Carlisle trabalhava nesse hospital até aquele momento. Eu só prendi a respiração e a trouxe para cá o mais rápido que pude. E foi então que entendi. Você não é só uma humana que eu escolhi para me tirar do tédio, eu não só gosto de você, é muito mais que isso, muito mais forte, tão forte quanto o que eu sinto pela minha família, só que de um jeito nada familiar. — O rosto da Bella ficou escarlate quando eu disse aquilo. — E o fato de eu não saber o que ia acontecer, não poder sequer ler sua mente, pensar que você me deixaria com raiva de mim, aquilo me devastou, e me fez entender o que disse quando disse que eu magoava a todos ao meu redor. Saiba que descobri que não sou 100% perfeito. Talvez uns 90%. — Ela deu uma risada. — Mas vou tentar ao meu máximo.

— Bom, eu aceito seu pedido de desculpas. — Ela riu. — Fico feliz que a Gladis não tenha ido em vão. — Fez bico de novo e tive que revirar os olhos.

— Eu encontro sua lata velha, Bella. — Seu rosto se enrugou numa careta, como quem exige respeito. — E antes que eu me esqueça, dispensei a Raven. — Suas sobrancelhas se ergueram em surpresa. — Acontece que uma morena muito sensual se ofereceu para ser minha doadora, e além do belo pescocinho me ofereceu bem mais. Sabe como é, temos que aceitar o melhor acordo. — Pisquei para ela.

— Edward, eu...

— Finalmente a Bella adormecida acordou! — Emmett entrou no quarto com Alice atrás de si. Todos nós franzimos o cenho para ele.

— Sério, Emmett? Esse é o melhor que pode fazer? — perguntou Bella.

— Poxa, eu estou esperando dois dias para dizer isso e é assim que me recebe? — Foi tão ruim assim? Fez cara de magoado.

— Certo, certo — Bella abriu os braços para ele, que veio em sua direção com o famoso abraço de urso.

— Ei, vamos parar com essa intimidade toda que a humana é minha. — Alice só revirava os olhos com a cena.

Apesar de entrar na brincadeira para descontrair o clima pesado daquela sala, eu tinha que admitir que era estranho. Tenho certeza de que Emmett e Bella não se viram muitas vezes e mesmo assim agiam como amigos de longa data. De certa forma isso me trazia certa paz, ela e minha família se dando tão bem.

— Certo, agora vamos ao que interessa. — Alice puxou uma mala vermelha consigo. — Arrumar essa sua cara de doente antes de receber alta.

Bella resmungou um pouco, mas entrou no jogo da amiga. Foi só então que senti uma presença na porta do quarto. Charlie estava ali, encostado no batente da porta. Acho que demorei para perceber sua presença por estar tão distraído. Ele estava com um sorriso bobo no rosto, já ia chamar seu nome, quando percebi o fluxo de seus pensamentos.

Estava feliz com aquela cena. Bella acordada, feliz e cercada de amigos. Ele pensou no dia em que a filha chegou a Forks, um tanto desanimada, e como detestava ir para a cidadezinha quando era mais nova. Ficava preocupado de que a filha fosse infeliz, mas aquela cena, mesmo que em um quarto de hospital, o relaxava, talvez pela primeira vez em dias considerando todos os acontecimentos recentes. Vai ficar tudo bem.

Realmente, tudo ia ficar bem. Eu ia garantir que ficasse.


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